login bet365bet365 promobet365 odds / Vida digital para pessoas Thu, 17 Oct 2024 15:08:51 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ????????????, ????????????? / 32 32 ?????? ?????????????? //emiaow553.com/cientistas-criam-planta-artificial-que-limpa-o-ar-e-gera-eletricidade/ Thu, 17 Oct 2024 18:11:35 +0000 //emiaow553.com/?p=603380 Os cientistas da Universidade de Binghamton (EUA) afirmam que a planta artificial reduz 90% dos níveis de CO2 em ambientes fechados

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Cientistas da Universidade de Binghamton, em Nova York, EUA,  criaram uma planta artificial com habilidades fenomenais, que consegue limpar o ar e também gerar eletricidade.

Em um estudo publicado em agosto, os cientistas afirmaram que a criação da planta surgiu por diversão.

Enquanto brincavam com a combinação de cinco células fotovoltaicas biológicas e bactérias fotossintéticas, os cientistas perceberam sua aplicação prática.

Atualmente, a criação é uma prova de conceito, ou seja: um modelo prático para estabelecer o conceito teórico da criação.

A planta artificial possui cinco folhas artificiais que geram oxigênio limpo e removem CO2 do ar, com capacidade de gerar energia para ligar uma lâmpada.

Além disso, ela remove CO2 de maneira mais eficiente que plantas naturais. Portanto, a planta artificial pode se tornar uma opção viável para limpar o ar em prédios e residências.

De acordo com os cientistas, a planta artificial consegue fazer fotossíntese usando luz artificial interna em vez da luz solar. Quanto à capacidade de limpar o ar, os cientistas afirmam que a planta artificial reduz 90% dos níveis de CO2 em ambientes fechados. 

Plantas naturais conseguem reduzir apenas 10% dos níveis de CO2. Desse modo, caso a invenção se torne uma realidade, a planta artificial pode ser uma opção viável no auxílio ao combate à crise climática. 

Aliás, o potencial de gerar eletricidade através da fotossíntese artificial pode representar uma nova forma de energia limpa e renovável.

Seokheun “Sean?Choi, co-autor do estudo, afirma que planeja integrar a planta artificial a um sistema de armazenamento de energia, como baterias de lítio-íon ou supercapacitores.

A intenção dos cientistas é que a planta artificial consiga gerar eletricidade suficiente para usos práticos, como carregar um celular.

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?????: 2023 ??? ????? ???? ??? ???? ?? ?? //emiaow553.com/pesquisa-mostra-capitais-na-contramao-de-meta-para-reducao-de-emissoes/ Sun, 13 Oct 2024 18:37:41 +0000 //emiaow553.com/?p=602279 Iniciativas nas áreas de transporte e energia podem cortar emissões

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Texto: Léo Rodrigues/Agência Brasil

Em meio ao processo eleitoral municipal, a ausência de respostas para uma pergunta incomoda pesquisadores e ativistas ambientais: o que os candidatos propõem para enfrentar a crise climática e reduzir a emissão de gases de efeito estufa? A cobrança por medidas que enfrentem a questão ganha ainda mais peso em meio às intensas queimadas que vêm atingindo diferentes localidades do país e chegaram a gerar nuvens de fumaça em cidades como São Paulo e Belo Horizonte.

O biólogo Conrado Galdino, professor e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), destaca que o enfrentamento a esses incêndios é atribuição principalmente de órgãos ligados aos governos estaduais e ao governo federal. Ainda assim, ele afirma que os municípios podem adotar algumas iniciativas e argumenta que a simples piora da qualidade do ar deveria motivar os candidatos a prefeito a discutir medidas pertinentes.

“Traz muito preocupação essa grande quantidade de emissão decorrente dessas queimadas. Só aumenta a urgência da redução das emissões. Eu acho que isso precisava ser mais enfatizado, ou melhor, priorizado nas propostas dos candidatos”, diz Conrado Galdino.

Dados de um levantamento desenvolvido pela organização não governamental Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) revela o tamanho do desafio: considerando a meta fixada pela Agenda 2030, seria preciso cortar mais da metade do volume de emissões líquidas em cinco das dez capitais mais populosas do país. Nas demais, a redução seria de pelo menos 30%.

A Agenda 2030 foi estabelecida pelos 193 Estados-Membros da ONU na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável ocorrida em 2015. Ela fixou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e cada um deles se desdobra em um conjunto de metas. Uma delas diz respeito às emissões líquidas de gás carbono: chegar a 0,83 tonelada por habitante.

O levantamento do ICS foi realizado com base no Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Ele é mantido pelo Observatório do Clima, uma rede de entidades ambientalistas da sociedade civil brasileira. Os dados mais recentes têm como referência o ano de 2022. O ICS buscou reunir algumas informações justamente com o objetivo de cobrar propostas dos candidatos para temas considerados urgentes.

Entre as dez cidades mais populosas, Manaus lidera o ranking com 3,06 toneladas por habitante, seguida do Rio de Janeiro (2,03) e de Belo Horizonte (1,82). O melhor desempenho é o de Salvador (1,19). Para Galdino, apesar de o controle das emissões de gases depender em grande parte do Legislativo e do Executivo federal, a prefeitura tem como dar contribuições importantes, e seu papel não deve ser menosprezado. “O município pode fazer muita coisa”, afirma.

Ônibus movido a hidrogênio desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Ônibus movido a hidrogênio desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Imagem: UFRJ/Divulgação

De acordo com Marco Antonio Milazzo, professor do curso de arquitetura e urbanismo na unidade da faculdade Ibmec localizada no Rio de Janeiro, existem três frentes em que a atuação das prefeituras pode trazer resultados importantes: transporte, consumo de energia e gestão do lixo.

“O município pode regulamentar o transporte e investir em modais que emitam menos gases de efeito estufa. Por exemplo, criar mais faixas de ciclovias e mais linhas de transporte público. É fundamental adotar medidas que contribuam para a redução do uso de transporte individual”, explica Marco Antonio Milazzo.

O professor destaca algumas experiências que já estão sendo adotadas em algumas cidades, como a eletrificação do transporte público. Ainda que a energia elétrica também esteja associada à emissão de gases, o volume seria muito inferior quando comparado com o diesel. Milazzo destaca também que já existem veículos movidos a hidrogênio, mencionando inclusive pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Outra iniciativa bem avaliada por ele é a implantação da tarifa zero no transporte público, adotadas em algumas cidades do país. “Você não paga. O transporte é gratuito. É um incentivo para que as pessoas usem o ônibus em vez de usar seu automóvel.”

Milazzo explica também que a destinação incorreta do lixo está associada a uma alta emissão de gás de efeito estufa, razão pela qual as prefeituras devem eliminar os lixões e investir mais nos aterros sanitários. Em outra frente, ele considera que a administração municipal deve trabalhar pela diminuição no consumo de eletricidade, o que contribui indiretamente para a queda na emissão de gases de efeito estufa.

“Qualquer medida que a prefeitura possa adotar para economizar energia elétrica tem um efeito positivo. Pode também investir em energia solar e em energia eólica como alternativa inclusive para a iluminação pública. Da mesma forma, a economia de combustíveis é fundamental. A prefeitura pode adotar medidas para reduzir o consumo de gasolina e diesel na administração municipal”, acrescenta.

O professor cita ainda uma quarta frente, que considera mais complicada: controlar o crescimento urbano. A expansão desregulada, segundo explica, agrava os problemas ligados ao transporte e ao lixo.

Contramão

Belo Horizonte é um exemplo emblemático do atual cenário. Na contramão da meta da Agenda 2030, a capital mineira vem registrando um aumento no volume de emissões líquidas. Uma tendência de queda chegou a se iniciar no ano de 2017, mas foi interrompida em 2020. Após dois anos de alta, as emissões de gás carbônico atingiram 1,82 tonelada por habitante em 2022, ano dos últimos dados incluídos no SEEG. É o pico registrado no levantamento, que reúne informações desde 2015.

O biólogo Conrado Galdino, que acompanha de perto a cidade, avalia que o transporte figura como principal “vilão” das emissões. Ele também destaca o impacto relevante dos resíduos e menciona uma peculiaridade da capital mineira: um grande volume de emissões se associa à produção mineral. “Nesse caso, depende muito mais da atuação em âmbito federal. Mas o município pode pensar, por exemplo, em oferecer benefícios para as indústrias menos poluidoras ou avaliar políticas tributárias.”

Nos últimos anos, a mobilização da população de Belo Horizonte em defesa da preservação da Serra do Curral, considerado cartão-postal da cidade, gerou cobranças para que o município atuasse para coibir devastações decorrentes da mineração. Como um dos resultados dessa pressão, a prefeitura chegou recentemente a um acordo com a Empresa de Mineração Pau Branco (Embrapa) para o fechamento das atividades da Mina Granja Corumi e doação do terreno ao município, para que seja anexado ao Parque das Mangabeiras, após a recuperação da área.

Parque das Mangabeiras, na capital mineira

Parque das Mangabeiras, na capital mineira. Imagem: Prefeitura de Belo Horizonte/Divulgação

Segundo Galdino, os avanços em questão ambiental dependem do comportamento da população. Por essa razão, ele acredita que as medidas mais importantes que os municípios podem promover são voltadas para o processo educativo.

“A gente precisa de uma sociedade sensibilizada para as mudanças ou para a necessidade de mudanças. Não adianta ter uma política de papel, e a sociedade não levá-la em consideração no cotidiano. Sem sombra de dúvidas, é preciso um forte investimento em educação para gerar essa sociedade mais inclinada a aceitar as mudanças, inclusive algumas mudanças que vão na direção oposta à sensação de bem-estar que a gente tem hoje dentro do sistema em que vivemos”, observa Conrado Galdino.

Sensibilidade

Para o biólogo, a partir do momento em que a população se mostrar mais sensível à temática ambiental, os políticos terão mais dificuldade de ignorá-la. Além disso, aqueles que são favoráveis a medidas mais contundentes ficarão em posição mais confortável para adotá-las.

Galdino cita o exemplo do transporte e menciona algumas ações que seriam benéficas como estimular a transição da motorização privada para a motorização pública coletiva, reorganizar de forma inteligente estações e pontos de ônibus, além eletrificar a frota de transporte público, medida que já vem sendo experimentada em Belo Horizonte.

Ônibus elétrico em circulação em Belo Horizonte

Ônibus elétrico em circulação em Belo Horizonte. Imagem: Prefeitura de Belo Horizonte/Divulgação

“São medidas que mexem com o modelo que está posto, onde você tem diversas empresas de transporte estabelecidas e um sistema de remuneração da prefeitura. Sem uma população sensibilizada, o tomador de decisão hesita em tocar nisso.”

O professor vê situação similar envolvendo os resíduos sólidos. Ele cita discussões sobre a regulamentação da economia circular, adoção de embalagens mais sustentáveis e remodelagem da taxa de coleta de resíduos sólidos.

“Mais uma vez a gente se volta para a questão da educação. A população precisa ser capaz de adotar um consumo crítico, de fazer opções alinhadas com o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, estimular uma redução na produção de resíduos. Enfim, é necessária uma consciência de que se trata de sobrevivência, do bem-estar humano na Terra. Quando a gente fala de emissão atmosférica, o que está na ponta do problema é a nossa condição existencial”, alerta.

Em capitais menos populosas, o cenário não tem se revelado muito diferente. Com indicadores bastante similares aos de Belo Horizonte, Vitória registrou em 2022 um volume líquido de 1,83 tonelada por habitante. A capital capixaba também experimentou um crescimento significativo a partir de 2020.

No ano passado, a proliferação de material particulado liberado por indústrias causou grande incômodo em moradores de alguns bairros e foi respondida com mobilizações de entidades da sociedade civil que cobraram uma solução em âmbito legislativo. Conhecido como pó preto, sua presença é também um indicativo de um alto volume de emissão de gases de efeito estufa. Aprovada na Câmara Municipal após as manifestações populares, a Lei 10.011/2023 fixou novas normas e diretrizes para a proteção da qualidade do ar atmosférico.

Cidade verde

Segundo Galdino, o tema das emissões de gases de efeito estufa geralmente só é abordado por candidatos a prefeito relacionado à infraestrutura verde da cidade. Fala-se em ações de arborização e de requalificação das praças. Embora sejam medidas que gerem conforto local por criar áreas de sombra e dar aos moradores uma melhor sensação climática, elas proporcionam apenas uma ínfima captura de carbono.

Esse aspecto também é pontuado por Marco Antonio Milazzo. Ele avalia que são medidas importantes, mas com pouco impacto se tomadas de forma isolada. “As capitais inclusive já nem têm muita área disponível para criar novas praças. Até por isso, o mais importante é preservar o que já temos no interior das cidades.”

Milazzo lembra que há capitais com grandes parques e áreas verdes. A fiscalização, além de impedir o desmatamento, deve estar voltada para coibir o crescimento de construções irregulares que desmatam essas áreas, o que ocorre por exemplo com a expansão das favelas nas encostas e nos morros.

Área de encosta em comunidade do Rio de Janeiro

Área de encosta em comunidade do Rio de Janeiro. Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil

O professor, no entanto, aponta que propostas realmente eficazes para a redução das emissões não têm ganhado destaque no debate eleitoral municipal.

“No Rio de Janeiro, que eu tenho acompanhado mais de perto, os candidatos dão prioridade para outros assuntos, principalmente para a segurança pública. Alguns vereadores até dão mais atenção a esta pauta, o que não deixa de ser importante já que são temas que podem ser endereçados através de leis aprovadas pela Câmara Municipal. Mas infelizmente é comum que, depois de eleito, o discurso voltado para a temática ambiental fique em segundo plano.”

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??? ????? ??- ???? ???? ??? //emiaow553.com/juiz-coloca-em-xeque-os-creditos-de-carbono-como-salvadores-do-clima/ Sun, 04 Aug 2024 19:51:08 +0000 //emiaow553.com/?p=583414 Apenas 12% a 33% dos créditos de carbono tiveram os benefícios climáticos declarados no mercado de créditos de carbono e compensações.

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Na última terça-feira (30), a SBTi (Sciene Based Targets initiative), principal órgão que verifica metas climáticas de grandes empresas, divulgou um estudo revelando que o uso de créditos de carbono não são “eficientes?nos objetivos climáticos.

A divulgação ocorre em um momento que a liderança da SBTi enfrenta grandes críticas em relação a uma iniciativa para permitir um uso mais amplo de créditos de carbonos através de projetos como plantio de árvores e limpeza de fogões e fornos para reduzir as emissões.

Vale lembrar que, no início de julho, o brasileiro Luiz Amaral abandonou o cargo de CEO da entidade por motivos pessoais. Contudo, a decisão ocorreu após o clima ficar insustentável após a proposta de ampliar o uso os créditos de carbono, feita em abril.

A proposta abalou a credibilidade da SBTi como principal juiz sobre políticas corporativas relacionadas ao clima. Além disso, os efeitos lançaram luz sobre quem financia a iniciativa.

Embora formada pela parceria entre ONU, WWF e mais duas ONGs, a SBTi recebe apoio financeiro da Amazon, do Bezos Earth Fund e outras empresas.

Como muitas empresas não conseguem ?ou não querem ?reduzir suas emissões, os créditos de carbonos surgiram como uma solução.

Portanto, em 2025, a SBTi vai decidir qual é o limite estabelecido às empresas para usar créditos de carbono para compensações de metas do clima.

Novas diretrizes sobre o mercado de créditos de carbono

O novo estudo publicado é parte das consultorias que a iniciativa pretende realizar. De acordo com a publicação no site oficial, a SBTi encontrou evidências que mostram “riscos aparentes no uso de créditos de carbono para compensar emissões?

Isso inclui possíveis impactos ?não intencionais ? como não chegar ao “net zero” (nível mínimo de emissões de carbono) e reduzir o financiamento para o clima.

Atualmente, os padrões da SBTi permitem o uso de compensações para obter créditos de carbono em 10% das emissões de uma empresa. Os 90% restantes de créditos são obtidos por reduções diretas. 

Segundo o estudo da SBTi, apenas 12% a 33% dos créditos de carbono tiveram os benefícios climáticos que os vendedores declaravam no mercado.

Porém, o estudo ?que vai informar a revisão dos padrões do SBTi sobre os planos de corporações para enfrentar as mudanças climáticas ? ainda deixa brechas sobre o uso de instrumentos similares à compensação de carbono.

Créditos de carbono não devem salvar o clima, mas nova abordagem pode salvar reputação da SBTi

Conforme a nova política do SBTi, as atividades que podem receber créditos de carbono incluem projetos como preservar uma floresta ou instalar aquecedores sustentáveis em áreas frias.

Essas atividades podem “representar modelos ideais?para acelerar o financiamento climático, segundo a SBTi. A diferença dessa política de créditos e compensações está no modo que as empresas integram suas atividades para atender às metas do clima, que agora são contabilizadas separadamente.

Para Gilles Dufranse, diretor de políticas sobre mercados globais de carbono do Carbon Market Watch ?outro fiscalizador de objetivos empresariais sobre o clima ? o estudo da SBTi tem efeitos positivos.

“O estudo é uma refutação clara da postura da empresa em abril, quando indivíduos específicos tentaram ‘passar a boiada?para aprovar uma proposta que não tinha apoio dos funcionários da SBTi nem dos conselheiros externos? diz Dufrasne.

Por fim, a SBTi ressalta que o estudo tem suas limitações. A descoberta sobre a ineficiência dos créditos de carbono em metas do clima são específicas às evidências que órgão analisou e, portanto, não deve ser generalizadas.

“?preciso realizar estudos posteriores para analisar vários tópicos relacionados ao tema? disse a SBTi.

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???????????? //emiaow553.com/tudo-pelo-clima-startup-cria-concreto-sem-cimento-que-absorve-co2/ Thu, 01 Aug 2024 19:10:42 +0000 //emiaow553.com/?p=583637 O concreto sem cimento, além de ideal para o clima, está alinhado às diretrizes que a indústria estabelece sobre resistência e durabilidade dos materiais

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O concreto é um dos materiais de construção mais comuns na engenharia civil, mas está longe de ser melhor para o clima, principalmente pelo uso de cimento em sua fabricação.

O cimento é a terceira maior fonte de emissões de CO2 pela atividade humana. Por isso, cientistas e engenheiros buscavam alternativas mais sustentáveis para fabricação de concreto sem usar cimento, visando reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

O concreto sem cimento é um material revolucionário para a construção civil, que usa diversos agentes aglomerantes derivados de subprodutos industriais.

Um exemplo é o cimento álcali ativado, que ativam materiais pozolânicos, como escórias granuladas de alto forno e cinzas de combustível pulverizadas, para criar um aglomerante similar ao cimento. Outros métodos incluem combinar materiais escavados com escórias de ferro ou aditivos com menor taxa de CO2.

No entanto, o exemplo mais notável é o da empresa C-Crete. A empresa americana de tecnologias de materiais desenvolveu e patenteou um concreto que não usa cimento e pode ser ideal para o clima.

Para salvar o clima, o segredo é o concreto sem cimento, mas com emissão negativa

Assim como o nome da empresa ?um trocadilho entre “concreto?e “segredo? em inglês ? a fabricação desse cimento é mantida em segredo e patente garante exclusividade à empresa.

Mas, o que se sabe é que o esse concreto é carbono negativo, ou seja: ele absorve uma quantidade de CO2 durante seu tempo de vida que supera a quantidade de emissões durante o processo de fabricação.

Esse concreto, além de ideal para o clima, está alinhado às diretrizes que a indústria estabelece sobre resistência e durabilidade dos materiais, surgindo como uma opção viável ao concreto com cimento.

A C-Crete já fabricou mais de 140 toneladas do seu concreto sem cimento para projetos de construções. Além disso, a empresa recebeu financiamento do Departamento de Energia dos EUA para ampliar o desenvolvimento de sua tecnologia. O governo também concedeu prêmios à empresa para facilitar a expansão das operações.

O investimento já gerou resultados. Em abril, a C-Crete lançou um concreto sem cimento, à base de basalto, que absorve CO2 já durante a fabricação, ajudando ainda mais o clima.

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??? 235??????,??????,????????? //emiaow553.com/olimpiadas-2024-pista-roxa-de-atletismo-foi-feita-com-conchas-de-moluscos/ Tue, 30 Jul 2024 23:48:23 +0000 //emiaow553.com/?p=583262 A pista roxa das Olimpíadas de Paris, que tem 17 m² e fica no Stade de France, custou 3 milhões de euros e deve durar por dez anos.

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A pista de atletismo das Olimpíadas 2024 possui uma cor roxa, que se alinha com a paleta de cores escolhidas para o evento em Paris. No entanto, além de sair da tradição da cor vermelha, a construção da pista de atletismo das Olimpíadas de 2024 utilizou conchas de molusco.

Um dos compromissos do Comitê Olímpico da França para os jogos em Paris é a sustentabilidade. Desse modo, a organização do evento solicitou que a empresa italiana Mondo ?que desenvolve as pistas de atletismo das Olimpíadas desde 1992 ?seguisse a linha sustentável.

Fabricação da pista roxa

O piso resistente das pistas são, geralmente, construídos a partir de carbonato de cálcio, que vem da mineração. Portanto, para fabricar uma pista sustentável, a Mondo se juntou à cooperativa de pescadores italianos Niedittas para coletar conchas de moluscos bivalves do Mar Mediterrâneo.

Essas conchas são reconhecidamente ricas em carbonato de cálcio e iriam para o lixo, se não fosse a construção da pista de atletismo das Olimpíadas.

Os pescadores italianos limparam e esterilizaram as conchas de moluscos, que, em seguida, foram moídas até formar um pó fino para fabricação da pista. Durante três anos, cientistas trabalharam para aprimorar essa técnica.

De acordo com a Nieddittas, a pista roxa das Olimpíadas de 2024 pode evitar emissões de CO2 da fabricação tradicional, de nível equivalente a de uma van a diesel com 60 mil km rodados.

A nova pista, que tem 17 m² e fica no Stade de France, custou 3 milhões de euros e deve durar por dez anos. Além da cor roxa e a fabricação sustentável utilizando moluscos, a Mondo afirmou que a pista de atletismo das Olimpíadas de 2024 traz inovações no sistema de polímeros para melhorar a velocidade dos competidores.

Em abril, a empresa afirmou que esses avanços podem resultar em novos recordes mundiais durante as competições, que começam amanhã (1º).

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????????????, ?????? //emiaow553.com/nasa-mostra-em-video-a-danca-do-co2-na-atmosfera-da-terra/ Thu, 25 Jul 2024 00:01:36 +0000 //emiaow553.com/?p=582332 A NASA criou o vídeo para mostrar de onde vem o dióxido de carbono e como a emissão desse gás pela ação humana traz graves impactos ao planeta; assista

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Na terça-feira (23), a NASA divulgou um vídeo mostrando os fascinantes padrões do movimento do dióxido de carbono (CO2) pela atmosfera da Terra.

No vídeo, é possível ver o CO2 saindo de grandes cidades dos EUA antes se tornarem redemoinhos pela ação das correntes atmosféricas.

Com dados das emissões de CO2 entre janeiro e março de 2020, a NASA utilizou o modelo do sistema de observação global GEOS (Goddard Earth Observing System) para criar o vídeo.

Através de supercomputadores, o GEOS consegue simular a atmosfera usando dados de satélites como MODIS e VIIRs, bem como observações terrestres.

A NASA criou o vídeo para mostrar de onde vem o CO2 e como a emissão desse gás impacta o planeta. Além disso, segundo Lesley Ott, cientista climática do O Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA, o vídeo mostra como a emissão de CO2 se conecta a esses diferentes padrões climáticos. Veja:

NASA explica movimentos do dióxido de carbono na atmosfera

A ação humana, como a queima de combustíveis fosseis, o desmatamento e o processo industrial, são responsáveis por boa parte da emissão de CO2.

O vídeo foca nos grandes centros dos EUA, pois, em 2022, somente os EUA lançaram mais de 6 milhões de toneladas métricas CO2 na atmosfera.

A China e o Sudeste asiático também são grandes culpados pela crescente emissão de CO2 através da queima de combustíveis fósseis. É isso que mostra o vídeo da NASA.

Por outro lado, as emissões na África e na América do Sul se originam, majoritariamente, de incêndios, sobretudo florestais (alô, Brasil).

A NASA explica que o mapa no vídeo parece estar pulsando porque as plumagens de CO2 são diferentes com a passagem do dia. À noite, essas plumagens ficam menores.

Isso acontece porque as queimadas ocorrem durante o dia, mas também porque a fotossíntese de plantas e árvores absorvem o CO2 da atmosfera apenas durante o dia.

A NASA ressalta, no entanto, que, apesar do vídeo deixar a impressão de que a emissão de dióxido de carbono se restringe a algumas áreas, o gás está presente em todos os lugares. 

“Não queríamos que as pessoas tivessem a impressão de que não há CO2 nessas regiões. Contudo, nossa intenção com o vídeo também era destacar as regiões onde há mais emissão de CO2, como em Nova York e em Pequim? diz a NASA.

O vídeo, portanto, mostra a real escala das emissões de CO2 e a extensão das mudanças climáticas causadas pela ação humana.

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????? ?? Archives??? ??- ??? ??? //emiaow553.com/poluicao-por-co2-pode-facilitar-transmissao-de-covid-19-diz-estudo/ Mon, 29 Apr 2024 15:29:03 +0000 //emiaow553.com/?p=567112 Cientistas encontraram uma associação entre a alta concentração de CO2 no ar e o maior tempo de sobrevivência do SARS-CoV-2 circulando

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Que a presença de dióxido de carbono no ar faz mal para a saúde humana, a ciência já sabia. Mas que a concentração de CO2 na atmosfera também pode prolongar a vida de vírus que se espalham por gotículas no ar —  como o SARS-CoV-2 (da Covid-19) — é novidade.

É o que aponta um novo estudo publicado na revista Nature Communications. De acordo com a pesquisa, o CO2 faz com que o vírus sobreviva por mais tempo no ar e, assim, aumenta o risco de transmissão.

“Sabíamos que o SARS-CoV-2, como outros vírus, se espalha pelo ar que respiramos. Mas este estudo representa uma grande descoberta em nossa compreensão exata de como e por que isso acontece, e, crucialmente, o que pode ser feito para impedir”, explica Allen Haddrell, autor principal do estudo.  

Entenda a pesquisa

Para o estudo, os pesquisadores desenvolveram uma tecnologia de bioaerossol chamada CELEBS (Levitação e Extração Eletrodinâmica Controlada de Bioaerossóis em um Substrato, da sigla em inglês). A metodologia permitiu que os cientistas medissem a sobrevivência de diferentes variantes do SARS-CoV-2 em partículas aerossóis geradas em laboratório. Na prática, ela imita o aerossol exalado no ar.

Então, eles realizaram experimentos variando a concentração de CO2 no ar entre 400 partes por milhão, que é o nível normal no ar livre, e 6.500 ppm. Em uma simulação de concentração de CO2 de três mil ppm, por exemplo, 10 vezes mais vírus permaneceram infecciosos após 40 minutos em comparação com o ar limpo. 

Por enquanto, as projeções climáticas indicam que a concentração de CO2 na atmosfera deverá ultrapassar 700 ppm até o final do século. Por isso, para Haddrell, o estudo auxilia na compreensão do motivo de episódios de supertransmissão da Covid-19 acontecerem em certas circunstâncias.

“O pH elevado de gotículas exaladas contendo o vírus SARS-CoV-2 provavelmente é um dos principais fatores da perda de infectividade. O CO2 se comporta como um ácido quando interage com as gotículas. Isso faz com que o pH das gotículas se torne menos alcalino, resultando na inativação do vírus nelas a uma taxa mais lenta”, explica.

Além disso, os pesquisadores também descobriram que diferentes variantes do SARS-CoV-2 tinham aerostabilidades diferentes.  Em geral, a última variante Ômicron teve uma vida útil prolongada.

Avanço na ciência

Para os autores do estudo, as descobertas sobre a poluição de CO2 têm implicações na compreensão da transmissão da Covid-19 e outros vírus respiratórios.

“Mostra que abrir uma janela pode ser mais poderoso do que se pensava originalmente, especialmente em salas lotadas e mal ventiladas, pois o ar fresco terá uma concentração mais baixa de CO2, fazendo com que o vírus seja inativado muito mais rápido”, comenta Haddrell.

Mas eles acreditam que a pesquisa é mais ampla e ajuda a compreender como as mudanças no ambiente podem aumentar a probabilidade de futuras pandemias.

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????? ?????? ???? ? ??? | //emiaow553.com/relatorio-aponta-57-empresas-responsaveis-por-80-das-emissoes-de-co2/ Sun, 14 Apr 2024 22:02:08 +0000 //emiaow553.com/?p=562873 Documento com dados da Carbon Majors revela empresas que possuem relação com grande parte das emissões de CO2 após Acordo de Paris, em 2015

The post Relatório aponta 57 empresas responsáveis por 80% das emissões de CO2 appeared first on Giz Brasil.

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Entre 2016 e 2022, 251 gigatoneladas de CO2 foram emitidas no planeta, segundo relatório da Influence Map com informações do banco de dados da Carbon Majors Database. No total, apenas 57 empresas foram responsáveis por cerca de 80% de todas essas emissões de CO2. E todas da indústria do petróleo, gás, carvão ou cimento. 

Entre elas, estão nomes como ExxonMobil, Shell, BP, Chevron e TotalEnergies, cada uma associada a pelo menos 1% das emissões globais.

A medição compreende o período que se iniciou logo após o Acordo de Paris. Foi o momento em que governos se comprometeram a reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Contudo, a análise revela que a maioria dessas empresas aumentou sua produção de combustíveis fósseis e emissões de CO2 em comparação com os anos anteriores ao acordo.

E esse parece ser um padrão. Entre as empresas que estão no ranking das 122 maiores poluidoras climáticas do mundo, 65% das estatais e 55% das do setor privado aumentaram a produção desses gases.

Países e empresas da lista

O aumento das emissões foi maior nos países Ásia. No total, 13 de 15 (87%) empresas avaliadas estão ligadas a emissões mais altas no período após o Acordo de Paris do que nos anos anteriores.

No Oriente Médio, esse número é de 7 de 10 empresas (70%), enquanto na Europa é 13 de 23 empresas (57%) e na América do Sul, 3 de 5 (60%) empresas, na Austrália, 3 de 4 (75%) empresas e no continente africano, o aumentos e deu em 3 de 6 (50%) empresas. 

Apesar de ser um dos grandes pólos de liberação de gases, a América do Norte foi a única região onde uma minoria de empresas estava ligada às emissões de CO2 que aumentaram – 16 de 37 (43%).

Na análise histórica, desde XXXX, o topo do ranking é da China, cuja produção estatal de carvão representa 14% do CO2 já emitido. Em seguida, estão grandes empresas dos EUA, como a Chevron (responsável por 3% das emissões) e ExxonMobil (2,8%).

Logo depois estão a Gazprom, da Rússia, e a National Iranian Oil Company, do Irã. Seguindo a lista, há as duas empresas europeias de capital aberto: BP e Shell (cada uma com mais de 2%) e a Coal India.

Responsabilidade nas emissões de CO2

Para Daan Van Acker, da InfluenceMap, a pesquisa “fornece um elo crucial para responsabilizar esses gigantes da energia pelas consequências de suas atividades”.

Já para Richard Heede, do Carbon Majors, os produtores de combustíveis fósseis têm a obrigação moral de pagar pelos danos que causaram e agravaram. Além disso, precisam buscar a redução das emissões de CO2 imediatamente.

Por enquanto, ExxonMobil, Chevron, BP e Shell possuem metas de emissão líquida zero, cada uma com métodos diferentes. Contudo, muitas das empresas da lista do relatório já fizeram alguns investimentos em energia renovável.

 

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???? ?? 8?? ?????????,??????,????????? //emiaow553.com/o-que-fez-a-terra-entrar-na-era-do-gelo-a-ciencia-ja-descobriu/ Sun, 18 Feb 2024 23:01:16 +0000 /?p=551867 Cientistas relacionam baixo nível de CO2 na atmosfera com resfriamento da Terra há mais de 700 milhões de anos

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Há cerca de 700 milhões de anos, a Terra estava coberta de gelo praticamente dos pólos à linha do Equador. Embora a Era do Gelo terrestre tenha durado aproximadamente 57 milhões de anoso, o que causou isso ainda é uma questão em aberto para a ciência.

Agora, pesquisadores australianos parecem ter descoberto um possível motivo. Em um estudo publicado na revista Geology, eles utilizaram modelagem de placas tectônicas e identificaram na Terra uma capacidade comparada a um termostato, que impede que o planeta entre em um modo de superaquecimento.

Entenda a pesquisa

Para compreender o padrão de movimento das placas e mudança da temperatura terrestre, pesquisadores estudaram a evolução dos continentes e das bacias oceânicas em um momento específico: separação do antigo supercontinente.

Além disso, eles também conectaram o modelo de tectônica de placas com inteligência computacional para calcular a liberação de dióxido de carbono (CO2) de vulcões. 

Dessa forma, perceberam que o início da era do gelo, há 717 milhões de anos, coincide com uma baixa recorde nas emissões de CO2 vulcânico. Em geral, os resíduos de dióxido de carbono permaneceu relativamente baixo durante todo o período glacial.

Assim, a quantidade de CO2 na atmosfera caiu para um nível onde a glaciação se inicia. De acordo com o que estimam os pesquisadores, o dióxido de carbono atmosférico atingiu menos de 200 partes por milhão. Isso é mais baixo que a metade do nível atual.

Por isso, os cientistas afirmam no estudo que a geologia determinava o clima nesse momento. 

“Uma reorganização da tectônica de placas levou a degassing vulcânica a um mínimo, enquanto simultaneamente uma província vulcânica continental no Canadá começou a se erodir, consumindo CO2 atmosférico”, explica Dietmar Müller, um dos autores do estudo.

Avanço na ciência

Para os pesquisadores, o trabalho mostra como o clima global é sensível à concentração de carbono na atmosfera. Isso, por sua vez, traz à tona dúvidas sobre o futuro a longo prazo. 

“Seja qual for o futuro, é importante observar que a mudança climática geológica, do tipo estudado aqui, acontece extremamente lentamente”, destaca Adriana Dutkiewicz, também autora do estudo. 

De acordo com a NASA, a mudança climática induzida pelo homem está ocorrendo a uma velocidade 10 vezes maior do que vimos antes.

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????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/navio-5x-maior-que-titanic-zarpou-podendo-vazar-metano-na-atmosfera/ Mon, 29 Jan 2024 18:55:08 +0000 /?p=548965 Grupos ambientalistas dizem que o vazamento de metano dos motores do navio é um risco inaceitável para o clima. Gás é mais perigoso que o CO2

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No último sábado (27), o maior navio de cruzeiro do mundo, o Icon of the Seas, fez a sua viagem inaugural já se envolvendo em uma polêmica: a de poluir o meio ambiente. Grupos ambientalistas demonstraram preocupação de que a embarcação, movida a GNL (Gás Natural Liquefeito), acabe por liberar metano no ar — um gás de efeito estufa mais perigoso do que o CO2.

O navio optou pela queima de GNL com a promessa de ser mais limpo do que o combustível marítimo tradicional. Mesmo assim, ele apresenta maiores riscos para as emissões de metano.

Isso porque os ambientalistas dizem que um potencial vazamento de metano dos motores do navio é um risco inaceitável para o clima devido aos seus efeitos nocivos a curto prazo.

“?um passo na direção errada? disse à agência Reuters Bryan Comer, diretor do ICCT (Conselho Internacional de Transporte Limpo). “Estimamos que a utilização de GNL como combustível marítimo emite 120% mais gases de efeito estufa ao longo do ciclo de vida do que o diesel marítimo?

Metano do navio preocupa 

O GNL emite mais emissões de gases de efeito de estufa devido a algo chamado “deslizamento de metano? O deslizamento é quando o GNL não é totalmente queimado pelo motor, provocando emissões de metano.

Estima-se que durante o ciclo de vida médio de uma única carga de GNL são emitidos o equivalente a 270 mil toneladas de CO2. Isso exigiria algo em torno de 240 mil árvores para compensar tais emissões.

Além disso, o metano retém cerca de 80 vezes mais calor do que o CO2 durante 20 anos após a sua liberação na atmosfera. Por isso, na prática, contribuiu para aumentar o aquecimento global e as mudanças climáticas.

O Icon of the Seas é um navio da norueguesa Royal Caribbean International. Ele zarpou de Miami, nos EUA, com capacidade para transportar quase 8 mil passageiros, ao longo dos seus 20 decks. Ele tem 365 metros de comprimento — extensão igual à de uma fila de vinte e quatro ônibus — e quase 70 metros de altura — o equivalente a um prédio de 23 andares.

Além disso, o navio tem o maior parque aquático flutuante do mundo. São sete piscinas, a maior delas com 540 metros quadrados, por exemplo. O navio é 5 vezes mais pesado que o Titanic e custou mais de R$ 8 bilhões.

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? ?? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/navio-britanico-com-asas-estreia-em-viagem-ao-brasil/ Tue, 22 Aug 2023 22:03:51 +0000 /?p=513630 Economia pode chegar a 1,5 toneladas de combustível por dia, reduzindo a pegada de carbono na indústria de transporte marítimo

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Com velas especiais movidas a vento, o navio Pyxis Ocean iniciou nesta semana a sua viagem inaugural rumo ao Brasil.

O veículo funciona com tecnologia eólica e velas, chamadas de WindWings, de até 37,5 metros. O projeto promete transformar a navegação comercial, reduzindo a pegada de carbono da indústria.

 

Trata-se de uma colaboração entre a Cargill, multinacional do setor de processamento de grãos, e a BAR Technologies, empresa britânica criadora das “asas”. O projeto recebeu financiamento do programa de pesquisa e inovação Horizon 2020 da União Europeia.

Economia de combustível e emissões

As empresas estimam que, uma rota global média, a economia pode ser de 1,5 toneladas de combustível por dia – com a possibilidade de economizar mais em rotas transoceânicas.

Isso não apenas reduzirá as emissões de carbono, mas também poderá gerar economias de combustível de até 30%.

Nesta viagem inaugural, o desempenho do navio será monitorado de perto nos próximos meses, buscando melhorar ainda mais seu design, operação e desempenho.

As “asas” medem cerca de 37,5 metros. Imagem: Cargill/Reprodução

“Se a navegação internacional deseja atingir sua ambição de reduzir as emissões de CO2, a inovação deve vir à tona? disse John Cooper, CEO da BAR Technologies, em comunicado.

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??? Archives????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/mudancas-climaticas-estao-sufocando-as-plantas-em-todo-o-mundo/ Sat, 19 Aug 2023 21:00:53 +0000 /?p=512428 Uma das principais lições das aulas de biologia é entender como funciona a fotossíntese. As plantas absorvem água e CO2, para então converter tudo isso em oxigênio e carboidratos. O primeiro é liberado e o segundo acaba por alimentar a própria planta. Dessa forma, elas armazenam carbono dentro de si e também no solo – […]

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Uma das principais lições das aulas de biologia é entender como funciona a fotossíntese. As plantas absorvem água e CO2, para então converter tudo isso em oxigênio e carboidratos. O primeiro é liberado e o segundo acaba por alimentar a própria planta.

Dessa forma, elas armazenam carbono dentro de si e também no solo – e por isso são tão importantes para a atmosfera. 

Seguindo essa lógica, é esperado que, quanto mais CO2 disponível, mais esse processo acontece. Isso aumentaria o rendimento e o crescimento das plantas, ao mesmo tempo que funcionaria como um freio para as mudanças climáticas. Mas não é bem assim.

Embora uma pesquisa de 2016 tenha mostrado que a taxa de fotossíntese em todo o mundo realmente estava aumentando, um novo estudo publicado na Science aponta para outro caminho. 

O que diz o novo estudo

De acordo com as novas análises, há evidências de que essa taxa tem desacelerado desde 2001 e em breve pode se estabilizar, chegando a um platô.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores utilizaram o aprendizado de máquina para identificar mudanças em imagens de vários tipos de lugares com vegetação, como florestas, savanas e regiões de cultivo, capturadas por satélites. 

Assim, puderam detectar alterações na coloração das folhas, característica que indica as taxas de fotossíntese. 

Em paralelo, os pesquisadores também analisaram dados sobre os níveis de CO2 e vapor d’água na atmosfera entre 1982 a 2016. Cruzando estas informações, foi possível determinar as mudanças nas taxas de fotossíntese neste período. 

Os resultados confirmaram que, no início, o aumento de nível de CO2 também aumentava as taxas de fotossíntese. No entanto, a partir dos anos 2000, isso deixou de acontecer. E a culpa é da própria mudança climática.

Barrando a fotossíntese

De acordo com os autores do estudo, a desaceleração das taxas de fotossíntese se deve provavelmente a um aumento no déficit de pressão de vapor que, basicamente, é uma medida de quão seco o ar está.

Um aumento na pressão de vapor significa que o ar está mais seco e isso faz com que mais água evapore dos tecidos das plantas através da transpiração – o que é chamado de estresse hídrico.

Para evitar a perda excessiva de água, as plantas fecham os estômatos, que são pequenas aberturas nas folhas. Como o CO2 também utiliza esses poros para entrar na planta, esse processo é barrado. Assim, a fotossíntese deixa de acontecer.

Como o aumento na pressão de vapor é induzido pelo aumento da temperatura, os pesquisadores concluíram que a capacidade dos ecossistemas globais de assimilar carbono é prejudicada pelos próprios efeitos adversos das mudanças climáticas.

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?????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/areas-de-mineracao-legal-no-brasil-somam-255-gt-de-co2-em-vegetacao-e-solo/ Sat, 15 Jul 2023 21:36:33 +0000 /?p=504695 Total representa cerca de 5% da emissão mundial anual de gases de efeito estufa proveniente das atividades humanas

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Texto: Luciana Constantino  |  Agência FAPESP

Em meio aos registros de recorde de temperatura no mundo e à intensificação das discussões sobre formas de mitigação das mudanças climáticas, pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) divulgaram estudo mostrando que, se todas as áreas de mineração legal ativas no Brasil forem exploradas nas próximas décadas, pelo menos 2,55 gigatoneladas de gás carbônico equivalente (Gt CO2 eq.) seriam emitidos.

Parte pode se dar pela perda da vegetação (0,87 Gt CO2 eq.) e a outra pelas mudanças no solo (1,68 Gt CO2 eq.). Esse total representa cerca de 5% da emissão mundial anual de gases de efeito estufa proveniente das atividades humanas.

De acordo com a pesquisa, publicada na revista científica Communications Earth & Environmental, o Brasil tem atualmente 5,4 milhões de hectares de minas legalmente ativas, o que equivale a uma área um pouco menor do que a Croácia (com 5,6 milhões de hectares). Elas estão espalhadas por todo o país, porém, a maioria fica concentrada em regiões subtropicais e tropicais (com os maiores estoques, estimados em 1,05 Gt CO2 eq.).

Para compensar essas emissões, os pesquisadores propõem uma solução baseada na natureza (SbN), com a construção de solos a partir de resíduos das próprias minas, chamados Tecnossolos. Essa estratégia tem o potencial de sequestrar até 1 Gt de CO2 eq., o que corresponde a 60% do dióxido de carbono que poderia ser emitido pelas alterações do solo.

Área que antes abrigava uma cava de mineração em Saltinho e foi recuperada há dois anos com Tecnossolos construídos com rejeitos da mineração de calcário

Área que antes abrigava uma cava de mineração em Saltinho e foi recuperada há dois anos com Tecnossolos construídos com rejeitos da mineração de calcário (foto: Francisco Ruiz/Esalq-USP)

“O primeiro passo, quando pensamos em estoque de carbono, foi analisar as emissões, já que a maioria dos trabalhos existentes avalia os impactos do processamento mineral, com a queima de combustível e o gasto com eletricidade, por exemplo. Mas sabemos que a maior parte da mineração do mundo e, principalmente no Brasil, é feita em cavas, a céu aberto. E os solos são os principais ecossistemas terrestres de estoque de carbono. Quando o solo é removido, essa matéria orgânica e a vegetação mudam, eliminando o dióxido de carbono. Por isso, analisamos o potencial de emissão com a remoção do solo e da vegetação para chegar ao número de 2,55 gigatonelas de CO2 equivalente”, resume à Agência FAPESP o doutorando Francisco Ruiz, da Esalq-USP.

Ruiz é o primeiro autor da pesquisa e bolsista da FAPESP.

Para o professor Tiago Osório Ferreira, do Departamento de Ciência do Solo da Esalq-USP, autor correspondente do artigo e orientador de Ruiz, um dos principais pontos do estudo foi mostrar que os solos construídos à base de rejeitos podem ser uma alternativa para a descarbonização.

“Esse trabalho específico mostra um potencial que ajuda a destinar rejeitos e resíduos de forma nova para construir um recurso fundamental, ou seja, o solo que sequestra carbono de forma estável. A pesquisa serve de alerta para outros países, principalmente grandes mineradores, como China e Estados Unidos, de que há alternativas nessa corrida urgente contra as mudanças climáticas? diz o professor, que também é coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geoquímica de Solos (GEPGeoq) da Esalq.

O solo é um dos quatro grandes reservatórios de carbono do planeta, juntamente com atmosfera, oceanos e plantas. Porém, em estado de degradação, pode liberar CO2, como acontece com a vegetação. Levantamento do MapBiomas revelou que, do total de 37 gigatoneladas de carbono orgânico do solo (COS) existentes no Brasil em 2021, quase dois terços (63%) estão estocados em área sob cobertura nativa estável (23,4 Gt COS), principalmente na Amazônia. Apenas 3,7 Gt COS estão estocados em solos de regiões convertidas para uso antrópico desde 1985.

Já os solos artificiais podem ser criados usando materiais derivados de atividades humanas, incluindo resíduos industriais, urbanos e de mineração. Além da regulação do clima, os Tecnossolos podem restaurar serviços ecossistêmicos essenciais, perdidos com as atividades de mineração, por exemplo, que vão desde a produção de alimentos e energia até a proteção da biodiversidade, a regulação da qualidade da água e a ciclagem de nutrientes.

Área que abrigava uma cava de mineração que vem sendo recuperada há 20 anos e hoje está coberta com pasto

Área que abrigava uma cava de mineração que vem sendo recuperada há 20 anos e hoje está coberta com pasto (foto: Francisco Ruiz/Esalq-USP)

Segundo a pesquisa, desde que empregadas as propriedades adequadas, os Tecnossolos podem atuar como substrato para o desenvolvimento de plantas ?nativas ou de interesse agrícola e florestal ?e sequestrar carbono por meio do acúmulo de matéria orgânica.

O Brasil está entre os dez principais produtores de commodities minerais do mundo. A mineração é uma importante área para o desenvolvimento econômico, mas também está ligada à degradação de ecossistemas, com a poluição do solo e da água e perda da biodiversidade. Além disso, o Brasil registrou recentemente dois grandes desastres, os rompimentos das barragens de Mariana (em 2015) e Brumadinho (em 2019), ambas em Minas Gerais, com altos custos humanos, econômicos e ambientais.

O processo

A elaboração de Tecnossolos se baseia no entendimento de processos de ocorrência natural em solo, como sua formação, intemperismo e estabilização de matéria orgânica.

Para testar a hipótese de que a construção de Tecnossolos poderia ajudar a superar as emissões de CO2 da mineração de superfície, os cientistas estimaram os estoques usando dados disponíveis na literatura. Para isso, determinaram a geolocalização e as áreas de todos os locais de mineração legal no país usando a plataforma on-line SIGMINE, da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Descobriram que a recuperação de estoques de dióxido de carbono depende do clima, com os Tecnossolos tropicais mostrando o maior potencial. Esse desempenho pode ser atribuído ao alto aporte de carbono derivado de plantas e ao potencial de estabilização de CO2 por meio de interações mineral-orgânicas.

Os pesquisadores destacam que alguns tipos de rejeitos de mineração contêm elementos potencialmente tóxicos, como arsênico, mercúrio, cádmio, cobre e chumbo, e que, por isso, seu uso deve ser evitado ou combinado com estratégias de prevenção da poluição e mobilização de metais pesados. Sugerem nesses casos o uso de técnicas de remediação (como a fitorremediação) e a aplicação de corretivos de solo.

“O que chama muito a atenção neste trabalho é a quantidade de carbono obtida nos Tecnossolos. Em alguns casos, supera o total de solos naturais. Os estudos que o Francisco [Ruiz] vem desenvolvendo mostram que é possível construir solos em pouquíssimo tempo com desempenho até melhor do que os naturais e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, conta Ferreira.

Ruiz pesquisa Tecnossolos desde o mestrado e recebeu, em 2020, o Prêmio de Excelência da Indústria Minero Metalúrgica Brasileira, promovido pela revista Minérios, publicação considerada referência no setor. À época, o pesquisador fez um estudo em uma mineradora de calcário na cidade de Saltinho (SP) reaproveitando os rejeitos produzidos pela própria mineração para construir solos, recompondo a topografia e a vegetação.

Além de cientistas da Esalq, o trabalho publicado agora contou com a participação de pesquisadores de instituições internacionais, como as universidades Sorbonne (França) e de Santiago de Compostela (Espanha), além da Woodwell Climate Research Centre (Estados Unidos). Está vinculado ao novo Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP coordenado pelo professor Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, coautor do artigo (leia mais em: agencia.fapesp.br/41018/).

Com sede na Esalq, o CCarbon tem o objetivo de produzir conhecimento e inovação em soluções baseadas na natureza visando conciliar a crescente demanda por alimentos e energia com sustentabilidade ambiental, econômica e social.

O artigo Constructing soils for climate-smart mining pode ser lido em: www.nature.com/articles/s43247-023-00862-x?utm_campaign=related_content&utm_source=EARTHENV&utm_medium=communities#Abs1.

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??? ?? ??????????????????? //emiaow553.com/cientistas-do-brasil-e-franca-reconstituirao-historia-climatica-da-bacia-amazonica-e-do-nordeste/ Wed, 14 Jun 2023 11:19:52 +0000 /?p=496905 Objetivo é avaliar os efeitos de períodos mais quentes nas duas regiões há milhões de anos

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Texto: Elton Alisson, de Paramaribo | Agência FAPESP*

Um grupo de 50 cientistas vinculados a universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da França começa hoje (12/06) a segunda etapa de uma expedição oceanográfica entre Paramaribo, no Suriname, e Recife (PE).

Batizada de Amarillys-Amagas, o objetivo principal da missão é avançar no entendimento sobre o papel da Amazônia e do Nordeste no sistema climático global. Para isso, os pesquisadores realizarão atividades na foz do rio Amazonas e na desembocadura do rio Parnaíba, na divisa dos estados do Piauí e do Maranhão, a bordo do maior navio oceanográfico da França, o Marion Dufresne, com 120,5 metros de comprimento.

A Agência FAPESP fará a cobertura jornalística dessa segunda etapa da expedição, iniciada em 17 de maio em Bridgetown, em Barbados, e com término previsto em 3 de julho, em Recife. O conteúdo será publicado ao longo das próximas semanas em uma sessão do site intitulada Diário de bordo.

“Um dos objetivos da expedição será reconstituir a história climática da bacia amazônica e do Nordeste, em várias escalas de tempo, ao longo dos últimos milhões de anos, e avaliar os efeitos de períodos mais quentes do passado sobre a biodiversidade, a vegetação e a precipitação nas duas regiões, assim como na circulação oceânica do Atlântico Sul? diz à Agência FAPESP Cristiano Mazur Chiessi, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP) e coordenador brasileiro da expedição.

Durante expedição oceanográfica serão coletadas amostras de sedimentos marinhos na foz do rio Amazonas e na desembocadura do rio Parnaíba com o objetivo de avaliar os efeitos de períodos mais quentes nas duas regiões há milhões de anos; missão terá cobertura in loco da Agência FAPESP

Durante expedição oceanográfica serão coletadas amostras de sedimentos marinhos na foz do rio Amazonas e na desembocadura do rio Parnaíba com o objetivo de avaliar os efeitos de períodos mais quentes nas duas regiões há milhões de anos; missão terá cobertura in loco da Agência FAPESP (imagem: divulgação)

De acordo com Chiessi, durante os últimos 2,6 milhões de anos a Terra passou por diversos períodos interglaciais, em que a temperatura média foi mais quente que a atual. Porém, as causas do aquecimento nessas épocas foram diferentes das mudanças climáticas atuais, impulsionadas pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, geradas no Brasil principalmente pelo desmatamento da floresta amazônica.

Por meio de análises de sedimentos marinhos ?misturas de argila do continente e de restos de microrganismos depositados no fundo do mar ? os pesquisadores pretendem reconstituir o clima desses períodos na Amazônia e no Nordeste e compará-los com o dos últimos 200 anos, por exemplo, a fim de verificar a influência das atividades humanas.

Com base nesses registros do passado, também será possível projetar com maior precisão os impactos do aquecimento global atual na floresta amazônica e no Nordeste nas próximas décadas, explica Chiessi.

“Esses momentos da história geológica da Terra, que iremos reconstituir por meio da expedição, têm similaridades com o período atual, mas não são análogos perfeitos porque não existia a pressão antrópica no clima que há hoje. Nessas épocas, a concentração de CO2 na atmosfera era de, no máximo, 270 ppm [partes por milhão], enquanto hoje está acima de 400 ppm e vem aumentando com o desmatamento e outros fatores? compara.

Com auxílio de diferentes tipos de equipamentos embarcados no navio oceanográfico serão coletadas amostras de sedimentos da coluna sedimentar marinha, com comprimentos que variam de 0,5 a 65 metros, em mais de dez lugares diferentes ao longo da Guiana Francesa, na foz do rio Amazonas e ao largo da desembocadura do rio Parnaíba.

O emprego de uma bateria de diferentes técnicas em laboratório, após a conclusão da missão, permitirá obter traçadores orgânicos de polens, moléculas orgânicas e restos de plâncton, além de traçadores químicos e físicos presentes nos sedimentos, e rastrear a composição química da água. Dessa forma, será possível obter informações como temperatura, salinidade, tipo de vegetação e circulação profunda no oceano há milhões de anos, diz Chiessi.

“Esses testemunhos sedimentares permitirão reconstituir a história climática da bacia amazônica e do Nordeste brasileiro, bem como das correntes oceanográficas adjacentes, com resolução e alcance temporais inéditos? afirma o pesquisador.

Circulação oceânica

Na avaliação de Chiessi, a despeito de serem muito diferentes, o Nordeste e a Amazônia experimentaram variações climáticas em diferentes escalas de tempo e sofrem atualmente pressões que podem causar a diminuição de chuvas sobre essas regiões nos próximos anos.

As chuvas nas duas regiões e em boa parte da América do Sul são controladas pela circulação do oceano Atlântico, conhecida como Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico.

Por meio de um projeto apoiado pela FAPESP, Chiessi tem estudado essa gigantesca circulação de águas que leva calor do Atlântico Sul para o Atlântico Norte e que, com as mudanças climáticas, poderá diminuir quase pela metade ainda neste século (leia mais em agencia.fapesp.br/23015/).

“Assim como a floresta amazônica, a circulação do oceano Atlântico pode atingir um limiar crítico ou tipping point [ponto de não retorno]. Se isso ocorrer ela passará a operar de um modo completamente distinto e causará mudanças ainda mais rápidas e intensas na precipitação do Nordeste e da floresta amazônica, por exemplo? diz Chiessi.

Por meio dos sedimentos coletados durante o cruzeiro, também será possível analisar os mecanismos em ação sobre essa circulação do Atlântico Sul e as interações entre a Amazônia e o Nordeste, avalia o pesquisador.

“O material que coletaremos durante a expedição será suficiente para realização de estudos ao longo dos próximos dez anos? afirma Chiessi.

* O repórter viaja a convite do Centro Nacional de Pesquisa (CNRS) da França.

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?????? Archives??????? //emiaow553.com/desmatamento-em-terras-indigenas-provocou-emissao-de-96-mi-de-toneladas-de-co2/ Tue, 02 May 2023 12:23:58 +0000 /?p=486646 Resultados divulgados na revista Scientific Reports indicam que derrubada da floresta foi maior entre 2019 e 2021

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Texto: Luciana Constantino | Agência FAPESP

O desmatamento em terras indígenas (TIs) na Amazônia brasileira provocou a emissão de 96 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) entre 2013 e 2021, modificando nessas áreas o papel de “sequestrador de carbono?da floresta. Desse total, 59% foram emitidos nos últimos três anos analisados (2019-2021), quando houve intensificação da devastação.

Os dados são resultado de uma pesquisa liderada por brasileiros e foram divulgados na revista Scientific Reports. Os cientistas mostram que o desmatamento nas TIs atingiu uma área de 1.708 quilômetros quadrados (km2), o que equivale a 2,38% de todo o desmate na Amazônia brasileira no período. Em 232 TIs analisadas, a taxa de devastação foi, em média, de 35 km2 ao ano, representando aumento de 129% entre 2013 e 2021. Considerando apenas os três últimos anos, o crescimento foi de 195%.

Além disso, o estudo apresenta outra informação preocupante: a derrubada da floresta está 30% mais distante das fronteiras em direção ao interior das terras indígenas, entrando até 8,87 km ao ano além da borda.

Cientistas analisaram dados de 232 TIs entre 2013 e 2021; resultados divulgados na revista Scientific Reports indicam que derrubada da floresta foi maior entre 2019 e 2021 (imagem: Celso H. L. Silva-Júnior/UFMA)

Cientistas analisaram dados de 232 TIs entre 2013 e 2021; resultados divulgados na revista Scientific Reports indicam que derrubada da floresta foi maior entre 2019 e 2021 (imagem: Celso H. L. Silva-Júnior/UFMA)

“Em números absolutos, a área devastada nas TIs pode parecer pouca, mas, como se trata de uma região destinada à proteção ambiental, a magnitude do impacto é muito maior. Além da perda de floresta, o desmatamento também serve de vetor de outros problemas para o interior dessas áreas, como o avanço de doenças e ameaças à sobrevivência de indígenas isolados. Um caso recente é o do povo Yanomami, onde houve diversas mortes de indígenas após a entrada de garimpeiros? diz à Agência FAPESP Celso H. L. Silva-Junior, professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e primeiro autor do artigo.

Consideradas um modelo eficiente de preservação da floresta, as TIs têm sofrido crescentes pressões, como o aumento de garimpos ilegais. Com o avanço da devastação ?induzida por recentes reveses ambientais, como o enfraquecimento da governança e a redução da proteção e dos direitos dos povos ? as terras indígenas podem reverter o papel vital de áreas protegidas no combate às mudanças climáticas e na manutenção da floresta em pé.

As florestas tropicais, como a Amazônia, são um dos ecossistemas mais importantes na mitigação das mudanças climáticas. Mas podem funcionar como via de mão dupla, absorvendo carbono enquanto crescem e se mantêm e liberando os gases quando degradadas ou desmatadas, por isso a importância da conservação e de políticas de combate ao desmatamento, entre outras ações.

“Precisamos lembrar que as TIs são fundamentais para que o Brasil consiga cumprir as metas ambientais que procuram diminuir os impactos das mudanças climáticas. Preservá-las é essencial. É necessário forçar o cumprimento das leis para que essas áreas mantenham o seu papel de ser uma espécie de escudo para a floresta em pé e os povos tradicionais que nelas vivem? completa o pesquisador Guilherme Mataveli, da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática (DIOTG) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que é bolsista de pós-doutorado da FAPESP e um dos autores do trabalho.

O estudo também recebeu financiamento por meio do Centro de Pesquisa e Inovação de Gases de Efeito Estufa (RCGI) ?um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por FAPESP e Shell na Universidade de São Paulo (USP) ?e de um Projeto Temático vinculado ao Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

Em texto publicado no ano passado na revista Science, o pesquisador já havia alertado que o crescente desmatamento em TIs é uma ameaça ao cumprimento das metas brasileiras (leia mais em: agencia.fapesp.br/38317/). O Brasil assumiu no Acordo do Clima de Paris a meta de recuperar 12 milhões de hectares de floresta até 2030 e se comprometeu a neutralizar as emissões de carbono até 2050.

Um terceiro estudo realizado por parte dos cientistas do mesmo grupo já havia mapeado outra ameaça: o avanço da mineração em terras indígenas na Amazônia Legal. Houve um aumento de 1.217% nos últimos 35 anos, passando de 7,45 km2 ocupados por essa atividade em 1985 para 102,16 km2 em 2020.

De acordo com esse trabalho, quase a totalidade (95%) dessas áreas de garimpo ilegal está concentrada em três TIs: Kayapó, seguida pela Munduruku e a Yanomami, localizadas nos Estados do Pará e Roraima (mais informações em: agencia.fapesp.br/40613/).

Concentração

Agora, a pesquisa mostra que 42% das TIs analisadas tiveram alta da taxa de desmatamento, sendo que em 20 delas a tendência foi mais significativa. Entre essas, a TI Arara registrou a menor taxa (0,02 km2 ao ano), enquanto a Apyterewa teve a maior (8,58 km 2 ao ano). Ambas estão localizadas no Estado do Pará.

Por outro lado, 11% das áreas analisadas reduziram o desmatamento, sendo cinco mais significativamente. Entre elas está a TI Alto Turiaçu, no Maranhão, onde vivem cerca de 1.500 indígenas dos povos Awa Guajá, Ka’apor e Tembé.

“O foco do estudo era mostrar os riscos que as terras indígenas vêm sofrendo. Mas um dado interessante foi também esse da redução. Sabemos que, no caso do Maranhão, por exemplo, os indígenas conseguiram esse resultado positivo porque têm iniciativas próprias de combate ao desmatamento ilegal, grupos que atuam como guardiões da floresta? afirma Silva-Junior.

O professor destaca a multidisciplinaridade da equipe de pesquisadores, com a participação de dois antropólogos ?Maycon Melo, do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente da Universidade Ceuma (Maranhão), e Bárbara Maisonnave Arisi, da Vrije Universiteit Amsterdam (Países Baixos) ? permitindo diferentes olhares sobre a questão.

Recomendações

Ao final do artigo, os pesquisadores fizeram seis recomendações visando contribuir com o avanço das políticas públicas voltadas a evitar o avanço do desmate nessas áreas.

São elas: a revogação de leis e normas que causaram retrocessos ambientais; o fortalecimento de instituições de fiscalização; a criação de zonas de amortecimento de 10 km entre TIs e áreas de exploração mineral ou de projetos de alto impacto, além do cancelamento de todos os CARs (Cadastro Ambiental Rural) dentro das TIs.

Propõem ainda o apoio a iniciativas que promovam agricultura e outras práticas sustentáveis de uso da terra, incluindo projetos de restauração de ecossistemas, e o fortalecimento do monitoramento por sensoriamento remoto, com investimentos no desenvolvimento de novos sistemas com melhorias em frequência e escala.

Por fim, tratam do fortalecimento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), órgão federal responsável pela garantia dos direitos indígenas, sugerindo mais financiamento e contratação de novos funcionários. Neste ano, pela primeira vez, a Funai tem a presidência ocupada por uma indígena, a advogada Joenia Wapichana.

O artigo Brazilian Amazon indigenous territories under deforestation pressure pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-023-32746-7#Sec2.

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??? ???????? //emiaow553.com/tecnica-obter-insumo-fundamental-industria-quimica-sem-co2/ Tue, 31 Jan 2023 15:22:23 +0000 /?p=464490 Neste trabalho, os autores conseguiram produzir peróxido a partir do oxigênio (O2) utilizando fotocatálise para guiar o processo

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Ricardo Muniz | Agência FAPESP

Estudo publicado na revista ACS Applied Materials & Interfaces, da American Chemical Society, apresentou um novo sistema de produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) sem emissão de dióxido de carbono (CO2), importante gás de efeito estufa. O peróxido de hidrogênio é um dos insumos químicos mais produzidos no mundo e é usado tanto para clarear tecidos e pasta de papel ?além de clareamento dental ? quanto como combustível para ajuste da trajetória de satélites no espaço. É empregado também na área médica como desinfetante ou agente esterilizante. Anualmente, são produzidos cerca de 2 milhões de toneladas de H2O2.

“Para entender o impacto do nosso trabalho, primeiro é preciso considerar essa importância do H2O2 na indústria química, mas também como é produzido hoje? diz o químico Ivo Freitas Teixeira, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “Todo esse peróxido é produzido por um processo que envolve antraquinona [composto derivado da hidrólise do antraceno]. Nesse processo, a antraquinona é reduzida e, em seguida, oxidada para gerar H2O2. As desvantagens do método estão não só no custo da antraquinona, um composto químico caro, mas na etapa de redução, que utiliza metais nobres, como Pd [paládio], e H2 [hidrogênio] como agente redutor. A utilização do hidrogênio não é desejada, porque provém da reforma do metano, processo que ocorre sob altas temperaturas e libera CO2 como subproduto, contribuindo para o aquecimento global? explica o cientista, que realizou seu pós-doutorado em química inorgânica na Universidade de São Paulo (USP).

Neste trabalho, os autores conseguiram produzir peróxido a partir do oxigênio (O2) utilizando fotocatálise para guiar o processo. Na fotocatálise, os catalisadores (materiais usados para acelerar uma reação química) são ativados utilizando luz visível em vez de altas temperaturas ou pressões. Outra grande vantagem do trabalho é o uso do nitreto de carbono como fotocatalisador, material constituído somente de carbono e nitrogênio, elementos bastante abundantes na crosta terrestre. Além disso, os nitretos de carbono podem ser ativados na região visível, que corresponde a cerca de 45% do espectro solar. Dessa forma, é provável que a iluminação artificial possa ser substituída por luz solar, tornando o processo ainda mais atraente economicamente.

Após testar diferentes condições reacionais, o grupo de pesquisa encontrou um sistema com excelente taxa de produção de H2O2. “Realizamos a redução do O2 usando uma rota fotocatalítica, na qual a fonte de hidrogênio acaba sendo a própria água do meio reacional ou o reagente de sacrifício, geralmente glicerol, que é um subproduto da produção do biodiesel? detalha Teixeira, que entre 2019 e 2021 foi fellow da Humboldt Foundation no Instituto Max Planck em Potsdam (Alemanha).

Nesse sistema, o nitreto de carbono é empregado como um semicondutor que quando irradiado por luz separa cargas, promovendo reações de redução e oxidação. Nesse caso, o O2 é reduzido em H2O2 e o reagente de sacrifício (glicerol) é oxidado. Como resultado é obtido H2O2 sem a necessidade de usar H2 e, consequentemente, sem a emissão de CO2.

“Até chegarmos ao trabalho publicado foi um longo caminho de investigação, uma vez que nós descobrimos que, ao mesmo tempo que o H2O2 era produzido na superfície do fotocatalisador, ele podia também ser degradado? diz Teixeira. “Tivemos de fazer uma série de testes e modificações no fotocatalisador, visando promover a formação do H2O2 e evitar sua decomposição. O entendimento do mecanismo pelo qual o H2O2 se decompõe na superfície dos nitretos de carbono foi extremamente importante para nos permitir desenvolver o fotocatalisador ideal para essa reação.?/p>

Teixeira lidera na UFSCar um grupo de pesquisa apoiado pela FAPESP. Além dele, assinam o artigo Andrea Rogolino (Universidade de Pádua, Itália); Ingrid Silva, Nadezda Tarakina e Markus Antonietti (Max Planck Institute of Colloids and Interfaces, Alemanha); e Marcos da Silva e Guilherme Rocha (UFSCar).

O artigo Modified Poly(Heptazine Imides): Minimizing H2O2 Decomposition to Maximize Oxygen Reduction pode ser lido em: //pubs.acs.org/doi/10.1021/acsami.2c14872.

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???? ?? ???????? ??? ??? //emiaow553.com/como-o-papa-francisco-pode-ajudar-na-reducao-da-emissao-de-carbono/ Tue, 01 Nov 2022 21:01:32 +0000 /?p=447656 Pesquisadores da Universidade de Cambridge sugerem que o retorno da sexta-feira sem carne entre a comunidade católica pode evitar as mudanças climáticas

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Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, sugerem que a suspensão da carne na dieta uma vez por semana pode auxiliar na redução da emissão de carbono. Os líderes religiosos poderiam ajudar nessa missão ao recuperar costumes antigos, como a “sexta-feira sem carne” da igreja católica. 

O próprio Papa Francisco já pediu respostas radicais às mudanças climáticas. Segundo os cientistas, a retirada da carne do cardápio não precisa ser uma imposição. Caso isso seja recomendado e uma parcela dos cristãos passe a seguir, já seriam notadas mudanças significativas.

Para chegar a tais conclusões, a equipe teve como base o ano de 2011, em que bispos católicos da Inglaterra e do País de Gales pediram às congregações que voltassem a excluir a carne vermelha às sextas-feiras. 

Na época, 28% dos católicos aderiram à recomendação. Destes, 41% afirmaram que pararam de comer carne às sextas-feiras e 55% disseram que tentaram reduzir o consumo naquele dia da semana. Os pesquisadores adotaram que aqueles que reduziram o consumo cortaram a ingestão do alimento pela metade.

Segundo o estudo, essa mudança seria equivalente a aproximadamente 875 mil menos refeições de carne por semana, levando a uma economia de 1.070 toneladas de carbono. Em um ano, o valor seria de 55 mil toneladas. O estudo deve ser revisado por pares e publicado na revista Social Science Research

Os cientistas compararam a queda do consumo de carne na Inglaterra e País de Gales com a Escócia e Irlanda do Norte, em que não houve a recomendação por parte da igreja católica. Ao final, a equipe notou que, nos primeiros países, a ingestão do alimento caiu em torno de oito gramas por pessoa em comparação com o resto do Reino Unido. 

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??? ???? ?? //emiaow553.com/tecnologias-de-combustao-podem-gerar-co2-puro-para-ser-estocado/ Wed, 26 Oct 2022 12:11:14 +0000 /?p=445187 Equipe do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa estuda as técnicas de oxicombustão e combustão do tipo chemical

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Texto: Agência FAPESP*

Duas tecnologias pouco conhecidas no Brasil capazes de gerar energia, capturar e purificar o dióxido de carbono (CO2), um dos grandes vilões do aquecimento global, estão sendo investigadas por integrantes do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP).

“Ambas as tecnologias utilizam o processo de combustão e conseguem gerar CO2 quase puro, sem necessitar de um processo de separação posterior, como membranas. O CO2 sai pronto para ser estocado ou reutilizado? informa Guenther Carlos Krieger Filho, professor da Escola Politécnica (Poli-USP), onde está sediado o RCGI ?um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell .

O projeto intitulado “Combustão do tipo Chemical Looping Combustion (CLC) e Oxicombustão com GN e Biogás?vai atuar em duas frentes. Em uma delas, os pesquisadores querem reduzir as emissões de CO2 em usinas, particularmente termoelétricas movidas a gás natural ou biogás, por meio da oxicombustão. “Em geral, a combustão convencional é feita com ar e em seus gases de exaustão, que são os resíduos da queima, são encontrados não apenas CO2, como também nitrogênio (N2) e outros poluentes. No caso da oxicombustão, a queima é feita com oxigênio (O2) puro no lugar do ar, o que resulta apenas em CO2 e vapor d´água? explica o professor.

Para Krieger Filho, essa é uma das grandes vantagens da oxicombustão. “Na combustão convencional, mais de 70% do gás resultante do processo é composto por nitrogênio. Entretanto, é muito caro comprimir todo esse gás para armazená-lo. Sem contar que o interesse é a obtenção de CO2 para ser armazenado ou usado para outro fim. Com a tecnologia oxicombustão é fácil separar o CO2, porque basta condensar a água.?/p>

O foco do projeto será desenvolver câmaras de combustão capazes de executar essa operação. “A oxicombustão demanda temperaturas muito elevadas e o reator precisa suportar esse estresse térmico. Garantir estabilidade a esse tipo de combustão é o nosso desafio? relata Krieger Filho. Os experimentos acontecem tanto por meio de modelagem quanto de forma empírica em escala laboratorial. Nesse último caso, os pesquisadores desenvolverão uma câmara de oxicombustão acoplada a uma miniturbina a gás, que irá gerar o CO2 já separado do vapor d´água.

Na parte computacional, a equipe do projeto utilizará a princípio alguns estudos realizados pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Retrofitting nas usinas

Para adotar a oxicombustão, a usina precisará fazer um retrofitting (adequação da infraestrutura). “?uma tecnologia que pode ser incorporada à estrutura já existente. Entretanto, ela exige a implantação de uma planta criogênica para produzir O2 puro? conta Krieger Filho. “No projeto pretendemos, inclusive, testar qual seria a concentração tolerável de nitrogênio nesse processo para tentar diminuir os custos da unidade produtiva.?/p>

De acordo com o especialista, a equipe de pesquisadores do RCGI não localizou estudos relativos ao uso de oxicombustão com biogás. “Ao que tudo indica, nosso projeto é pioneiro nessa questão. Em função da necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a produção de biogás deve crescer no Brasil, porque ela aproveita os dejetos do agronegócio. Se a usina utilizar biogás e oxicombustão, poderá ficar negativa em termos de emissão de CO.?/p>

A outra tecnologia que será estudada pelos pesquisadores do projeto é a combustão química cíclica (CLC, na sigla em inglês). “Nesse processo temos dois reatores que ficam interconectados. Em um deles, com ar, ocorre a oxidação de uma partícula metálica, que é enviada para o outro reator e cede O2 para a queima do combustível? explica Fernando Luiz Sacomano Filho, professor da Poli-USP e vice-coordenador do projeto. “Quando os gases de exaustão resfriam, a água se condensa e obtém-se assim o CO2 puro.?/p>

Nesse caso, a usina não precisa instalar uma planta criogênica, porque o O2 é gerado pelo próprio processo de combustão. “Entretanto, a CLC não se adequa ao retrofitting e quem quiser adotá-la precisa modificar a planta industrial? prossegue Sacomano Filho.

A exemplo do que vai acontecer na parte do projeto voltada à oxicombustão, o objetivo dos pesquisadores é construir reatores por meio de modelagem e de forma empírica em laboratório.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do RCGI.

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?????? ?? ??????, ?????????? //emiaow553.com/estudantes-da-holanda-criam-carro-eletrico-que-recolhe-co2/ Sat, 17 Sep 2022 14:34:55 +0000 /?p=439311 Veículo elétrico leva dois filtros com capacidade de capturar até 2 kg de CO2 em pouco mais de 30 mil km; está sendo apresentado nos EUA. Saiba mais

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Estudantes da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, criaram um carro totalmente elétrico totalmente inovador: ele captura mais dióxido de carbono (CO2) que emite. 

O veículo chamado “ZEM?é um projeto da TU/ecomotive. Ele tem dois lugares e funciona através de uma bateria de íons de lítio. A maioria das peças são impressas em 3D a partir de plásticos reciclados. 

O protótipo do carro elétrico prevê filtros que “recolhem?CO2 enquanto trafegam. São dois litros com capacidade de capturar até dois quilos do elemento poluente e principal responsável pelos gases de efeito estufa. 

Esses filtros podem ser esvaziados a cada 30 mil quilômetros, em estações de carregamento. 

Se comercializado, o modelo teria uma vantagem em relação aos veículos elétricos comuns. Apesar desses carros praticamente não emitirem nada de CO2 em comparação aos movidos por gasolina, a produção de células de bateria continua sendo um agente poluente. 

“Nosso objetivo é minimizar o dióxido de carbono emitido durante toda a vida útil do carro, desde a fabricação até a reciclagem? disse Jens Lahaije à agência Reuters. Lahaije é gerente financeiro da TU/ecomotive, a equipe por trás do protótipo.

Agora a equipe expõe o veículo em uma turnê promocional nos EUA, para universidades e empresas da Costa Leste e Vale do Silício.

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????? ??? ??? ??? | ????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/amazonia-degradacao-da-floresta-remanescente-pode-emitir-tanto-ou-mais-carbono-que-o-desmatamento/ Sat, 30 Jul 2022 22:07:17 +0000 /?p=431690 Em decorrência da ação humana, a maior floresta tropical do mundo já perdeu 30% de sua capacidade de reter CO2

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Texto: José Tadeu Arantes, da Agência FAPESP

Desde o início deste século, a Amazônia já perdeu cerca de 30% de sua capacidade de reter dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa. Se for mantida a atual política, que favorece ou até mesmo promove o desflorestamento e a degradação das áreas remanescentes, essa capacidade pode zerar até o final da próxima década, com a Amazônia deixando de ser um sumidouro para se tornar um emissor de carbono.

O alerta foi feito pelo pesquisador David Montenegro Lapola, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri-Unicamp), no dia 6 de julho, em webinário promovido pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) para celebrar os 60 anos da FAPESP.

Além do desflorestamento, há um outro fator de impacto, menos conhecido, que é a degradação da floresta remanescente. “Considerando a degradação por seca, a degradação por fogo, a degradação por corte seletivo de madeira e a degradação pelo chamado efeito de borda, de 4% a 38% da floresta remanescente já se encontra degradada, com emissões de CO2 equivalentes ou até maiores do que as das áreas desmatadas? disse Lapola, enfatizando a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento capaz de reverter o curso da destruição e salvar a floresta.

Em março deste ano, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, declarou que o governo brasileiro havia escolhido ir além das leis e políticas existentes e se comprometia a eliminar o desflorestamento ilegal da Amazônia até 2028. No entanto, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, apenas no primeiro semestre de 2022, 3.971 quilômetros quadrados (km2) da Amazônia Legal foram destruídos. O desmatamento registrado em junho deste ano foi o maior para o mês desde que o instituto iniciou o monitoramento, em agosto de 2015. Aproximadamente 90% desse desflorestamento é desmatamento ilegal.

Os estudos mais consistentes mostram que conter o aquecimento global abaixo de 2 oC, preferencialmente em até 1,5 oC, comparativamente aos níveis pré-industriais, é a única maneira de evitar a catástrofe climática. E essa orientação foi consignada pelo Acordo de Paris, que entrou em vigor no final de 2016. Passados mais de cinco anos, porém, os dados mostram que estamos indo para um aumento de 3 oC, com uma notável irresponsabilidade de vários governos e a indiferença de boa parte da população.

A implementação das metas acordadas em Paris depende das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, conforme as letras iniciais da expressão em inglês) de cada país signatário do acordo. Na primeira versão da NDC brasileira, ainda de 2015, o país assumiu a meta de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 37% até 2025 e em 43% até 2030, tomando como base as emissões de 2005. Na revisão da NDC, publicada no final de 2020, esses percentuais foram mantidos, mas os valores considerados como base de cálculo foram mais altos do que os utilizados na NDC original. Ou seja, não apenas deixou-se de melhorar as metas, como seria desejável, mas também foi embutido, sob os números apresentados, um aumento real das emissões. A promessa feita pelo ministro na COP26, de reduzir em 50% as emissões de GEE até 2030, não encontra, portanto, respaldo em medidas concretas.

A maior ameaça da história

Intitulado “Mudanças climáticas globais: seus impactos e estratégias de mitigação e adaptação? o webinário organizado pela Aciesp teve o objetivo de apresentar e discutir o segundo capítulo do livro FAPESP 60 Anos: A ciência no desenvolvimento nacional.

A abertura foi feita por Adriano Andricopulo, diretor-executivo da Aciesp, Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, e Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vice-presidente da Aciesp e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

Além de Lapola, participaram como palestrantes Gabriela Marques Di Giulio, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP); Pedro Leite da Silva Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP; e Mercedes Bustamante, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (ICB-UnB).

As dimensões humanas das mudanças climáticas foram objeto da intervenção de Di Giulio, que tratou de como as sociedades devem estruturar suas políticas públicas para responder aos riscos sociais em curso. “Há uma necessidade de mudanças transformativas em todas as dimensões ?principalmente de uma urgente substituição desse modelo predatório de espoliação da natureza por um modelo baseado na solidariedade, no respeito à diversidade biológica e na justiça social? afirmou a pesquisadora, lembrando que, atualmente, há quase 35 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada e cerca de 100 milhões sem acesso à coleta de esgoto.

“Outro desafio é o da segurança alimentar, neste momento em que o Brasil volta com muita força a estar presente no mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Há mais de 125 milhões de brasileiros e brasileiras em insegurança alimentar e mais de 33 milhões em situação de fome? informou.

Silva Dias tratou dos desafios da modelagem diante da extrema complexidade do sistema climático e das influências antropogênicas. “Há duas formas principais para entender os mecanismos responsáveis pela variabilidade do clima e o potencial papel do homem: a modelagem climática de um sistema extremamente complexo e a análise observacional do período e de estimadores do clima passado, o paleoclima. Os dois são complementares e devem caminhar juntos? falou, destacando que é preciso cotejar e selecionar os melhores modelos, que sejam capazes de reproduzir bem o clima atual.

Bustamante associou dois processos extremamente importantes em curso, as mudanças climáticas e o declínio da biodiversidade, ressaltando que a elevação de cada fração de grau implica a intensificação dos eventos climáticos extremos, com múltiplos riscos, e que os impactos serão enormes se o aquecimento global exceder 1,5 oC. “O aquecimento global representa a maior ameaça à diversidade biológica na história humana? disse.

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A pesquisadora lembrou que o Brasil possui extraordinários ativos ambientais, que deveriam ser a oportunidade para uma nova agenda de desenvolvimento. Bem o contrário do que está sendo feito.

O webinário “Mudanças climáticas globais: seus impactos e estratégias de mitigação e adaptação?pode ser assistido na íntegra em: www.youtube.com/watch?v=0XEw7wATBWs.

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