카지노사이트;온라인카지노, 바카라사이트;카지노사이트킴 / Vida digital para pessoas Sun, 29 Sep 2024 10:49:29 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png 카지노추천;카지노사이트, 바카라사이트;카지노사이트킴 / 32 32 카지노에 대한 10가지 비밀;바카라사이트,카지노사이트,온라인카지노사이트 //emiaow553.com/ate-2045-seu-cerebro-tera-conexao-com-a-internet-diz-cientista-futurista/ Sun, 29 Sep 2024 17:32:22 +0000 //emiaow553.com/?p=597668 The post Até 2045, seu cérebro terá conexão com a internet, diz cientista futurista appeared first on Giz Brasil.

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Muitos pesquisadores ao redor do mundo se concentram em desvendar os segredos do cérebro humano. Além de estudos a respeito do funcionamento do órgão, alguns cientistas buscam maneiras de expandir suas capacidades para, dessa forma, levar a humanidade a um nível completamente novo.

O centro do nosso sistema nervoso funciona de maneira extremamente complexa e conta com 86 bilhões de neurônios ligados por mais de 1.000 conexões sinápticas. No entanto, para o cientista da computação, Ray Kurzweil, o cérebro ainda não atingiu todo o seu potencial.

Segundo o pesquisador, o órgão pode atingir um novo nível evolutivo através do poder da tecnologia: com a implementação de uma interface artificial. A técnica, que mais parece ter saído de filmes de ficção científica, consiste em implantes de dispositivos tecnológicos para tornar o órgão apto a acessar os 147 zettabytes de dados disponíveis na internet.

Kurzweil acredita que a integração do cérebro com a tecnologia poderia ser muito benéfica para a humanidade. Um dos principais ganhos séria o acesso às informações disponíveis na internet de maneira instantânea. Isso poderia transformar completamente a forma como as pessoas adquirem e são expostas ao conhecimento.

O cientista ainda projeta que apenas uma polegada de nanotubos é capaz de tornar a mente humana “cem milhões de vezes mais poderosa� Ele ainda acredita que a humanidade pode chegar em um estágio, onde todas as pessoas estarão, de certa forma, interconectadas em um tipo de “supercérebro� Neste ponto, a espécie poderia eliminar todas as diferenças e, finalmente, passar a se entender melhor.

Nanotecnologia

Para atingir este estágio, os pesquisadores querem usar nanorrobôs para construir esta interface artificial conectada ao cérebro. Sua utilização, no entanto, pode esbarrar em obstáculos regulatórios e preocupações com relação ao impacto na saúde das pessoas.

Assim como acontece com os implantes cerebrais de empresas como Neuralink, por exemplo, mesmo com os potenciais benefícios da tecnologia, as autoridades de sanitárias fazem jogo duro para liberar a ampla utilização. O uso dos nanorrobôs no cérebro vem sendo objeto de estudos de muitos especialistas. No entanto, a implementação é muito mais complexa que o uso de microchips, pois consiste em uma unidade dentro de cada célula.

Nuno Martins, pesquisador com um dos trabalhos mais reconhecidos no campo, sustenta que, considerando o rápido desenvolvimento tecnológico dos últimos anos, a integração de nanotecnologia ao cérebro está seguindo um caminho bastante promissor. Por sua vez, Kurzweil acredita que, dado ao ritmo de evolução das tecnologias, será possível colocar a técnica em prática para expandir os limites do cérebro humano já em 2045.

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퀸즈카지노 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰;온라인바카라 //emiaow553.com/internet-subterranea-como-funciona-a-rede-de-comunicacao-silenciosa-das-plantas/ Wed, 25 Sep 2024 21:32:25 +0000 //emiaow553.com/?p=597750 The post ‘Internet subterrâneaâ€? como funciona a rede de comunicação silenciosa das plantas appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Sven Batke/The Conversation

Esta manhã, minha filha de seis anos entrou em nosso quarto e começou a ler uma história de um livro. Ela leu cada palavra na página, formando lentamente frases completas. Às vezes, tropeçava e pedia ajuda com algumas “palavras engraçadas� mas, no final do livro, nos contou uma história sobre um urso na neve.

A comunicação verbal é um dos muitos motivos pelos quais os seres humanos se tornaram tão bem-sucedidos como espécie. Desde avisar uns aos outros sobre o perigo até comunicar informações complexas, nossa capacidade de falar tem sido crucial.

Mas, não foram apenas os seres humanos e outros animais que desenvolveram uma comunicação sofisticada. Muitas pessoas pensam que as plantas são passivas, mas elas têm sua própria maneira de interagir umas com as outras. A ideia já existe há algum tempo e até inspirou filmes de Hollywood como “Avatar�(2009, de James Cameron).

A ciência recente está mostrando que os sistemas de comunicação das plantas podem ser mais complexos do que imaginávamos.

Muitas pessoas pensam nas plantas como verduras de boa aparência. Essenciais para o ar limpo, sim, mas são organismos simples. Uma mudança radical na pesquisa está abalando a maneira como os cientistas entendem as plantas: elas são muito mais complexas e mais parecidas conosco do que você imagina. Esse campo da ciência que está florescendo é encantador demais para fazer justiça a ele em uma ou duas matérias.

Esta história faz parte da série Plant Curious, que explora estudos científicos que desafiam a maneira como você vê a vida das plantas.


Essas redes de comunicação são sensíveis e estão em equilíbrio. Imagine como nosso mundo seria perturbado se os sistemas de rede global sofressem uma pane repentina. As recentes interrupções de TI da empresa CrowdStrike são apenas um exemplo de como esses sistemas são delicados e de como a comunicação é importante – e isso também vale para as plantas.

Para entender como os organismos que não podem falar transmitem informações uns aos outros, é importante compreender que os seres humanos também têm um sistema de comunicação não verbal. Inclui nossos sentidos de visão, olfato, audição, paladar e tato.

Por exemplo, as empresas de gás natural adicionam um produto químico chamado mercaptano ao gás natural, dando a ele aquele cheiro característico de “ovo podre�para nos avisar sobre vazamentos. Pense também em como desenvolvemos a linguagem de sinais, enquanto muitas pessoas são leitores labiais habilidosos.

Além desses sentidos, temos também a equilibriocepção (a capacidade de manter o equilíbrio e a postura corporal), a propriocepção (o sentido da posição relativa e da força das partes do corpo), a termocepção (sentido das mudanças de temperatura) e a nocicepção (capacidade de sentir dor). Todas essas habilidades permitiram que os seres humanos se tornassem altamente sofisticados na comunicação e no envolvimento com o mundo natural.

Outras espécies, especialmente as plantas, usam seus sentidos para disseminar informações à sua própria maneira.

O que os vizinhos estão fazendo?

A maioria de nós está familiarizada com o cheiro de grama recém-cortada. Os voláteis, ou substâncias químicas, liberados pelas plantas da grama, que associamos a esse cheiro, são uma maneira de comunicar a outras plantas que um predador – ou, nesse caso, um cortador de grama – está presente, provocando um ajuste nas defesas. Em vez de usar sinais auditivos, elas usam comunicação induzida por substâncias químicas. Entretanto, essa troca de informação não termina com os voláteis.

Recentemente, os cientistas descobriram como as plantas são bem conectadas e com que eficiência elas podem enviar mensagens para os pares por meio de suas raízes, e sinais elétricos, uma rede de fungos subterrâneos e micróbios de solo. A vigilância da vizinhança da planta foi descoberta.

Por exemplo, a eletrofisiologia é uma disciplina científica relativamente nova que estuda como os sinais elétricos dentro e entre as plantas são comunicados e interpretados. Com os grandes avanços em tecnologia e inteligência artificial (IA), observamos um crescimento acelerado e significativo nessa área de pesquisa nos últimos anos.

Os cientistas podem estar à beira de descobertas notáveis, com avanços recentes que integram a comunicação dos referidos sinais elétricos em estufas modernas para monitorar e controlar a irrigação das culturas ou detectar deficiências nutricionais.

Eles conseguem isso inserindo pequenas sondas elétricas, semelhantes a agulhas de acupuntura, para testar como as mudanças nos sinais elétricos se relacionam com o desempenho das plantas, como o transporte de água e nutrientes e a conversão de luz em açúcares importantes.

Assim, pesquisadores chegaram a influenciar o comportamento das plantas enviando sinais elétricos a partir de telefones celulares, fazendo com que elas executassem respostas básicas, como abrir ou fechar folhas em uma ‘armadilha de Vênus�(planta carnívora que abre e fecha as folhas para coletar insetos).

Em breve, poderemos traduzir totalmente a linguagem de nossas plantações.

Grande parte da comunicação ocorre abaixo do solo, facilitada por grandes rede de fungos conhecidas como “wood wide web�(a rede global florestal, em tradução livre). Ela conecta árvores e plantas no subsolo, permitindo que compartilhem recursos como água, nutrientes e informações. Por meio desse sistema, as árvores mais velhas podem ajudar as mais novas a crescer, e podem alertar umas às outras sobre perigos, como pragas.

É como uma internet subterrânea, ajudando-as a se apoiar e a trocar informações. A rede é extensa, acreditando-se que mais de 80% das plantas estejam conectadas, o que a torna um dos sistemas de comunicação mais antigos do mundo.

Assim como a Internet nos permite vínculos, compartilhar ideias, conhecimentos e informações que podem influenciar a tomada de decisões, a “rede florestal�permite que as plantas usem fungos simbióticos para se preparar para as mudanças ambientais.

No entanto, a perturbação do solo por meio de produtos químicos, desmatamento ou mudança climática pode interromper os nós da comunicação ao afetar os ciclos de água e nutrientes nessas redes, tornando as plantas menos informadas e conectadas. Ainda não foram realizadas muitas pesquisas sobre os efeitos da interrupção dessas redes.

Mas, sabemos que o comportamento responsivo das plantas, como estratégias de defesa e regulação de genes, pode ser alterado por sua rede de fungos se elas estiverem conectadas.

Portanto, essa desconexão de comunicação pode torná-las mais vulneráveis, dificultando a proteção e a restauração dos ecossistemas em todo o mundo. Ainda há muito que os cientistas precisam aprender sobre essas ligações altamente complexas É importante ajudar as crianças a aprender a ler para que elas possam navegar pelo mundo ao seu redor. É tão importante quanto garantir que não desconectemos a comunicação com as plantas. Afinal de contas, dependemos delas para nosso bem-estar e sobrevivência.

Este artigo foi originalmente publicado em Inglês

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필리핀 오카다 카지노 앤드 호텔카지노;카지노 //emiaow553.com/primeira-rede-de-criptografia-quantica-do-pais-deve-unir-cinco-instituicoes-de-pesquisa/ Sat, 21 Sep 2024 19:02:33 +0000 //emiaow553.com/?p=596449 The post Primeira rede de criptografia quântica do país deve unir cinco instituições de pesquisa appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Renata Fontanetto/Revista Pequisa Fapesp

Sobre a baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, uma faixa contínua de laser verde percorre 6,8 quilômetros (km) até encontrar uma janela no terraço do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no bairro carioca da Urca. A fonte da luz está localizada numa sala no alto do prédio do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense (UFF), na vizinha Niterói, do outro lado da baía. O laser é a parte mais visível do trabalho de implementação da primeira rede metropolitana experimental de comunicação baseada em propriedades da mecânica quântica do Brasil, a Rio Quântica. Além da conexão aérea propiciada pelo feixe de fótons entre essas duas instituições, a rede interliga por cabos de fibra óptica a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o CBPF e, em breve, o Instituto Militar de Engenharia (IME). Em implementação desde 2021, a rede está em fase de testes e instrumentalização e pretende utilizar a chamada criptografia quântica para transmitir dados de forma segura. Na criptografia tradicional, em uso em celulares e computadores de todo o mundo, as informações são codificadas na forma de bits clássicos (uma sequência de 0 e 1) e transmitidas no mesmo canal que as chaves digitais empregadas para decodificá-las. Um bit é a menor unidade de informação que pode ser armazenada e transmitida. Pode representar apenas um desses dois valores possíveis: 0 ou 1. A comunicação quântica trabalha com um análogo do bit clássico, o qubit, que pode assumir concomitantemente dois valores: ser 0 e 1 ao mesmo tempo. Essa propriedade, baseada no fenômeno quântico denominado superposição de estados, amplia as possibilidades da criptografia quântica e a torna quase inviolável. Um tipo particular de superposição é o emaranhamento, um recurso adicional utilizado na segurança de redes quânticas de comunicação. Por isso, essas redes são vistas como fundamentais para garantir a segurança de uma série de tarefas no futuro próximo, como a simples autenticação num aplicativo de banco ou mesmo a troca de mensagens sensíveis para fins de segurança nacional. “A criptografia quântica não é usada para codificar um texto, mas, sim, para criar e transmitir as chaves que devem ser empregadas para que as mensagens possam ser lidas em segurança� comenta o físico Antonio Zelaquett Khoury, coordenador da Rio Quântica. A montagem da rede é uma operação sofisticada. Até o momento, os primeiros testes asseguram que pelo menos alguns canais de comunicação dentro da rede estão funcionando de forma satisfatória.

A UFRJ, a PUC-Rio e o CBPF já estavam conectados por cabos de fibra óptica graças a um investimento feito anos atrás pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Como havia fibras ociosas dentro dessa rede, elas foram cedidas para uso da Rio Quântica. Dois pares de fibras partem da PUC-Rio, um para o CBPF e o outro para a UFRJ (ver mapa abaixo). O canal com o CBPF funciona bem, mas o da UFRJ apresenta sinal fraco e precisará de correção. A ligação entre o CBPF e o IME, última instituição a entrar no projeto, está em fase final de implementação. A distância entre ambas é de apenas 800 metros. Além da ligação por fibra óptica, está prevista para ser instalada ainda neste ano uma conexão extra, via laser pelo ar, entre o CBPF e o IME.

Imagem: Bing Maps | Infográfico: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP
Na operação montada pela Rio Quântica, a parte que vem se mostrando mais desafiadora é o vínculo pelo ar. O feixe de laser emitido na UFF precisa ser captado pelo receptor óptico situado numa sala construída no topo do CBPF exclusivamente para abrigar o equipamento. Qualquer parcela de luz perdida pode comprometer a integridade da informação transmitida. Por ora, as partículas de luz verde ainda chegam excessivamente dispersas ao terraço do CBPF, falha que deverá ser corrigida até o fim de 2024. “Enlaces de longa distância podem atrapalhar muito a parte quântica. Até mesmo leves distorções ou trepidações nos terraços desalinham o feixe de luz, sem falar no efeito de fatores ambientais que atenuam o sinal, como calor, névoa e chuva� comenta o tenente-coronel Vítor Andrezo, engenheiro de comunicações do IME e especialista em óptica no espaço livre. Os sistemas quânticos são muito frágeis e qualquer influência do meio ambiente pode interferir em seu funcionamento. Uma vez que a infraestrutura esteja montada, com os devidos canais funcionando, o próximo passo é a implementação de um protocolo de criptografia quântica entre as instituições para colocar em prática o objetivo fundamental do projeto: a geração a distância de chaves criptográficas aleatórias. “O objetivo é que duas estações de pesquisa, nomeadas como Alice e Bob, compartilhem uma chave criptográfica entre si que codifica e decodifica mensagens. Uma vez utilizada, a chave precisa ser descartada� detalha Guilherme Temporão, do departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio, integrante da rede. O protocolo adotado pela Rede Rio Quântica utiliza um terceiro agente, denominado Charlie, que pode ser confiável ou não e precisa estar posicionado entre as estações Alice e Bob, formando uma espécie de circuito. A primeira tentativa de implementação do protocolo em condições experimentais será feita entre a PUC-Rio, no papel de Charlie, e a UFRJ e o CBPF, que serão Alice e Bob, respectivamente. A intenção do grupo é ir mudando os papéis de cada instituição envolvida na rede, de forma a testar novas configurações. “No protocolo, Charlie é responsável pelo envio de fótons em branco, sem nenhuma informação, que serão modificados por Alice e Bob e reenviados de volta para Charlie edetectados� comenta Temporão. A Rio Quântica recebeu cerca de R$ 3 milhões em 2022 de uma parceria da FAPESP com o MCTI para sua implementação inicial. No ano passado, ganhou outros R$ 3 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) disponibilizou ainda R$ 23 milhões para o CBPF, dos quais R$ 1 milhão foi destinado para as operações da rede e R$ 22 milhões para a construção do Laboratório de Tecnologias Quânticas no térreo do centro. O novo espaço deverá ser concluído até 2025.

Segundo o físico Ivan Oliveira, coordenador do projeto do Laboratório de Tecnologias Quânticas do CBPF e membro da Rio Quântica, o novo espaço de pesquisa tem como objetivo fabricar materiais úteis para o processo de computação quântica. “Existem diferentes candidatos a hardware para fazer esse tipo de computação, e o laboratório irá construir protótipos de chips quânticos e outros componentes eletrônicos� explica Oliveira. “São dispositivos que precisam funcionar a temperaturas muito baixas, perto do zero absoluto, cerca de 273 graus Celsius negativos. Teremos refrigeradores para abrigar os materiais que serão construídos.�/p> Outras duas redes quânticas metropolitanas estão sendo gestadas no Brasil, em estágio ainda mais preliminar que a do Rio de Janeiro, com financiamento do CNPq. A Rede Quântica Recife está instalando uma conexão de fibras ópticas entre as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e Rural de Pernambuco (UFRPE). A distância entre as instituições é de cerca de 5 km. Um atraso na liberação dos recursos, no entanto, vem impactando o andamento do projeto. O segundo projeto envolve a constituição de uma rede de aproximadamente 4 km com três pontos em São Carlos, no interior paulista. Os nós da rede são a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) e o Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, instituição privada local que atua na área de física e eletrônica. “No momento, estamos analisando a viabilidade de conectar por cabo óptico a UFSCar à USP e esta à sede do centro von Braun� informa o físico Celso Villas-Bôas, da USFCar, coordenador do projeto. A rede quântica na cidade paulista pretende estar ativa dentro de dois anos.

Redes no exterior

Há duas décadas começou a se tornar realidade a ideia de implementar redes metropolitanas para pesquisar as potencialidades da comunicação quântica. A primeira iniciativa nesse sentido surgiu em 2003 nos Estados Unidos e funcionou por quatro anos. Era uma rede de criptografia quântica que usava fibras ópticas para interligar a Universidade de Boston à empresa de tecnologia BBN e à Universidade Harvard, ambas em Cambridge, cidade vizinha a Boston, no estado norte-americano de Massachusetts. Desde então, outras iniciativas desse tipo foram surgindo mundo afora. Em maio deste ano, três grupos independentes de pesquisa, baseados na China, Estados Unidos e Europa, divulgaram praticamente ao mesmo tempo que tinham obtido sucesso em transmitir fótons emaranhados entre diferentes pontos de redes em áreas urbanas conectadas por fibra óptica. Esse seria o passo inicial para se criar uma espécie de internet quântica. No emaranhamento, duas ou mais partículas (podem ser fótons, elétrons ou átomos) se comportam como se fossem uma entidade única, entrelaçada, ainda que estejam separadas por qualquer distância. O resultado de medições feitas em uma partícula está correlacionado com o valor obtido para a outra. Essa propriedade pode ser usada para transmitir informação. O país que mais investe em comunicação quântica atualmente é a China, tendo gasto nesse nascente setor mais de US$ 15 bilhões, mais do que a soma de todos os outros concorrentes. O gigante asiático já implementou algumas redes de criptografia quântica. A maior de todas integra atualmente quatro áreas metropolitanas por fibras ópticas �Beijing, Jinan, Hefei e Xangai �e conta com dois satélites com tecnologias quânticas lançados em órbita, Micius e Jinan 1, que se comunicam com estações terrestres. No total, mais de 4,6 mil km estão contemplados dentro da rede. A Rede Rio Quântica e seus congêneres em São Carlos e no Recife são os passos iniciais do país para montar sistemas de comunicação baseados em qubits.

A reportagem acima foi publicada com o título �strong>Qubits na Guanabara�na edição impressa nº 342, de agosto de 2024.

Projeto
Rede Rio Quântica (nº 21/06823-5); Modalidade Projeto Temático; Acordo MCTI/MC; Pesquisador responsável Antonio Zelaquett Khoury (UFF); Investimento R$ 2.369.806,41.

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오래된 토토사이트란? //emiaow553.com/universidades-brasileiras-discutem-regras-de-uso-de-inteligencia-artificial/ Tue, 27 Aug 2024 13:40:15 +0000 //emiaow553.com/?p=588430 The post Universidades brasileiras discutem regras de uso de inteligência artificial appeared first on Giz Brasil.

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Imagem: Sarah Schmidt/Revista Pesquisa Fapesp

Instituições científicas e de ensino superior do Brasil começam a formular recomendações para o uso de inteligência artificial (IA), especialmente a generativa, no ensino, na pesquisa e na extensão. A popularização de softwares como o ChatGPT, capazes de gerar texto, imagens e dados, tem levantado dúvidas sobre limites éticos no uso dessas tecnologias, principalmente na escrita acadêmica. Professores têm procurado novas formas de avaliar trabalhos de alunos, tentando contornar os riscos de uso indevido de IA. De maneira geral, as orientações pedem que seu uso seja transparente e alertam para o perigo de ferir direitos autorais, praticar plágio, gerar desinformação e replicar vieses discriminatórios que essas ferramentas podem reproduzir.

Em fevereiro, o centro universitário Senai Cimatec, na Bahia, publicou um guia para orientar sua comunidade acadêmica quanto à IA generativa. Ele segue três princípios: transparência; “centralidade na pessoa humana� ou seja, que o controle humano seja preservado sobre as informações geradas por IA, já que ela deve ser usada de forma benéfica à sociedade; e atenção à privacidade de dados, sobretudo em atividades que envolvam contratos com empresas por meio de parcerias para desenvolvimento e transferência de tecnologias. Ocorre que as informações compartilhadas em plataformas de IA podem ser armazenadas pela ferramenta, quebrando o sigilo de dados. “Não podemos nos esquecer de que, se nós aprendemos com essas ferramentas, elas também aprendem com a gente� ressalta a engenheira civil Tatiana Ferraz, pró-reitora administrativo-financeira do Senai Cimatec e coordenadora do guia. Uma atualização do regulamento disciplinar da instituição passou a prever punições para estudantes que quebrarem as regras.

O guia autoriza professores a usarem softwares de detecção de plágio quando julgarem necessário, embora não sejam 100% precisos ao indicar conteúdo produzido por IA. As ferramentas não podem ser citadas como coautoras de trabalhos acadêmicos, mas sua aplicação para auxiliar processos de pesquisa e ajustes de escrita acadêmica é permitida. Para isso, todos os comandos utilizados �as perguntas e direcionamentos dados à ferramenta, também chamados de prompts �e as informações originais geradas por IA devem ser descritos na metodologia do trabalho e anexados como material suplementar.

Outras instituições brasileiras seguem por esse caminho. “A universidade não deve proibir, mas criar orientações para utilização responsável dessas ferramentas� observa o cientista da computação Virgílio Almeida, coordenador de uma comissão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que propôs recomendações para o uso de tecnologias de IA na instituição, apresentadas à comunidade acadêmica em maio. As sugestões devem servir de base para a criação de uma política institucional com regras e normas e de um comitê de governança permanente. Elas passam pelas áreas de ensino, pesquisa, extensão e administração e têm como princípios a transparência no uso dessas ferramentas, atenção à proteção e privacidade de dados, à desinformação e aos vieses discriminatórios que essas tecnologias podem reproduzir. “Uma das propostas é que a universidade invista em cursos de letramento em IA para professores, pesquisadores, funcionários e alunos� explica Almeida. No ensino, uma das indicações é que as ementas das disciplinas de graduação e de pós-graduação da UFMG devem informar o que é permitido fazer com essas tecnologias. Na pesquisa, a ênfase está na transparência: é preciso detalhar como a IA foi usada no processo científico e quais vieses pode trazer a ele. A análise cuidadosa dos resultados gerados por IA, para que se evitem dados falsos, é outro ponto recomendado.

A Universidade de São Paulo (USP) publicou um dossiê da Revista USP sobre inteligência artificial na pesquisa científica em maio e tem realizado encontros e debates sobre o assunto. “A sugestão geral é estudar como incorporar esse uso no ensino e na pesquisa e verificar quais seriam suas limitações éticas e seus potenciais� observa a advogada Cristina Godoy, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP-USP), integrante de um grupo de pesquisadores que elaborou propostas para a universidade, como a necessidade de criar guias de orientação na graduação e pós-graduação. Há alertas para o cuidado com a privacidade de dados sensíveis ou inéditos de pesquisa, como teses e dissertações, e para a necessidade de buscar novas maneiras de avaliar os trabalhos em sala de aula. As recomendações foram feitas durante um evento em março de 2023 e estão sob análise de um grupo de trabalho.

O uso de IA na pesquisa não é novo. Ferramentas de aprendizado de máquina e de processamento de linguagem natural já são usadas para analisar padrões em meio a grandes volumes de dados. Mas, com o avanço das plataformas que usam IA generativa, diversas universidades dos Estados Unidos e da Europa criaram instruções sobre o assunto, que serviram de inspiração para instituições brasileiras. No Senai Cimatec, os guias das universidades de Utah, nos Estados Unidos, de julho de 2023, e de Toronto, no Canadá, ainda preliminar, serviram de norte para o grupo de trabalho, assim como o guia rápido ChatGPT e a inteligência artificial na educação superior da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de abril de 2023.

Nesse cenário, há casos de professores que passaram a pedir aos alunos que fizessem apresentações orais, trabalhos dentro da sala de aula ou mesmo feitos à mão, no papel. Godoy, da USP, que costumava pedir trabalhos escritos sobre artigos estudados, passou a exigir que os alunos apresentassem esquemas com mapas mentais que mostrem as conexões entre os textos estudados em aula.

Em 2024, ela desenvolveu uma atividade de pesquisa no âmbito do Centro de Inteligência Artificial (C4AI) da USP, apoiado por IBM e FAPESP, com alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado em computação, ciência política e direito em que eles precisaram desenvolver prompts no ChatGPT para realizar a análise de sentimentos �técnica que classifica opiniões como positivas, negativas ou neutras �de usuários do X (ex-Twitter) sobre IA. Os dados vão integrar um artigo em processo de escrita. Parte do trabalho será detalhar a metodologia e os prompts usados. Por não ser preciso criar um algoritmo específico para a atividade, a ferramenta acelerou o processo de análise dos dados �segundo Godoy, caso precisassem fazer tudo do zero, o trabalho levaria oito meses, mas com o ChatGPT levou dois meses.

“Algumas instituições do Poder Judiciário já avaliam usar IA para otimizar etapas de análises de processos. Por isso, negar seu uso não é uma vantagem para os alunos, que precisam estar preparados, de uma maneira crítica e responsável� pondera a advogada. Em sua percepção, os alunos que têm melhor desempenho em redações e provas são os que desenvolvem os melhores prompts. “Para fazer boas perguntas à plataforma de IA e chegar ao resultado desejado, é preciso identificar com clareza o problema que se quer abordar� diz Godoy.

Exemplo de exercício que o administrador de empresas Ricardo Limongi, da UFG, faz em sala de aula para ajudar os estudantes a entender conceitos na área de estatísticaExemplo de exercício que o administrador de empresas Ricardo Limongi, da UFG, faz em sala de aula para ajudar os estudantes a entender conceitos na área de estatística. Imagem: Léo Ramos Chaves� Revista Pesquisa FAPESP
O cientista da computação Rodolfo Azevedo, do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ministrou no primeiro semestre de 2024 uma disciplina-piloto de introdução à programação com assistente de código, junto ao engenheiro eletrônico Jacques Wainer, também professor da Unicamp. Os alunos, estudantes do curso de engenharia de alimentos, aprenderam a programar pela primeira vez com o ChatGPT como assistente em sala de aula, usando a linguagem Python. “O objetivo foi ensinar conceitos de programação, focando em desenvolver a habilidade de decompor um problema em etapas menores e resolvendo essas partes. Os meios sempre estão em transformação, desde os primeiros cartões perfurados� diz Azevedo. Em sua avaliação, usar IA generativa fez com que os alunos pudessem se preocupar com problemas mais complexos. “Se antes era preciso programar do zero, o que tomava mais tempo, agora a IA escreve os códigos com base nas instruções que o aluno fornece. O estudante consegue analisar de maneira mais profunda os erros, que sempre acontecem, e propor soluções e melhorias mais elaboradas� afirma o cientista da computação, que ressalta que a tecnologia já está em uso por programadores de muitas empresas, que a utilizam para otimizar seus processos. Ele ainda vê outros usos no meio acadêmico. “Essas ferramentas podem diminuir a desigualdade para pesquisadores que não têm o inglês como língua nativa, já que eles podem pedir que a IA melhore as traduções de seus artigos para o idioma� avalia.

O administrador de empresas Ricardo Limongi, da Universidade Federal de Goiás (UFG), procura ensinar aos alunos como usar essas ferramentas com uma visão crítica. “Explico que eu uso e que eles também podem usar. Isso não é trapacear� observa. Em sala de aula, ele abre plataformas de IA e mostra aos alunos como se faz um prompt, por exemplo. Em uma das disciplinas que ministra, de estatística, Limongi costuma contar com a ajuda da IA generativa para explicar conceitos que os alunos têm dificuldade de entender, sempre supervisionando as respostas. “Saem analogias ótimas� diz.

Autor de um artigo sobre aplicação de IA na pesquisa científica publicado em abril de 2024 na Future Studies Research Journal, Limongi tem sido convidado para proferir palestras sobre o tema em universidades. Nos encontros, ele realiza oficinas em que apresenta ferramentas de IA generativa que tem utilizado com seus alunos para otimizar processos de pesquisa.

Nas revistas científicas

Além das universidades, as maiores editoras científicas mundiais têm divulgado regras sobre IA generativa. Em um levantamento da Nature de setembro de 2023, com mais de 1.600 cientistas, quase 30% deles afirmaram ter utilizado essa tecnologia para auxiliar na redação de manuscritos e cerca de 15% para a escrita de pedidos de financiamento. Já um estudo publicado na revista British Medical Journal (BMJ) em janeiro de 2024 indicou que, entre as 100 maiores editoras de revistas científicas, 24% forneceram orientações sobre o uso de IA, e dos 100 periódicos mais bem ranqueados, 87% estabeleciam regras nesse sentido. Das editoras e periódicos com diretrizes, a inclusão de IA como autora de um artigo foi proibida em 96% e 98%, respectivamente.

O grupo Springer Nature atualiza suas regras de maneira constante e define que o uso de IA generativa deve ser documentado na seção de métodos do manuscrito. Imagens e vídeos gerados por IA são proibidos. Os revisores também não devem utilizar softwares de IA generativa na avaliação de artigos científicos, por conterem informações inéditas de pesquisa. A editora Elsevier permite que a IA seja usada para melhorar a linguagem e legibilidade do texto, “mas não para substituir tarefas autorais essenciais, como produzir insights científicos, pedagógicos ou médicos, tirar conclusões científicas ou para fornecer recomendações clínicas�

No Brasil, a biblioteca SciELO lançou um guia de uso de ferramentas e recursos de IA em setembro de 2023. “Acompanhando as editoras internacionais, um dos principais pontos é que a IA não pode ser considerada uma autora do trabalho� explica Abel Packer, coordenador da SciELO. O manual exige que os autores declarem quando utilizarem as ferramentas �quem esconder estará cometendo uma grave falha ética. Entretanto, o documento incentiva a aplicação da tecnologia para a preparação, redação, revisão e tradução de artigos. “Na nossa visão, daqui a cinco anos, a comunicação científica deve mudar completamente e o uso dessas ferramentas será ubíquo� diz Packer. Para ele, essas ferramentas devem, em breve, ter um papel auxiliar nos processos de avaliação e revisão dos manuscritos submetidos aos periódicos.

A reportagem acima foi publicada com o título �strong>Orientações a caminho�na edição impressa nº 342, de agosto de 2024.

Artigos científicos
LIMONGI, R. The use of artificial intelligence in scientific research with integrity and ethics. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies. v. 1, n. 16. abr. 2024.
GANJAVI, C. et al. Publishers�and journals�instructions to authors on use of generative artificial intelligence in academic and scientific publishing: bibliometric analysis. BMJ, v. 384. 31 jan. 2024.

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카지노사이트 크리스탈카지노;바카라사이트 //emiaow553.com/seis-em-cada-dez-brasileiros-tem-interesse-em-temas-de-ciencia-e-tecnologia-aponta-levantamento/ Wed, 29 May 2024 23:30:16 +0000 //emiaow553.com/?p=573072 The post Seis em cada dez brasileiros têm interesse em temas de ciência e tecnologia, aponta levantamento appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Sarah Schmidt/Revista Pesquisa Fapesp

Mais da metade (60,3%) dos brasileiros se diz interessada ou muito interessada por temas de ciência e tecnologia (C&T), segundo dados da pesquisa Percepção pública da C&T no Brasil 2023. Os resultados foram divulgados no dia 15 de maio pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O índice está no mesmo patamar de 2019, que era de 61%. “A população ainda vê mais benefícios do que malefícios na ciência, tem uma visão mais crítica e acredita que a área precisa receber mais investimentos� resume a historiadora Adriana Badaró, coordenadora do estudo.

Em sua sexta edição, a pesquisa trouxe novidades como a visão dos participantes sobre mudanças climáticas e o consumo de desinformação. Os dados revelaram que metade dos 1.931 entrevistados (50,8%) se depara com notícias falsas com muita frequência �e, enquanto outros 29,2% dizem ver esse tipo de conteúdo de maneira ocasional, apenas 5,1% relatam nunca encontrar fake news. Os participantes foram ouvidos entre novembro e dezembro de 2023, tinham mais de 16 anos e eram de todas as regiões do país.

Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FapespImagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa Fapesp

A pesquisa também detectou um avanço das mídias sociais como fontes de conhecimento: em 2023, quase 40% dos entrevistados buscaram e consumiram com frequência informações sobre ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente principalmente nas redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas digitais (ver infográfico abaixo) �até 2015, a televisão ocupava esse posto. Instagram, Facebook, YouTube e WhatsApp foram as principais redes usadas.

Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FapespImagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa Fapesp
“De um lado há o crescimento no uso das mídias sociais e, de outro, um índice elevado de contato com notícias falsas. É importante analisar esses dados em conjunto para encontrar pistas sobre como criar estratégias para combater a desinformação científica� avalia o sociólogo Marcelo Paiva, assessor técnico do CGEE. O centro estuda fazer rodadas de pesquisas com foco em mídias sociais e desinformação em períodos mais curtos, de dois anos �a pesquisa de percepção tem sido conduzida com intervalos longos, de quatro anos ou mais (1987, 2006, 2010, 2015 e 2019). Sobre as mudanças climáticas, 95,4% dos entrevistados afirmaram ter consciência de que elas estão ocorrendo. Entre eles, 78,2% acreditam que elas são causadas principalmente pela ação humana, como apontam as evidências científicas, enquanto 19,6% afirmam que elas ocorrem de maneira natural À frente de ciência e tecnologia, os temas que mais despertam o interesse dos entrevistados são medicina e saúde (77,9%), meio ambiente (76,2%) e religião (70,5%). Para 66,2% dos entrevistados, a ciência e a tecnologia trazem apenas benefícios ou mais benefícios que malefícios para a humanidade, proporção menor que a de 2019 (72,1%). Esse índice já esteve em 81,2% em 2010. Aqueles que veem a ciência e a tecnologia como neutras �trazem tanto benefícios como malefícios �cresceram de 18,9%, em 2019, para 24,6%, em 2023. Na avaliação de Badaró, esse movimento não indica o crescimento de uma visão negativa. “Historicamente, o Brasil se destaca como um país muito otimista em relação à ciência. Pode ser que nos últimos anos a população venha desenvolvendo um olhar mais crítico sobre o fazer científico, mas ter uma visão crítica não é algo ruim� pondera. A historiadora destaca que essa hipótese é reforçada por um outro dado: quando questionados se o governo deveria aumentar, manter ou diminuir os investimentos em C&T, 82% dos brasileiros apoiaram o aumento e 12% disseram que os recursos deveriam ser mantidos. Em 2019, esses índices eram de 66% para o aumento e 24% para a manutenção. Também aumentou de 24% para 32,7%, entre 2019 e 2023, o contingente de pessoas que disse ter visitado zoológicos, parques e jardins botânicos nos 12 meses anteriores. O índice, contudo, não supera o de 2015, que foi de 41,5%. Visitas aos museus de ciência e tecnologia foram mencionadas por 11,5% dos entrevistados, ante 6,3% em 2019 e 12,3% em 2015.
Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FapespImagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa Fapesp
Já o conhecimento sobre a ciência brasileira ainda tem um campo amplo para ser trabalhado, segundo o estudo. Apenas 17,9% dos brasileiros souberam indicar o nome de alguma instituição de pesquisa científica em 2023: Instituto Butantan, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade de São Paulo (USP) foram as mais lembradas. Já 9,6% se lembraram do nome de um cientista, como Carlos Chagas (1878-1934) e Oswaldo Cruz (1872-1917). Mesmo assim, houve um aumento de quase 9% no contingente dos que se lembram de alguma instituição de pesquisa e 3% de algum pesquisador em relação a 2019. Badaró avalia que esse crescimento pode estar relacionado com a pandemia de Covid-19, quando instituições e cientistas estiveram em evidência no noticiário. Para Simone Pallone, pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que não participou do estudo, seria de esperar que esse crescimento fosse maior. “Com a pandemia e a alta exposição dos institutos, dos cientistas e do próprio processo científico, a expectativa era de que houvesse um aumento significativo do interesse geral por C&T e o conhecimento sobre esses atores� observa. Ela destaca ainda que a série histórica mostra uma tendência de queda em indicadores como o interesse em C&T e meio ambiente, que estão hoje abaixo do que eram em 2010, 64,2% e 83%, respectivamente. Pallone enfatiza que os dados da pesquisa são ferramentas importantes para orientação de políticas públicas e que, na sua avaliação, podem embasar estudos aprofundados. “O ideal seria analisar o interesse e a confiança em C&T também com metodologias qualitativas, como etnografia e entrevistas em profundidade, para entender melhor o que as pessoas pensam sobre o setor� propõe. Paiva, do CGEE, interpreta que o crescimento de alguns índices que caíram na pesquisa anterior pode apontar uma nova tendência. “O Brasil passou por uma crise de confiança pública em suas instituições, inclusive nas científicas, e agora pode estar se recuperando� sugere.

Relatório

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS �CGEE. Percepção pública da C&T no Brasil 2023. Resumo Executivo. Brasília, DF: CGEE, 2024.

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필리핀 마닐라 호텔 카지노;바카라에이스 //emiaow553.com/japao-cria-1o-prototipo-6g-para-ser-500-vezes-mais-rapido-que-5g/ Sat, 25 May 2024 21:35:34 +0000 //emiaow553.com/?p=571644 The post Japão cria 1º protótipo 6G para ser 500 vezes mais rápido que 5G appeared first on Giz Brasil.

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Um grupo de empresas japonesas criou o primeiro protótipo de dispositivo com conexão 6G. Com velocidade até 500 vezes maior que a do 5G, a rede 6G pode fazer download de cinco filmes em alta resolução por segundo. A tecnologia passou por testes em 11 de abril, mas ainda tem que superar alguns obstáculos antes de ficar disponível ao público.

O aparelho surgiu como resultado de uma pesquisa em conjunto entre quatro companhias: NTT Docomo, NTT Corporation, NEC Corporation e Fujitsu Limited. Por meio de conexão sem fio, o dispositivo alcança velocidade de 100 Gbps em frequências de 100 GHz e 300 GHz.

Esse projeto existe desde 2021 e visa desenvolver o próximo capítulo da conexão à internet. Por enquanto, as empresas registraram a velocidade de 100 Gbps utilizando um transmissor e um receptor, separados pela distância de 100 metros.

Cada companhia desempenhou um papel diferente na criação do dispositivo:
  • A NTT criou o receptor sem fio avançado de 300 GHz de banda que processa 100 Gbps a mais de 100 metros;
  • A DOCOMO criou o transmissor sem fio que processa 100 Gbps em uma faixa de 100 metros;
  • A NEC analisou uma configuração de sistema sem fio para telecomunicações na faixa de 100 GHz e desenvolveu uma antena de matriz faseada ativa com mais de 100 elementos;
  • A Fujitsu pesquisou a tecnologia de semicondutores para reduzir o consumo de energia nas faixas de 100 GHz e 300 GHz.
Teste de velocidade da conexão 6GTeste de velocidade da conexão 6G (Imagem: Docomo/Divulgação)

Velocidade do 6G por ser até 500 vezes maior que 5G

Em comparação, 100 Gbps equivale a 20 vezes a velocidade de transmissão máxima da atual rede 5G, que alcança até 4,9 Gbps. Porém, as empresas acreditam que a nova conexão tem potencial para ser até 500 vezes mais rápida que o padrão de hoje em dia.

Apesar da conexão 6G ser bastante promissora, há ainda algumas barreiras que precisam ser quebradas para a tecnologia poder ser usada pelo público. Por exemplo, as frequências de 100 GHz a 300 GHz sofrem mais com alterações do clima e obstáculos físicos, como paredes.

Além disso, a atual infraestrutura 5G não consegue lidar com dispositivos 6G. Isso significa que uma nova rede precisa ser construído do zero, podendo levar anos para ficar pronta.
Vale mencionar que o 6G permite não só navegar na internet com maior velocidade, como também abre caminho para o uso mais abrangente de tecnologias avançadas, incluindo realidade virtual e inteligência artificial.

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썬시티 먹튀 Archives;바카라 게임- 온라인 카지노 사이트 //emiaow553.com/ios-18-novos-emojis/ Wed, 22 May 2024 17:47:51 +0000 //emiaow553.com/?p=572002 The post Olheiras? iOS 18 deve chegar com novos emojis appeared first on Giz Brasil.

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A Apple costuma atualizar os emojis de suas plataformas periodicamente, incluindo atualizações de design ou simplesmente adicionando novos modelos de emoji à biblioteca. Agora, vazamentos indicam que a empresa está planejando uma nova atualização de emoticons para os próximos meses.

De acordo com informações do portal MacMagazine, a “maçã�adicionou sete novos emojis ao banco de dados do Unicode Consortium. A organização sem fins lucrativos é dedicada à padronização de caracteres nos ambientes digitais.

A expectativa é que as novidades devem chegar junto com o iOS 18 e demais sistemas operacionais da Apple para tablets e computadores. Ao todo serão sete novos símbolos: rosto com olheiras, impressão digital, árvore sem folhas, vegetal com raiz, harpa, pá e o que aparenta ser uma mancha. Veja abaixo:

Imagem: MacMagazine/Reprodução

No entanto, eles podem demorar um pouco para chegar. Isso porque a previsão é que o processo de implementação das novas figuras seja encerrado no final de 2024 (ou início de 2025).

O iOS 17.4 trouxe a última adição de emojis, em março passado. Na ocasião, as adições foram emoticons de limão, cogumelo marrom, fênix, corrente quebrada, cabeça balançando verticalmente e cabeça balançando horizontalmente.

Imagem: Emojipedia/Reprodução
 

Apple se envolveu em polêmica com emoji

Normalmente, os usuários são bem receptivos aos novos emojis. Porém, no ano passado, um deles ficou no centro de uma grande polêmica. Um garoto de dez anos acusou a Apple de fazer uma representação ofensiva de nerds.

O garoto de Oxfordshire, no sudeste da Inglaterra, iniciou um abaixo assinado online solicitando a alteração do design da “carinha com óculos”. A história repercutiu bastante no mundo todo, mas a aprovação da alteração não cabe à “maçãâ€?e, sim, ao Unicode Consortium.

Além disso, em entrevista à BBC, o garoto identificado com Teddy, considerou o emoji um insulto às pessoas que usam óculos. O jovem ainda criou sua própria versão do emoji, sem traços e estereótipos negativos. Veja, no vídeo:

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카지노사이트 솔카지노 //emiaow553.com/cientistas-estao-usando-ia-para-tentar-decifrar-conversa-de-baleias/ Mon, 20 May 2024 20:23:07 +0000 //emiaow553.com/?p=571578 The post Cientistas estão usando IA para tentar decifrar conversa de baleias appeared first on Giz Brasil.

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Pesquisadores estão utilizando recursos de IA (Inteligência Artificial) para tentar descobrir o que baleias estão conversando.

“É difícil não ver primos brincando enquanto conversam. Não ver as mães entregando os filhotes para uma babá e trocando algumas palavras antes de sair, por assim dizer, para ir comer no oceano profundo”. O biólogo marinho canadense Shane Gero poderia estar falando de humanos, mas a verdade é que ele estava se referindo às baleias cachalotes.

Há anos, ele e outros pesquisadores acompanham as Physeter macrocephalus nas águas do Caribe, no Projeto Cachalote da Dominica. Como elas passam muito tempo no oceano profundo em busca de lulas e outros alimentos, estão constante em regiões escuras. E, por isso, têm seu próprio jeito de se comunicar: usando sons.

A isso Gero chamou de “conversa” de baleias. Contudo, os barulhos consistem em cliques. De acordo com os pesquisadores, frequentemente falam ao mesmo tempo e também formam diferentes arranjos e padrões com esses sons.

Para entender a conversa de baleias

As baleias cachalotes interessam os cientistas porque têm cérebros grandes e vivem em grupos que se organizam em algo parecido com uma dinâmica familiar. Em geral, elas mergulham e caçam juntas e, às vezes, até cuidam dos filhotes umas das outras, como Gero contou.

Por isso, pesquisadores que estudam o animal há muito tempo se perguntam o que esses cliques significam. Há anos, eles gravam esses sons de mais de nove mil cachalotes na tentativa de compreender a conversa de baleias.

Agora, parte deles se uniram em um projeto chamado CETI, em que utilizam inteligência artificial para decodificar a linguagem das baleias cachalotes – o que chamam de alfabeto fonético.

Para isso, dividiram os sons em partes, que formam padrões. Cada uma dessas partes recebe o nome de Codas e são consideradas as unidades básicas da conversa de baleias cachalotes.

Geralmente, elas consistem em grupos de cliques com menos de dois segundos de duração. Até agora, alguns padrões de cliques foram identificados. Por exemplo, Gero consegue perceber padrões específicos das baleias cachalotes do Caribe.

E, até agora, perceberam que a comunicação desses animais é mais complexa do que parece. Às vezes os cliques são iguais, mas o tempo entre eles é diferente. Outras vezes, há um clique extra, que parece inofensivo, mas pode mudar o sentido da “conversa”.

Catalogando todos os Codas, os pesquisadores descobriram que esses cliques não são aleatórios e que a inteligência artificial, por meio de aprendizagem de máquina, pode prevê-los assim como pode prever uma sequência de sílabas ou de palavras em uma frase.

Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Por isso, pesquisadores seguem combinando estudos de observação e análise dos cliques.

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도박중독: 즐거움에서 중독까지, 그 아찔한 경계  //emiaow553.com/mensagem-na-garrafa-como-foi-feita-a-mensagem-da-voyager-para-ets/ Wed, 08 May 2024 17:15:15 +0000 //emiaow553.com/?p=569261 The post “Mensagem na garrafa”: como foi feita a mensagem da Voyager para ETs appeared first on Giz Brasil.

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“Olá a todos. Estamos felizes aqui e vocês fiquem felizes aí”. Essa é uma das mensagens presentes no compilado de vídeos e áudios que estão gravados em um Disco Dourado — uma espécie de cápsula do tempo — a bordo das sondas Voyager 1 e 2, lançadas na década de 1970. O destino dessa mensagem terráquea é alguma potencial comunidade de ETs que venham a se deparar com as sondas da NASA.

O trabalho foi desenvolvido ao longo de meses pelo astrônomo Carl Sagan e uma pequena equipe. Participaram do processo sua então esposa, Linda Salzman Sagan, o jornalista musical Tim Ferris, e uma jovem escritora chamada Annie Druyan, que era noiva de Tim na época. Então, o Disco Dourado foi enviado ao espaço nas sondas Voyager 1 e 2.

A expectativa do astrônomo era de que outra forma de vida inteligente pudesse um dia encontrar as Voyagers, tocar o Disco e, assim, conhecer a vida humana da Terra. Para, quem sabe, cogitarem um primeiro contato ou mesmo a vinda a este planeta.

A NASA lançou as missões Voyager em 1977. A Voyager 1 tinha o objetivo de passar por Júpiter e Saturno, em um período de quatro anos. Já a Voyager 2, também sobrevoou Júpiter e Saturno, mas incluiu no percurso Urano e Netuno.

Porém, mesmo tendo passado cerca de 47 anos do lançamento, as duas sondas ainda estão funcionando, viajando para fora do Sistema Solar. Apenas estão perdendo energia, mas ainda se comunicando com a NASA a uma distância de 24 bilhões de km (para a Voyager 1) e 20 bilhões de km (Voyager 2) da Terra.

Porém, após perderem energia e pararem de funcionar, as duas sondas continuarão a vagar pelo Universo, transportando informações da Terra para outro local do espaço.

O que há na mensagem para ETs

No total, a cápsula do tempo do Disco Dourado contém cerca de 900 imagens, amostras de música e áudios gravados de humanos e animais. Todo o conteúdo está disponível no site da NASA, que divide os itens em pastas de sons, imagens, músicas e saudações. Veja aqui.

Aliás, o disco armazena saudações em 55 línguas, incluindo a mensagem “Paz e felicidade a todos” em português. Ouça, abaixo:

Em geral, os sons do dispositivo das sondas Voyagers retratam condições naturais, como terremotos e tempestades, além de animais, como os sapos, lobos e baleias. Outros barulhos compreendem passos, fogo, ferramentas, carros, aviões e até o lançamento de foguetes.

Mas há também ruídos mais pessoais. Por exemplo, o som do batimento de um coração humano e de um beijo. 

E, por fim, há um ruído que nem mesmo humanos poderiam compreender sem explicação: o som dos pensamentos de Annie Druyan, gravados enquanto ela estava conectada a uma máquina de eletroencefalograma.

O processo

De acordo com Ceridwen Dovey, em artigo no The Guardian, a produção do Disco Dourado levantou questionamentos sobre o que deveria entrar como retrato da Terra. Apenas imagens e sons positivos, ou registros de guerra e pobreza também deveriam fazer parte do material?

Se isso fosse incluído, os alienígenas não poderiam se sentir ameaçados? Por fim, tudo isso ficou de fora do retrato terrestre. Ainda assim, Annie Druyan acreditava que era moralmente necessário incluir essas referências na coletânea.

Então, em um centro médico em Nova York, ela meditou por uma hora conectada à máquina de encefalograma. De acordo com ela, os sons do exame incluem seus pensamentos sobre o medo, a tristeza e o terror do que os humanos podem fazer uns aos outros neste planeta.

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토토사이트 세븐;카지노사이트, 바카라사이트  //emiaow553.com/consorcio-internacional-propoe-novo-modelo-de-publicacao-de-artigos-e-resultados-de-pesquisa/ Sun, 18 Feb 2024 21:01:39 +0000 /?p=552210 The post Consórcio internacional propõe novo modelo de publicação de artigos e resultados de pesquisa appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Fabrício Marques/Revista Pesquisa Fapesp

Imagine um mundo ideal em que resultados de pesquisa são divulgados de forma aberta e gratuita, sua relevância é discutida e avaliada de forma cooperativa por cientistas da mesma área e, ao final, o responsável pelo estudo escolhe o momento oportuno e a revista que julgue mais adequada para publicá-lo, sem precisar levar em conta idiossincrasias e prazos impostos por periódicos. Esse modelo, algo utópico, em que a difusão do conhecimento se baseia no trabalho coletivo de pesquisadores, está sendo proposto pelo consórcio cOAlition S, a mesma rede de agências de fomento e organizações filantrópicas de apoio à ciência que há cinco anos criou o Plano S, uma iniciativa liderada por organizações financiadoras de pesquisa que foi responsável por ampliar a quantidade de publicações científicas acessíveis a leitores sem a cobrança de taxas ou assinaturas.

“Nossa visão é de um sistema de comunicação acadêmica baseado na comunidade e adequado para a ciência aberta no século XXI. Esse sistema permite que os pesquisadores compartilhem o conjunto completo de seus resultados de pesquisa utilizando novos mecanismos de controle de qualidade e padrões de avaliação� informa a proposta, intitulada “Rumo à publicação responsável� que está aberta para sugestões até abril. O modelo combina uma série de ideias que já existem de forma isolada, como os repositórios de preprints, nos quais autores de diversos campos do conhecimento passaram a apresentar resultados de pesquisa ainda não revisados para análise de seus colegas, e de iniciativas de curadoria como a Peer Community In, organização sem fins lucrativos que oferece um processo editorial aberto, criando comunidades de pesquisadores que revisam e recomendam preprints em suas áreas. Outra plataforma que permite a revisão por pares aberta é a Open Research Europe, financiada pela União Europeia. Em iniciativas dessa natureza, as avaliações e ponderações feitas pelos pares são acessíveis aos leitores, os quais, na visão do cOAlition S, passariam a avaliar um manuscrito pela sua relevância e não pelo prestígio do periódico em que foi publicado. Os custos seriam compartilhados pelas mesmas instâncias que hoje patrocinam a publicação de artigos: universidades, governos, bibliotecas e agências de fomento. O papel dos editores de revistas científicas seria menos o de se preocupar com a qualidade de manuscritos, que já foi escrutinada previamente, e mais o de prover serviços de edição e composição dos manuscritos selecionados.

A proposta busca resgatar o espírito original do Plano S, que, em sua primeira versão, preconizava um modelo de comunicação científica mais aberto e descentralizado do que se tem hoje. A ideia inicial era de que apenas revistas integralmente de acesso aberto, aquelas que franqueiam seus artigos sem cobrar do público leitor, poderiam ser adotadas por autores financiados pelas agências signatárias �e se cogitou até mesmo patrocinar a criação de novos periódicos com essa abordagem. Mas o consórcio, hoje composto por 17 agências de financiamento à pesquisa de países europeus, além de nações como Canadá e Austrália, e instituições filantrópicas de apoio à ciência, como a Fundação Bill & Melinda Gates e o Wellcome Trust do Reino Unido, encontrou uma forte resistência de editoras, sociedades científicas, pesquisadores e também de governos nacionais. Estados Unidos e China, embora adotem políticas públicas de acesso aberto, não aderiram à coalizão, assim como nações da própria Europa, a exemplo de Alemanha e Suécia. O modelo foi flexibilizado para ganhar aceitação. Entre os recuos, adiou-se sua implementação de 2020 para 2021 e se permitiu que autores patrocinados pelas agências do consórcio pudessem temporariamente publicar em periódicos híbridos, que seguem cobrando assinaturas mas aceitam liberar a divulgação de um artigo em acesso aberto em seus sites caso os autores do manuscrito paguem por isso. Uma crítica frequente a esse modelo é que ele é o pior dos mundos para países de renda média ou baixa, obrigados a pagar tanto para liberar o acesso a artigos específicos quanto para ter acesso via assinatura ao conteúdo completo dos periódicos híbridos �esses, por sua vez, alegam que essa é uma fase intermediária, mas não têm pressa em abreviá-la. Só depois de obterem a garantia de que sua fonte habitual de financiamento �a cobrança de assinaturas �seria substituída por outra �as chamadas taxas de processamento de artigos (APC) � mesmo as editoras mais refratárias toparam celebrar “acordos transformativos� Por meio deles, os recursos que eram utilizados por uma instituição com o pagamento de assinaturas são transferidos para o pagamento de taxas de publicação de artigos de seus pesquisadores em revistas que se comprometem a ampliar progressivamente suas atividades em acesso aberto.
Julia JaburJulia Jabur

Dessa forma, o Plano S conseguiu avançar, mas gerou um efeito colateral perturbador: a consolidação de um esquema no qual periódicos passaram a exigir taxas às vezes exorbitantes dos autores dos artigos científicos a fim de disseminá-los em acesso aberto. O modelo que se tornou prevalente é o do chamado acesso aberto dourado, por meio do qual os artigos são disponibilizados gratuitamente na internet tão logo publicado, desde que o autor pague APC. Segundo um relatório da cOAlition S, dos 168 mil artigos científicos publicados em 2022 que foram financiados pelas instituições integrantes do consórcio, quase 133 mil eram de acesso aberto. Desses, aproximadamente 64 mil saíram em periódicos com acesso ouro, que cobram APC dos autores, enquanto 42 mil foram publicados em revistas híbridas. Só 23,5 mil estavam disponíveis no modelo verde, um tipo de acesso aberto baseado em autoarquivamento, em que os artigos permanecem fechados para assinantes nos sites das revistas, mas se permite que os autores postem on-line uma versão do artigo em suas páginas pessoais ou em repositórios públicos institucionais. Outros 3,4 mil artigos seguem o modelo bronze, em que os papers são disponibilizados em acesso aberto a critério da editora e sem licença de reuso. Nem a via verde nem a bronze são alternativas aceitas pelo cOAlition S.

Os valores de APC podem variar muito �não é incomum que uma revista de prestígio cobre entre US$ 3 mil e US$ 6 mil para publicar um artigo � embora existam casos extremos. Há periódicos da coleção Nature em que o custo supera os US$ 11 mil. O crescimento desse esquema de financiamento gerou problemas graves para países de renda baixa e média, que não têm fôlego para negociar acordos vantajosos com editoras, nem dinheiro para pagar taxas muito caras. A FAPESP, por exemplo, patrocina a publicação de artigos de pesquisadores beneficiados com bolsas e projetos de pesquisa, mas estabeleceu um limite máximo de R$ 12 mil por artigo, o equivalente a US$ 2,4 mil. Valores superiores a este podem ser concedidos apenas em caráter excepcional e desde que bem justificados.

A distorção é admitida pelos líderes do consórcio. “Seria um fracasso da nossa parte se simplesmente substituíssemos um modelo em que as pessoas não podem ler um artigo porque isso tem um custo por outro em que autores não consigam publicar porque não podem pagar� disse à revista Nature Robert Kiley, chefe de estratégia do cOAlition S. Acusado de agravar desigualdades, o consórcio lançou uma proposta para introduzir faixas variáveis de APC de acordo com a renda dos países dos autores. A ideia é instituir quatro faixas para países com diferentes níveis de renda.

A bioquímica Alicia Kowaltowski, pesquisadora do Instituto de Química da USP, uma estudiosa do acesso aberto, analisou a proposta e ficou preocupada. Ocorre que os países foram agrupados segundo um índice de paridade de preços aferido pelo Banco Mundial e os pesquisadores do Brasil seriam penalizados, pagando 10% a mais do que o valor atual de APC para ajudar a financiar nações mais pobres, que teriam descontos. “Argentina, Belize, Brasil e Costa Rica, que são economias de rendimento médio-alto com baixos investimentos em ciência e tecnologia, estão no mesmo grupo de economias de alto rendimento com investimentos científicos muito mais substanciais, como Itália, Portugal, Coreia do Sul e Espanha� diz Kowaltowski, que escreveu um texto acerca da distorção na revista Times Higher Education em parceria com o físico Paulo Nussenzveig, da USP, e a cientista da computação Claudia Bauzer Medeiros, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trio de pesquisadores propõe que, em vez de descontos distorcidos, o consórcio adote critérios baseados em índices econômicos e de investimento científico mais realistas e impulsione de modo efetivo a comunicação por preprints.

Os preprints têm chance de ganhar mais espaço, pois são cada vez mais populares entre os pesquisadores e foram bem aceitos pelas editoras de revistas. Há outras ideias em debate. O linguista holandês Johan Rooryck, diretor-executivo do cOAlition S, expressou simpatia por um modelo disseminado no Brasil, o acesso aberto diamante ou platina. Ele envolve revistas integralmente de acesso aberto que não cobram APC dos autores e dependem de recursos de instituições e trabalho voluntário. Trata-se do conceito que inspirou a criação, em 1997, da biblioteca SciELO, plataforma que fornece infraestrutura para 300 periódicos do Brasil de acesso aberto e que tem sido financiada de modo quase exclusivo pela FAPESP.

Abel Packer, coordenador da SciELO, considera que há bastante espaço para ampliar o modelo diamante. Não prevê, entretanto, mudanças radicais. “O cOAlition S tem feito ações em ziguezague: queriam acesso aberto irrestrito, depois passaram a apostar em APC e agora falam em preprints e revistas diamante. Essa mudança, que é bem-vinda, requer uma discussão cuidadosa com a comunidade de pesquisa e implantação progressiva� afirma. Ele observa que apenas algumas centenas de revistas no mundo adotam o modelo diamante e não haveria capacidade de produção de artigos de uma hora para outra. A cobrança de APC se tornou tão prevalente que até mesmo algumas revistas de acesso aberto da SciELO passaram a adotá-la recentemente. “Houve escassez de financiamento à ciência no Brasil nos últimos anos que também atingiu as revistas acadêmicas e alguns dos nossos periódicos sem fins lucrativos começaram a cobrar taxas de autores para financiar parte de seus custos.�/p>

A proposta do cOAlition S está em consulta pública e não se tem ideia do que irá prevalecer em sua versão final. As editoras devem se opor à perda de protagonismo prevista, assim como resistiram ao primeiro desenho do Plano S. Um porta-voz da editora Wiley consultado pela revista Nature disse que o documento apresentado pelo consórcio tem “uma perspectiva interessante�e concorda que os pesquisadores devem ser capazes de escolher as revistas mais apropriadas para publicar seu trabalho, mas ressalvou: “Os editores têm um papel crucial a desempenhar na melhoria global do ecossistema de pesquisa� O avanço vai depender do grau de consenso e adesão a modelos que estão em discussão.

Um aspecto que pode ser decisivo é o caminho a ser trilhado nos Estados Unidos. O presidente Joe Biden instruiu todas as agências de fomento à pesquisa do país a exigirem acesso aberto a pesquisas financiadas pelo governo federal após sua publicação a partir de 2026, mas ainda não definiu qual modelo vai vigorar. A revista Science, que é mantida pela Associação Americana para o Avanço da Ciência, anunciou que não irá se tornar uma publicação de acesso aberto pela via dourada, mas permitirá que os autores arquivem uma cópia de seus artigos em repositórios públicos, tornando-os disponíveis para quem quiser ler. “�um caminho que pode ser promissor, porque é ao mesmo tempo inclusivo e não altera a estrutura das revistas� considera Alicia Kowaltowski.

Editores renunciam em protesto contra taxas de publicação elevadas

A cobrança de taxas de processamento de artigos (APC) consideradas exageradas vem criando conflitos entre empresas de comunicação científica e profissionais que atuam como editores e revisores de suas revistas. O site Retraction Watch, que reúne notícias e dados sobre artigos retratados, recentemente passou a compilar uma lista de periódicos que perderam um ou mais membros de seu corpo editorial por conta de desavenças. Dos 26 casos registrados desde 2015, sete foram motivados por divergência em relação à cobrança de taxas de processamento de artigos. Em julho de 2023, mais de 40 membros do corpo editorial da revista Critical Public Health renunciaram alegando sobrecarga de trabalho e discordância com a APC cobrada pela editora Taylor & Francis, que é de £ 2.700 por artigo, o equivalente a R$ 16,9 mil. “O custo é impossível para países menos favorecidos� informou a carta de renúncia. Outro caso rumoroso ocorreu em agosto de 2023, quando dois terços dos editores associados do Journal of Biogeography renunciaram em meio a uma briga com a editora Wiley.

Eles consideraram exorbitante a cobrança de taxas de US$ 4,8 mil (R$ 23,7 mil) para publicar um artigo em acesso aberto. Em abril, 42 editores de duas revistas científicas na área de neurociências renunciaram em protesto contra as taxas cobradas pela editora Elsevier para publicação de papers em acesso aberto. Enquanto a APC da revista NeuroImage: Reports era de U$$ 1.800 (R$ 8,9 mil), a da NeuroImage alcançava US$ 3.450 (R$ 17 mil).

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카지노사이트 쿠폰;온라인카지노, 카지노;카지노사이트킴 //emiaow553.com/divulgacao-cientifica-quem-sao-os-tiktokers-da-ciencia/ Fri, 02 Feb 2024 16:45:49 +0000 /?p=549916 The post Divulgação científica: Quem são os tiktokers da ciência appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Sarah Schmidt/Revista Pesquisa Fapesp

“Peraí, isso é um espelho convexo? A imagem dele é virtual, menor e direita, né?� indaga o físico Alexandre Rodrigues Barbosa, de 31 anos, em um vídeo em que interpreta uma pessoa que estudou conceitos de física para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os percebe nos detalhes do dia a dia. Vestido de bermuda e regata, ele caminha por cenários que vão mudando, graças a um fundo de tela verde (chroma key), recurso corriqueiro usado por criadores de vídeos do TikTok que permite projetar lugares ou objetos como cenários, enquanto o narrador aparece em primeiro plano. Barbosa usa o artifício para exibir a imagem de um arco-íris e explicar o fenômeno, entre outros exemplos que couberam no vídeo de pouco mais de 1 minuto que acumula 32,5 mil visualizações.

Barbosa concluiu em junho o doutorado na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com uma pesquisa sobre criação de conteúdo científico on-line e em seguida se tornou docente da instituição. Nas redes sociais, ele é o Afrofísico, perfil que criou durante a pandemia de Covid-19, em 2021, depois de tentar emplacar vídeos no YouTube que não tiveram muitas visualizações. “Eu ainda não estava dando aulas e queria falar de conceitos de física de maneira leve e divertida� conta ele, que acumula 107,9 mil seguidores no TikTok e 35,9 mil no Instagram. O físico faz parte de um time de estudantes, pós-graduandos e jovens professores que, desde a pandemia, incluíram em suas rotinas o hábito de se postarem à frente de celulares para gravar vídeos (em média, de 1 minuto e meio) sobre as mais diversas áreas da ciência, além de curiosidades sobre o mundo acadêmico, para um público amplo e igualmente jovem. Por conta própria, criam quadros, escrevem roteiros, interpretam personagens, editam vídeos no celular e os publicam para milhares de seguidores nas plataformas de vídeos curtos. Como reúnem uma comunidade virtual em torno de si, são convidados para ministrar palestras em universidades e recebem propostas de empresas para fazer “publis� conteúdos pagos que ajudam a complementar a renda. De acordo com dados de 2022 da empresa Insider Intelligence, as redes que mais cresceram em números de usuários na América Latina foram o Tiktok (11,8%) e o Instagram (3,2%). No Brasil, o Instagram contava com 113,5 milhões de usuários e o TikTok tinha cerca de 82 milhões no início de 2023, segundo dados compilados pelo site DataReportal, que reúne informações de materiais publicitários das empresas de tecnologia. Boa parte dos divulgadores de vídeos curtos sobre ciência iniciou suas atividades na pandemia, motivados pela vontade de combater a desinformação e pela possibilidade de usar o tempo livre em casa para divulgar ciência. “Na pandemia, mais pessoas passaram a falar sobre ciência nas redes sociais. Como o TikTok se popularizou nesse período, muitos divulgadores científicos passaram a usar essa rede e o Instagram, que também criou um formato de vídeos curtos, o Reels� observa Barbosa.
Carlos Stênio: séries de vídeos que associam biologia e cultura pop, tema de seu mestrado na UnicampCarlos Stênio: séries de vídeos que associam biologia e cultura pop, tema de seu mestrado na Unicamp. Imagem: Léo Ramos Chaves� Revista Pesquisa FAPESP
Foi também o caso do biólogo Carlos Stênio, de 28 anos, que faz mestrado em ensino e história de ciências da Terra, no Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2020, ele começou a postar vídeos curtos no Instagram sobre cultura pop e biologia, que mais tarde se tornariam o tema de sua pesquisa na pós-graduação, mas ainda de maneira esporádica. Na época, Stênio estava na graduação e tinha acabado de perder um emprego de vendedor de tintas industriais. “Recebi um contato do TikTok me incentivando para que, assim como outros colegas da área, eu participasse das campanhas produzindo vídeos educativos e de ciência por lá� conta. Segundo ele, a plataforma pagava um valor de acordo com o número de vídeos postados. “Em uma campanha ganhei o equivalente a seis meses de trabalho �antes, como vendedor, eu recebia um salário mínimo� lembra.

Desde então, decidiu se dedicar à produção de conteúdo para as redes sociais. Procurada por Pesquisa FAPESP, a rede TikTok não declarou quais ações promove para incentivar esse tipo de conteúdo. Outros entrevistados para esta reportagem confirmaram ter sido convidados para palestras, workshops e a participar de campanhas da plataforma. Em um de seus vídeos, que acumula 5,9 milhões de visualizações e mais de 4 mil comentários no TikTok, Stênio mostra duas lagartas, uma verde e outra laranja, ambas com manchas pelo corpo que parecem olhos, da espécie spicebush swallowtail (Papilio troilus), também chamadas de tigre oriental. E conta que foram elas que serviram de inspiração para o Caterpie, personagem do universo Pokémon. Outras produções da cultura pop como Bob Esponja, A era do gelo e Homem Aranha também aparecem nos vídeos para ilustrar o que há de biologia da vida real por trás dos personagens.

Ele mantém uma frequência alta de postagens para os seus 232,7 mil seguidores no TikTok e 100 mil no Instagram: sete vídeos por semana, um por dia �a mesma produção vai para as duas plataformas. Escreve os roteiros durante a semana e grava tudo de uma vez aos domingos. Faz a edição no celular, a não ser que seja um post de publicidade, pelo qual será pago. Nesse caso, contrata um editor freelancer para finalizar o conteúdo. “Já fui procurado para divulgar desenhos animados para a HBO, Disney e Netflix� conta. Assim como Barbosa, que já recusou publicidade por não se sentir à vontade para recomendar certos produtos, Stênio só aceita ofertas que tenham alguma relação com seu trabalho de divulgador. Segundo o biólogo, a renda obtida com a visibilidade nas redes sociais �proveniente da monetização dos vídeos, da coluna que mantém no site Vida de Bicho, da editora Globo, e da venda de livros e e-books que escreveu nesse período �corresponde hoje à metade de seus ganhos mensais. “Pretendo ser professor universitário e pesquisador, mas quero continuar com o trabalho de divulgação� conta. A bióloga Eduarda Melo, de 26 anos, conta que tem no trabalho nas redes sociais sua principal fonte de renda. Ela aprendeu a gostar de educação não formal e de audiovisual em atividades de criação de vídeos durante a graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ). Seu primeiro vídeo, sobre a proximidade evolutiva entre ursos e focas, foi publicado no final de 2022, no TikTok, Instagram e shorts �espécie de Reels �do YouTube. Ela soma atualmente 334 mil, 104 mil e 370 mil seguidores em cada uma dessas redes, respectivamente, onde é a “Biologueirinha� Na época, Melo trabalhava como educadora ambiental em uma empresa, mas não estava satisfeita. “Eu não era registrada como bióloga, recebia um salário mínimo e não via perspectivas de crescer� recorda-se. Em abril, pediu demissão. No tempo livre, voltou a gravar vídeos. “Meu terceiro vídeo atingiu 2 milhões de visualizações em dois dias no TikTok. Já no mês seguinte à saída do meu emprego anterior, ganhei mais que o dobro do que era o meu salário� diz, referindo-se ao valor que a plataforma pagou pelo volume de visualizações. Hoje, ela dedica todo o seu tempo para criar conteúdo e seu faturamento é composto pela monetização dos vídeos no Youtube, além das publicidades que faz para empresas. Em suas criações, ela conta curiosidades do mundo animal, tema mais pedido pelos seguidores, em meio a fotos, vídeos dos bichos e palavras que aparecem no meio da tela, além dos memes, como a canção “Careless whisper� do cantor britânico George Michael (1963-2016), tocada todas as vezes em que ela fala sobre reprodução, uma brincadeira entre os usuários da rede para assuntos ligados a romance e sedução. Melo leva até seis horas para pesquisar e escrever o roteiro de vídeos que têm até 3 minutos, faz as edições de todos eles e procura postar ao menos três por semana. Ela diz que gostaria de ampliar essa frequência, mas não consegue devido à complexidade do processo de produzir os roteiros. Seu público principal tem entre 18 e 26 anos.
Semelhança entre o pokémon Caterpie e lagartas em vídeo de Carlos Stênio, e Juliana Moraes, a @meninadospassarinhos: experiência com vídeos na universidade levou-a ao Instagram e TikTokSemelhança entre o pokémon Caterpie e lagartas em vídeo de Carlos Stênio, e Juliana Moraes, a @meninadospassarinhos: experiência com vídeos na universidade levou-a ao Instagram e TikTok. Imagens: TikTok | Ilustrações: Vitória Couto

O apelo que os bichos exercem sobre a audiência nas redes sociais também ajuda a explicar o sucesso dos vídeos da bióloga Juliana Moraes, de 26 anos, que faz doutorado no Programa de Ecologia da UFBA, em Salvador. Neles, as aves são as estrelas. Durante a graduação e o mestrado na mesma instituição, ela estudou o comportamento de corujas-buraqueiras (Athene cunicularia). Moraes gostou de conversar com o público durante um estágio como educadora ambiental e começou a investir nos vídeos. Em 2020, participou de um concurso de divulgação científica promovido pela universidade em que precisava explicar seu projeto de conclusão de curso em um vídeo de até 3 minutos. “Gravei e postei no TikTok, onde era mais fácil para editar� conta ela, que foi vencedora na categoria iniciação científica. “Depois disso, perdi a vergonha e não parei mais� conta a pesquisadora, que tem 53,5 mil seguidores no TikTok e 79,9 mil no Instagram �em ambos, apresenta-se como @meninadospassarinhos. “Essas atividades de divulgação valeram pontos no processo de seleção do meu doutorado� comemora.

A bióloga percebe que os públicos são diferentes de acordo com a plataforma: no TikTok, há mais adolescentes, com idade entre 16 e 23 anos; já no Instagram, o público principal está entre 25 e 30 anos. Eles acompanham os bastidores de seus trabalhos de campo e as dicas de como ingressar no mestrado, além dos vídeos em que ela comenta outras gravações que viralizaram na plataforma, mostrando situações ou comportamentos peculiares das aves. Em um deles, que tem 1,2 milhão de visualizações na rede chinesa, ela mostra como são os pássaros reais que aparecem em uma animação da Disney. Em média, leva 50 minutos para editar cada vídeo de pouco mais de um minuto.

Em outro vídeo, feito a pedido dos seguidores, ela comenta uma gravação em que uma pessoa pega e acaricia uma coruja-buraqueira para colocá-la próxima ao seu ninho, e explica que, por se tratar de um animal silvestre, a conduta não está correta �além disso, o animal estava visivelmente assustado e estressado. Uma de suas prioridades é atender aos pedidos dos seguidores. “Não adianta eu querer fazer conteúdo com coisas que apenas eu ache interessante� diz ela, que faz publicidades esporádicas �como para uma marca de camisetas para observadores de pássaros �e que já sofreu com os haters, que destilam ódio em comentários pela internet. “Os mais marcantes foram ataques xenófobos, que reclamavam do meu sotaque de Salvador. Hoje faço ainda mais questão de enfatizá-lo. Tenho orgulho de ser mulher, nordestina, cientista e divulgadora.�/p>

A bióloga Eduarda Melo, a “biologueirinha� e o casal de historiadores Julia e Jerson analisando o filme NapoleãoA bióloga Eduarda Melo, a “biologueirinha� e o casal de historiadores Julia e Jerson analisando o filme Napoleão Imagens: TikTok | Ilustrações: Vitória Couto

História e saúde pública

A possibilidade de compartilhar pesquisas de interesse do grande público, por terem conexão com seu dia a dia, motivou o casal de historiadores Jerson de Oliveira Fernandes Filho, de 26 anos, que cursa mestrado em história na UFF, e Júlia Costa da Silva Pedroso, de 25 anos, graduada na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a criar o canal Gole de História nas redes sociais, em 2021. Além do trabalho nas plataformas digitais, os dois também dão aulas particulares. Começaram com um vídeo de meia hora explicando curiosidades históricas do jogo de videogame Assassin’s Creed: Piratas, franquia conhecida por adaptações bem fundamentadas. “Não deu muito certo, tivemos poucas visualizações e sentimos que, naquele período, a internet caminhava para outro lugar: os vídeos de poucos segundos ou minutos� conta Fernandes Filho. Um amigo, então, sugeriu que testassem o TikTok. Hoje somam 67,7 mil seguidores na plataforma e 13,5 mil no Instagram. Levou um tempo para entenderem quais tipos de vídeos iam bem nas redes. Eles procuram fazer produções dinâmicas, com imagens de documentos e curiosidades sobre filmes, museus e músicas que permitam abordar o contexto histórico. “�preciso sair do castelinho e colocar o chapéu de historiador público. Afinal, qual artigo acadêmico tem 100, 200 mil visualizações, números que chegamos a alcançar em alguns vídeos?� pergunta o historiador. “Já recebemos fotos de três seguidores que estavam em trotes de faculdade, dizendo que conhecer o nosso trabalho ajudou na decisão de cursar história� conta Pedroso. O casal já fez publicidade para instituições e marcas �segundo Fernandes Filho, esses trabalhos, associados à monetização dos vídeos, chegaram a ser a principal fonte do orçamento doméstico por alguns meses. Os dois também contam que a empresa de educação onde dão aulas particulares considerou as atividades como divulgadores científicos nas redes sociais como um diferencial no processo seletivo. “�uma terceira via que se abre na nossa carreira, além da pesquisa e da sala de aula� avalia a historiadora. Fernandes Filho defende a importância do trabalho dos divulgadores. “Os jovens estudantes cada vez mais usam as redes sociais para fazer pesquisas escolares ou buscar conhecimento complementar às aulas. Então é melhor que pessoas que estão fazendo um trabalho sério ocupem esses espaços� afirma, ressaltando que, do contrário, os algoritmos das plataformas podem levar os usuários a conteúdos de divulgadores mal preparados e até propagadores de desinformação. Barbosa, da UFBA, também se preocupa com vieses dos algoritmos. Em sua tese de doutorado, ele refletiu sobre os dilemas que o divulgador enfrenta ao ficar refém da audiência das plataformas. “A ciência nas redes sociais é influenciada pela dinâmica dos algoritmos. O conteúdo precisa chamar a atenção e ter elementos de entretenimento para que a ciência se difunda. É preciso cuidado para não desviar do foco e produzir vídeos de qualidade� diz. O combate à desinformação permeia o trabalho da biomédica e neurocientista Mellanie Fontes-Dutra, de 31 anos, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS). Desde 2021, ela segue uma rotina de sentar-se diante de seu celular e gravar, dia sim, dia não, vídeos de saúde pública e combate à desinformação. Em um deles, feito no início de novembro de 2023, ela avisa, logo no início: “Não, pessoal, o governo do Canadá não disse que as pessoas vacinadas estão contraindo Aids� Palavras de destaque, trechos de notícias e gráficos dançam na tela para deixar a peça mais dinâmica. Tudo é editado por ela. Dutra desmentiu uma desinformação que estava circulando nas redes sociais de que pessoas que se vacinaram contra a Covid-19 estariam contraindo o HIV. Na gravação, ela explica a confusão e os modos reais de infecção. “Desinformação em saúde pode matar. Combatê-la passou a ser uma necessidade na pandemia. Mas elas ainda continuam circulando� diz ela, que equilibra a criação dos vídeos com as aulas que ministra na Unisinos e o estágio de pós-doutorado em virologia na Universidade Feevale. Apesar de já se dedicar a atividades de popularização da ciência desde 2015 �ela coordena o evento de divulgação científica Pint of Science da capital gaúcha �e compartilhar análises e explicações em seu perfil no X, antigo Twitter, em 2021 Dutra viu a necessidade de ir para as redes que congregam um público mais jovem, em que os vídeos curtos são o principal atrativo. Em outubro de 2023, suas postagens alcançaram 160 mil contas no Instagram, no qual tinha 27,9 mil seguidores; no TikTok são 1.380, e os vídeos alcançaram 7 mil visualizações. Em seu conteúdo, ela esclarece comunicados e notícias de instituições de saúde que geram dúvidas e podem ser um prato cheio para os conteúdos equivocados. Também faz posts em colaboração com outros colegas e integra o coletivo Todos pelas Vacinas, que fez uma série de campanhas ao longo da pandemia e continua reunindo divulgadores para reforçar a importância da vacinação. Ela chegou a fazer publicidade para uma empresa de análise de ancestralidade por meio do DNA e outra de aluguéis de casas, mas são atividades espaçadas. “Nosso trabalho muitas vezes é voluntário e precisa ser profissionalizado. É importante que existam iniciativas e editais que ajudem a valorizá-lo� defende a neurocientista. A audiência que influenciadores como ela têm alcançado sugere que os vídeos curtos podem ser mais uma ferramenta para aproximar a sociedade de assuntos científicos.

Para formar novos divulgadores da ciência

Vêm surgindo iniciativas para estimular a produção de vídeos curtos de qualidade, entre outras atividades de divulgação científica. A chamada Comunicar Ciência, lançada pela FAPESP em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho, oferecerá bolsas de jornalismo científico com duração de seis meses a estudantes de graduação vinculados a instituições do estado de São Paulo, para fazer divulgação científica de projetos apoiados pela FAPESP. As submissões podem ser feitas até 22 de janeiro de 2024. Os alunos escolherão um desses quatro formatos para suas produções: podcast, videorreportagem, reportagem escrita ou produção de vídeos de 2 a 5 minutos, para as redes sociais. “A ideia é treinar os alunos em novos formatos, como o das redes sociais que estão mais em voga, a exemplo do TikTok e do Instagram, com vídeos curtos que atinjam o público jovem� explica Patricia Tambourgi, gestora da chamada Comunicar Ciência e do Programa de Jornalismo Científico da FAPESP. Os bolsistas terão acesso a um curso on-line de técnicas de produção multimídia, oferecido pelo Canal Futura.

Dos desenhos para os livros didáticos

Kiko Mistrorigo, criador e diretor da animação “O show da Luna�ao lado de Célia CatundaKiko Mistrorigo, criador e diretor da animação “O show da Luna�ao lado de Célia Catunda. Imagme: Léo Ramos Chaves� Revista Pesquisa FAPESP

Animação de divulgação científica para a primeira infância, O show da Luna, que em 2024 completará 10 anos no ar, vai estrear nos materiais paradidáticos, em livros para a educação infantil (4 e 5 anos) e ensino fundamental (1º e 2º ano). “A ideia é que o material auxilie os professores no letramento científico dos alunos com um conteúdo lúdico e divertido� explica Kiko Mistrorigo, criador e diretor da animação ao lado de Célia Catunda. “Quando criamos a série, os protagonistas de desenhos de ciência eram sempre meninos e as meninas tinham um papel secundário. Por isso, colocamos a Luna como a personagem principal do desenho� complementa.

Assuntos como a vida dos dinossauros, o ciclo da água ou por que as cores se misturam são alguns temas de perguntas que a personagem de 6 anos faz nos episódios. “Os livros seguem a mesma linha de trazer perguntas instigantes para as crianças� diz Mistrorigo. Segundo ele, a previsão é de que os livros comecem a chegar a algumas escolas municipais do estado de São Paulo, que adquiriram o material, no começo do ano. O desenho também tem canais no YouTube, TikTok, Facebook e Instagram e é transmitido no canal a cabo Discovery Kids, na TV Cultura e na TV Brasil.

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온라인슬롯사이트;바카라사이트,카지노사이트,온라인카지노사이트 //emiaow553.com/brasil-aprova-venda-de-acessorio-de-celular-da-motorola-que-envia-mensagens-via-satelite/ Tue, 23 Jan 2024 20:05:36 +0000 /?p=547903 The post Brasil aprova venda de acessório de celular que envia mensagens via satélite appeared first on Giz Brasil.

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Recentemente, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou o Motorola Defy Satellite Link, um acessório para celular que oferece conectividade via satélite. Por isso, a expectativa é que as primeiras unidades do produto devem chegar ao mercado brasileiro em breve.

Ele é recomendado para pessoas que moram em áreas sem cobertura de rede móvel ou em regiões rurais. O produto é uma solução para aqueles que precisam se comunicar com amigos, familiares ou colegas de trabalho, mesmo estando em um local remoto.

Embora seja fabricado pela Motorola, empresa que hoje está sob o guarda-chuva de marcas controladas pela Lenovo, a conexão por satélite é fornecida pela Bullitt Group, companhia britânica especializada em serviços e hardware relacionados a telefonia móvel. Confira a apresentação do produto:

Mensagens via satélite

A Motorola apresentou o gadget no início do ano passado nos Estados Unidos e também na Europa. O dispositivo funciona conectado ao smartphone através da tecnologia Bluetooth. Dessa forma, ele torna o aparelho apto a enviar mensagens de texto via satélite.

Mesmo com o Satellite Link em mãos, os usuários ainda precisarão pagar uma assinatura mensal. O plano mais básico, por exemplo, oferece 30 mensagens e custa cerca de US$ 4,99. Por outro lado, o mais completo oferece aos assinantes 400 mensagens, que sai por US$ 29. Há ainda opção de contratação de um plano que exige um pagamento único de US$ 59 e oferece 250 mensagens por ano.

O acessório para celular ainda conta com certificação IP68 de resistência à água. Inclusive, o usuário pode mergulhar ele a uma profundidade de 1,5 metro por até 30 minutos.

Em sua página oficial, a Motorola ainda afirma que o produto é resistente a impactos e quedas. Aliás, a empresa diz que ele atende aos mais altos padrões estabelecidos pelo departamento de defesa dos EUA.

O site também enfatiza que o produto deve estar disponível no mercado brasileiro ainda este ano, mas a data em que isso deve ocorrer ainda segue uma mistério.

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바카라 하는 법;에볼루션 바카라 작업;바카라 양방 //emiaow553.com/gato-galatico-como-foi-a-transmissao-da-nasa-em-video-4k-de-pet-a-31-milhoes-de-km/ Sun, 24 Dec 2023 20:47:14 +0000 /?p=542530 The post Gato galático? Como foi a transmissão da NASA em vídeo 4K de pet a 31 milhões de km appeared first on Giz Brasil.

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Em 1928, uma estátua do personagem de desenho animado Felix, o Gato, foi apresentada em transmissões de teste de televisão. Agora, o animal segue sendo utilizado em experimentos tecnológicos, mas dessa vez direto do espaço. A NASA enviou um vídeo estrelado por um gato chamado Taters a cerca de 31 milhões de quilômetros de distância – algo próximo a 80 vezes o trajeto entre a Terra e a Lua. 

A gravação de alta qualidade tem 15 segundos e foi transmitida da sonda Psyche, que está no espaço viajando ao asteroide de mesmo nome. No entanto, o gatinho não está viajando por lá.

“Nada em Psyche gera dados de vídeo, então normalmente enviamos pacotes de dados de teste gerados aleatoriamente”, explicou Bill Klipstein, gerente de projeto de demonstração de tecnologia do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da NASA.

Por isso, gravaram o gato malhado de laranja de um dos funcionários do JPL para usar no teste. Assim, nas imagens, é possível ver o bichinho perseguindo um ponteiro laser. Confira abaixo.

O trajeto por infravermelho

Da missão espacial Psyche, o vídeo foi transmitido por sinais de laser infravermelho para o telescópio Hale, no Observatório Palomar da Caltech, nos Estados Unidos, onde foi baixado. Depois, foi enviado “ao vivo” para o JPL. No total, a tecnologia levou apenas 101 segundos para concluir a transmissão.

“Esta conquista destaca nosso compromisso em avançar nas comunicações ópticas como um elemento-chave para atender às nossas futuras necessidades de transmissão de dados”, disse Pam Melroy, administradora adjunta da NASA. 

De acordo com a especialista, o avanço dessa tecnologia pode ocasionar a transformação da comunicação durante futuras missões interplanetárias. 

O sucesso do experimento com o vídeo do gato é um marco. Isso porque a comunicação a laser é projetada para transmitir dados do espaço a taxas de 10 a 100 vezes maiores que os sistemas de radiofrequência. Atualmente, as missões espaciais utilizam esse método.

Em geral, o objetivo é garantir uma tecnologia de comunicação que viabilize o próximo grande salto da humanidade: enviar humanos a Marte. Para isso, é preciso que ela seja capaz de enviar informações científicas complexas, imagens em alta definição e vídeos.

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룰라벳 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/selfies-estudo-revela-como-elas-podem-ser-usadas-para-comunicar/ Wed, 01 Nov 2023 19:10:58 +0000 /?p=529901 The post Selfies: estudo revela como elas podem ser usadas para comunicar appeared first on Giz Brasil.

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Usando diferentes técnicas de pintura, humanos fazem autorretratos muito antes do surgimento das fotografias, há 200 anos. Só que a possibilidade de fazer registros imediatos pelo celular criou um fenômeno completamente novo: as selfies.

Anteriormente, estudos concluíram que as pessoas que tiram selfies têm três objetivos principais: auto expressão, documentação e performance. 

Agora, cientistas da Universidade de Bamberg, na Alemanha, decidiram investigar a maneira como essas fotografias têm sido usadas para comunicar. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Frontiers in Communication.

Entenda a pesquisa

Os pesquisadores selecionaram um conjunto de mil selfies de teste a partir de um banco de imagens chamado Selfiecity. Eles usaram apenas autorretratos sem texto, registrados por uma câmera móvel, com tamanho padrão e em um fundo cinza simples.

Em seguida, recrutaram 132 participantes para a pesquisa, que analisaram 15 selfies cada um.

Para entender que tipos de significado as pessoas atribuem aos diferentes autorretratos, os pesquisadores pediram às pessoas que descrevessem suas primeiras impressões de cada imagem.

Então, eles processaram todas as informações, agrupando-as em 26 categorias diferentes. Depois, os cientistas analisaram com que frequência essas categorias apareciam nas respostas e também se apareciam juntas.

Por fim, os pesquisadores identificaram cinco grupos temáticos que englobavam todas categorias descritas. Por exemplo, no grupo de “traço”, eles incluíram imagens que evocavam interpretações relacionadas à personalidade. 

Já no grupo de “imaginação”, eles inseriram fotos que levaram os entrevistados a imaginar onde a pessoa da imagem estava ou o que estava fazendo no momento do registro.

O maior grupo foi chamado “estética”, e continha autorretratos que mostravam o estilo do indivíduo.  Menos populares, mas ainda com várias imagens, foram os grupos “estado” e “teoria da mente”.

O primeiro incluía fotos que olhavam para o humor ou atmosfera, enquanto o segundo trazia imagens que induziram os entrevistados a fazer suposições sobre os motivos ou identidade do dono da selfie. 

Selfies como expressão

De modo geral, os pesquisadores acreditam que o estudo mostrou que os participantes estavam atentos para a linguagem visual que as pessoas nas selfies usaram para comunicar diferentes aspectos de si mesmos — o que vai da roupa até a expressão facial.

“Ficamos bastante impressionados com a frequência com que a categoria ‘teoria da mente’ foi expressa, porque essa é uma maneira muito sofisticada de comunicar sentimentos e pensamentos internos”, disse Tobias Schneider, autor do estudo. 

Para os pesquisadores, isso mostra como as selfies podem ser eficazes em termos de comunicação. Ainda assim, eles apontaram que as categorias podem não ser expressas ou compreendidas da mesma forma em todo o mundo.

Por isso, mais pesquisas sobre os autorretratos são necessárias. “A pesquisa nunca acaba. Precisamos de mais relatórios gratuitos sobre selfies, mais descrições de como as pessoas se sentem em relação às pessoas e cenários retratados, para entender melhor como as selfies são usadas como uma forma compacta de comunicação com os outros”, explica Schneider.

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UEFA 챔피언스리그 결승 분석 23-24 챔스 토토 사이트 //emiaow553.com/discord-anuncia-novas-medidas-para-aumentar-seguranca-de-menores/ Mon, 23 Oct 2023 16:03:37 +0000 /?p=527429 The post Discord anuncia novas medidas para aumentar segurança de menores appeared first on Giz Brasil.

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O Discord, mensageiro que faz sucesso principalmente entre o público gamer, anunciou novos recursos de segurança para garantir uma navegação mais segura para crianças e adolescentes.  A nova “Assistência de Segurança�vai oferecer aos usuários um filtro de conteúdo sensível e alertas de mensagens de desconhecidos via DM.

Além disso, a plataforma está implementando um sistema que notifica de forma explícita os infratores e explica detalhadamente as regras que foram violadas. A ideia é oferecer, assim, uma maior transparência durante a utilização.

O que há de novo

Listamos abaixo as duas principais novidades da política de segurança do Discord:

Alertas de segurança

Quando um menor receber um alerta pela primeira vez, o Discord analisará a necessidade do envio de uma notificação com sugestões de segurança e orientações para fazer denúncias.

Filtro de conteúdo sensível

O Discord também vai implementar filtros automáticos para fotos com conteúdos sensíveis enviadas para menores via mensagem direta ou em grupos.

Usuários que violarem regras da plataforma receberão uma notificação com detalhes sobre as diretrizes violadas e quais serão as consequências da infração. Eles também serão informadas sobre as medidas tomadas pela plataforma e, a depender da gravidade, podem ser punidos em âmbito legal.

Quadrilhas de assédio e aliciamento de menores funcionavam pelo Discord

Esta é mais uma das ações anunciadas pela empresa no Brasil após a veiculação de reportagens especiais no Fantástico, da TV Globo, que revelaram o submundo de grupos que promovem ódio e violência dentro da plataforma.

Além do compartilhamento de conteúdos de violência explícita contra pessoas e animais, algumas adolescentes, coagidas por agressores, foram submetidas a situações degradantes, inclusive com conteúdo sexual explícito — o que a Polícia Civil classifica como estupro de vulnerável.

Após a denúncia do programa, o Discord se defendeu, alegando que possuía mecanismos de segurança para proteger menores de idade, mas não reconheceu que as medidas adotadas até então possuíam brechas. Pouco tempo depois, a plataforma apresentou as primeiras atualizações para aumentar a segurança de usuários menores de idade.

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필리핀 호텔카지노;카지노사이트, 카지노;카지노사이트킴 //emiaow553.com/influenciadores-superam-jornalistas-como-fonte-de-noticias-diz-reuters-institute/ Fri, 23 Jun 2023 17:10:40 +0000 /?p=499638 The post Influenciadores superam jornalistas como fonte de notícias, diz Reuters Institute appeared first on Giz Brasil.

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Influenciadores digitais e celebridades estão tomando cada vez mais o espaço dos jornalistas como principal fonte de notícias para os jovens. As informações chegam para a maioria dos usuários do TikTok, Instagram e Snapchat por meio dessas personalidades.

É o que mostra o relatório “Digital News Report”, do Reuters Institute, organização de pesquisas sobre jornalismo e consumo de informação vinculada à Universidade de Oxford. O material publicado neste mês constata que 55% dos usuários do TikTok e 52% dos usuários do Instagram acessam notícias dessa forma.

Por outro lado, 33% a 42% chegam às notícias pelos perfis dos principais veículos de comunicação e jornalistas nas plataformas. O relatório considerou as redes TikTok, Snapchat e Instagram por serem as mais populares entre o público jovem. Já no Twitter e Facebook o movimento é oposto, com influência maior de jornalistas e menor de influenciadores. O levantamento sugere que isso acontece por causa do diferente perfil das pessoas que acessam as redes. “Enquanto os jornalistas lideram frequentemente as conversas em torno das notícias no Twitter e no Facebook, eles lutam para chamar a atenção em redes mais recentes, como o Instagram, o Snapchat e o TikTok� afirma o relatório. O mapeamento foi realizado em 46 países com cerca de 94 mil entrevistados.

Perfis bombando no TikTok

Para os jovens, as “notícias�não são apenas o tradicional foco na política e nas relações internacionais, mas qualquer coisa nova que esteja acontecendo em qualquer área da vida, disse Nic Newman, o principal autor do estudo, à AFP.

Dentro de “qualquer coisa nova” estão assuntos como esportes, entretenimento, atualizações de celebridades, assuntos atuais, cultura, artes e tecnologia, por exemplo.

Newman destaca personalidades como o britânico Matt Welland, que discute assuntos atuais e a vida cotidiana no TikTok para os seus 2,8 milhões de seguidores. No Brasil, o perfil da cantora Anitta é um dos maiores na rede social, com 22,3 milhões de seguidores.

Já o portal de notícias G1, por exemplo, contabiliza 1,6 milhões de fãs na plataforma. “Pode ser uma celebridade, como um jogador de futebol, falando sobre um acontecimento da atualidade� disse Newman. Neymar, por exemplo, tem 31,1 milhões de seguidores no TikTok.

Guinada do Facebook

O Facebook continua a ser a principal fonte de notícias entre as redes sociais em todo o mundo, mas sua influência está diminuindo. Pelo menos 28% dos entrevistados disseram que utilizam a plataforma para obter notícias. Em 2016, esse número chegava a 42%. Isto reflete o fato de o Facebook ter se afastado do compartilhamento de notícias e ter voltado o foco para família e amizades. Além disso, os jovens têm optado mais pelas redes sociais mais fortes em vídeos, como o TikTok e o YouTube. O levantamento também aponta que o TikTok é a rede social que mais cresce no mundo. Até 20% dos jovens de 18 a 24 anos usam a plataforma para notícias, um aumento de 5% em relação ao ano passado. O maior desafio para os meios de comunicação tradicionais é o número cada vez menor de pessoas que acessam os sites dos veículos. Só 22% dos entrevistados disseram consumir notícias nesses canais. O número representa uma queda de 10 pontos percentuais desde 2018. A pesquisa também mostra que 48% das pessoas dizem estar muito ou extremamente interessadas em notícias, número inferior aos 63% registrados em 2017. O Reuters Institute for the Study of Journalism é financiado pela Thomson Reuters Foundation, o braço filantrópico da Thomson Reuters.

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미니게임 정류장 Archives;카지노사이트킴 //emiaow553.com/ciencia-pode-ter-descoberto-a-melhor-forma-de-chamar-um-gato/ Tue, 09 May 2023 12:24:37 +0000 /?p=488385 The post Ciência pode ter descoberto a melhor forma de chamar um gato appeared first on Giz Brasil.

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Imagine a cena: você está no meio da chuva e encontra um gatinho perdido. Seu primeiro impulso é ajudá-lo a encontrar abrigo, mas ele não responde às suas tentativas de contato. Esqueça o “pspsps”. Esse cenário hipotético poderia terminar de forma mais amigável (e menos molhada) se, em vez de emitir sinais vocais, você investisse no contato visual com ele. 

É o que mostra uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Etologia Comparada e Cognição da Universidade de Paris Nanterre, na França, publicada em 3 de maio na revista Animals. 

Segundo o estudo, um gato responde mais rápido quando humanos estranhos usam sinais vocais e visuais para chamar sua atenção. Além disso, esses animais ficam mais estressados quando humanos os ignoram completamente. 

Para entender o comportamento felino, os pesquisadores usaram 12 gatos que vivem em uma cafeteria na capital francesa. Na primeira etapa, a líder do estudo, Charlotte de Mouzon, acostumou os animais com sua presença. 

Depois, os colocou em diferentes cenários, onde havia, ou não, interação vocal, visual e gestual com os animais. Depois de diversas horas, a equipe de cientistas identificou que os gatos se aproximavam mais de Mouzou quando o interlocutor usava a fala e os chamava a olhar para ele. 

Isso não é exatamente uma novidade: tanto humanos quanto animais depreendem mais atenção quando direcionam o olhar para o alvo. Mas algo inesperado chamou a atenção: nos testes com estranhos, os gatos responderam mais rápido às pistas visuais do que vocais. 

Para chamar a atenção, olhe para o gato

Essa percepção foi surpreendente porque é comum que os tutores adotem uma “voz de gato�para chamar esses animais pois imaginam que, dessa maneira, eles respondem melhor às vocalizações. 

De fato, uma pesquisa da mesma instituição publicada em outubro sugere que gatos de estimação podem facilmente distinguir a voz dos donos da de estranhos. Esses animais também identificam claramente quando seu tutor fala diretamente ou se refere a eles. 

Mas isso não parece ser verdade quando o interlocutor dos felinos não é seu tutor, mas uma pessoa estranha. “Isso mostra que não é a mesma coisa para um gato se comunicar com seu dono e com um desconhecido� disse Mouzon ao Gizmodo EUA. 

Sinais de desconforto 

O estudo também identificou que os gatos tendem a abanar o rabo com mais frequência em cenários de vocalização e também quando são totalmente ignorados. Dessa forma, diferente dos cachorros, que abanam o rabo como um sinal de felicidade, os felinos só fazem isso quando estão estressados ou desconfortáveis. 

“O abanar do rabo é mais uma evidência de que os gatos se sentem mais confortáveis ​​com sinais visuais ou combinados de estranhos humanos”, completou Mouzon.

Segundo a pesquisadora, o estresse ao serem ignorados pode ser um sinal da incongruência da situação. Ou seja, quando os gatos estão em uma sala com um humano, eles esperam interagir com o visitante, e não serem excluídos. 

“Assim como os humanos, os gatos também podem sentir desconforto quando não conseguem ler facilmente as intenções de outra pessoa em uma sala� explicou ela, por fim.

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슬롯게임 당첨 확률 개요;온카패스- 온라인 카지노 사이트  //emiaow553.com/humanos-podem-comunicar-com-animais-estudo-suico/ Sun, 11 Dec 2022 23:11:48 +0000 /?p=454928 The post Humanos podem se comunicar com animais? Estudo suíço sugere que sim appeared first on Giz Brasil.

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Se você escutar uma conversa atrás da porta, provavelmente será capaz de deduzir se os indivíduos envolvidos no diálogo estão felizes, tristes, nervosos ou neutros. Isso ocorre porque os humanos conseguem reconhecer o tom de voz de outras pessoas mesmo sem vê-las e, consequentemente, inferir seus sentimentos a partir da maneira como ela fala.

Um estudo publicado na Royal Society Open Science sugere que tal habilidade não se restringe a nossa espécie. Durante testes, voluntários humanos foram capazes de compreender a situação emocional de animais como porcos e cavalos apenas pelos sons emitidos por eles. 

A pesquisa realizada pelos cientistas da ETH Zürich, na Suíça, sugere que as informações difundidas através dos sons podem ser transmitidas de maneira semelhante entre as espécies. 

Para o estudo, foram considerados cavalos, porcos, cabras, gado, cavalos-de-Przewalski (cavalos selvagens) e javalis. Também foram gravadas vocalizações humanas para fins de comparação.

Os animais foram gravados em contextos positivos e negativos, como ao receber comida antes do horário comum ou durante o isolamento. As falas humanas também representavam momentos de raiva, medo ou alegria. 

Os áudios foram apresentados a 1.024 participantes de 48 países. Ao ouvir algumas gravações, os voluntários tinham que dizer se o som apresentado tinha uma intensidade emocional alta ou baixa, enquanto em outros deveriam classificar a emoção expressada ali como positiva ou negativa.

Para os humanos, os participantes avaliaram corretamente a intensidade emocional do indivíduo em 54,1% das vezes e o tipo de emoção em 55,3% das vezes. Mas o que impressionou foram os números ligados aos animais. 

A intensidade emocional dos porcos e cavalos foi avaliada corretamente em 59% e 58% das vezes, respectivamente. Já o tipo de emoção foi apontado de forma certeira em 58% e 64% das vezes, respectivamente.

As porcentagens sugerem que os humanos são capazes de compreender outras espécies a partir de suas vocalizações e, com um pouco mais de treinamento, estariam prontos para lidar com os animais no dia a dia. Fazendeiros e criadores de animais seriam beneficiados, podendo reconhecer o estado emocional de seus animais e promover o bem-estar das espécies.

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파라오카지노 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰;온라인바카라 //emiaow553.com/bbc-comemora-100-anos-hoje-com-site-e-lembrando-gafe-ao-vivo/ Tue, 18 Oct 2022 18:53:34 +0000 /?p=444866 The post BBC comemora 100 anos hoje com site e lembrando gafe ao vivo appeared first on Giz Brasil.

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A BBC, emissora estatal do Reino Unido, completa cem anos de existência nesta terça-feira (18) com um site comemorativo que relembra os seus principais marcos no jornalismo e na comunicação global. 

A emissora nasceu como o primeiro serviço diário oficial de rádio de Londres em 1922, depois de fechar várias estações amadoras. A primeira transmissão televisiva só foi acontecer oito anos depois, em 1930. 

No site especial, a BBC traz à tona curiosidades e lembranças dos principais acontecimentos da História moderna. As ondas de rádio e TV narram fatos desde antes da Segunda Guerra Mundial até a ascensão e queda de governos atuais. 

Paralelamente ao site, um momento hilário foi lembrado hoje nas redes sociais: a entrevista inusitada do taxista e então candidato à vaga de emprego Guy Goma, em 2006. Ele foi chamado para falar ao vivo na TV após ser confundido com o especialista em tecnologia Guy Kewney. 

Goma entra no estúdio e a entrevistadora começa a questioná-lo sobre o processo judicial da Apple Computer contra a Apple Corps — a gravadora dos Beatles. Ele começa a responder e chega até a prever que as pessoas iriam ouvir música online. Embaraçoso e lindo de ver. 

Entrou para a História 

Há outros marcos importantes na história da BBC que demonstram o avanço dos tempos. A emissora só teve um programa liderado por uma mulher, Sheila Borrett, 11 anos depois de começar as transmissões, em 1933. Quase 20 anos desde a fundação, em 1941, a empresa contratou sua primeira mulher negra, a produtora Una Marson. 

Também em 1941, o então primeiro-ministro britânico Winston Churchill difundiu, via BBC, o que talvez tenha sido o primeiro viral da história: o “V de Vitória� Nas transmissões, o político encoraja o uso do símbolo no combate à Alemanha nazista. 

BBC comemora 100 anos hoje com site e lembrando gafe ao vivoSímbolo “V de Vitória” de Winston Churchill. Imagem: BBC/Reprodução

Em 1953, a BBC transmite ao vivo a coroação da rainha Elizabeth 2ª para mais de 20 milhões de pessoas na Europa. O momento é emblemático: além da tecnologia, é a primeira vez que a população tem acesso ao rito de coroação dos monarcas britânicos. 

Em 1967, a BBC começava a era de televisão em cores. No Brasil, isso aconteceu cinco anos depois, em 1972. 

A emissora britânica também transmitiu a primeira ida do Homem à Lua, em 1969. As imagens vieram via satélite e foram vistas por 22 milhões de espectadores simultâneos no Reino Unido.

A BBC ganhou seu primeiro site em 1997. A emissora já estava online desde 1994, mas ainda não tinha um espaço centralizado. À época, os diretores pediram ajuda para as “equipes jovens�para criar o espaço na internet. Entrou para a história. 

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에스크토토 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/ia-consegue-detectar-palavras-a-partir-de-pensamentos-com-ate-73-de-precisao/ Fri, 09 Sep 2022 13:44:53 +0000 /?p=438056 The post IA consegue detectar palavras a partir de pensamentos com até 73% de precisão appeared first on Giz Brasil.

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Pesquisadores da Meta, empresa responsável pelo Facebook, estão desenvolvendo uma inteligência artificial (IA) capaz de decodificar a linguagem humana. Os cientistas esperam que a nova tecnologia seja capaz de ler as ondas cerebrais de uma pessoa, adivinhando o que o indivíduo gostaria de dizer apenas com base em seus pensamentos. 

A iniciativa ajudaria pessoas que sofreram lesões cerebrais traumáticas e não conseguem se comunicar falando, digitando ou fazendo gestos. Para testar a funcionalidade da IA, a equipe analisou a atividade cerebral de 169 participantes adultos saudáveis ​​que ouviram histórias e frases em voz alta. Escritores como Ernest Hemingway e Lewis Carroll tiveram suas obras citadas na pesquisa. 

Então, os cientistas submeteram as informações obtidas a um programa de IA. Antes disso, o software já havia recebido 56 mil horas de gravações de fala de 53 idiomas. A premissa é simples: a IA deve encontrar padrões, observando o comportamento do cérebro em determinadas palavras e adivinhando o que a pessoa está pensando.

Nos testes, o programa citou a resposta certa em suas dez primeiras suposições em 73% das vezes, o que foi considerado um bom resultado pelos cientistas. Porém, há muito trabalho pela frente. 

O aparelho de magnetoencefalografia usado para medir as ondas cerebrais de maneira não invasiva é caro e inacessível. Além disso, a IA só foi capaz de decifrar as informações corretamente porque recebeu uma lista finita de possibilidades, o que não aconteceria no mundo real.

Por fim, o software se concentrou em pessoas que estavam ouvindo uma história, o que é menos relevante para pacientes que não conseguem se comunicar. Para estes indivíduos, o ideal é que a IA pudesse descrever a sensação de fome, o desconforto ou mesmo respostas curtas como “sim�ou “não�

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