?? ? ???? 3? ????????,??????,????????? / Vida digital para pessoas Thu, 03 Oct 2024 21:00:26 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??? ??? ?? ?? ??? ?? ?? / 32 32 ??? ???? ??? ??????, ?????????? //emiaow553.com/colecionador-de-insetos-na-infancia-pesquisador-e-hoje-o-sexto-cientista-que-mais-descreveu-aranhas-na-historia/ Thu, 03 Oct 2024 22:27:15 +0000 //emiaow553.com/?p=600001 Antonio Brescovit já descobriu mais de 800 espécies de aracnídeos e é responsável pelo Laboratório de Coleções Zoológicas do Butantan

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Reportagem: Aline Tavares/Instituto Butantan

No fundo de um quintal em Porto Alegre (RS), nas décadas de 1970 e 1980, crescia uma curiosa (e preciosa) coleção dos mais variados insetos e aracnídeos. O responsável pela coleta e cuidado dos bichos, então menino, deixava a mãe de cabelo em pé com o passatempo. Se aventurava no mato para admirar as peculiaridades da natureza, quando visitava os avós no interior, e comprava livros de zoologia para tentar dar nome ao que encontrava. E foi começando assim, com eterna curiosidade, que Antonio Domingos Brescovit se tornou pesquisador científico do Instituto Butantan e um dos maiores aracnólogos do mundo.

“Nos dias de aula de ciências, entrava no ônibus segurando um pote com algum bicho, e era engraçado porque ficava todo mundo olhando de longe, com medo?/em>

Formado em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), mestre e doutor em Zoologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, Antonio Brescovit é diretor do Laboratório de Coleções Zoológicas do Butantan. Aos 65 anos, é o responsável direto pelos aracnídeos do Butantan ?que compõem a maior coleção da América Latina, englobando cerca de 600 mil lotes com quase 1 milhão de animais.

A pequena coleção de insetos, embrião da vida científica de Antonio, continuou inspirando o pesquisador ao longo dos anos. Durante a faculdade, ele finalmente aprendeu as técnicas corretas para armazenar os insetos: comprava alfinetes entomológicos e mandava fazer caixas especiais de madeira com tampa de vidro. Eventualmente, devido ao grande espaço que os itens ocupavam e aos custos de manutenção, o biólogo decidiu doar toda a coleção para o Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul, onde fazia iniciação científica.

Nessa época, durante a iniciação científica, o cientista teve a primeira experiência de pesquisa com aranhas, tema inesperado que acabaria definindo sua carreira. Embora a intenção inicial fosse trabalhar com insetos, Antonio viu uma maior oportunidade de crescimento no campo dos aracnídeos, pois ainda havia poucos especialistas no Brasil.

O foco do trabalho do biólogo é a taxonomia, ou seja, a descrição e classificação de novas famílias, gêneros e espécies. Só no mestrado e doutorado, o cientista propôs mais de 30 gêneros e mais de 50 espécies de aranhas da família Anyphaenidae. “As aranhas dessa família são conhecidas como aranhas-fantasma porque são muito rápidas. Coletar esses bichos sempre foi um desafio? conta.

Hoje, acumula um total de 880 espécies e 58 gêneros de aranhas descritos, sendo o segundo pesquisador que mais descreveu espécies destes animais no Brasil e o sexto no mundo, de acordo com a World Spider Catalog Association. Com mais de 30 anos de dedicação a essa minuciosa tarefa, ele garante: é um trabalho desafiador, mas muito gratificante.

“Você precisa ter bichos em quantidade para ter certeza que está descrevendo espécies novas e não variações de uma espécie, por exemplo. São horas olhando o bicho na lupa, fotografando, desenhando, para depois publicar e mostrar que aquilo é verdade?/em>

Antonio mostra a primeira foto que tirou no Butantan, em frente ao Laboratório de Coleções Zoológicas, em 1995

Antonio mostra a primeira foto que tirou no Butantan, em frente ao Laboratório de Coleções Zoológicas, em 1995

A construção de um legado

A história de Antonio Brescovit no Instituto Butantan começou em 1995. Quando estava na reta final do doutorado, passou no concurso de pesquisador científico e mudou-se para São Paulo com a esposa, também bióloga. Na época, integrou a equipe do antigo Laboratório de Artrópodes, que abrigava a coleção de aracnídeos. As coleções herpetológica (serpentes), entomológica (insetos) e acarológica (ácaros) ficavam em laboratórios separados. O acervo só foi unificado em 2010, após o incêndio que acometeu o prédio e destruiu milhares de exemplares ?sem dúvida, um dos momentos mais marcantes que viveu.

“Quando eu cheguei e vi o prédio, fiquei apavorado. Pela aparência que estava, achei que não havia sobrado nada. A coleção de serpentes foi a mais afetada, com uma perda de 80%, e a de aracnídeos cerca de 30%. A alunos perderam material de monografias, teses… Foi terrível?/em>

Aos poucos, as curadorias foram se reerguendo, e hoje são motivo de grande orgulho para Antonio, responsável por liderar a equipe há seis anos. Além da coleção própria, o Butantan recebe materiais de outras instituições, e também empresta exemplares a cientistas de fora ?colaboração internacional que ajuda a fomentar estudos de taxonomia e evolução.

O estudo e preservação da biodiversidade, que tem sido cada vez mais ameaçada, depende diretamente das coleções zoológicas. “Nós temos não só uma enorme coleção, mas uma coleção diversa, com materiais de pelo menos 40 países, alguns obtidos em expedições, outros doados? destaca. “Isso torna a coleção ainda mais importante em termos de acesso a material para pesquisadores brasileiros que estudam espécies de fora.?/p>

Para Antonio, além da manutenção de uma coleção tão rica, um dos maiores legados de seu trabalho é a formação de futuros especialistas na área. Pelo menos 20 doutores e 15 mestres já foram orientados por ele e conquistaram posições de relevância na pesquisa. Uma das ex-alunas, inclusive, tornou-se pesquisadora em seu laboratório ?a bióloga Cristina Rheims, hoje sua diretora-técnica substituta.

“Um dia, eu vou me aposentar, e precisamos de profissionais que continuem cuidando da coleção. Fico muito feliz de poder formar novos especialistas e vê-los atuando ?significa que a aracnologia não perdeu?/em>

Percalços na estrada

Quando Antonio começou a estudar aranhas na década de 1980, pouco se sabia sobre a diversidade de espécies, e fazer uma descrição levava muito mais tempo. Partir “do zero? buscar artigos em bibliotecas, fazer xerox dos desenhos, escrever a tese de doutorado em uma máquina de escrever… Tudo isso parece uma realidade bem distante.

“Atualmente é tudo informatizado: acessamos os artigos online, fazemos microscopia eletrônica de varredura para observar minúsculos detalhes das estruturas do animal que não conseguimos ver na lupa, fotografamos e já passamos para o computador. Uma vez com todo o material em mãos, em dois a três dias você descreve o exemplar, algo que antes podia demorar semanas? afirma.

Mas a melhor parte do trabalho, sem dúvida, acontece fora do laboratório: as expedições. Antonio já realizou mais de 60 viagens de campo para coletar espécimes de aranhas em todo o Brasil, sendo a maior parte pelo Programa Biota da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Com o projeto Butantan na Amazônia, visitou a região pelo menos três vezes por ano durante cinco anos. Também viajou para o Peru, Argentina e Chile ?neste último, chegou a percorrer mais de 6 mil km de carro.

Ao longo do caminho, o cientista acumulou muitas histórias ?algumas boas, outras nem tanto. Apesar dos momentos difíceis, como o incêndio no prédio das coleções e quando teve o carro de um projeto roubado voltando de uma viagem de campo, no dia do aniversário de um ano da filha, o bom humor é marca registrada do pesquisador, conhecido por brincar com todo mundo.

Quem olha uma das aranhas de plástico em cima de sua mesa, por exemplo, nem imagina a história cômica que há por trás. “Certo dia, um professor da USP nos trouxe uma caixa dizendo que os colegas de departamento encontraram uma aranha ali. Quando abri a caixa, coloquei a mão dentro e ele entrou em pânico. Quando retirei, era uma aranha de plástico. Os colegas tinham pregado uma peça. Ele ficou tão sem graça que simplesmente foi embora? relembra.

Antonio conta que ele e os próprios colegas também já “aprontaram?bastante. No prédio onde morava, costumava receber caixas com bichos encontrados pelos vizinhos e amigos para levar à coleção. Um desses animais foi uma enorme caranguejeira, que foi deixada na portaria.

“Fui buscar a caixinha e perguntei ao porteiro se ele queria ver a coisa linda que ganhei. Quando abri a caixa e mostrei a aranha, ele foi parar do outro lado do prédio?/em>

No grupo de Whatsapp do condomínio onde mora hoje, aliás, o cientista se tornou consultor oficial: os moradores sempre enviam fotos de aranhas que encontram por aí para descobrir qual é e se o bicho é perigoso. Segundo ele, mesmo garantindo que o animal é inofensivo, muitas pessoas têm medo ?especialmente se a aranha for grande.

Um pouco de chimarrão e filmes de faroeste

Antonio se considera uma pessoa calma, piadista e bastante irônica. Acredita que é preciso aprender a levar as coisas “na esportiva?e não ser tão sério o tempo inteiro. Como bom gaúcho, toda vez que visita a família no Sul, traz de volta itens especiais: erva para o chimarrão, patê de fígado de porco, além de doces como figada e pessegada. Grande torcedor do Grêmio, também adora jogar futebol e fazer churrasco aos finais de semana. Na televisão, curte assistir séries de crime e filmes de faroeste.

Enquanto o biólogo estuda aranhas, sua esposa, Fernanda, faz pesquisas com moluscos. Já a filha de 22 anos decidiu seguir um caminho diferente: está no terceiro ano de Medicina. Orgulhoso, o pai diz que ela é “terrível? pois passou em quase todas as provas que fez para o vestibular. “Ela só não aprendeu comigo a não ter medo de barata. Todas as vezes que aparecem eu tenho a função de me livrar das baratas em casa? conta.

Apaixonado pelas aranhas que descreve, gosta de dar nomes curiosos: 17 espécies nativas da Mata Atlântica identificadas pelo pesquisador foram incluídas no gênero Predatornoops, nomeado por ele em homenagem ao filme de ficção científica “O Predador? A aranha Predatoroonops schwarzeneggeri, por exemplo, faz referência ao ator Arnold Schwarzenegger. Já uma aranha cega encontrada em uma caverna de Minas Gerais, da família Ochyroceratidae, foi batizada de Ochyrocera dorinha, homenageando a personagem com deficiência visual da Turma da Mônica.

No Butantan, o cientista acaba de iniciar mais um projeto de pesquisa que deve durar cerca de cinco anos. Depois disso, pensa em se aposentar e deixar a “herança?das pesquisas para o próximo curador. Preocupado com o futuro das coleções zoológicas, Antonio não mede esforços para cuidar do acervo e formar profissionais dedicados a manter esse legado tão importante para a ciência brasileira.

“Infelizmente, muitos não entendem o valor da diversidade acumulada nos acervos. Por isso reforço a importância de formar novos especialistas. Precisamos correr atrás para manter as nossas coleções e resgatar o seu valor”?/em>

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?????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/craque-no-laboratorio-e-no-futebol-biomedica-estuda-acao-de-toxina-do-veneno-da-cascavel-contra-o-cancer/ Sun, 12 May 2024 21:13:12 +0000 //emiaow553.com/?p=569955 Camila Lima fez iniciação científica, mestrado e doutorado no Butantan, e hoje atua como tecnologista de laboratório; aos finais de semana, representa o Instituto no time de futebol

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Reportagem: Aline Tavares/Instituto Butantan

Desde os tempos de criança em São Roque, interior de São Paulo, Camila Lima Neves é movida por duas paixões: futebol e biologia. Participava dos campeonatos na escola ao lado de sua irmã gêmea, Carla, e achava incrível quando a professora desenhava células na lousa. Não é à toa que, quando perguntada sobre o futuro após o Ensino Médio, dizia: “Eu me vejo dentro de um laboratório, com jaleco, mexendo com células? No Instituto Butantan, conseguiu obter o melhor dos dois mundos: ser cientista e, de quebra, representar a instituição no time de futebol nos Jogos Sindusfarma ?campeonato que reúne colaboradores de empresas do setor farmacêutico.

Formada em Biomedicina pela Faculdade Mario Schenberg (atual Faculdade Lusófona), Camila tem 34 anos, fez iniciação científica, mestrado e doutorado no Laboratório de Fisiopatologia do Butantan, sob orientação da pesquisadora científica Sandra Coccuzzo, e foi contratada há dois anos como tecnologista de laboratório. Em suas pesquisas, estuda os efeitos anti-inflamatório, imunomodulador e antitumoral da crotoxina, toxina extraída do veneno da cascavel.

Nascida na Zona Leste de São Paulo, na região do Sapopemba, Camila se mudou com a família para São Roque aos 4 anos. Sua mãe, vinda do Ceará, é dona de casa e não chegou a fazer uma graduação, mas sempre incentivou as filhas gêmeas a estudar. As duas estudaram em escola pública e concluíram o Ensino Médio em 2006. No ano de 2008, Camila ingressou em um curso técnico de informática em Sorocaba (SP), cidade vizinha.

A rotina virou de cabeça para baixo a partir de 2009, quando a jovem entrou no curso de Biomedicina na Faculdade Mario Schenberg, em Cotia (SP). Ela transitava entre as três cidades diariamente: de manhã, ia para o curso de informática em Sorocaba; à tarde, retornava para casa em São Roque; e, à noite, ia para a faculdade em Cotia, de ônibus. Cada trajeto durava em torno de uma hora e meia.

No primeiro ano da graduação, conseguiu um estágio no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), onde fez dois projetos de iniciação científica: um sobre uma estrutura intracelular durante o desenvolvimento embrionário do ouriço-do-mar e outro sobre um potencial tratamento para câncer de pele. Ainda morando em São Roque, Camila passava a manhã e a tarde na USP, em São Paulo, ia para a faculdade e depois voltava para casa. “Eu praticamente só ficava em casa para dormir; era uma rotina extremamente cansativa. Foram cerca de quatro anos nesse ritmo? conta.

A mudança veio quando a estudante se deparou com uma oportunidade inesperada no último ano da faculdade, em 2013. Uma professora que tinha lhe dado aula no começo da graduação, Tatiane Lima, a convidou para ser sua aluna de iniciação científica no Instituto Butantan. Na época, Camila estava trabalhando na clínica de acupuntura de uma amiga.

“Contei para minha amiga sobre a oportunidade e disse que não sabia o que fazer. Ela perguntou o que meu coração queria. Eu respondi: meu coração quer a pesquisa?/em>

Ciência contra o câncer

Foi na iniciação científica no Butantan que Camila teve contato pela primeira vez com o estudo de venenos. Entre os anos de 2013 e 2016, a biomédica se dedicou a um projeto que analisava o efeito anti-inflamatório da crotoxina sobre os neutrófilos, um tipo de célula de defesa, e deu continuidade à pesquisa em um Programa de Aprimoramento Profissional, da antiga Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP).

Assim como no futebol, em que já é tetracampeã, Camila não perdeu tempo: logo em seguida, mudou-se para São Paulo e engatou o mestrado e o doutorado, junto a linha de pesquisa da Sandra Coccuzzo. O período foi dedicado a pesquisar como a crotoxina interfere na função dos monócitos e macrófagos, outras células do sistema imune, e como isso pode ajudar a combater o câncer. 

Seus esforços no mestrado renderam um artigo publicado recentemente na Toxins, uma revista científica de alto impacto. A biomédica avaliou o efeito da toxina sobre os macrófagos de animais com tumor ascítico, um tipo de tumor líquido que acomete a região abdominal, e quantificou as células tumorais e de defesa após o tratamento.

“As células tumorais estavam diminuídas, pois entravam em apoptose [morte celular]. Além disso, havia uma maior quantidade de células de defesa secretando substâncias pró-inflamatórias e ajudando os macrófagos a combaterem o tumor?br />

Pioneiro ao avaliar a eficácia da crotoxina para tratar um tumor líquido, o trabalho foi motivo de grande orgulho para Camila. No doutorado, que deve ser submetido para publicação em breve, ela investigou o mecanismo de ação por trás desse efeito ?ou seja, identificou as proteínas envolvidas na resposta inflamatória e antitumoral.

O estudo do mestrado publicado também ganhou notoriedade na mídia, o que ajudou a jovem a enfrentar um medo antigo: falar em público. Embora seu jeito animado e brincalhão não faça transparecer, Camila se considera uma pessoa tímida, mas encontrou nas entrevistas uma oportunidade de compartilhar seu trabalho com a sociedade.

“?um desafio transformar a linguagem científica em uma linguagem acessível. Isso é algo que me motiva muito: falar sobre meu trabalho de uma forma clara que possa atingir todas as pessoas?/em>

Moldando futuros “jogadores?/p>

Após a dedicação de quase dez anos na iniciação científica, mestrado e doutorado, Camila conquistou uma vaga de tecnologista de laboratório no Butantan. Além de continuar contribuindo com o estudo da crotoxina, a biomédica auxilia alunos e pesquisadores com experimentos e é responsável pela manutenção da sala de cultura de células.

Para Camila, é gratificante poder ajudar alunos de estágio e de pós-graduação e acompanhar seu desenvolvimento, da mesma forma que sua professora a apoiou desde o primeiro dia no Butantan.

“Tenho muito a agradecer à Tatiane Lima, porque ela contribuiu com todo o meu crescimento e o conhecimento que hoje consigo passar para os alunos?br />

A pesquisadora Tatiane Lima foi mentora de Camila na iniciação científica no Butantan

A pesquisadora Tatiane Lima foi mentora de Camila na iniciação científica no Butantan

Para Camila, não é difícil imaginar o que passa na mente agitada dos estudantes, já que há pouco tempo ela estava no mesmo lugar. Correr para cumprir todos os prazos, manter-se financeiramente com bolsa e ainda viver uma pandemia e um lockdown durante o doutorado não foram tarefas fáceis.

“Lembro muito bem quando foi anunciado o segundo lockdown. Eu estava saindo da sala de cultura após um teste e, quando olhei a plaquinha, vi que não tinha dado o resultado que esperava. E são experimentos que a gente passa desde de manhã até a noite fazendo. Naquele momento, eu soube que o laboratório ia fechar de novo e desabei de chorar, porque já estava chegando perto do meu prazo? conta.

Mas, como diz Camila, no final tudo sempre dá certo, especialmente quando se tem colaboração científica. Ela conseguiu obter outro modelo celular para trabalhar, com a contribuição de uma pesquisadora de outra instituição, e alcançou os resultados para os quais se dedicou de domingo a domingo, faltando um ano para defender sua tese.

Em todo esse processo, a tecnologista ressalta o papel de sua orientadora de mestrado e doutorado, Sandra Coccuzzo, que lhe deu a oportunidade de tocar os experimentos sozinha e contribuiu de diversas formas para seu amadurecimento como cientista.

“Costumo dizer que a Sandra é uma mãe científica: ela sempre incentiva muito os alunos. É como se dissesse ‘eu nunca vou desistir de vocês? E, de fato, ela nunca desistiu de mim?/em>

Camila junto à equipe liderada pela pesquisadora científica Sandra Coccuzzo

Camila junto à equipe liderada pela pesquisadora científica Sandra Coccuzzo

Experimentos, cafezinho e futebol

Quando tira o jaleco no fim do expediente, Camila sai do laboratório pensando: “Quero meu cafezinho e não quero guerra com ninguém? O café traz uma memória afetiva da casa da mãe, em São Roque, e ela adora explorar as diferentes cafeterias e padarias da cidade. À noite, dedica-se ao estudo do inglês e aos cuidados da casa ?principalmente cozinhar com sua noiva, Monique, também biomédica, com quem troca experiências de trabalho. “Muitas vezes, acabamos comentando sobre experimentos que estamos fazendo e cada uma contribui com suas ideias? diz.

O reconhecimento recebido hoje por seu trabalho nem sempre foi realidade. Durante a pós-graduação, Camila escutou com frequência da família a pergunta: “E aí, você já está trabalhando?? A biomédica sempre fez questão de se referir ao mestrado e doutorado como trabalho, e hoje os familiares reconhecem que a carreira da pesquisa é um investimento de longo prazo ?e de suma importância.

Na foto de cima, Camila junto à mãe e à irmã. Abaixo, a cientista ao lado da noiva Monique

Na foto de cima, Camila junto à mãe e à irmã. Abaixo, a cientista ao lado da noiva Monique

“Minha irmã está muito contente com minhas aparições na mídia, com as entrevistas que eu tenho dado sobre meu estudo. Ela divulga tudo no grupo da família?/em>

Na banca de mestrado, a sala ficou lotada com a presença da mãe, da irmã e de todos os colegas e amigos do Butantan ?do laboratório ao campo. Todo o carinho e apoio que Camila recebe refletem a pessoa que os amigos descrevem: alto astral, divertida, engraçada, focada e amante do que faz. Também é conhecida como “vereadora do Butantan? já que sempre cumprimenta alguém por onde passa.

Aos finais de semana, costuma ir para o interior visitar a mãe. Quando não está fazendo experimentos dentro do laboratório, está no campo driblando adversárias e de olho no gol. Do tipo de pessoa que “topa tudo? também já participou do time de vôlei do Butantan e até do kart, e mantém um cantinho em casa dedicado às medalhas.

Em relação ao futuro, a resposta para a pergunta que lhe fizeram após o Ensino Médio segue a mesma: Camila deseja continuar na pesquisa, produzindo novos conhecimentos e apoiando futuros cientistas em sua jornada. Ela acredita que é somente a partir da união de forças que o trabalho desenvolvido no interior dos laboratórios pode chegar à população. Para os estudantes, reforça que promover a colaboração científica e estabelecer contatos é essencial.

“Para um aluno de pós-graduação, é muito difícil pensar: ‘Será que esse trabalho que estou fazendo vai atingir a sociedade um dia?? Os desafios da carreira podem gerar uma certa bagagem emocional, mas também são aprendizados. Você não pode parar!?/em>

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?????? ????????, ??????? //emiaow553.com/1o-cientista-brasileiro-a-ir-para-o-espaco-fara-experimentos-com-mini-cerebros/ Tue, 04 Jul 2023 22:34:55 +0000 /?p=502125 O biólogo Alysson Muotri está na vanguarda da neurociência. O experimento deve trazer descobertas importantes para a saúde de astronautas

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O pesquisador Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos, vai se tornar o primeiro cientista brasileiro a ir para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Ele parte na missão em novembro de 2024. 

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou a viagem na última semana, após um encontro de Muotri com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Ciência Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, no Palácio do Planalto.

Muotri é um dos biólogos brasileiros mais reconhecidos internacionalmente. Ele está na vanguarda da neurociência e da genética, fazendo experimentos com mini-cérebros: conjuntos de células neuronais criadas em laboratório que permitem estudar vários assuntos — de transtornos neurológicos ao cérebro de neandertais.

Segundo informações fornecidas por Muotri em entrevista ao G1, o biólogo deve passar 10 dias na ISS realizando experimentos com seus mini-cérebros em microgravidade. Um dos principais objetivos desta pesquisa é estudar como as células cerebrais envelhecem na ISS ?e, consequentemente, estudar os efeitos da microgravidade no cérebro de astronautas.

O biólogo já enviou mini-cérebros para a ISS em 2019, em uma missão em que a NASA colaborou com a Universidade da Califórnia. Na ocasião, ele descobriu que as células cerebrais poderiam envelhecer o equivalente a 10 anos em apenas um mês. 

Os cientistas também já sabem que voos espaciais podem alterar a forma e o funcionamento do cérebro. Um estudo publicado em 2022, por exemplo, mostrou que astronautas apresentam um aumento da massa branca do cérebro após cinco meses longe da Terra.

O experimento de Muotri pode ajudar a entender de que forma a microgravidade causa alterações em um cérebro, e a descobrir como proteger os astronautas de possíveis alterações prejudiciais ?como o envelhecimento acelerado. Estudar os efeitos dos voo espacial do corpo humano é, claro, essencial para o planejamento de futuras viagens de longo prazo, para Lua ou Marte.

Caso a viagem aconteça como esperado, Muotri vai se tornar o terceiro brasileiro a ir para o espaço. O primeiro foi Marcos Pontes, astronauta, engenheiro aeronáutico e atualmente senador pelo PL de São Paulo, que embarcou para a ISS em 2006. O segundo foi Victor Hespanha, engenheiro que ganhou um sorteio para participar do voo suborbital da Blue Origin em junho de 2022 ?fazendo uma visita de médico à fronteira do espaço.

O cientista escreveu em sua página do Facebook que os “próximos passos incluem o envolvimento dos cientistas trabalhando no Brasil nesse projeto? Mas muitos detalhes ainda não foram divulgados, como quem financiará a viagem até a ISS e como Muotri embarcará para o espaço ?em uma missão privada da SpaceX, por exemplo?

Muotri e o MCTI não responderam ao pedido de entrevista do Giz Brasil até o momento de publicação deste texto, mas continuamos abertos para qualquer manifestação de ambos. Por enquanto, o biólogo revelou que outros membros de sua equipe na UCSD devem embarcar primeiro para a ISS.

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??? 1-3-2-6 ??? ??????, ??? //emiaow553.com/corpo-de-gregor-mendel-passa-por-teste-de-dna/ Wed, 04 Jan 2023 23:18:32 +0000 /?p=459176 No aniversário de 200 anos de Gregor Mendel, cientistas recuperaram seu corpo e analisaram suas predisposições genéticas. Saiba mais

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Você provavelmente foi apresentado às leis de Mendel durante as aulas de biologia do colégio. Elas foram estabelecidas a partir do cruzamento entre ervilhas e trazem a base da genética como conhecemos hoje. Com a simples análise da cor e tamanho dos vegetais, Gregor Mendel provou a existência de alelos recessivos e dominantes e mostrou como esses atuavam. 

Se estivesse vivo, o considerado “pai da genética” teria completado 200 anos em 2022. Para comemorar a data, cientistas da Universidade Masaryk, na República Tcheca, resolveram desenterrar seu corpo e estudar seu DNA

Além de pesquisador, Mendel foi um frade que viveu durante o século 19. Seu corpo foi encontrado junto a outros quatro caixões em um túmulo agostiniano no Cemitério Central de Brno, a segunda maior cidade tcheca. 

A equipe encontrou no local um esqueleto de 1,68 metros de altura e cérebro consideravelmente grande. Sob o corpo, havia uma série de folhas de jornal que datavam pouco antes da morte de Mendel, reforçando que o falecido era realmente o cientista. 

Mesmo com as evidências, os pesquisadores coletaram DNA dos dentes e ossos do esqueleto e compararam com amostras retiradas de itens pessoais do frade que estavam armazenadas no Museu Mendel. Ao final, confirmaram que o corpo pertencia ao pai da genética.

O principal objetivo da equipe ao desenterrar seu corpo era estudar seu DNA e encontrar predisposições genéticas. Eles conseguiram: Mendel possuía variantes ligadas à diabetes, problemas cardíacos e doenças renais. 

Fora isso, o cientista contava com um gene associado à epilepsia e problemas neurológicos, que podem explicar algumas crises enfrentadas por Mendel ao longo de sua vida. 

Há quem considere o procedimento invasivo, mas a equipe tcheca acredita que o frade estaria feliz em ter seu corpo estudado em prol da ciência. A pesquisa fecha um ciclo que se inicia no cruzamento genético e termina na análise do DNA.

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?????? ?? //emiaow553.com/mapa-mostra-quase-3-milhoes-de-cientistas-dedicados-as-pesquisas-desde-1940/ Fri, 30 Dec 2022 22:36:49 +0000 /?p=458438 Mapa de cientistas mostra avanço da pesquisa em áreas tecnológicas, como semicondutores, células-tronco e internet, em todo o mundo. Confira os números

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Um levantamento do CSH (Hub de Ciência Complexa, na tradução livre) de Viena, na Áustria, mapeou quase 3 milhões de cientistas dedicados a estudar três únicas áreas tecnológicas ?semicondutores, células-tronco e internet ?em todo o mundo desde 1940. 

Os dados, que têm base no banco de publicações e bolsas de pesquisa britânico Dimensions, reúnem décadas de informações sobre milhões de artigos publicados, 20 milhões de pesquisadores e mais de 98 mil instituições de todo o mundo. 

No campo de semicondutores, por exemplo, houve um avanço exponencial a partir da década de 1950, especialmente nos EUA. Na imagem, A representa o número de cientistas na área em 1954. Até D, em 2020, barras mostram o avanço da pesquisa no país norte-americano.

Mapa mostra quase 3 milhões de cientistas dedicados às pesquisas desde 1940

Evolução regional do fluxo de pesquisadores na área de semicondutores nos EUA (altura das barras). Os painéis A–D correspondem aos períodos de tempo 1954?970, 1970?986, 1986?002 e 2002?020, respectivamente. Imagem: CHS/Reprodução

Em todo o mundo, foram mais de 5 milhões de artigos publicados sobre semicondutores, entre 1941 e 2019. Os materiais vêm de pouco mais de 2 milhões de pesquisadores em 1.633 regiões. 

No mesmo período, o levantamento rastreou mais de 1 milhão de artigos de 752.575 pesquisadores em células-tronco embrionárias. Eles vêm de 1.161 regiões do mundo. 

Já a pesquisa no campo da internet contou com 246.953 publicações vindas de 109.098 cientistas de 1.032 regiões do mundo. Neste caso, os artigos começaram a ser lançados em 1956, com filtros acionados até 2019.  

Número de cientistas ao redor do mundo 

  • Pesquisa em semicondutores: 5.062.639 publicações científicas e 2.011.170 pesquisadores em 1.633 regiões do mundo (1941 a 2019)
  • Pesquisa em células-tronco embrionárias: 1.083.100 publicações científicas e 752.575 pesquisadores em 1.161 regiões do mundo (1941 a 2019)
  • Pesquisa em internet: 246.953 publicações de 109.098 cientistas em 1.032 regiões do mundo (1956 a 2019)

Quem sai na frente, cresce mais rápido 

Com base nos dados, a pesquisa mostrou que as regiões que desejam se tornar líderes em um campo científico específico devem se envolver desde o início ?ou correm o risco de ficar para trás. 

“É possível recuperar o atraso, mas isso tem um custo tremendo”, afirmou Stefan Thurner, um dos analistas do estudo. “Investimentos precoces em áreas emergentes de pesquisa são um dos principais impulsionadores do domínio científico”. 

“Como sugere o senso comum, que as regiões que se movem cedo para novas tecnologias tendem a dominar os campos científicos correspondentes no futuro? pontuou. Um caso de região que não foi pioneira, mas “corre atrás do prejuízo? é a China

“As intervenções estratégicas devem se sustentar ao longo de décadas para competir por uma posição de liderança em um campo, como é evidente, por exemplo, na ciência chinesa de semicondutores, onde o processo de recuperação começou no final dos anos 1970 e levou a um papel dominante hoje? disse o pesquisador. 

O país asiático parece estar “fechando?uma lacuna deixada pelos EUA. “Potencialmente, assume custos enormes, mas também mostra sua capacidade de se envolver efetivamente com alto impacto? Ainda que os pioneiros tenham alguma vantagem na maioria dos contextos, isso não significa que não dê para alcançá-los. 

“Não é necessariamente impossível para os retardatários alcançar ou mesmo superar os pioneiros em um campo científico”, esclareceu Márcia R. Ferreira, pesquisadora do CSH.

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???? ????????????? //emiaow553.com/estudo-de-virus-emergentes-leva-cientista-brasileira-a-lecionar-em-yale/ Sat, 24 Sep 2022 22:31:16 +0000 /?p=440322 Carolina Lucas já trabalhou com os vírus HIV, zika, chikungunya e publicou um estudo na Nature sobre o Sars-CoV-2 durante a pandemia de Covid-19; conheça sua história

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A vida da cientista Carolina Lucas foi repleta de idas e vindas. Filha de pai português e mãe brasileira, nasceu no Rio de Janeiro, mas passou boa parte da infância no país europeu.

Mas sua formação acadêmica foi no Brasil ?pelo menos, a maior parte dela. Carolina se graduou em ciências biológicas na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e também fez mestrado e doutorado na mesma instituição. Assim, tornou-se especialista em virologia e imunologia. 

Durante o doutorado, a cientista voltou para a Europa ?dessa vez, para a Suíça. Ela teve a oportunidade de realizar um tipo de mobilidade acadêmica conhecida como doutorado sanduíche, e ficou no país por um curto período de tempo estudando uma vacina contra o vírus HIV.

Carolina conta que na época em que viajou, em 2014, o Brasil ainda contava com muitos projetos de bolsa para os pesquisadores. “O que estamos vendo hoje é um retrocesso orçamentário em relação à ciência. A ciência está passando por um colapso. Então tem muitas atividades paralisadas e um monte de pesquisadores que não conseguem fazer ciência? disse a pesquisadora.

Após finalizar o doutorado, a cientista pensou em aplicar novamente para estudar no exterior, mas foi surpreendida pela epidemia de zika vírus no Brasil. Seu primeiro projeto com HIV havia sido feito com células em laboratório, mas Carolina pôde ampliar seus conhecimentos através do estudo com zika vírus, em que ela analisou a resposta imunológica em modelos animais a diferentes cepas do patógeno. 

Passado um tempo, a cientista foi para os Estados Unidos realizar um pós-doutorado na Universidade de Yale. Lá, ela estudaria o vírus chikungunya dentro de um projeto sobre gravidez. “Só que chikungunya nos EUA é considerado nível 3, e no Brasil ele não é nível 3 porque é endêmico?

Por conta disso, Carolina era única pessoa trabalhando com esse tipo de vírus na época. Para a infelicidade de todo o globo, o Sars-CoV-2 chegou. A pandemia de Covid-19 foi instaurada bem quando a cientista estava trabalhando na área, e seu conhecimento em vírus emergentes fez com que ela liderasse parte de um projeto sobre a resposta imunológica do corpo ao coronavírus.

A pesquisadora e sua equipe publicaram um artigo em julho de 2020 na revista Nature sobre os casos graves da doença e sua relação com uma resposta imune inadequada. Dessa vez, a cientista trabalhou com voluntários humanos, ganhando ainda mais experiência e promovendo mudanças.

“Eu não fiquei em casa nem um dia, não existiu nenhum dia de lockdown. De alguma forma, eu consegui redirecionar toda a energia e toda essa sensação de insegurança e de medo do que estava pela frente, e o nosso laboratório nunca parou? conta Carolina. 

Depois disso, vieram diversos artigos de atualização e até mesmo uma promoção inesperada. Carolina foi contratada esse ano para ser professora assistente em Yale. Além de trabalhar no setor de imunologia da Universidade, a pesquisadora também será a primeira pessoa a atuar no centro de doenças infecciosas que está sendo montado pela cientista Akiko Iwasaki. 

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A cientista brasileira conta que foi muito importante para ela como mulher conseguir essa posição. “As instituições nos Estados Unidos ainda são muito hierárquicas e sexistas. Eu me sinto honrada e eu espero poder contribuir para futuras gerações e ajudar de alguma forma com diversidade e inclusão por todas as oportunidades que eu tive?

Por enquanto, Carolina não planeja voltar para o Brasil. Porém, ela pretende estabelecer colaborações científicas em projetos e trabalhar também na mentoria de alunos, levando-os a passar um período nos EUA e ajudando a criar uma conexão entre os países.

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??? ??????? ??? ?? ?? ? ?? //emiaow553.com/universidades-criam-rede-de-apoio-para-cientistas-da-ucrania-no-twitter/ Thu, 03 Mar 2022 18:37:14 +0000 /?p=411347 Cientistas da Ucrânia relatam à revista Nature os horrores da guerra. Saiba o que está acontecendo e como outros pesquisadores podem ajudar.

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Completou nesta quinta-feira (3) uma semana desde que a Rússia iniciou uma invasão à Ucrânia. A revista Nature já estava acompanhando o temor dos cientistas frente à iminência de uma guerra –e segue em contato com os pesquisadores. 

Apesar de estudantes e professores universitários ou com cargos científicos estarem isentos do recrutamento feito pela Ucrânia, muitos estão optando em lutar pelo país. Novos relatos mostram que os cientistas deixaram seus laboratórios para pegar em armas. 

Consequentemente, a pesquisa está parada. Illya Khadzhynov, vice-reitor de trabalho científico da Universidade Nacional Vasyl Stus Donetsk, conta que seu foco no momento é prover assistência psicológica e cuidar da saúde mental dos estudantes e funcionários. 

Khadzhynov entende os efeitos de uma guerra sobre o ser humano. O professor de 85 anos teve que se mudar para Vinnytsia, no centro da Ucrânia, em 2014, após a região de Donbas ser reivindicada por separatistas.

Maksym Strikha, físico da Universidade Nacional de Kiev Taras Shevchenko, explica que está com um manual da física do estado sólido finalizado, mas não tem como publicar. 

O pesquisador espera por um novo bombardeamento em breve, e por isso enviou o rascunho de seu material para outros cientistas. “Se a situação não for boa para mim, quem sabe alguém possa editar este manual e publicá-lo? disse Strikha. 

Na Universidade Nacional Agrária de Sumy, a 30 quilômetros da fronteira com a Rússia, dormitórios e prédios da instituição foram destruídos. No dia 1º de março, havia cerca de 400 alunos no local que não conseguiram fugir, sendo 170 deles imigrantes. 

Os horrores da guerra levaram a pesquisadora Sanita Reinsone, da Letônia, a criar uma rede de apoio no Twitter voltada aos cientistas da Ucrânia. Diversas instituições ao redor do mundo podem entrar na iniciativa, oferecendo bolsas de estudo e trabalho para os afetados.

As ofertas estão sendo compiladas no site Science for Ukraine. Por lá, é possível ver as universidades que estão oferecendo auxílio e para quais campos de estudo. A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, está com vagas para cientistas da Ucrânia das áreas de imunologia veterinária ou básica.

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??????? ?? ? 20?? ????? ?????????,??????,????????? //emiaow553.com/cientista-brasileiro-cacador-de-variantes-e-eleito-pela-nature-um-dos-grandes-de-2021/ Wed, 15 Dec 2021 22:27:59 +0000 //emiaow553.com/?p=403482 Tulio de Oliveira trabalha na África do Sul e é um dos pesquisadores envolvidos na detecção da variante ômicron. Conheça mais sobre seu trabalho

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A revista Nature publicou nesta quarta-feira (15) uma lista com os 10 nomes que ajudaram a levantar a ciência em 2021. Entre os escolhidos, estão desde cientistas que trabalham com inteligência artificial até aqueles que se dedicam à exploração espacial. 

Um brasileiro integra a lista: Tulio de Oliveira, denominado pela revista como “caçador de variantes? O diretor da Plataforma de Pesquisa, Inovação e Sequenciamento Kwazulu-Natal (KRISP), na África do Sul, esteve envolvido na detecção das variantes beta e também da variante ômicron, anunciada em novembro.

O KRISP, fundado em 2007, já rastreou agentes causadores por trás de doenças como dengue, zika, tuberculose e o vírus do HIV. Mas, de acordo com a publicação, nunca foram feitos tantos sequenciamentos de um mesmo vírus em um período de tempo tão curto como aconteceu com o Sars-CoV-2.

Em entrevista à Nature, o cientista brasileiro comentou que acaba sendo interpretado como inimigo em alguns momentos, já que notícias sobre variantes levam a bloqueios nas fronteiras, fechamentos nas cidades, entre outras restrições. 

Porém, seu trabalho é o oposto: ao identificar variantes com muitas mutações, como a ômicron, o pesquisador torna possível explorar seu potencial de transmissão e a eficácia das vacinas, abrindo caminhos para que os países procurem formas de evitar novas ondas de infecção. 

A atuação do cientista brasileiro no KRISP influenciou também na formulação de políticas para o combate à pandemia. A instituição mapeou, por exemplo, um surto hospitalar precoce de Covid-19, sugerindo uma mudança de layout nas alas médicas para evitar a propagação da doença. 

Tulio de Oliveira está montando, desde julho de 2021, o Centro de Pesquisa, Resposta e Inovação em Epidemias (CERI), que abrigará a maior instalação de sequenciamento do continente africano. O objetivo é trabalhar no controle de epidemias não só na África do Sul, mas no mundo todo.

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??? ??? ?? ? ? ??? ???????? //emiaow553.com/6-cientistas-negras-que-viraram-referencia-no-brasil/ Sat, 20 Nov 2021 16:00:47 +0000 //emiaow553.com/?p=399669 Da primeira engenheira negra a pesquisadoras da nova geração, elas são as mentes brilhantes da ciência brasileira

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É celebrado neste 20 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra. É importante usar o data para promover reflexões sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, levantando questões sobre racismo, discriminação, igualdade social e a cultura afro-brasileira.

A busca pelo reconhecimento de pessoas negras na ciência —e em muitas outras áreas?ao longo do tempo também faz parte dessa luta, já que elas são frequentemente apagadas dos livros de história e, por consequência, do conhecimento popular.

A desconsideração e o silêncio sobre os negros na ciência e na tecnologia é tão visível quanto um oceano à luz do dia. Números e também registros fotográficos de formatura, por exemplo, mostram que o espaço acadêmico ainda é menos ocupado por pessoas negras e, as que alcançam esse espaço, só conseguem com muito esforço e resistência.

Elas viraram referência

Diante deste cenário adverso, o Gizmodo Brasil elaborou uma lista com seis cientistas negras cujo talento  e sucesso que fizeram e fazem parte da nossa história e que servem de inspiração num país que tem muito a evoluir nesta questão.

1) Enedina Alves, a 1ª engenheira negra

Se é para falar de história, comecemos do princípio com a engenharia civil, Enedina Alves Marques, uma pioneira engenheira brasileira. Se formou em Engenharia Civil em 1945 pela Universidade Federal do Paraná, entrando para a história como a primeira mulher a se formar em engenharia no estado e a primeira engenheira negra do Brasil.

Após uma carreira sólida, se aposentou em 1962 reconhecida como uma grande engenheira. Eneida Alves Marques morreu em 1981, aos 68 anos, deixando não somente um importante legado para a engenharia brasileira, mas também para a cultura negra e a luta por um país mais justo, igualitário e menos racista.

2) Sonia Guimarães, 1ª negra a dar aula no ITA

Sonia Guimarães é uma pioneira na física brasileira. É professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e a primeira mulher negra brasileira doutora em Física e primeira mulher negra brasileira a lecionar no ITA. Tendo ingressado lá em 1993, quando a instituição ainda não aceitava mulheres como estudantes.

3) Simone Maia Evaristo, destaque na biologia

Simone Maia Evaristo é especialista em biologia e citotecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É presidente da Associação Nacional de Citotecnologia (Anacito). Também atua na área de ensino técnico do Instituto Nacional do Câncer (INCA), além de ser um dos grandes nomes de referência da área aqui no Brasil.

4) Jaqueline Goes de Jesus, sequenciou o genoma do coronavírus

Apesar de manter excelência no trabalho há muito tempo, Jaqueline Goes de Jesus ganhou notoriedade mundial —mais que merecida?apenas em 2020 quando sequenciou o primeiro genoma do vírus SARS-CoV-2, ao lado de outra cientista brasileira, Ester Sabino.

Apenas 48 horas foram necessárias para que um estudo, liderado por Jaqueline e Ester, fosse capaz de sequenciar o genoma do coronavírus no Brasil. A rapidez dos resultados, realizado pelo Instituto de Medicina Tropical da USP em parceria com o Instituto Adolfo Lutz e a Universidade de Oxford, chamou a atenção do Brasil e do mundo.

5) Luiza Bairros, histórica cientista social

Luiza Bairros foi uma das vozes mais respeitadas no combate à discriminação racial no Brasil e compôs o Movimento Negro Unificado (MNU). A ativista negra foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) durante o segundo governo Dilma Rousseff (PT).

Luiza era mestre em ciências sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em sociologia pela Michigan State University (EUA). Luiza Barros morreu em 2016, vítima de câncer.

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6) Viviane dos Santos Barbosa, notoriedade no combate à poluição

Viviane dos Santos Barbosa é uma pesquisadora baiana que ficou famosa por desenvolver um produto catalisador que reduz emissão de gases poluentes. Nos anos 1990, Viviane foi para a Holanda estudar engenharia química e bioquímica na Delft University of Technology. Lá, desenvolveu uma pesquisa com catalisadores através de uma mistura de paládio e platina.

Seu trabalho foi tão incrível, que recebeu a premiação máxima, entre outros 800 trabalhos, em 2010, na International Aeorol Conference, uma conferência que reúne cientistas do mundo inteiro.

 

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?????? ???????-evolution??????? //emiaow553.com/eua-populacao-confianca-cientistas/ //emiaow553.com/eua-populacao-confianca-cientistas/#respond Fri, 02 Aug 2019 22:04:55 +0000 //emiaow553.com/?p=285819 Boas notícias para vocês, cientistas: a maioria da população dos EUA acha que vocês são bons e que vale a pena ouvir vocês. De acordo com um novo relatório divulgado na sexta-feira pelo Pew Research Center, a maioria dos americanos confia em cientistas e em maior grau do que qualquer outra profissão voltada para o […]

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Boas notícias para vocês, cientistas: a maioria da população dos EUA acha que vocês são bons e que vale a pena ouvir vocês. De acordo com um novo relatório divulgado na sexta-feira pelo Pew Research Center, a maioria dos americanos confia em cientistas e em maior grau do que qualquer outra profissão voltada para o público. Além disso, a confiança do país nos cientistas aumentou nos últimos anos.

As descobertas vêm de uma pesquisa nacionalmente representativa conduzida pela Pew com cerca de 4.500 adultos americanos em janeiro deste ano.

De acordo com a pesquisa, 86% dos americanos têm pelo menos uma “boa dose” de confiança no fato de que os cientistas como um todo agem em defesa dos melhor interesses do público, enquanto 35% têm “muita confiança” neles. Isso representa um aumento substancial em relação aos 76% que disseram o mesmo em 2016. E, de fato, a ciência é aparentemente a instituição mais confiável do país, com os militares (82%) e os diretores das escolas (77%) logo atrás. Enquanto isso, o público continua a desconfiar da mídia (47%), de CEOs e líderes empresariais (46%) e de políticos (35%).

“É difícil definir as razões para a recuperação da confiança pública”, disse Cary Funk, diretor de pesquisa científica e social do Pew Research Center, ao Gizmodo por e-mail. “Uma coisa a notar é que o aumento da confiança ocorre entre democratas e republicanos”.

Isso não quer dizer que não houve diferenças entre os grupos.

As pessoas que identificam ou simpatizam com os republicanos, por exemplo, relataram menos confiança nos cientistas (82%) do que aqueles que se identificaram como democratas (91%). E quando as pessoas eram perguntadas sobre áreas específicas da ciência — seis no total — os republicanos eram muito menos propensos a ter uma visão positiva dos pesquisadores ambientais (40%) do que os democratas (70%).

Uma porcentagem maior de democratas também acreditava que os cientistas deveriam estar ativamente envolvidos em debates públicos sobre políticas científicas, e que eles tinham uma percepção maior sobre essas questões do que a média das pessoas.

Isso quase certamente reflete a divisão partidária sobre as mudanças climáticas e o meio ambiente em geral. Em outros campos da ciência, porém, não havia tal disparidade partidária.

“Há amplas divergências políticas em crenças sobre questões climáticas, energéticas e ambientais. Essas divisões estão presentes há mais de uma década. Mas as divisões sobre alimentos transgênicos, vacinas infantis e outras questões relacionadas à ciência se baseiam em outros motivos, não em filiação partidária ? disse Funk.

Embora a tendência geral seja ótima, há aspectos da ciência sobre os quais o público ainda está cético. Menos de 20%, por exemplo, achavam que os cientistas em geral costumavam se manifestar sobre seus potenciais conflitos de interesses com a indústria. Também foi registrada menor confiança nos cientistas de nutrição (os cínicos não estão errados).

Poucas pessoas em geral, mas especialmente poucas minorias (tão baixas quanto 11%), acreditavam que os cientistas regularmente admitiam e assumiam a responsabilidade por seus erros. Isso faz sentido no contexto histórico da longa discriminação e exploração de minorias por cientistas e médicos. O estudo de Tuskegee, conduzido pelo governo dos EUA entre os anos 1930 e 1970, por exemplo, deliberadamente deixou centenas de afro-americanos sem tratamento para sífilis, até mesmo ocultando o diagnóstico deles.

Os resultados da pesquisa sugerem algumas maneiras pelas quais os cientistas podem continuar a manter ou melhorar a confiança do público.

“Como o público pensa sobre os fatores que influenciam sua confiança, os resultados foram claros”, disse Funk. “A maioria diz que quando eles ouvem sobre descobertas de pesquisas onde os dados estão disponíveis abertamente, isso aumenta sua confiança. Da mesma forma, cerca de metade do público diz que confia mais nas descobertas das pesquisas se as descobertas receberem uma revisão independente.?/p>

Do outro lado das coisas, aprender mais sobre ciência compreensivelmente nos deixa mais dispostos a confiar nos cientistas. Enquanto apenas 75% das pessoas com relativamente pouco conhecimento científico confiavam nos cientistas, isso acontecia com 93% das pessoas com conhecimento científico relativamente alto.

E no Brasil?

Enquanto isso, no Brasil, uma pesquisa da CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) publicada em junho mostrou que, de 2015 a 2019, a porcentagem de brasileiros que acreditam que a ciência só traz benefícios caiu de 54% para 31%.

Além disso, 90% das pessoas não souberam dizer o nome de um cientista brasileiro e 88% não souberam dizer onde se faz pesquisa no País. Mesmo assim, 73% são otimistas com a ciência brasileira e dois terços defendem que o orçamento para pesquisas deveria aumentar.

Outra pesquisa, a Wellcome Global Monitor 2018, feita pela Gallup em 144 países, mostrou que 35% dos brasileiros desconfiam da ciência e um em cada quatro acreditam que ela não contribui com o País. O Brasil está na 111ª posição no ranking de confiança na ciência.

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?? ?? 11?? ? ???? ?? ??? //emiaow553.com/cientistas-alertam-destruir-terra/ //emiaow553.com/cientistas-alertam-destruir-terra/#respond Fri, 17 Nov 2017 19:12:33 +0000 //emiaow553.com/?p=237428 Mais de 15 mil cientistas de 184 nações assinaram uma carta aberta para a humanidade, educadamente pedindo aos seus companheiros primatas bípedes que parem de destruir o planeta, se não for muito incomodo. “Alerta dos Cientistas do Mundo para a Humanidade: Um Segundo Aviso?é, como sugere o nome, a sequência de um aviso semelhante […]

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Mais de 15 mil cientistas de 184 nações assinaram uma carta aberta para a humanidade, educadamente pedindo aos seus companheiros primatas bípedes que parem de destruir o planeta, se não for muito incomodo.

“Alerta dos Cientistas do Mundo para a Humanidade: Um Segundo Aviso?é, como sugere o nome, a sequência de um aviso semelhante ao emitido em 1992. Aparentemente cientistas estão há algum tempo preocupados com a destruição da bioesfera da Terra! O primeiro aviso observou que a civilização humana e o mundo natural estavam em uma “rota de colisão? “Estávamos diminuindo o número de peixes do mar, destruindo florestas tropicais, liberando dióxido de carbono na atmosfera e, acima de tudo, adulterando a independência da cadeia alimentar do planeta?

Infelizmente, parece que continuamos a fazer essas coisas.

“Desde 1992, com a exceção de estabilizar a camada de ozônio da estratosfera, a humanidade falhou ao progredir na solução de desafios ambientais previsíveis, e de forma alarmante, a maioria deles têm ficado cada vez pior? escrevem os cientistas.

“Em breve será muito tarde para mudar a rota deste trajeto, e o tempo está se esgotando? dizem os autores da carta, claramente mais preocupados que o restante da humanidade.

“A humanidade recebe agora um segundo aviso?

Os avisos dos cientistas evoluíram com o tempo. Enquanto em 1992 a carta focava na redução da camada de ozônio estratosférica, o consumo exacerbado de recursos naturais e o crescimento demográfico descontrolado, a revisão de 2017 dá mais ênfase na “atual tendência de uma potencial mudança climática catastrófica? e o fato que estamos nos estágios iniciais de uma sexta extinção em massa “em que muitas atuais formas de vida podem ser aniquiladas ou pelo menos extintas até o fim deste século?

Abaixo seguem alguns exemplos de como o planeta mudou desde o primeiro alerta em 1992:

?Recursos per capita de água potável declinaram em 25%

?O número de áreas mortas nos oceanos subiu em 75%

?Cerca de 300 milhões de hectares de florestas foram destruídos em todo o mundo

?O número total de dióxido de carbono perigosos para o clima cresceu de 20 bilhões de toneladas para aproximadamente 40 bilhões

Mas nem tudo é tão ruim. Os cientistas apontam que a taxa em que estamos destruindo florestas tem diminuído em algumas partes do mundo. Além disso, o setor de energia renovável tem prosperado. E temos feito um bom trabalho em diminuir o buraco na camada de ozônio desde os anos 1990. Inclusive, desde a implementação do Protocolo de Montreal, que baniu clorofluorcarbonetos, o buraco tem se restaurado. Bom trabalho, humanos.

Para evitar um apocalipse ecológico, os autores dizem que precisamos insistir que nossos governos tomem partido. Uma “onda popular de esforços organizados?é necessária para convencer os lideres do mundo a preservar e restaurar nossas áreas selvagens, reduzir a desigualdade econômica e promover a energia limpa. Mas dá para imaginar porque eles acham que nossos lideres não estão tomando alguma atitude.

Individualmente, todos nós podemos salvar o planeta tendo menos filhos, comendo menos hambúrgueres e tentando não juntar muito lixo.

Você pode ler a carta aberta na íntegra neste link. Ou você pode esperar por um terceiro aviso, que deve chegar depois do início do inverno nuclear.

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?????????????? //emiaow553.com/cientistas-tijolo-lua-sol/ //emiaow553.com/cientistas-tijolo-lua-sol/#comments Thu, 04 May 2017 15:16:43 +0000 //emiaow553.com/?p=226463 ientistas da Agência Especial Europeia (ESA) mostraram que é possível fazer tijolos duráveis utilizando poeira lunar simulada e luz do sol concentrada

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Cientistas da Agência Especial Europeia (ESA) mostraram que é possível fazer tijolos duráveis utilizando poeira lunar simulada e luz do sol concentrada. Um método similar pode permitir que pessoas imprimam em 3D suas próprias habitações e estruturas utilizando materiais encontrados na nossa Lua.

?Acredite, viver na Lua seria um inferno
?Como arranha-céus estão ficando cada vez mais altos sem perder a estabilidade

Se um dia formos colonizar a Lua ?ou qualquer outro corpo celeste ? precisaremos elaborar uma maneira fácil e barata de fabricar materiais por lá. Enviar as coisas da Terra não é algo viável, isso sem mencionar que seria ambientalmente insensível. Para ver se o satélite natural do nosso planeta já está equipado com os materiais básicos para um projeto de construção, o pessoal da General Support Technology Programme, da ESA, conduziu um estudo de prova de conceito em que um forno e uma explosão de luz foram usados para preparar alguns tijolos.

O cientistas da ESA não tinham acesso a grandes quantidades de poeira lunar real, então eles recriaram a substância finamente granulada ao moer material vulcânico terrestre, de uma forma que imitasse bem o conteúdo. Trabalhando com o Centro Aerospacial Alemão DLR, em Colônia, os pesquisadores utilizaram duas montagens ?uma envolvendo a luz do sol natural e outra com lâmpadas de xénon (do mesmo tipo que são encontradas nas salas de cinema). Um conjunto de 147 espelhos curvos foram utilizados para focar a luz em um feixe de alta temperatura.

“Pegamos o material lunar e o preparamos em um forno solar”, explicou Advenit Makaya, engenheiro de materiais da ESA, num comunicado. “Isso foi feito em uma mesa de impressão 3D, para assar sucessivas camadas de 0,1 mm de poeira lunar a 1000°C. Conseguimos completar um tijolo de 20 x 10 x 3 cm em cerca de cinco horas.”

Ambas as fontes de luz foram utilizadas para fabricar tijolos com a integridade estrutural do gesso. Os tijolos agora serão submetidos a testes mecânicos detalhados para determinar exatamente o quão resistentes e duráveis são. Infelizmente, alguns dos tijolos exibiram sinais de torção ao longo da borda, o que aconteceu pelo fato do centro demorar mais tempo para esfriar.

“Estamos vendo como contornar esse efeito, talvez ao acelerar ocasionalmente a velocidade da impressão para que menor calor se acumule dentro do tijolo”, disse Makaya. “Mas por enquanto esse projeto é uma prova de conceito, mostrando que um método de construção lunar como esse é de fato viável.”

tijolo-3d-lunarTijolo impresso em 3D utilizando poeira lunar simulada e luz do sol concentrada. (ESA-G.Porter)

A demonstração transpirou em condições atmosféricas padrão, mas um estudo de sequência, chamado projeto RegoLight, tentará produzir os tijolos em condições que se aproximem mais das encontradas na Lua ?um ambiente de vácuo com altas temperaturas.

Encontrar maneiras de construir coisas fora do nosso planeta é uma boa ideia e algo a se considerar não apenas para a Lua, mas para Marte também. Para esse fim, os pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego recentemente fizeram tijolos de solo marciano simulado que são tão fortes quanto o concreto. A cada passo desse, estamos ficando mais perto de ir embora da Terra.

[ESA]

Foto do topo: base lunar sendo construída, com base no conceito de impressão 3D. (Créditos: ESA/Foster + Partners)

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??? ?? ???? ?? ??????? ?? //emiaow553.com/como-caes-detectam-diabetes/ //emiaow553.com/como-caes-detectam-diabetes/#comments Wed, 29 Jun 2016 11:42:10 +0000 //emiaow553.com/?p=206163 Cientistas finalmente descobriram como os cães conseguem identificar quadros de hipoglicemia em pacientes com diabetes.

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Os cães podem ser grandes parceiros de pacientes com diabetes; e se treinados, eles são capazes de alertar sobre quadros iminentes de hipoglicemia. Cientistas finalmente descobriram como os animais conseguem realizar essa façanha ?e agora podem desenvolver novos sensores para substituir os atuais medidores de glicose.

Nossos companheiros caninos possuem cerca de 25 vezes mais receptores olfativos do que nós. Se tivéssemos essa capacidade, poderíamos perceber uma colher de chá de açúcar dissolvida em duas piscinas olímpicas. Tamanha sensibilidade permite que os cães avisem quando os níveis de açúcar no sangue estão baixos.

Pessoas com diabetes tipo 1 podem ter tremedeira, desorientação e fadiga quando passam por hipoglicemia. Se elas não receberem glicose rapidamente, o quadro pode avançar para convulsões e até mesmo perda de consciência. Alguns pacientes sofrem ataques repentinos, e os cachorros ajudam a evitar esses casos, alertando seus donos ao realizar uma tarefa predeterminada, como latir, deitar ou colocar a pata sobre um dos ombros.

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Cão treinado para identificar hipoglicemia (Medical Detection Dogs/Agenda Screening Services)

Mas como eles sabem que seus donos precisam de ajuda? Um estudo de pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Instituto de Ciência Metabólica da Wellcome Trust finalmente encontrou a resposta: cães conseguem identificar um químico natural presente na respiração humana, o isopreno.

Os cientistas conduziram um estudo com oito mulheres que possuem diabetes tipo 1 e, sob condições controladas, reduziram os níveis de açúcar no sangue delas. Utilizando espectrometria de massa, eles procuraram por assinaturas químicas para detectar a presença de moléculas específicas.

Ao observar os dados, os pesquisadores descobriram que os níveis de isopreno subiram significativamente durante a hipoglicemia – em alguns casos, chegavam a dobrar. Eles acreditam que o isopreno é um subproduto da produção de colesterol; mas ainda não sabem ao certo porque sua presença aumenta quando os níveis de açúcar caem.

Com essa descoberta, os pesquisadores pretendem desenvolver novos sensores médicos que poderiam realizar a mesma tarefa dos cães. Além disso, um dispositivo desse tipo poderia substituir a atual glicemia capilar, o teste da picada no dedo.

É importante também não superestimarmos as habilidades dos cães em detectar doenças. Eles parecem ser muito bons em indicar certos tipos de câncer (como câncer urológico e câncer de mama), além da diabetes. Porém, muitas das pesquisas relacionadas a essas habilidades caninas ainda estão em seus primeiros estágios. Alegações de que cachorros conseguem farejar câncer de pulmão, câncer colorretal e até mesmo a doença de Parkinson ainda estão sob investigação e longe de serem provadas.

Ainda assim, é um tipo de pesquisa muito bacana que, como esse estudo, pode levar a novas descobertas científicas e novas tecnologias.

[Diabetes Care]

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?? ?? ????? ?????2024 ?? ?? ??? //emiaow553.com/entrevista-suzana-herculano-houzel/ //emiaow553.com/entrevista-suzana-herculano-houzel/#respond Tue, 18 Aug 2015 13:19:03 +0000 //emiaow553.com/?p=181055 Suzana Herculano-Houzel, uma das cientistas mais proeminentes do país, explica as consequências do corte de verbas no sistema brasileiro de pós-graduação.

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Suzana Herculano-Houzel é uma das cientistas mais proeminentes do país: a neurocientista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) ganhou vários prêmios por desbancar crenças sobre a atividade neural – por exemplo, ela descobriu quantos neurônios o cérebro humano realmente tem. Ela também publicou seis livros de divulgação científica, e escreve uma coluna semanal na Folha de São Paulo.

No final do mês passado, Suzana teve um artigo publicado na Science, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo: fruto de dez anos de pesquisa, o artigo analisa as dobras do córtex cerebral de mamíferos.

Por muito tempo, acreditou-se que a quantidade de dobras cerebrais estava relacionada ao número de neurônios, pois os cérebros grandes tendem a ser mais enrugados do que os cérebros menores. Quanto mais neurônios, mais “amassado” um cérebro pareceria. Quanto menos neurônios, mais lisa seria a aparência dele.

No entanto, a equipe de Suzana descobriu que não é assim que as coisas funcionam. Eles conseguiram determinar uma equação que consegue explicar a quantidade de dobras do cérebro de mamíferos e perceberam que elas estão relacionadas à espessura do córtex cerebral: se o córtex é mais grosso, haverá menos dobras; se ele é mais fino, terá uma aparência mais “amassada”.

E o mais interessante é que a equação que determina o índice de dobras dos cérebros dos mamíferos é muito parecida com a equação das bolinhas de papel: se você amassar um papel muito fino, ele terá muitas marcas da dobra. Se for um papel mais grosso, haverá menos marcas.

Mas ao receber a notícia da publicação de seu artigo na Science, Suzana não estava passando por um momento exatamente feliz. No início de 2015, o governo já havia anunciado um imenso corte na verba do Ministério da Educação, e no final de julho esse corte se refletiu no orçamento do Programa de Apoio à Pós-Graduação — do qual o laboratório de Suzana recebia recursos.

Na entrevista a seguir, a neurocientista falou com o Gizmodo Brasil sobre as consequências desse corte de orçamento para as universidades brasileiras e sobre como é ser cientista no Brasil. Spoiler: as notícias não são das melhores.


Gizmodo Brasil – No começo do ano, o governo anunciou um corte de um terço no orçamento do MEC. No dia 8 de julho — ironicamente, o Dia Nacional da Ciência — anunciou-se um corte de 75% na verba do Proap (Programa de Apoio à Pós-Graduação). Com a reação da comunidade científica e dos professores, o governo pareceu voltar atrás e anunciou um corte de 10% em programas específicos. Quais são as consequências desse corte a curto, médio e longo prazo?

Suzana Herculano-Houzel – o corte de 75% no orçamento de custeio da CAPES permanece intacto. Os 10% se referem ao cálculo do corte total, uma vez levando em consideração que as bolsas serão mantidas. O programa de pós-graduação do qual participo, por exemplo, tinha uma verba prevista de 450 mil reais para 2015; o governo anunciou via ofício que a verba será de 150 mil reais (um corte, portanto, de dois terços no nosso caso); mas efetivamente, estamos em agosto e o valor repassado foi de zero reais até o momento — ou seja, um corte efetivo de 100%. Outras pós-graduações estão na mesma posição.

As consequências são graves: este é o dinheiro para financiar o funcionamento dos cursos, com material de custeio para a pesquisa, vinda de pesquisadores para as bancas de avaliação, participação dos alunos em reuniões internacionais. Não é viável uma pós-graduação funcionar com bolsas, mas sem fundos para os alunos fazerem seus trabalhos e defenderem suas teses.

No final de julho, mesmo diante dos cortes de orçamento no programa de pós-graduação, o governo anunciou via Diário Oficial a liberação de R$ 5,1 bilhões para o Fies. Como você analisa esse movimento de troca de prioridade? Adianta investir no Fies se a pós-graduação está sendo sucateada? Ou são dois programas diferentes que não devem ser pensados juntos?

Além do corte de 75% da verba de custeio das pós-graduações, nossas universidades públicas, que ainda são os centros de excelência de ensino e pesquisa no país, estão sem fundos, estranguladas pelo governo. Nosso reitor na UFRJ já anunciou que em setembro não teremos mais condições financeiras de operar.

Liberar verbas para o Fies, mas não para as universidades públicas, sinaliza descaso com estas e uma preferência por fazer números, permitindo a entrada de alunos em outras universidades, não públicas, enquanto as públicas não têm mais condições de operar.

Dentro da sua experiência acadêmica, o Brasil já teve uma “Era de Ouro” da pós-graduação? Existiu um momento em que os programas funcionavam bem e contavam com um orçamento de acordo com suas necessidades?

Nunca vivi uma “era de ouro” da pós-graduação. Até o ano passado, sobrevivíamos: os alunos tinham bolsas e condições de fazer seu trabalho — mas o valor das bolsas de pós-graduação é miserável, sobretudo considerando que é condição para receber a bolsa não ter vínculo empregatício (a não ser na própria universidade, o que é raríssimo).

Exemplo: um engenheiro químico recém-formado recebe no mínimo o piso salarial da sua classe, de 6 salários mínimos para 6 horas de trabalho diárias. Em comparação, um biomédico recém-formado que entre para o mestrado receberá nem mesmo 2 salários mínimos mensais — e sem direitos trabalhistas.

Você poderia nos falar um pouco sobre a sua experiência acadêmica? Como se deu a sua escolha de carreira e seu ingresso no mundo acadêmico e científico?

Cursei biologia ciente de que as perspectivas de trabalho eram mínimas, mas encorajada por meus pais que insistiam que sempre há lugar para quem é muito bom, e já esperavam que eu saísse do país para conseguir uma boa formação. Saí, de fato, na noite do dia em que me formei, e durante sete anos cursei pós-graduação nos EUA, França e Alemanha. Foi uma experiência fundamental e é obrigatória para qualquer aspirante a cientista no Brasil.

Como é ser cientista no Brasil hoje? Na sua opinião, quais são os maiores obstáculos que uma pessoa com esse sonho precisará enfrentar?

Frustrante. Além da desvalorização da carreira de professor universitário (já que não existe uma carreira de cientista no país, pois “cientista” não é uma profissão reconhecida), o governo no momento cortou drasticamente os recursos para a pesquisa. Os recursos aprovados, que já não eram enormes (da ordem de 50 a no máximo 100 mil reais para projetos de 3 anos, que é o que o Edital Universal do CNPq oferece), não foram repassados.

Temos algum dinheiro no papel, mas não na prática. Ou eu coloco dinheiro do próprio bolso em meu laboratório — que, só para constar, vem publicando uma média de 8 artigos por ano em revistas internacionais excelentes, inclusive com um artigo recente na prestigiada revista Science -, ou fecho as portas e mando os jovens cientistas da equipe para casa. Já me devo mais de 15 mil reais.

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Você estudou nos EUA e na França. De acordo com a sua experiência, com o que temos disponível hoje, um cientista pode ter uma boa formação feita exclusivamente no Brasil ou é necessário que ele saia do país para ampliar seus conhecimentos?

Em ciências biomédicas, minha área, é fundamental sair do país. As pós-graduações brasileiras ainda têm muito o que melhorar, mas mesmo quando se tem a oportunidade de trabalhar em uma boa pós-graduação, a experiência e exposição internacional são fundamentais para a formação de um cientista no mundo de hoje. Sobretudo por causa da oportunidade para pensar em temas diferentes, pois os campos de pesquisa no país são muito restritos, entre outras razões por causa da tradição de endogamia — os jovens montam seus próprios laboratórios, mas em geral continuam seguindo as mesmas linhas de pesquisa dos seus orientadores.

Dado o descaso com o programa de pós-graduação brasileiro, já sofremos ou estamos sofrendo uma fuga de cérebros para o exterior? Como você vê essa questão?

Já sofremos e ela só vai se agravar, conforme nossos jovens cientistas vão se dando conta de que a ciência no Brasil não é levada a sério — e, ironicamente, conforme o governo federal investe em programas que dão a jovens ainda graduandos a oportunidade de se expor ao ambiente científico lá fora, depois voltar e… se frustrar com as condições aqui.

Na sua opinião, quais são as mudanças na educação de base necessárias para que vejamos a ciência nas universidades brasileiras frutificar?

A educação como um todo precisa ser levada a sério e valorizada. Isso começa com a valorização da figura do professor e pesquisador. Nossos salários não são atraentes para quem está começando (o que dirá para quem está há anos na profissão). É preciso ter muita motivação, idealismo e, por que não dizer, um tanto de cegueira para investir em uma carreira como professor/pesquisador no Brasil, quando tantas profissões regulamentadas como engenheiro químico ou perito da polícia oferecem salários muito mais atrativos.

Minha previsão é de um esvaziamento da ciência nos próximos anos — e já estou vendo este esvaziamento no número cada vez menor de alunos procurando estágio de iniciação científica, e no número cada vez maior de estagiários que abandonam seus estágios, mesmo quando recebem bolsa (de, diga-se, 400 reais).

Acho que é muito importante lembrar que o investimento em pesquisa é uma escolha que todo governo faz, e um investimento que os países desenvolvidos já mostraram ser fundamental para a soberania nacional. As grandes invenções que tornaram, por exemplo, o GPS um recurso comum em qualquer smartphone foram financiadas por recursos públicos, e não privados.

Claro, é importante questionar se um país como o Brasil, que ainda tem uma grande parcela da população vivendo abaixo da linha da pobreza, deve destinar recursos para a pesquisa. Mas, uma vez feita a escolha por investir em pesquisa, é fundamental que esse investimento seja real, suficiente para ser eficaz e produzir de fato conhecimento científico, e não apenas uma formalidade para o governo poder dizer que investe em ciência.

No momento, estamos até abaixo da formalidade, já que os poucos recursos aprovados sequer estão sendo repassados. Na prática, continuamos enormemente dependentes de ciência e tecnologia desenvolvidas em outros países.

>>> Visite o site de Suzana Herculano-Houzel

Foto por CPFL Cultura/Flickr

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Durante os últimos anos, quatro professores de instituições de prestígio buscavam a resposta para uma questão simples: como os gatos bebiam líquidos? Essa gravação em alta velocidade ajudou-os a encontrar a solução.

Os cachorros usam suas línguas como conchas, pegando a água do pote para a boca e frequentemente ficando com o queixo e os pelos laterais completamente encharcados. Gatos, criaturas delicadas que são, criaram um modo de vencer a gravidade e tomar água sem causar o caos.

O gato enrola a ponta de sua língua nela mesma e sutilmente toca o líquido com a superfície da língua. Em seguida, ele empurra sua língua para cima, levando uma coluna de água junto com o movimento. O gato bebe o fluxo antes que a gravidade tenha alguma chance de puxá-la para baixo – processo esse que o animal pode fazer até quatro vezes por segundo. “Nós descobrimos que os gatos usam a dinâmica e a física dos fluídos de forma a otimizar completamente sua língua para coletar água”, disse um dos pesquisadores. “Os gatos são mais espertos do que cachorros do ponto de vista da mecânica dos fluídos”, aloprou outro cientista.

Aparentemente ninguém sabia como esse processo acontecia até então, o que é bem estranho, por que parece um pouco óbvio? Mesmo assim, há quatro anos atrás Roman Stocker, professor do MIT, ficou curioso pelo assunto e, com a parceria de três colegas e uma câmera de alta velocidade alugada, vem estudando o caso da língua do gato. Visitas ao zoológico confirmaram que todos os gatos, incluindo aqueles grandes mesmo, bebem água usando o sistema de colunas de líquidos, apesar de que no caso dos leões, por conta do tamanho de suas línguas, eles têm que apenas que fazer o movimento duas vezes por segundo. Os pesquisadores não sabem ao certo para que aplicações essa nova descoberta pode ser usada, mas já disseram que talvez seja útil em robótica porque, ei, quem não ia curtir colocar isso num robô? [Wired via Washington Post]

Crédito da imagem: Maciente

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?????? ?????????????????? //emiaow553.com/o-triceratops-nunca-existiu-ele-era-uma-versao-adolescente-de-outro-dinossauro/ //emiaow553.com/o-triceratops-nunca-existiu-ele-era-uma-versao-adolescente-de-outro-dinossauro/#comments Tue, 03 Aug 2010 18:01:34 +0000  

Cientistas estão afirmando que o dinossauro Triceratops – aquele de três chifres, sabe – era na verdade uma versão juvenil de um Torosaurus, o dinossauro de três chifres que você não conhece. Aparentemente, o crânio dos dinossauros podia mudar de forma.

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Cientistas estão afirmando que o dinossauro Triceratops – aquele de três chifres, sabe – era na verdade uma versão juvenil de um Torosaurus, o dinossauro de três chifres que você não conhece. Aparentemente, o crânio dos dinossauros podia mudar de forma.

Os cientistas John Scannella e Jack Horner acreditam que o Torosaurus e o Triceratops são da mesma espécie, na verdade. De acordo com eles, quando os Triceratops envelheciam, seus chifres ficavam mais parecidos com os do Torosaurus. Chifres curtos se tornavam longos, os em forma de serra ficavam lisos e por aí vai. Ambos sendo da mesma espécie explicaria a razão de nenhum fóssil jovem de Torosaurus ter sido encontrado até hoje.

A dupla diz que há uma transição clara entre um triceratops para um torosaurus com o envelhecimento do animal. Por exemplo, as espécime mais velha de triceratops mostra uma diluição acentuada no osso onde o torosaurus tinha buracos, sugerindo o processo de ficar fenestrado

Os cientistas claramente adoram destruir minhas memórias de infância do filme Em Busca do Vale Encantado (eles já disseram que o Brontossauro não existe). Espero muito que eles não acabem com o Triceratops também. [New Scientist via BoingBoing]

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????? ???? ???????????? //emiaow553.com/imaculada-criacao-o-nascimento-da-primeira-celula-sintetica/ //emiaow553.com/imaculada-criacao-o-nascimento-da-primeira-celula-sintetica/#comments Fri, 21 May 2010 11:55:10 +0000 Pela primeira vez, cientistas criaram vida a partir do zero - bem, mais ou menos. A equipe de Craig Venter criou um genoma bacterial a partir de pedaços menores de DNA e então transplantou tudo para outra célula.

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Pela primeira vez, cientistas criaram vida a partir do zero – bem, mais ou menos. A equipe de Craig Venter criou um genoma bacterial a partir de pedaços menores de DNA e então transplantou tudo para outra célula.

O que fez a equipe de Craig Venter?

A célula foi criada costurando o genoma de um patógeno de cabra, chamado Mycoplasma mycoides, a partir de pedaços menores de DNA sintetizados em laboratório, e inserindo o genoma no citoplasma vazio de uma bactéria semelhante. O genoma transplantado se ativou na célula-hospedeiro, e então se dividiu várias vezes para gerar bilhões de células de M. mycoides.

Craig Venter e sua equipe do Instituto J. Craig Venter em Rockville, Maryland (EUA) e San Diego, Califórnia, já tinham alcançado os dois feitos – criar um genoma sintético e transplantar um genoma de uma bactéria para outra – mas desta vez eles combinaram os dois.

"É a primeira célula autoreplicativa no planeta cujo pai é um computador", disse Venter, referindo-se ao fato que a equipe dele converteu o genoma de uma célula que existia como dados em um computador em um organismo vivo.

Como eles podem ter certeza de que a nova bactéria era o que eles queriam criar?

Venter e sua equipe colocaram vários marcadores distintos no genoma sintético que criaram. Todos eles foram encontrados na célula sintética quando ela foi sequenciada.

Estes marcadores não criam nenhuma proteína, mas contêm os nomes de todos os cientistas do projeto e várias citações filosóficas escritas num código secreto. Os marcadores também contêm a chave do código. Descubra o código, e você consegue ler as mensagens.

Então quer dizer que eles criaram vida?

Depende de como você define "criar" e "vida". A equipe de Venter fez o genoma com sequências de DNA que foram inicialmente feitas com uma máquina, mas bactérias e células de levedura foram usadas para juntar os pedaços e duplicar os milhões de pares de bases que o genoma contém. A célula na qual o genoma sintético foi transplantado continha suas próprias proteínas, lipídios e outras moléculas.

O próprio Venter diz que não criou vida. "Nós criamos a primeira célula sintética", diz ele. "Nós definitivamente não criamos a vida a partir do zero, porque usamos uma célula recipiente para ativar o cromossomo sintético".

Se você concorda ou não, é uma questão filosófica, não científica – já que não há diferença biológica entre bactérias sintéticas e bactérias "de verdade", diz Andy Ellington, pesquisador de biologia sintética da Universidade do Texas em Austin. "As bactérias não tinham alma, e não havia qualquer propriedade animista [relativo à alma] nas bactérias transformadas", diz ele.

O que se pode fazer com uma célula sintética?

O trabalho de Venter foi uma prova de princípio, mas as células sintéticas do futuro poderão ser usadas para criar medicamentos, biocombustíveis e outros produtos úteis. Ele está colaborando com a Exxon Mobil para produzir biocombustíveis a partir de algas, e com a Novartis para produzir vacinas.

"Já no ano que vem, a vacina da gripe que você toma poderá ser feita sinteticamente", diz Venter.

Ellington também acredita que as bactérias sintéticas têm potencial como ferramenta científica. Seria interessante, diz ele, criar bactérias que produzem um novo aminoácido – a unidade química que compõe as proteínas – e ver como essas bactérias evoluem, comparado a bactérias que produzem os aminoácidos de sempre. "Podemos fazer estas perguntas sobre células-ciborgue de formas que nunca poderíamos antes."

Qual foi o custo de criar vida?

Cerca de US$20 milhões. Pouco para um deus, muito para um cientista de laboratório querendo criar a própria bactéria sintética. "Isto não parece o tipo de coisa que um laboratório médio faria num futuro próximo", diz Ellington.

Células sintéticas me lembram do monstro Frankenstein! Elas são seguras?

Sim. A equipe de Venter tirou os genes que permitem a M. mycoides causar doenças em cabras. A bactéria também foi enfraquecida, então dificilmente conseguiria viver fora do laboratório. No entanto, alguns cientistas estão preocupados que organismos sintéticos podem escapar para o meio ambiente ou ser usados por bioterroristas.

Ellington descarta essas preocupações, notando que a dificuldade de criar essas células está longe da alçada de todo possível bioterrorista. "Não é uma ameaça real", diz ele. "Amenos que você seja Craig Venter com uma equipe de 20 pesquisadores com pós-doutorado, você não vai fazer isto."

No entanto, George Church, pesquisador de biologia sintética da Harvard Medical School, pede maior vigilância, exigência de licença para trabalhar com biologia sintética e medidas adicionais para prevenir que a vida sintética escape do laboratório. "Todo mundo no ecossistema da biologia sintética deveria ser licenciado, assim como todo mundo no ecossistema de aviação precisa ser licenciado."

Referência do periódico: Science, DOI: 10.1126/1190719

Republicado da New Scientist

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?????? ???????? //emiaow553.com/project-m-da-nasa-quer-mandar-todos-os-cientistas-para-lua/ //emiaow553.com/project-m-da-nasa-quer-mandar-todos-os-cientistas-para-lua/#respond Fri, 26 Feb 2010 15:20:54 +0000 A NASA consegue colocar humanóides na Lua em apenas 1000 dias. Eles seriam controlados por cientistas na Terra através de trajes de captura de movimento, dando a eles a sensação de estar em superfície lunar. Os resultados são potencialmente fantásticos.

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A NASA consegue colocar humanóides na Lua em apenas 1000 dias. Eles seriam controlados por cientistas na Terra através de trajes de captura de movimento, dando a eles a sensação de estar em superfície lunar. Os resultados são potencialmente fantásticos.

Imagine mandar todos os cientistas à Lua

Na época da exploração lunar, os cientistas tinham que dizer aos astronautas o que fazer por lá e como identificar coisas interessantes durante o pouco tempo que tinham. Na Apollo 15, a primeira missão que carregou o Lonar Rover, os astronautas foram treinados em trabalho de campo pelo geólogo da Caltech Leon Silver.

Isso ajudou a equipe a se mover mais rápido e olhar para o chão com o olhar crítico da ciência, sabendo o que procuravam. Os resultados obtidos foram muito mais valiosos para os cientistas na Terra, confirmando teorias que ainda não haviam sido confirmadas.

Agora imagine esses C-3POs da NASA rondando o nosso satélite, controlados por todo tipo de cientistas com roupas de telepresença, todos procurando por coisas interessantes com seus visores de alta definição, e capazes de se mover do mesmo jeito que no nosso planeta. Isso não funcionaria em Marte, mas, com um atraso de apenas 3 segundos nas comunicações, funciona lindamente na Lua.

Uma situação realista

A marca dos 1000 dias é bastante plausível, já que a missão seria bem mais simples do que uma envolvendo viagem humana. E também muito mais barata. Primeiro, não há preocupação com sistemas de manutenção de vida, o que tornará a fabricação da aeronave muito menos complexa. O sistema inteiro também teria um peso menor por causa disso, eliminando a necessidade de foguetes extra-fortes e reduzindo ainda mais o custo.

E quanto ao fator humano que eu vivo defendendo? Bem, nós sabemos que, infelizmente, não mandaremos astronautas para lugar nenhum tão cedo, então esta é definitivamente a melhor alternativa. Não será tão inspirador quando um humano voltando a pôr os pés na Lua, ou o estabelecimento de uma colônia semi-permanente, mas poderá ter efeitos extremamente positivos na ciência.

Melhor que isso, atualmente, só se disponibilizarem um desses robôs para pessoas comuns controlarem, talvez no Johnson Space Center. Isso definitivamente seria inspirador.

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??? ?? ?????? ?????? ??? //emiaow553.com/sombra-de-inteligencia-artificial-mortifera-paira-sobre-conferencia-em-asilomar/ //emiaow553.com/sombra-de-inteligencia-artificial-mortifera-paira-sobre-conferencia-em-asilomar/#respond Mon, 27 Jul 2009 13:09:05 +0000 Ficção científica é divertido, todo mundo gosta; mas será que a gente deveria ficar preocupado mesmo com alguma inteligência artificial perigosa a curto prazo? Um número cada vez maior de cientistas afirma que sim, e os resultados da sua conferência de fevereiro em Asilomar estão finalmente se tornando públicos.

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Ficção científica é divertido, todo mundo gosta; mas será que a gente deveria ficar preocupado mesmo com alguma inteligência artificial perigosa a curto prazo? Um número cada vez maior de cientistas afirma que sim, e os resultados da sua conferência de fevereiro em Asilomar estão finalmente se tornando públicos.

Na conferência, os cientistas debateram limitações para a pesquisa de inteligência artificial, da mesma forma que os seus colegas da genética e biotecnologia já fizeram a respeito das células-tronco. Os seus pensamentos foram publicados neste fim de semana, sob a sombria manchete do New York Times: "Cientistas preocupam-se com máquinas superando a inteligência dos homens".

O local da conferência é interessante do ponto de vista de curiosidades, já que a mesma Asilomar foi palco de uma revolucionária conferência de genética e biologia em 1975. Naquela conferência, os cientistas se encontraram para debater a recém descoberta habilidade de moldar vida em nível celular. Como o Times observa, a conferência levou a diretrizes para a "pesquisa de DNA recombinante" e um Prêmio Nobel para o organizador, Paul Berg.

Os cientistas de hoje esperam estabelecer diretrizes similares para a inteligência artificial, embora muitos declararam abertamente estarem preocupados com robôs-autônomos-matadores-de-pessoas que já estão por aqui.

Mas para cada conto apavorante de Asilomar, há um detrator pronto para contra-atacar os avisos com um pouco do que eles chamam de bom senso. Chris Dixon, investidor e guru de start-ups, diz: "O NY Times está falando sério? Os pesquisadores de inteligência artificial que eu conheço estão envergonhados pela falta de progresso na área, não preocupados com excesso dele".

Quando conversamos com PW Singer, autor de Wired For War, durante a nossa série sobre máquinas mortíferas, ele disse que o surgimento de Terminators é extremamente improvável a médio prazo, já que as "precondições" simplesmente não existem — ainda.

"O Global Hawk pode ser capaz de decolar e voar sozinho, mas ainda precisa que alguém coloque gasolina no tanque", disse ele. Ainda assim, como o nosso Mark Wilson acrescentou a este comentário, "não é difícil enxergar essas precondições eventualmente acontecendo". Não mesmo.

Muitos dos detalhes desta conferência ainda estão sendo divulgados, mas pelo que lemos hoje, dá pra se dizer com certeza que houve um forte tom de preocupação presente durante os procedimentos. "Eu entrei bastante otimista quanto ao futuro da inteligência artificial, pensando que Bill Joy e Ray Kurzweil estavam errados em suas previsões", disse Tom Mitchell, um professor de IA e aprendizado por máquinas na Carneggie Mellon University. "[Mas] o encontro me fez desejar estar errado sobre estes problemas, e em particular sobre a vasta quantidade de dados coletados sobre as nossas vidas pessoais".

E aí, quem está com medo de uma IA do mal agora? [New York Times]

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????? ??????????, ??? //emiaow553.com/o-flash-invisivel-que-tira-fotos-claras-no-escuro/ //emiaow553.com/o-flash-invisivel-que-tira-fotos-claras-no-escuro/#comments Fri, 17 Jul 2009 14:54:23 +0000 Eu curto tirar fotos à noite, sem flash. Com um iPhone. Depois de virar um monte de capirinhas. A qualidade não fica boa, mas eu gosto mais do que aquele visual com flash. Em breve elas podem ser perfeitas, graças a este novo "dark flash".

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Eu curto tirar fotos à noite, sem flash. Com um iPhone. Depois de virar um monte de capirinhas. A qualidade não fica boa, mas eu gosto mais do que aquele visual com flash. Em breve elas podem ser perfeitas, graças a este novo "dark flash".

Dilip Krishnan e Rob Fergus, da Universidade de Nova York, resolveram o habitual problema dos olhos vermelhos do flash comum à noite com a técnica do dark flash. Primeiro eles modificaram a lâmpada do flash para emitir luz em um espectro mais amplo, além de filtrar a luz visível. Então eles removeram os filtros ultravioleta e infravermelho que normalmente estão presentes nos sensores das câmeras. Isso faz com que as fotos fiquem parecidas com retratos policiais de capangas de algum mafioso da Iugoslávia. Ou uma imagem em infravermelho normal:

O próximo passo é um algoritmo que adiciona as cores. Os dois cientistas programaram a câmera para tirar automaticamente e imediatamente uma segunda foto, dessa vez sem o dark flash. Esta foto resulta na habitual imagem escura e granulada, mas a (pouca) informação de cor é combinada com a primeira imagem para resultar na foto que você viu no início deste post.

Em outras palavras: MÁGICA.

Eu não sei se os fabricantes um dia lançarão uma câmera para tirar fotos no escuro com essa tecnologia, mas se alguém conseguir incorporar isso a um celular, eu compraria alegremente. [New Scientist]

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