??? ?? ??£»??????, ?????? / Vida digital para pessoas Sun, 08 Sep 2024 09:54:41 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??????£»????? - ????? / 32 32 ?????£»???????£»?? ?? ? ??? //emiaow553.com/celulas-da-mama-preservadas-em-gel-viabilizam-tratamento-para-o-cancer/ Tue, 21 May 2024 13:53:24 +0000 //emiaow553.com/?p=571655 Em estudo, gel possibilitou preservar células da mama por 7 dias fora do corpo, o que permite testar medicamentos para cada tipo de paciente

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Cientistas descobriram uma maneira para preservar o tecido das mamas fora do corpo por, ao menos, uma semana, com a ajuda de um gel. Agora, eles querem testar os medicamentos mais apropriados para cada caso de câncer de mama nestas células vivas.

A ideia é compreender as melhores alternativas para tratamento e prevenção da doença para cada paciente e, ainda, sem a necessidade de testes em animais. 

“Nem todos os medicamentos funcionam para todas as mulheres. Essa nova abordagem significa que podemos começar a determinar quais medicamentos funcionarão para quais mulheres medindo seu impacto no tecido vivo”, explicou ao The Guardian a pesquisadora da Universidade de Manchester e autora do estudo, Hannah Harrison.

Os resultados foram publicados no Journal of Mammary Gland Biology and Neoplasia.

Entenda a pesquisa

Para o estudo, Harrison e sua equipe utilizaram um conjunto de células mamárias de uma voluntária. A amostra de tecido não tinha conteúdo canceroso e foi retirada após cirurgia de redução de risco, disponibilizada no Biobank do Manchester Cancer Research Centre e utilizada com consentimento da paciente.

Então, os cientistas usaram a solução de gel VitroGel para preservar o tecido. “Ao testar diferentes fórmulas de hidrogel, conseguimos encontrar uma solução que preserva o tecido mamário humano por pelo menos uma semana �e muitas vezes por ainda mais tempo,�disse Harrison.

Em geral, o tecido mamário preservado manteve sua estrutura, tipos celulares e capacidade de responder a uma série de medicamentos. 

Assim, eles descobriram que o hidrogel “mantém a proliferação epitelial, a expressão de receptores hormonais e a presença de células T e macrófagos por mais de 7 dias”, segundo escreveram no artigo.

“Isso é realmente revolucionário para a pesquisa sobre o câncer de mama em muitos aspectos. Podemos testar melhor os medicamentos tanto para a prevenção quanto para o tratamento do câncer, e podemos examinar como fatores como a densidade mamária �que sabemos ser um fator de risco para o câncer de mama �reagem a hormônios ou produtos químicos específicos para ver se isso tem um impacto no desenvolvimento do câncer� comentou Harrison.

Avanço na ciência

De acordo com os pesquisadores, os modelos pré-clínicos disponíveis para testes não podiam recapitular completamente as complexidades do tecido humano. Ainda faltavam a matriz extracelular humana, estroma e células imunes, estruturas que influenciam a resposta aos tratamentos.

Dessa forma, a nova pesquisa abre caminho para que cientistas testem novos medicamentos com mais precisão. 

“O que deve significar menos falhas nos ensaios clínicos e, em última análise, melhores resultados para as mulheres afetadas por essa terrível doença”, explicou Harrison. Futuramente, essas pacientes poderão tomar o medicamento mais eficaz para sua composição genética particular.

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?????£»¡¾?????¡¿????? //emiaow553.com/pesquisadores-propoem-novo-modelo-para-o-estudo-de-membranas-celulares/ Mon, 15 Apr 2024 13:43:17 +0000 //emiaow553.com/?p=563974 Inovação permite mimetizar essa estrutura celular humana com maior fidelidade e estudar mais a fundo suas propriedades e funções, abrindo caminho para novas descobertas

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Texto: Julia Moióli | Agência FAPESP

Pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Cornell e Texas Tech (ambas nos Estados Unidos) desenvolveram um novo modelo de membrana lipídica capaz de mimetizar em laboratório a estrutura das membranas celulares humanas com maior precisão e, assim, ampliar as investigações de suas propriedades e funções. Os resultados foram publicados em artigo de destaque no Journal of the American Chemical Society.

As membranas biológicas são barreiras físicas fundamentais para as células: são elas que controlam a entrada de nutrientes e também protegem o conteúdo interno de tudo que está localizado no lado de fora �é o caso, por exemplo, dos vírus.

Essas estruturas são compostas por uma bicamada de lipídios, que são diferentes entre si (ou, no jargão científico, têm composição assimétrica): parte dos lipídios é voltada para o exterior e parte para o interior das células, respondendo especificamente às adversidades de cada um desses ambientes. Ainda assim, de alguma maneira ainda não totalmente compreendida, essa bicamada lipídica se mantém acoplada. Há mais de 70 anos, no entanto, os modelos criados em laboratório utilizados para estudar as membranas biológicas e entender seu funcionamento eram formados por bicamadas lipídicas simétricas.

Modelo criado na USP poderá se útil , por exemplo, para o estudo de células cancerígenas (imagem: Thais Azevedo Enoki/USP)

Modelo criado na USP poderá se útil , por exemplo, para o estudo de células cancerígenas (imagem: Thais Azevedo Enoki/USP)

De acordo com o novo método proposto pelos pesquisadores para fabricar membranas lipídicas assimétricas, mais semelhantes às biológicas e que permitem que mais interações sejam estudadas, a monocamada voltada para o exterior das células tem domínios nos quais fases diferentes coexistem.

Observa-se que cada fase é ordenada juntamente com outra desordenada, podendo cada uma atrair proteínas específicas, por exemplo. Por outro lado, a monocamada imediatamente em contato com ela formaria uma fase fluida simples (provavelmente por causa dos lipídios poli-insaturados ali presentes).

As novas evidências têm intrigado os cientistas para entender como essas monocamadas, diferentes em composições lipídicas e em comportamento de fases, poderiam estar acopladas. Essa é a linha de pesquisa desenvolvida no estudo financiado pela FAPESP (projetos 23/11908-5, 23/05540-5 e 22/04046-4).

Uma das primeiras descobertas com o novo modelo diz respeito à distribuição, nas membranas, do colesterol, que possui papel fundamental em muitos processos celulares.

“Quando montamos essas bicamadas lipídicas assimétricas, observamos que há uma redistribuição de colesterol� afirma Thais Azevedo Enoki, pesquisadora do Instituto de Física da USP e do Departamento de Biologia Molecular e Genética da Universidade Cornell (Estados Unidos).

“Ainda mais interessante: esse fenômeno ocorre quando esses domínios ordenados são induzidos na monocamada fluida. Eles passam a ter ordem semelhante aos domínios da monocamada oposta, em que ambas monocamadas estão conectadas formando a bicamada lipídica.”

Diagrama de fases

No trabalho seguinte, cujos resultados foram publicados no jornal científico PNAS, Enoki e Frederick A. Heberle, professor da Universidade de Tennessee (Estados Unidos), contrapuseram um modelo teórico com experimentos e desvendaram um diagrama de fases para bicamadas lipídicas assimétricas. Esse modelo simplificado das membranas celulares, com interações relevantes minimizadas a interações entre moléculas (intramonocamadas e entremonocamadas), pode permitir a criação de modelos mais precisos em laboratório, como, por exemplo, modelos para membranas de células cancerígenas, que teriam o potencial de trazer muitos avanços científicos.

No trabalho, os cientistas explicam em termos energéticos evidências experimentais anteriores de diversos grupos de pesquisa, que mostram que, havendo uma monocamada com separação de fases acoplada a outra monocamada fluida (sem separação de fases), ora o comportamento de fase da bicamada como um todo é dominado pela que tem separação de fases, ora pela oposta de fase simples. Essa evidência experimental foi apelidada de leaflet dominance (dominância de folheto, em tradução livre).

Segundo os cientistas, o próximo passo é estender a teoria e os experimentos para misturas mais complexas de lipídios.

O artigo An Unexpected Driving Force for Lipid Order Appears in Asymmetric Lipid Bilayers pode ser lido em: //pubs.acs.org/doi/epdf/10.1021/jacs.3c05081.

Já o estudo Experimentally determined leaflet-leaflet phase diagram of an asymmetric lipid bilayer está disponível em: www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.2308723120.

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??? ?? £»??? ??? ??? | ????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/fosseis-com-565-milhoes-de-anos-sao-prova-mais-antiga-de-vida-multicelular/ Sun, 28 Jan 2024 22:30:22 +0000 /?p=547979 Cientistas acharam fósseis em vulcão e datação revelou que pertencem ao período Ediacarano, transição entre vida uni e multicelular

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Embora pareça um lugar inóspito, foi nas cinzas de um vulcão do País de Gales que pesquisadores encontraram fósseis que revelam como era a vida na Terra há meio bilhão de anos.

Os materiais encontrados apontam para a presença de organismos multicelulares no período chamado Ediacarano. Neste momento da evolução, as criaturas do planeta começaram a ficar cada vez mais complexas, deixando de ser apenas unicelulares.

Isso foi o que permitiu que hoje existam organismos tão diversos. Dessa forma, encontrar evidências desse período de transição pode trazer luz a diversas questões deste momento evolutivo. Os resultados da pesquisa foram publicados em artigo na revista Journal of the Geological Society. 

Sobre os fósseis

Para datar o material, os pesquisadores fizeram a análise do material vulcânico, que permitiu chegar com precisão de 0,1% na estimativa. Com isso, concluíram que os fósseis possuem cerca de 565 milhões de anos.

Em geral, o período Ediacarano abrange uma época de 630 milhões a 542 milhões de anos atrás. Ele teve início após quatro bilhões de anos de vida exclusivamente unicelular. Por isso, a presença de tantos fósseis e o fato de serem tão antigos evidenciam organismos multicelulares já haviam se estabelecido na região.

Fósseis com 565 milhões de anos são prova mais antiga de vida multicelular

(Imagem: Clarke et al./Journal of the Geological Society/ Reprodução)

O local, a pedreira Coed Cochion, é conhecido por ser o mais rico em fósseis de vida marinha rasa em todo o Reino Unido. Coincidentemente, os materiais encontrados no estudo remetem a animais e plantas aquáticos, que se desenvolveram nos primeiros estágios de vida, antes de qualquer organismo conquistar a terra.

Por exemplo, os cientistas descrevem alguns fósseis como semelhantes a samambaias, outros como repolhos e, por fim, alguns parecidos com plumas do mar. Os pesquisadores também citaram organismos que lembram águas vivas. 

Mas ainda existem muitos fósseis cujas criaturas são desconhecidas. No futuro, mais estudos poderão se aprofundar no material, desvendando ainda mais mistérios sobre a vida primitiva na Terra. 

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??? ??????£»2024? ??? ????? ?????? ??????? ?? //emiaow553.com/existem-mais-celulas-vivas-na-terra-do-que-estrelas-no-universo-diz-estudo/ Fri, 01 Dec 2023 20:06:56 +0000 /?p=537721 Quantidade de células em nosso planeta chega à marca do nonilhão (o 1 seguido de 30 zeros). Número é maior que grãos de areia da Terra

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Em um mundo repleto de vida, surge a pergunta intrigante: quantas células vivas realmente habitam a Terra? Se há algo que pode rivalizar com a vastidão do Cosmos é o reino microscópico no nosso planeta. De acordo com pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, as células vivas da Terra conseguem ser mais numerosas que a quantidade de estrelas no Universo conhecido.

Segundo eles, a quantidade de células existentes no nosso planeta é maior, inclusive, do que o número de grãos de areia existentes na Terra. Publicado na revista Current Biology, o estudo revela que a Terra abriga uma impressionante marca de um nonilhão de células (1 seguido de 30 zeros) atualmente.

Obviamente, a esmagadora maioria desses organismos são micróbios, pequenos demais para serem vistos a olho nu. De acordo com o estudo, a maioria dessas células pertence às cianobactérias, organismos unicelulares procariontes que realizam fotossíntese.

“A grande conclusão é que isto realmente estabelece a Terra como uma referência para a planetologia comparativa� disse ao jornal NYTimes o geobiólogo Peter Crockford.

Análise aprofundada das células

Para calcular esse número, os pesquisadores reuniram estimativas de microrganismos presentes em ambientes aquáticos e terrestres, considerando também o número de células em organismos maiores.

Além disso, a pesquisa não se limitou ao presente. Os cientistas ousaram calcular a quantidade total de células que já existiram desde o início da vida na Terra. Com isso, chegaram à cifra de um duodecilhão de células (1 seguido de 39 zeros).

Os pesquisadores usaram a produtividade primária — um processo crucial que envolve o mecanismo de como o dióxido de carbono é convertido em compostos de carbono — para estimar o número. Esses compostos, por fim, alimentam toda a cadeia de seres vivos no planeta.

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?????? mgm???£»??????£»??????? //emiaow553.com/pesquisa-mostra-como-celulas-cancerigenas-resistem-a-quimioterapia-veja-detalhes/ Thu, 26 Oct 2023 12:40:30 +0000 /?p=528197 Segundo estudo, elas ativam um mecanismo de defesa que resiste aos medicamentos da quimioterapia e mantém a reprodução celular

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As células cancerígenas se dividem rapidamente — muito mais do que as células normais. Por isso, a quimioterapia se utiliza de medicamentos que atuam na tentativa de interromper essa reprodução. Mas em alguns casos, isso não é o suficiente.

Agora, um novo estudo publicado na revista Current Biology mostra que as células cancerígenas podem ativar um mecanismo de defesa para driblar a ação da quimioterapia.

Entenda o contexto

As células possuem estruturas chamadas microtúbulos, que atuam na separação do material genético de forma uniforme durante a divisão celular. Assim, é possível garantir a produção bem-sucedida de células filhas.

O mesmo acontece em tecidos cancerígenos, apenas de forma muito mais rápida. Por isso, é comum que medicamentos sejam direcionados justamente aos anti-microtúbulos durante o tratamento de quimioterapia. 

Dessa forma, é possível inibir seu crescimento e, consequentemente, dificultar a reprodução acelerada do câncer.

“A quimioterapia anti-microtúbulos normalmente fragmenta os braços mecânicos em vários centros, que puxam os cromossomos em múltiplas direções em vez das duas normais”, explica Peter Gunning, autor do estudo.

Assim, o caos que isso causa impede a separação adequada dos cromossomos para as duas células filhas. Isso, por sua vez, induz a um processo chamado apoptose, que é a morte celular programada.

De acordo com os pesquisadores, isso é bastante eficaz em doses elevadas de quimioterapia. Contudo, quando é preciso diminuir os medicamentos devido à toxicidade ao paciente, os resultados não são tão bons. Agora, eles sabem o porquê.

Microtúbulos em branco e cromossomos em vermelho. Em baixas doses de quimioterapia (VCR), os microtúbulos podem se recuperar da fragmentação para dividir os cromossomos igualmente. No entanto, ao inibir as propriedades mecânicas da borda da célula (VCR+), a célula cancerosa não consegue se recuperar. (Imagem: GUNNING, P. et al/ Reprodução)

O que diz a pesquisa

Para entender o mecanismo de defesa das células cancerígenas, os cientistas utilizaram imagens dos tecidos de câncer à medida que passavam pela divisão celular. Assim, puderam observar o que acontecia com os cromossomos e os microtúbulos em tempo real.

Como resultado, descobriram que as células cancerígenas usam a força mecânica fornecida por sua borda, parte chamada de córtex celular, para superar o impacto da quimioterapia comumente usada. 

Na prática, tudo começa com um sinal ativado pela célula ao reconhecer a fragmentação dos microtúbulos. Então, ela faz com que essas estruturas se estendam até a borda celular, puxando o córtex para reunir novamente os fragmentos.

“Isso permite que os braços se estabilizem e gerem a força necessária para agarrar fisicamente e puxar os cromossomos para cada célula filha, garantindo a multiplicação das células cancerígenas”, explica Gunning.

Os autores do estudo acreditam que esse mecanismo já era parte fundamental da biologia celular, mas evoluiu para permitir que qualquer célula garanta sua sobrevivência.

Agora que entenderam o caminho exato que as células cancerígenas usam para evitar os efeitos tóxicos da quimioterapia, eles pretendem desenvolver medicamentos que superem este processo.

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????????£»???????? - ????? //emiaow553.com/celulas-t-de-memoria-sao-responsaveis-pelas-crises-graves-de-asma/ Wed, 25 Oct 2023 17:47:10 +0000 /?p=528092 Estas células se acumulam no pulmão e são resistentes a tratamentos; elas atingem mais homens que desenvolveram asma quando adultos; confira no link

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Cientistas descobriram um grupo de células do sistema imunológico que podem desencadear asma grave. A nova pesquisa, publicada na revista MED, sugere que pacientes com asma que têm essas células em seus pulmões podem ser mais propensos a ter crises difíceis de tratar,  potencialmente fatais.

A descoberta aconteceu em meio ao estudo WATCH, realizado pelo NHS (National Health Sistem), que é o sistema de saúde pública da Inglaterra. Nesta pesquisa, cientistas acompanham centenas de pacientes asmáticos de diferentes idades, sexos e gravidades da doença há muitos anos.

Dessa forma, puderam estabelecer conexões entre os sintomas da asma e a atividade imunológica das células.

O papel das células T na asma

As células em questão são células T de memória residente em tecido CD4+ citotóxicas. Parece complexo, mas em geral elas são aquela parte do organismo que reage às moléculas que o corpo já combateu anteriormente. 

Por isso, ajudam a proteger o corpo contra vírus e bactérias. Contudo, a mesma memória das células T, quando em funcionamento anormal, como na asma, acabam vendo moléculas inofensivas como ameaças.

Assim, produzem uma resposta inflamatória perigosa a elementos como o pólen, por exemplo. 

De modo geral, é normal que o pulmão de asmáticos tenha uma variedade de tipos de células T CD4+. Contudo, em pessoas com asma grave, as CD4+ citotóxicas eram dominantes.

Segundo o estudo, isso é mais comum em homens que desenvolveram asma mais tarde na vida. Neles, mais de 65% de suas células pulmonares eram CD4+ citotóxicas.

Geralmente, um médico recomendaria a um paciente asmático um tratamento para atenuar sua resposta imunológica, mas essas células não respondem à terapia.

Tratamentos personalizados para a asma

“Quando você entende melhor o papel de células como essas células T, você pode começar a desenvolver tratamentos que visam essas células”, disse o diretor do estudo WATCH, Dr. Ramesh Kurukulaaratchy.

Agora, os pesquisadores pretendem usar ferramentas de sequenciamento para descobrir biomarcadores adicionais em pacientes com asma. A ideia é que essas informações possibilitem o desenvolvimento de terapias personalizadas para essas pessoas.

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?? ??£»??? ??? ?? ?? ?? ?? ??? //emiaow553.com/sobra-da-divisao-entre-celulas-pode-gerar-tumores-cancerigenos/ Fri, 13 Oct 2023 19:30:19 +0000 /?p=524513 Corpo médio é resquício da mitose e contém RNA, material genético que pode transformar células saudáveis em cancerosas. Saiba detalhes de um novo estudo

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Você deve se lembrar das aulas de biologia na escola, quando aprendeu sobre o que é mitose. Em geral, os professores ensinam que este processo consiste em uma célula que se divide, resultando em outras duas filhas.

No entanto, esta é uma versão simplificada para que os alunos aprendam com facilidade. Mas… “Uma célula se divide em três coisas: duas células e um remanescente do corpo médio, uma nova organela de sinalização”, diz Ahna Skop, pesquisadora professora de genética da Universidade de Wisconsin-Madison.

Agora, pesquisadores — incluindo Skop — estudaram esse remanescente e descobriram que ele está cheio de informações genéticas. Dessa forma, ele tem o poder de mudar o destino de outros tecidos, inclusive gerando células cancerosas.

Os resultados foram publicados na revista Developmental Cell. 

Entenda a pesquisa

Estudos anteriores já analisaram o envolvimento do corpo médio na sinalização e no estímulo  da proliferação celular. No entanto, Skop e sua equipe olharam para dentro dos remanescentes deste corpo médio. 

Nas amostras, eles encontraram RNA, que os cientistas resumem como “uma espécie de cópia de trabalho do DNA”. Em geral, a molécula expressa as informações presentes no DNA, Isso direcionando a produção de proteínas de uma célula, por exemplo.

No corpo médio, essas proteínas orientam o propósito de uma célula. Dessa forma, o RNA age determinando a função celular, uma vez que algumas delas têm a capacidade de se desenvolver em qualquer um dos muitos tipos diferentes de células do corpo.

“Um remanescente do corpo médio é muito pequeno. Tem um micrômetro de tamanho, um milionésimo de metro. Mas tem tudo o que precisa para manter aquelas informações funcionando a partir da célula que está se dividindo”, explicou Skop. 

Contudo, os pesquisadores descobriram que, por isso, o corpo médio também pode determinar a oncogênese, que é a formação de tumores cancerígenos.

De acordo com o estudo, o corpo médio pode se afastar do local da mitose, entrar na corrente sanguínea e pousar em outra célula.

Muitos são reabsorvidos por uma das células filhas que os liberam, mas há aqueles que podem ser absorvidos por uma terceira célula. Se isso acontece, ela pode começar a usar erroneamente o RNA contido no corpo médio como se fosse seu próprio plano.

Em geral, pesquisas anteriores já haviam mostrado que as células cancerosas têm mais probabilidade do que as células-tronco de terem ingerido um corpo médio. 

Agora, estudos futuros podem compreender como o uso deste RNA pode auxiliar a busca por medicamentos contra as células cancerosas. Há, inclusive, a possibilidade de compreender como impedir que elas se dividam.

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?????? £»??????£»?????? //emiaow553.com/celulas-t-reconhecem-e-destroem-cancer-cientistas-descobrem-como/ Fri, 01 Sep 2023 15:03:22 +0000 /?p=516042 Um tipo de glóbulo branco, as células T gama delta são eficientes no combate às células cancerígenas; descoberta pode impulsionar tratamentos

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Existem bilhões de células do sistema imunológico patrulhando nosso organismo para eliminar invasores e manter nosso corpo saudável. As células T são uma delas. O que surpreende é que, além de combater vírus e bactérias, um tipo de célula T conhecida como gama delta pode também destruir células cancerígenas.

Mas como exatamente elas fazem isso ainda era uma dúvida para pesquisadores da área. Agora, um estudo publicado na revista Nature parece ter desvendado o mecanismo – que pode ser explorado em tratamentos contra o câncer.

O mecanismo das células T gama delta

Em geral, as células T possuem uma proteína em sua superfície que reconhece moléculas nas células-alvo. Por isso, a maioria dos tratamentos experimentais contra o câncer estudados hoje tentam recriar esse processo para direcionar o ataque desses glóbulos brancos aos tumores.

No entanto, as células T gama delta reconhecem suas células-alvo de uma maneira muito diferente das células T convencionais. Dessa forma, as condições necessárias para que elas reconheçam e eliminem células cancerígenas não estavam claras.

“Usamos o poder da edição do genoma CRISPR para obter insights fundamentais sobre o que pode tornar as células cancerígenas reconhecíveis pelas células T gama delta, para que possam ser alvo de eliminação”, disse Alex Marson, um dos autores do estudo, ao EurekaAlert.

Os pesquisadores testaram quais interrupções de genes afetam esse mecanismo e confirmaram que as células T gama delta reconhecem moléculas chamadas butirofilinas. O problema é que elas são encontradas tanto em tecidos saudáveis quando doentes.

Em busca do estresse celular

Quando eles examinaram mais de perto os resultados de sua triagem CRISPR, perceberam o estresse celular desencadeava um processo interessante. Primeiro, ele esgotava a produção de energia nas células cancerígenas.

Isso aumentava a quantidade de moléculas de butirofilina na superfície dessas células. O que, por fim, tornava as células cancerígenas mais propensas a serem mortas pelas células T gama delta.

“Em células saudáveis, a butirofilina é invisível para as células T gama delta, para que essas células não comecem a matá-las”, explicou Murad Mamedov, principal autor do estudo. 

“Mas quando as vias de estresse são aumentadas no câncer e as butirofilinas são ativadas, essas moléculas se tornam mais abundantes e agem como alvo das células T gama delta”, afirmou.

Com base na descoberta insight, eles conseguiram testar células tumorais de pacientes com câncer com um medicamento que imita a resposta ao estresse de uma célula. 

Elas foram mais facilmente reconhecidas pelas células T gama delta devido ao aumento das butirofilinas e, como resultado, foram mortas de maneira mais eficiente.

Agora, os resultados oferecem uma base para projetar medicamentos mais eficientes no tratamento de diversos tipos de câncer.

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???? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/os-riscos-das-unhas-em-gel-maquina-de-manicure-pode-alterar-dna-e-matar-celulas/ Wed, 18 Jan 2023 22:19:37 +0000 /?p=462135 Cientistas americanos relacionaram a máquina usada no procedimento de unhas em gel a mutações celulares que podem levar ao câncer

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A aplicação de unhas em gel se tornou um fenômeno do mundo estético. O procedimento faz o esmalte durar por muito mais tempo e acaba com o aspecto quebradiço das unhas. Mas há um porém: uma técnica envolvida no processo pode estar alterando o DNA e matando células humanas. 

Estamos falando do dispositivo de secagem, responsável por emitir raios UV sobre a unha. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, mostrou que o maquinário pode levar a mutações causadoras de câncer em células humanas, embora a afirmação não seja conclusiva. O estudo completo foi publicado na revista Nature Communications.

Para realizar o estudo, os cientistas expuseram três tipos de células �queratinócitos da pele humana adulta, fibroblastos de prepúcio humano e fibroblastos embrionários de camundongos �a duas diferentes condições: exposição aguda e exposição crônica ao dispositivo de luz ultravioleta. 

Na primeira, as células foram colocadas sob a máquina duas vezes durante 20 minutos cada. Houve um intervalo de uma hora entre as exposições. No segundo caso, as amostras foram colocadas sob os raios UV em três sessões. Foi realizada uma sessão de 20 minutos por dia, somando três dias.

E lá estavam os resultados: uma sessão de apenas 20 minutos causou entre 20 e 30% de morte celular, enquanto as três exposições consecutivas levaram a uma morte de 65% a 70% das células expostas.

Segundo os cientistas, o DNA é danificado e alguns dos danos são irreversíveis, levando a mutação das células. Foi constatado ainda o risco de disfunção mitocondrial, que também pode resultar em mutações. 

Os pesquisadores explicaram em comunicado que os padrões de mutações identificados nas células são os mesmos vistos em pacientes com câncer de pele. Ainda é cedo para afirmar a relação entre a máquina e a doença, e os cientistas também não sabem dizer como a frequência da exposição pode afetar no risco. De toda forma, há um perigo que deve ser investigado.

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??? ?? ???£»?? ?? ???£»?? ?? ??? //emiaow553.com/video-mostra-um-virus-momentos-antes-de-atacar-o-intestino/ Mon, 14 Nov 2022 23:43:52 +0000 /?p=449940 A gravação foi feita por pesquisadores da Duke University e mostra o vírus se preparando para adentrar as células humanas; confira o registro

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Para causar uma infecção, os vírus precisam invadir as células humanas e dar início ao processo de replicação. Mas acessar essas unidades estruturais pode não ser tão fácil assim. 

Antes de qualquer coisa, o patógeno deve passar pela camada protetora das células, além de atravessar o muco que reveste as vias aéreas e o intestino, considerados as primeiras linhas de defesa do corpo contra infecções.

O método utilizado pelos vírus para ultrapassar a barreira protetora ainda não é totalmente compreendido. A velocidade do patógeno e seu tamanho centenas de vezes menor do que as células atrapalha a visualização dos cientistas. 

Agora, isso está prestes a mudar. Pesquisadores da Duke University, nos EUA, conseguiram registrar um patógeno momentos antes de atacar o intestino. Na gravação é possível ver uma partícula de vírus minúscula em roxo se movendo pelas células. 

A técnica de rastreio do vírus combina dois microscópios em um. Ela foi chamada pelos pesquisadores de 3D-TrIm (sigla para 3D Tracking and Imaging Microscopy). O estudo completo foi publicado na revista Nature Methods.

Em primeiro lugar, os cientistas adicionaram um componente que torna o vírus fluorescente. Assim, um dos microscópios consegue acompanhar o movimento rápido do vírus enquanto o segundo captura imagens das células vizinhas. É como se o primeiro maquinário seguisse um carro no Google Maps, enquanto o segundo mapeia as construções ao seu redor.

Por enquanto, o composto faz o vírus brilhar apenas por alguns minutos, o que dificulta sua observação. A equipe pretende mudar isso, não apenas tornando o patógeno rastreável por mais tempo, mas também aprimorando a técnica e permitindo que ela acompanhe o vírus em ambientes mais realistas, semelhantes a tecidos, onde as infecções se instalam pela primeira vez.

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???? Archives£»??? ??- ??? ??? ???? //emiaow553.com/cancer-cientistas-identificam-proteina-que-influencia-a-metastase/ Tue, 18 Oct 2022 13:36:01 +0000 /?p=444735 A inibição da proteína NALCN parece estar relacionada ao aumento do número de células tumorais circulantes, responsáveis pelo surgimento de lesões em novos órgãos

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O câncer pode se espalhar de um órgão para outro através de um processo conhecido como metástase. Basicamente, as células do tumor principal se desprendem e navegam através do sistema circulatório e vasos linfáticos para novas regiões do corpo, gerando uma lesão inédita.

Pense que, inicialmente, o foco do tratamento do paciente seria em apenas uma parte do organismo. De repente, há um novo conjunto de células a ser combatido. Tal fator torna a metástase bastante perigosa, sendo considerada a principal causa de morte em pacientes oncológicos.

Cientistas da importante Universidade de Cambridge, no Reino Unido, querem reverter esse cenário. Para isso, decidiram explorar as causas da metástase, o que pode ajudar na concepção de novas terapias para evitá-la. 

A resposta parece estar em uma proteína chamada NALCN (“proteína não seletiva do canal de vazamento de sódio”). Durante testes com camundongos, os cientistas perceberam que, ao bloquear essa proteína, ocorria o desencadeamento da metástase de células cancerígenas nos roedores.

O fenômeno foi observado para cânceres gástricos e colorretais. Segundo os pesquisadores, a ausência de NALCN não alterou a incidência do tumor, apenas aumentou o número de células tumorais circulantes e metástases.

Os cientistas também testaram a inibição de NALCN em camundongos sem câncer. Então, perceberam que a mudança fazia com que células do pâncreas migrassem para o rim, tornando-se células renais saudáveis.

O estudo completo foi publicado na revista Nature Genetics. Agora, os pesquisadores acreditam que a metástase pode não ser um processo anormal ligado à doença �uma informação que deve ajudar na criação de tratamentos para o seu combate.

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??? ¡¾????¡¿ ??????£»?????? //emiaow553.com/virus-que-destroi-celulas-doentes-se-torna-arma-em-potencial-contra-cancer/ Fri, 23 Sep 2022 18:51:55 +0000 /?p=440526 O estudo, apesar de pequeno, mostrou resultados positivos, com um dos voluntários apresentando remissão da doença

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Cientistas britânicos estão trabalhando em um novo tratamento contra o câncer que utiliza vírus enfraquecido no combate de tumores. O estudo feito pelo Instituto de Pesquisa do Câncer do Royal Marsden NHS Foundation Trust, no Reino Unido, obteve bons resultados, com um dos voluntários apresentando remissão da doença.

O vírus utilizado no estudo foi o Herpes simplex, responsável pela herpes. O patógeno foi geneticamente modificado e depois injetado diretamente nos tumores dos pacientes. É esperado que o vírus se multiplique dentro das células cancerosas e as destrua, ao mesmo tempo em que ativa o sistema imunológico.

Cerca de 40 pessoas com diferentes tipos de câncer participaram do estudo. Alguns receberam apenas a injeção de vírus, chamada RP2, enquanto outros tiveram o tratamento combinado ao medicamento nivolumab.

Os resultados foram positivos. Três em cada nove pacientes tratados com RP2 tiveram redução de seus tumores. Sete dos 30 pacientes que receberam RP2 junto ao nivolumab também se beneficiaram do tratamento, sendo que seis desses permaneceram livres da progressão da doença durante 14 meses.

Um dos casos mais notáveis foi do britânico Krzysztof Wojkowski, de 39 anos, diagnosticado em 2017 com carcinoma mucoepidermoide (tipo de câncer na glândula salivar). Todos os tratamentos já haviam sido testados e os médicos informaram que as opções para o homem estavam esgotadas. Porém, ele entrou no estudo em 2020 e apresentou remissão completa da doença.

Os resultados são referentes a primeira fase da pesquisa, que procurava principalmente testar a segurança do tratamento contra o câncer. O saldo positivo surpreendeu e empolgou os pesquisadores, mas estudos maiores são necessários para comprovar a eficácia da injeção RP2.

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???? £»??? ??? ??? | ????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/celulas-revividas-de-porcos-mortos-podem-mudar-rumo-dos-transplantes/ Thu, 04 Aug 2022 20:03:29 +0000 /?p=432378 Sistema permitiu que as células de órgãos vitais dos animais continuassem trabalhando. Órgãos mantiveram certas funções celulares e metabólicas durante seis horas

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Pesquisadores da Escola de Medicina de Yale, nos EUA, desenvolveram um sistema capaz de manter órgãos de porcos funcionando parcialmente mesmo após a morte do animal. O estudo completo foi publicado na revista Nature.

O sistema em questão recebe o nome de OrganEx. Basicamente, ele permite que as funções celulares dos órgãos vitais dos animais continuem existindo.

Funciona da seguinte maneira: os cientistas bombeiam no porco uma solução sintética da proteína hemoglobina, responsável por transportar oxigênio nos glóbulos vermelhos. O líquido conta ainda com outros compostos destinados a evitar inflamação, a autodestruição celular e a formação de coágulos sanguíneos.

Ao final, os porcos apresentaram sinais de reparo celular no cérebro, coração, pulmões, fígado, rim e pâncreas. Além disso, os órgãos mantiveram certas funções celulares e metabólicas durante o experimento de seis horas.

Os porcos usados no estudo foram induzidos a uma parada cardíaca enquanto estavam sedados. Uma hora depois, foram conectados a máquina. O sistema é semelhante ao ECMO �aparelho usado durante cirurgias para bombear sangue e oxigênio pelo corpo.

Órgãos humanos possuem um tempo de isquemia, o período máximo que aguentam manter suas atividades fora do corpo humano. Com o OrganEx, os cientistas esperam preservar órgãos doados, diminuindo a fila de espera de transplantes. 

Mas isso deve demorar. O estudo em porcos é apenas uma prova de conceito, ou seja, uma demonstração de que a hipótese levantada pelos cientistas funciona. Porém, o grau de recuperação das funções celulares diferiu em cada órgão suíno, fazendo com que mais estudos sejam necessários. Testes envolvendo vários outros animais devem ser realizados antes que o sistema seja usado para humanos.

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?12 ¡¾????¡¿ ??????£»?????? //emiaow553.com/cientistas-criam-embrioes-sem-uso-de-ovulos-ou-espermatozoides/ Thu, 04 Aug 2022 17:51:07 +0000 /?p=432309 Os embriões sintéticos, feitos a partir de células-tronco de camundongos, desenvolveram trato intestinal, coração e cérebro. Confira mais deste estudo realizado em Israel

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Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, desenvolveram pela primeira vez embriões sintéticos –ou seja, sem uso de óvulos, espermatozoides ou necessidade de fertilização. O estudo completo foi publicado na revista científica Cell.

As estruturas foram criadas a partir de células-tronco de camundongos. O embrião feito em laboratório foi capaz de desenvolver um coração pulsante, cérebro e trato intestinal, todos os órgãos aparentemente funcionais. 

As células foram colocadas em uma espécie de útero mecânico, que já havia se mostrado útil na geração de embriões naturais de camundongos. Os modelos sintéticos ficaram no dispositivo por pouco mais de uma semana –quase a metade do tempo de gestação do roedor. 

Algumas células foram tratadas previamente com produtos químicos, que ativaram programas genéticos para se desenvolver em placenta ou saco vitelino, enquanto outras se desenvolveram sem intervenção. Apenas 0,5% das células se tornaram embriões com tecidos e órgãos distintos.

Os embriões sintéticos mostraram 95% de semelhança com os embriões naturais de camundongos. Por outro lado, como foi explicado pelos cientistas, as células não geraram embriões reais, o que significa que nenhum deles poderia se tornar um animal vivos.

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Agora, os cientistas do Instituto Weizmann pretendem investigar como as células-tronco fazem para evoluir em cada órgão específico, o que ajudaria na manipulação de tecidos e estruturas para transplantes.

 “Em vez de criar um protocolo diferente para o crescimento de cada tipo de célula �por exemplo, as do rim ou do fígado �podemos um dia criar um modelo sintético semelhante ao embrião e isolar as células de que precisamos. Não precisaremos ditar aos órgãos emergentes como eles devem se desenvolver. O próprio embrião faz isso melhor� explicou Jacob Hanna, um dos autores do estudo, ao Tech Explorist.

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?????? ?????£»??????£»??????? //emiaow553.com/tratamentos-contra-o-cancer-que-modificam-geneticamente-celulas-de-defesa-avancam-em-sao-paulo/ Wed, 29 Jun 2022 16:28:14 +0000 /?p=427154 Pesquisas podem criar tratamentos que custam entre 10% e 15% dos valores praticados no mercado. Entenda

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Por Theo Ruprecht, da Agência FAPESP

Células de defesa são retiradas do paciente, reprogramadas geneticamente em laboratório e, então, reinfundidas para enfrentar o câncer. Essa é a terapia à base de células CAR-T, uma estratégia tão promissora quanto complexa. A boa notícia: o Centro de Terapia Celular (CTC), da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, vem avançando em um tratamento do tipo com menor custo, além de investigar terapias celulares semelhantes.

“Desde 2019, já tratamos sete pacientes, todos em uso compassivo, com uma terapia de células CAR-T desenvolvida no centro. Obtivemos resultados positivos e pretendemos seguir com estudos para oferecer um tratamento nacional mais acessível� diz Rodrigo Calado, um dos pesquisadores principais do CTC e diretor científico da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em fevereiro o primeiro registro sanitário no país de uma terapia à base de células CAR-T para leucemia linfoblástica aguda e linfoma difuso de grandes células B, produzida pela farmacêutica Novartis. Em abril, um tratamento do tipo para mieloma múltiplo da Janssen-Cilag Farmacêutica também foi autorizado pela agência reguladora brasileira. Nos Estados Unidos, essas terapias custam na faixa de US$ 400 mil. No Brasil, os valores ainda não foram definidos.

“Nossa expectativa é oferecer uma alternativa que custe entre 10% e 15% dos valores praticados no mercado� afirma Calado.

Uma economia tão grande viria, entre outros fatores, da capacidade de realizar todo o processo no Brasil a partir de uma tecnologia proprietária. Nas terapias com células CAR-T, os profissionais coletam linfócitos T do próprio paciente com câncer e os modificam geneticamente para que expressem moléculas capazes de identificar e instigar uma resposta mais agressiva contra o câncer (são os chimeric antigen receptors, ou CAR na sigla em inglês). Esses linfócitos são então expandidos �ou multiplicados �e, aí, reinfundidos na pessoa (leia mais em: agencia.fapesp.br/31656).

Como a manipulação genética dessas células requer infraestrutura e conhecimento de ponta, a terapia com células CAR-T aprovada no Brasil (da Novartis) exige que os linfócitos T dos pacientes sejam congelados e levados até um centro nos Estados Unidos. Uma vez processados, eles fazem a viagem de volta, em mais uma etapa custosa. Os processos fabris e mesmo a mão de obra também pesam no valor elevado.

Atualmente, o CTC está em vias de publicar um artigo reportando os primeiros casos tratados na instituição com uso compassivo. “A mensagem mais importante desse trabalho é a de que conseguimos desenvolver uma tecnologia brasileira para potencialmente oferecer uma terapia com células CAR-T� afirma Renato Cunha, pesquisador do CTC e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). No momento, o tratamento está em fase de validação junto à Anvisa. “A partir daí, realizaremos estudos clínicos para buscar os registros necessários� conta Cunha.

Pesquisas clínicas como essa demandam, além de metodologia rigorosa, um número considerável de voluntários e uma infraestrutura complexa. É aí que entra o financiamento da FAPESP, aprovado no âmbito do Programa Ciência para o Desenvolvimento.

A infraestrutura

Entre os projetos selecionados para o edital mencionado, está a criação do Núcleo de Terapia Celular (Nucel). “Fisicamente, são dois prédios. Um na cidade de São Paulo e o outro em Ribeirão Preto� informa Calado.

O edifício localizado na capital paulista foi inaugurado na última terça-feira (14/06) pelo governador do Estado, Rodrigo Garcia. A expectativa é que o governador inaugure hoje (20/06) o prédio de Ribeirão Preto, sede do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera).

Formado pela união de grupos da FMRP-USP e do Instituto Butantan, o núcleo pretende escalonar a produção das células CAR-T e de outros produtos à base de terapias celulares, oferecer suporte para investigações pré-clínicas e clínicas e desenvolver imunoterapias inovadoras.

Por meio desse Centro de Ciência para o Desenvolvimento (CCD), será possível cumprir os requisitos previstos pela Anvisa para pesquisas clínicas e mesmo para a produção em larga escala, caso a terapia desenvolvida no CTC seja aprovada no futuro, além de firmar parcerias com outras instituições públicas e privadas. “O CCD faz a ponte entre o conhecimento científico e a disponibilização de uma terapia para a população em geral� reitera Calado. A estrutura de Ribeirão Preto e a da cidade de São Paulo têm capacidade para atender até 300 pessoas por ano.

“Queremos nos firmar como um polo de produção desse tipo de célula� descreve Cunha. “Em alguns tipos de câncer, as células CAR-T conseguem trazer respostas muito positivas mesmo em quadros avançados, quando outras opções fracassaram. Garantir acesso a esse tratamento é importante para um país como o nosso� completa.

Avanços e combinações

Atualmente, as terapias com células CAR-T são aprovadas apenas contra certos cânceres hematológicos, como leucemias e linfomas de células B. Uma revisão de estudos alemã indica que, para tumores sólidos (de mama, próstata, pulmão etc.), a técnica obteve resultados sustentados em somente 4% dos pacientes. Outro artigo traz um número ainda menor: 1%.

“Os tumores sólidos em geral produzem moléculas que promovem uma imunossupressão local. Elas freiam a ação das células de defesa convencionais e também a das CAR-T� afirma Lucas Botelho de Souza, coordenador do Laboratório de Transferência Gênica do CTC. Essas moléculas são chamadas de checkpoints imunológicos.

Na última década, surgiram medicamentos imunoterápicos que burlam esses checkpoints (são os inibidores de checkpoints). Eles aprimoraram consideravelmente o tratamento contra diferentes cânceres, inclusive em estágio avançado. “Mas, às vezes, não trazem o resultado esperado porque os linfócitos naturais do corpo podem não reconhecer a doença como uma inimiga� explica Botelho de Souza.

Diante disso, pesquisas têm avaliado o uso combinado das células CAR-T com os inibidores de checkpoints. Enquanto os fármacos removeriam os freios disparados pelo câncer, as células CAR-T comandariam um ataque intenso e personalizado contra o alvo em questão. “Por causa do histórico no CTC, fomos convidados a fazer uma revisão desses artigos para consolidar as descobertas sobre o assunto� diz Botelho de Souza.

A revisão mostra que, em certos cenários, a união dessas estratégias conseguiu conter o câncer no laboratório e mesmo em voluntários. “Mas, em outros, os resultados não são tão bons. Há uma variabilidade grande� aponta Botelho de Souza.

Uma possibilidade em pesquisas no CTC �tanto para cânceres sólidos como hematológicos �é construir células CAR-T com diferentes receptores e coestimuladores, que controlem a doença por diferentes vias. “Estamos também avaliando o efeito de retirar receptores das células que são afetados pelos checkpoints do câncer� complementa o professor.

Em dados clínicos, por exemplo, nota-se que os pacientes que respondem melhor ao tratamento com as células CAR-T apresentam maiores concentrações no organismo de duas interleucinas: a 17 e a 23. Com essa informação em mãos, profissionais do CTC reprogramaram linfócitos para estimular a produção das duas moléculas. “Nos estudos de laboratório, os resultados são promissores� revela Botelho de Souza.

“Um dos desafios das combinações ou das múltiplas edições nas células CAR-T é evitar que o sistema imune se torne muito agressivo para o paciente� pondera Cunha. Tanto no produto aprovado pela Anvisa como no que deve ir para ensaios clínicos no CTC, as células CAR-T contam com um receptor personalizado e uma proteína coestimuladora. “São células CAR-T de segunda geração� aponta o professor.

Cunha, aliás, é coordenador de um consenso da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) que se concentra no uso de células CAR-T no Brasil. “Já temos princípios estabelecidos para indicação do tratamento, controle dos efeitos colaterais e manufatura das células, entre outras coisas. Isso mostra que o Brasil tem a maturidade necessária para receber esse tipo de tecnologia e para tentar torná-la mais acessível� avalia.

Tratamento universal

Todo tratamento aprovado à base de células CAR-T é feito com linfócitos do próprio paciente, porque o corpo rejeitaria células de outros indivíduos. Essa particularidade demanda uma infraestrutura avançada para colher as células, transportá-las em segurança, manipulá-las e reinfundi-las. “Da identificação do paciente adequado até a aplicação do tratamento, às vezes se passam 40 ou até 60 dias. E essa espera pode não ser viável� constata Cunha.

Para tornar essa terapia celular mais acessível e prática, pesquisadores pelo mundo vêm investigando alterações genéticas nas células CAR-T que as tornariam “universais� Em outras palavras, uma única linhagem de linfócitos T daria origem a células CAR-T para diferentes pacientes.

Outra possibilidade em testes para alcançar um tratamento universal envolve trocar o tipo de célula de defesa usado. Em vez dos linfócitos T, os pesquisadores fariam as edições genéticas nas células exterminadoras naturais (NK, sigla em inglês para natural killers), que não têm esse problema de incompatibilidade. A esse método se dá o nome de terapia com células CAR-NK. “Ele traz essa praticidade e também parece produzir um perfil inflamatório mais seguro, com efeitos colaterais menos intensos� diz Botelho de Souza.

Sob a coordenação da professora Virginia Picanço-Castro, um grupo do CTC vem trabalhando no desenvolvimento de diferentes células CAR-NK para verificar qual teria maior potencial. O time inclusive publicou um artigo em que revisa caminhos promissores da área. “No momento, há poucas pesquisas com seres humanos. Mas isso é uma questão de tempo� argumenta Botelho de Souza.

Segundo ele, uma desvantagem das células CAR-NK é sua baixa persistência no organismo. Ao contrário das CAR-T, elas parecem desaparecer mais rapidamente, o que dificultaria um controle sustentado do câncer. Além disso, a etapa de proliferação e de conservação das células no laboratório é especialmente desafiadora.

O CTC é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP e desenvolve atualmente cinco projetos nas linhas de células CAR-T e CAR-NK financiados pela Fundação (19/18702-8, 20/02043-2, 20/14808-3, 20/11413-8 e 21/09900-0).

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??? ??? ??£»?????? //emiaow553.com/cientistas-desenvolvem-dedo-robotico-com-pele-viva-de-celulas-humanas/ Fri, 10 Jun 2022 19:03:38 +0000 /?p=424938 A pele do dedo robótico, criada por cientistas da Universidade de Tóquio, é capaz inclusive de se regenerar, com a ajuda de curativos de colágeno

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Qualquer gamer que se preze conhece o jogo Detroit: Become Human. Ele se passa no ano de 2038, em que robôs idênticos aos humanos trabalham como criados.  

No game, um androide pode ser facilmente confundido com uma pessoa comum, principalmente no quesito visual. As expressões, as roupas, o jeito de falar e até a pele. As principais características estéticas de um humano de carne o osso são reproduzidas fielmente pelos androids, graças à tecnologia. Mas será que isso seria possível na vida real?

Por enquanto, já foram desenvolvidas peles de silicone para robôs bastante parecidas com o órgão humano. Porém, essas camadas ainda não possuem a textura correta. Cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, pretendem mudar isso.

Para começar, eles desenvolveram um dedo robótico (o que você vê na imagem acima) e o cobriram com pele viva feita de células humanas. O estudo completo, que descreve os resultados, foi publicado na revista científica Matter.

Para tornar o membro falso o mais real possível, a equipe de cientistas mergulhou a estrutura em uma solução contendo colágeno e fibroblastos dérmicos humanos �os dois principais ingredientes conectivos da pele. Depois, foram adicionados queratinócitos epidérmicos, que tornaram a textura do dedo mais realista. 

Os queratinócitos também tornam a pele humana à prova d’água, tendo o mesmo efeito no dedo robótico. Como se não bastasse, o membro falso é capaz de flexionar e se regenerar, caso danificado. Basta colar um curativo de colágeno que, em apenas sete dias, a pele fica firme novamente. 

Há apenas um problema. A pele sobrevive por pouco tempo após ser retirada do meio de cultura de células, já que não possui sistema circulatório. Os pesquisadores pretendem resolver isso em uma próxima etapa do estudo.

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????? ¡¾????¡¿ ??????£»?????? //emiaow553.com/celulas-cerebros-mais-ativas-apos-morte/ //emiaow553.com/celulas-cerebros-mais-ativas-apos-morte/#respond Wed, 24 Mar 2021 15:14:38 +0000 //emiaow553.com/?p=376221 O estudo encontrou evidências de que certos “genes zumbisâ€?em nossas células cerebrais são ativos com mais frequência logo após a morte.

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Mesmo depois de morrermos, algumas de nossas células cerebrais podem experimentar uma última e grande explosão momentânea de vida, sugere uma nova pesquisa divulgada na terça-feira (23). O estudo encontrou evidências de que certos “genes zumbis�em nossas células cerebrais são ativos com mais frequência logo após a morte, o que faz com que algumas células se expandam imensamente por horas. As descobertas não mudarão radicalmente nossos conceitos de vida e morte, mas podem conter algumas implicações importantes para o estudo do tecido cerebral obtido após a morte.

Não é nenhum segredo que nossas células podem permanecer vivas e funcionar por um tempo, mesmo depois de estarmos clinicamente mortos, antes de finalmente ficarem inativas. Mas embora quase todas carreguem as mesmas informações genéticas, diferentes tipos de células expressam essas informações de maneira diferente, com vários genes sendo ativados ou desativados. E quando os pesquisadores analisaram a expressão gênica de diferentes células dentro de um “cérebro em degeneração� eles encontraram alguns padrões distintos.

Para o estudo, publicado na Scientific Reports na terça-feira (23), a equipe analisou amostras de tecido cerebral doadas por pacientes que haviam se submetido recentemente a cirurgia cerebral para epilepsia (tratamentos cirúrgicos podem remover com segurança partes do cérebro envolvidas no distúrbio convulsivo). Eles então imitaram o processo de morte cerebral, deixando de fora as amostras recém-removidas em temperatura ambiente por vários períodos de tempo, sendo o máximo 24 horas. Durante esses intervalos, a equipe coletou informações sobre a atividade celular e genética das células.

Na maioria dos genes estudados caracterizados como “genes domésticos�que mantêm a função celular básica, os cientistas descobriram que eles permaneceram no mesmo nível de atividade por todo o período de 24 horas. Nos genes “neuronais� genes que são ativados nas células neuronais e responsáveis ​​por funções cerebrais como pensamento e memória, sua atividade começou a cair após 12 horas.

Imagens das células gliais “pós-morte�à medida que aumentavam de tamanho e se desenvolviam. Imagem: Jeffrey Loeb/UIC

Mas em um terceiro grupo de genes, ligado à função das células gliais – o sistema imunológico e de suporte do cérebro – a expressão do gene realmente aumentou após a “morteâ€?e continuou a aumentar até 24 horas depois. As próprias células gliais também se expandiram de forma massiva em tamanho e até criaram novos “braçosâ€? ao mesmo tempo em que os neurônios nessas amostras estavam se degenerando.

Os resultados não provam que zumbis sejam teoricamente possíveis, e não é nem uma grande surpresa que as células gliais estejam especialmente ativas após a morte. As células provavelmente estão respondendo à lesão e à inflamação que ocorrem no cérebro quando ele é privado de oxigênio após os momentos finais de uma pessoa. Mas as descobertas apresentam uma pista potencial para a forma como muitas pesquisas sobre o cérebro humano são conduzidas, de acordo com os autores, uma vez que muitos estudos baseiam-se em exames post-mortem do órgão.

“A maioria dos estudos presume que tudo no cérebro para quando o coração para de bater, mas não é bem assim”, disse o autor do estudo Jeffrey Loeb, chefe de neurologia e reabilitação da Universidade de Illinois na Faculdade de Medicina de Chicago, em um comunicado divulgado pela universidade. “Nossas descobertas serão necessárias para interpretar pesquisas em tecidos cerebrais humanos. Nós apenas não quantificamos essas mudanças até agora.â€?/p>

Um problema é que a pesquisa de doenças como o Alzheimer e outras degenerativas geralmente depende de amostras de cérebro post-mortem que são coletadas 12 ou mais horas após a morte. Se as descobertas aqui forem válidas, então muitos desses estudos podem ter deixado passar pistas importantes dentro das células mortas que podem desaparecer mais tarde.

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Loeb e sua equipe esperam que os estudos futuros possam explicar melhor as mudanças que ocorrem em um cérebro em degeneração. Uma solução potencial, por exemplo, pode ser coletar amostras cerebrais para pesquisa ainda mais cedo ou confiar mais em amostras de pacientes voluntários que serão submetidos a cirurgia cerebral de qualquer maneira.

“A boa notícia de nossas descobertas é que agora sabemos quais genes e tipos de células são estáveis, quais se degradam e quais aumentam com o tempo para que os resultados de estudos cerebrais post-mortem possam ser melhor compreendidos� disse Loeb.

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?? ??? ????£»??? ?? ????£»?? ?? //emiaow553.com/cientistas-avancam-mapeamento-celulas-corpo-humano/ //emiaow553.com/cientistas-avancam-mapeamento-celulas-corpo-humano/#respond Thu, 26 Mar 2020 11:13:06 +0000 //emiaow553.com/?p=350668 O “The Human Cell Atlasâ€?é uma iniciativa internacional para mapear todas as mais de 30 trilhões de células do corpo, seus tipos e como elas se relacionam.

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Pesquisadores de todo o mundo estão trabalhando para construir um atlas de todas as diferentes células do corpo humano. Uma equipe na China acaba de divulgar os resultados de um grande passo em direção a esse objetivo.

O “The Human Cell Atlas�(ou “Atlas das Células Humanas� em tradução livre) é uma iniciativa internacional para mapear todas as mais de 30 trilhões de células do corpo, seus tipos e como elas se relacionam. Os pesquisadores esperam que esse atlas seja um recurso útil para curar e prevenir doenças. Em um novo estudo, publicado nesta quarta-feira (25) na Nature, uma equipe liderada por Guoji Guo na Faculdade de Medicina da Universidade de Zhejiang em Hangzhou, na China, determinou os tipos de células que compreendem todos os principais órgãos humanos, criando o que poderia ser o mais abrangente atlas de células já feito.

“Esta é a primeira versão do mapa de células humanas”, explicou Guo ao Gizmodo em um e-mail. “Ele mostra um esquema básico para o atlas definitivo de células humanas”.

Uma ilustração mostrando a paisagem de diferentes células; a cor representa diferentes órgãos ou tipos de tecidos, enquanto a localização denota as relações entre os tecidos. Ilustração: Guoji Guo

A equipe coletou amostras de tecido adulto e fetal de doadores chineses da etnia Han (maior grupo étnico da China e do mundo), processou e isolou-as usando uma centrífuga e enzimas, e as sequenciou usando uma técnica chamada Microwell-seq. A equipe desenvolveu anteriormente a ferramenta Microwell-seq para sequenciar de maneira rápida e barata o RNA (uma maneira de ver quais segmentos de material genético a célula está realmente usando) em centenas de milhares de células únicas.

Primeiro, os pesquisadores colocam as células em uma placa com 100.000 buracos minúsculos. Em seguida, eles inspecionam a placa sob um microscópio para identificar os locais onde os buracos capturaram duas em vez de uma célula. Em seguida, eles colocam esferas magnéticas na placa com códigos de barras escritos a partir de material genético, que são capazes de capturar o RNA das células.

Esse método permitiu que os pesquisadores sequenciassem centenas de milhares de células individuais de 60 tipos diferentes de tecidos, distribuídas em 102 grupos. Esses aglomerados não eram necessariamente divididos pelo tipo de órgãos de onde suas células se originavam, mas pelo tipo de célula, como as células endoteliais (o tipo que reveste o interior dos vasos sanguíneos), os macrófagos (o tipo de glóbulos brancos que comem lixo externo) e células estromais (tecido conjuntivo). A equipe descobriu até mesmo novos tipos de células não descritos anteriormente nos rins fetais e adultos.

Depois de gerar o mapa, a equipe criou um método pelo qual eles poderiam classificar rapidamente os tipos de células no futuro. Eles também compararam células fetais a adultas, bem como células humanas a de camundongos. Surpreendentemente, eles descobriram que muitas das células que não pertenciam ao sistema imunológico no corpo foram ativadas com marcadores relacionados às células do sistema imunológico, disse Guo ao Gizmodo, sugerindo um potencial mecanismo regulador de imunidade no organismo.

Sarah Teichmann, co-fundadora e principal líder do consórcio internacional Human Cell Atlas, disse ao Gizmodo por e-mail que o novo artigo aumenta significativamente o que os cientistas sabem sobre células e tecidos humanos. Ela enfatizou que este projeto é um empreendimento global que inclui mais de 1.600 pessoas em 70 países. “O objetivo é construir um atlas de pelo menos 10 bilhões de células, cobrindo todos os tecidos, órgãos e sistemas do corpo na próxima década. Essa escala não apenas apresenta desafios para a coleta de dados, mas também para armazená-los e visualizá-los�/strong>.

Este é apenas um estudo piloto sobre um tamanho populacional limitado – um mapa em branco no qual outros estudos podem expandir e preencher os detalhes. Cientistas de institutos de todo o mundo estão trabalhando para contribuir com o projeto. A esperança é que o Atlas de Células Humanas, assim como seu antecessor Projeto Genoma Humano, nos ensine mais sobre como nosso corpo se desenvolve, fornecendo informações sobre as origens das doenças.

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???? ??????£»??????, ??? //emiaow553.com/premio-nobel-medicina-2019/ //emiaow553.com/premio-nobel-medicina-2019/#respond Mon, 07 Oct 2019 19:31:03 +0000 //emiaow553.com/?p=289905 Trio de pesquisadores dos EUA e do Reino Unido desvendaram como nossas células controlam e respondem às variações nos níveis de oxigênio.

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Um trio de pesquisadores dos EUA e do Reino Unido ganhou o Prêmio Nobel de Medicina 2019, o primeiro dos cinco prêmios a serem apresentados nesta semana. Na segunda-feira (7), na Suécia, o comitê do Nobel anunciou que os americanos William Kaelin Jr. e Gregg Semenza, juntamente com Peter Ratcliffe, dividiriam o prêmio de quase US$ 1 milhão por seu trabalho em desvendar um aspecto fundamental da vida: como nossas células controlam e respondem às variações nos níveis de oxigênio.

O prêmio deste ano foi um trabalho de muitas décadas.

Embora soubéssemos há muito tempo que nossas células precisam de oxigênio para produzir energia e nos manter vivos, não estava claro como as células sentiam o oxigênio ou como elas conseguiam se adaptar quando o nível de oxigênio estava baixo, um estado conhecido como hipóxia. No início dos anos 1990, Gregg Semenza, atualmente da Universidade Johns Hopkins, e sua equipe descobriram algumas das principais estruturas genéticas usadas pelas células para detectar hipóxia e então responder produzindo um hormônio chamado eritropoietina (EPO).

Semenza e Ratcliffe, da Universidade de Oxford, descobriram independentemente que essa estrutura era encontrada em praticamente todos os tipos de células do corpo, e Semenza deu o nome de fator indutor de hipóxia, ou HIF. Ratcliffe e William Kaelin Jr, pesquisador de câncer no Dana-Farber Cancer Institute e na Harvard Medical School, descobriram posteriormente que outro gene, chamado VHL, era crucial para o funcionamento correto do HIF. No início dos anos 2000, os dois grupos de pesquisa também exibiram as peças finais do quebra-cabeça, descobrindo as interações proteicas que permitiam às células sentir oxigênio e regular suas estruturas VHL-HIF.

Da esquerda para a direita: William G. Kaelin Jr, Sir Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza. Ilustração: Nobel Media

Segundo o comitê do Nobel, o trabalho do trio permitiu que outros cientistas entendessem melhor uma ampla gama de atividades humanas, desde o exercício físico até a forma como nos desenvolvemos no útero. E seus esforços provavelmente abrirão o caminho para melhores tratamentos para certos tipos de câncer e condições como derrame, insuficiência renal crônica e ataques cardíacos.

“Eles estavam extremamente felizes e contentes em compartilhar o prêmio entre si”, disse Thomas Perlmann, membro da Assembleia do Nobel, na conferência realizada na segunda-feira (7) no Instituto Karolinska, na Suécia,  informou a Reuters.

No entanto, houve uma certa confusão relacionada ao fuso horário. Enquanto Ratcliffe já estava em seu escritório no momento em que o comitê do Nobel ligou, Semenza estava dormindo profundamente, pois a Suécia está seis horas à frente do fuso horário onde a Johns Hopkins está sediada. As tentativas iniciais de contatar Kaelin foram para um número errado, segundo a Reuters.

Até o fim desta semana, serão anunciados os prêmios Nobel nas áreas de física, química e literatura, além do prêmio da Paz por melhorias nas relações externas.

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