?????? ¡¾????¡¿ 2024-2025? ??? ??? ?? / Vida digital para pessoas Sun, 29 Sep 2024 10:51:02 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ???? £»??????£»?????? / 32 32 ?????£»??????,??????,????????? //emiaow553.com/anvisa-alerta-sobre-uso-seguro-de-formulas-infantis/ Sun, 29 Sep 2024 23:00:56 +0000 //emiaow553.com/?p=598445 Agência também explica formas de comunicar efeitos adversos

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Texto: Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) soltou um alerta sobre o uso seguro de fórmulas infantis. Entre as recomendações está a de que os consumidores evitem comprar fórmulas infantis importadas por meio de comércio eletrônico, devido à dificuldade para saber a origem e a regularização do produto.

Fórmulas infantis são produtos, em forma líquida ou em pó, especialmente fabricados para satisfazer as necessidades nutricionais de públicos específicos. Esses produtos precisam ter registro na Anvisa, conforme determina a legislação, e somente devem ser utilizados sob prescrição por profissional de saúde habilitado, como médico pediatra ou nutricionista.

As fórmulas infantis podem ser classificadas como alimentos destinados à alimentação de lactentes (0 a 6 meses de idade) e/ou de seguimento para lactentes (6 a 12 meses de idade) e/ou crianças de primeira infância (1 a 3 anos de idade).

Regularização de fórmulas infantis

As fórmulas infantis são alimentos que necessitam de registro na Anvisa antes da sua importação, fabricação, comercialização ou dispensação. O consumidor deve ficar atento e adquirir somente produtos com procedência conhecida.

O rótulo do produto deve informar o número de registro. Para confirmar o registro do produto, a Anvisa sugere uma consulta à base de dados disponível no portal da agência.

Uso de maneira segura

A agência pede que o consumidor só utilize fórmulas infantis com orientação de um profissional de saúde habilitado, como médico pediatra ou nutricionista. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais e de maneira exclusiva até os seis meses de vida.

É preciso ler todas as instruções de preparação presentes no rótulo. A correta higienização de utensílios que entram em contato com a fórmula, como mamadeiras, copos e colheres, também é fundamental para garantir a segurança do produto.

O órgão alerta ainda para que a diluição seja feita na quantidade adequada, conforme informado pelo fabricante, e na temperatura segura (70ºC), que garante o menor risco de contaminação por microrganismos perigosos, como bactérias do gênero Cronobacter e Salmonella.

Eventos adversos

De acordo com a Anvisa, os eventos adversos relacionados ao uso de fórmulas infantis devem ser relatados à empresa responsável, conforme contato disponível no rótulo do produto, e podem ser notificados à Anvisa.

A notificação de eventos adversos relacionados ao consumo de alimentos industrializados, inclusive fórmulas infantis, deve ser realizada em formulário específico.

Quem pode comunicar um problema?

Todo cidadão, consumidor, fabricante, profissional de saúde ou empresa responsável pode comunicar suspeitas de irregularidades envolvendo a segurança de alimentos industrializados, inclusive fórmulas infantis.

Dados para notificação

Para notificar uma suspeita de evento adverso relacionado ao consumo de alimentos industrializados, é importante informar o nome do produto, a marca, o fabricante, o lote, a data de fabricação, a data ou prazo de validade e o número do registro (se houver).

É possível anexar ao formulário de notificação documentos de imagem, por exemplo, foto do produto, do rótulo ou da embalagem do produto. Além disso, é importante descrever em detalhes os eventos adversos apresentados.

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?? ?? ??£»??????£»?????? //emiaow553.com/diversidade-social-entre-bebes-resulta-em-adolescentes-menos-preconceituosos-diz-estudo/ Wed, 04 Sep 2024 15:46:28 +0000 //emiaow553.com/?p=590634 O estudo indica que bebês que tiveram contatos sociais mais diversos no início da vida são mais propensos a superar preconceitos e basear suas interações em experiências.

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De acordo com um novo estudo, bebês que tiveram mais diversidade em contatos sociais durante os seus anos iniciais são mais propensos a se tornarem menos preconceituosos quando adolescentes.

O estudo da Universidade Radboud, nos Países Baixos, foi publicado no fim de agosto. Ele revela como bebês com contatos sociais precoces e com mais diversidade conseguem superar preconceitos até os 17 anos.

Segundo o estudo, bebês que frequentaram creches por mais tempo e tiveram contatos sociais mais diversos, tendem ser menos preconceituosos. “Além de babás diferentes, esses bebês interagiram com crianças de todas as origens�

Saskia Koch, autora da pesquisa, usou dados de um estudo longitudinal da cidade de Nijmegen, também nos Países Baixos, que acompanhou bebês desde os primeiros anos. Hoje, adolescentes, os participantes ainda fazem parte do estudo.

Método do estudo

A etapa atual do estudo, com os adolescentes de 17 anos, consiste em um jogo em que os participantes jogam com outra pessoa oculta. No jogo, os adolescentes precisam comunicar a localização de um objeto no tabuleiro para a outra pessoa, mas sem usar palavras.

Além disso, os adolescentes recebem apenas a informação de que estariam jogando com um adulto ou uma criança de cinco anos. Mas, na verdade, os adolescentes interagiram com a mesma pessoa.

O estudo mostra que os adolescentes ajustavam seu estilo de comunicação quando acreditavam interagir com uma criança. No entanto, a velocidade em que abandonavam esse padrão variou de acordo com suas primeiras experiências sociais.

Os adolescentes que tiveram interações sociais mais diversas quando bebês adaptavam seu estilo de comunicação mais rapidamente e com base na interação em si, em vez de preconceitos.

O estudo indica que bebês que encontram maior diversidade nos contatos sociais no início da vida tendem a superar preconceitos e basear suas interações em experiências.

Desse modo, a descoberta sugere que a diversidade nos estágios iniciais da vida humana pode tornar as pessoas mais sensitivas às relações sociais e aprimorar a habilidade de ajustar o comportamento.

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?? ??? ?? Archives£»??? ??- ??? ???? //emiaow553.com/vacina-bcg-imunizante-deve-ser-aplicado-nas-primeiras-horas-de-vida-e-e-melhor-estrategia-para-proteger-criancas-das-formas-graves-da-tuberculose/ Sat, 06 Jul 2024 18:47:01 +0000 //emiaow553.com/?p=579557 Aumento de casos da doença entre menores de 15 anos é tendência desde 2020; cobertura vacinal da BCG flutuou cerca de 30% nos últimos anos e segue abaixo do indicado

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Reportagem: Natasha Pinelli/Instituto Butantan

É logo ao nascer, se possível ainda nas primeiras 12 horas de vida, que os bebês devem receber a vacina BCG. Conhecida por deixar aquela famosa “marquinha�na parte superior do braço direito, ela protege o organismo da Mycobacterium tuberculosis, a bactéria causadora da tuberculose.

O objetivo da vacinação precoce, considerada até hoje a melhor forma de prevenir as formas graves da doença entre os pequenos, é justamente garantir que o sistema imunológico da criança, ainda imaturo, aprenda a se defender do bacilo que causa a enfermidade. Como a tuberculose é endêmica no Brasil, com alta incidência em todo o território nacional, o risco de contato com o microrganismo desde cedo é bastante alto.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, desde 2020 a incidência da doença tem aumentado entre os menores de 15 anos no país. Em 2023, o público representou quase 4% dos mais de 80 mil casos registrados �sendo a maior proporção entre crianças de 0 a 10 anos.

A irregularidade da cobertura vacinal da BCG, que flutuou em mais de 30% nos últimos anos, pode ter contribuído para a construção desse cenário preocupante. Apesar de ter acusado recuperação em 2022, chegando ao índice de 90% preconizado pelo órgão federal, a média caiu para 61,4% em 2023 �segundo a pasta, a unificação dos diferentes sistemas utilizados para registrar as vacinas aplicadas pode ter impactado os números. Até junho deste ano, a cobertura do imunizante girava em torno dos 75%, segundo painel do ministério.

Celebrado no último 1º de julho, o Dia da Vacina BCG é uma forma de resgatar a importância do imunizante. “Estamos vendo muitas pessoas dizerem que ninguém mais pega tuberculose e que, por isso, não vão vacinar. Mas a ciência mostra o contrário: quanto mais nossas crianças estiverem vacinadas, menores são as chances de pegarem a doença� aponta a pesquisadora científica do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan Luciana Leite, que lidera uma vertente de estudos em prol da melhoria do imunizante.

As crianças que porventura não receberam a BCG na maternidade �a vacina não é aplicada em bebês que nasceram com peso inferior a dois quilos �devem ter a caderneta atualizada logo na primeira visita ao posto de saúde ou, o mais tardar, até os 4 anos e 11 meses, conforme a preconização do Ministério da Saúde.

Transmissão, sintomas e tratamento

A contaminação pela bactéria da tuberculose acontece, basicamente, pela dispersão no ambiente de partículas aerossóis, produzidas pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com a doença ativa. Calcula-se que um paciente infectado possa transmitir a doença para até 15 outros indivíduos.

Febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento são alguns dos indícios da tuberculose, mas o principal sintoma é mesmo a tosse persistente, que pode ser seca ou vir acompanhada de catarro. Caso a tosse dure por mais de três semanas, a recomendação é buscar o serviço de saúde mais próximo para que o quadro seja investigado.

O diagnóstico se dá, principalmente, por testes laboratoriais, que são feitos de forma complementar a uma avaliação clínica detalhada, além de radiografia do tórax. Já o tratamento da tuberculose é longo: dura no mínimo seis meses e inclui o uso de quatro medicamentos diferentes. Ainda nas primeiras semanas de cuidados o paciente tende a se sentir bem melhor, mas é imprescindível seguir à risca todos os protocolos terapêuticos para garantir o sucesso do tratamento.

Brasil livre da tuberculose

Apesar de ser uma doença antiga (e inclusive bastante representada nos versos de poetas clássicos da literatura brasileira, como Castro Alves e Manuel Bandeira), mais de 7 milhões de pessoas ainda adoecem anualmente por conta da tuberculose em todo o mundo �dessas, mais de um milhão vão a óbito, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Para reduzir esses números, desde 2014 a entidade tem colocado em prática uma estratégia global para o enfrentamento do problema. Por ser um dos países com maior incidência da doença, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir o coeficiente de tuberculose para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e limitar o número de mortes para menos de 230 ao ano. Dentre as estratégias elencadas no Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose destacam-se a expansão da rede de diagnósticos, a implementação de novas tecnologias de tratamento e prevenção e a consolidação de uma cobertura vacinal alta e homogênea.

“Um ponto que temos discutido bastante é que por mais que a BCG seja muito eficaz entre as crianças, ela não desempenha tão bem entre os adultos. Por isso, ainda não existe uma dose de reforço. No momento, estamos procurando algo que confira uma resposta imune mais apropriada para esse públicoâ€? observa Luciana Leite, que participa de alguns dos fóruns promovidos pela iniciativa. Mas a pesquisadora é enfática: “Até o momento, a vacina BCG segue sendo a melhor estratégia que temos disponível para proteger a todos contra a tuberculose.”

Referências:

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Tuberculose

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vacina BCG

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?????4??£»??????,??????,????????? //emiaow553.com/cesarianas-estao-antecipando-os-partos-no-brasil-com-riscos-para-os-bebes-aponta-estudo/ Sun, 23 Jun 2024 18:39:16 +0000 //emiaow553.com/?p=576784 Pesquisadores do Insper investigaram os efeitos da manipulação da data do parto no período do carnaval. Os resultados sugerem que, usualmente, as brasileiras estão dando à luz muito cedo, prejudicando a saúde dos recém-nascidos

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Texto: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

As evidências mostram que, no Brasil, muitas cesáreas previstas para ocorrer em meio ao feriado de carnaval são antecipadas ou postergadas. Pesquisadores do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa investigaram os efeitos dessa manipulação da data do parto na saúde dos bebês. Os resultados foram divulgados este mês no periódico Health Economics.

A postergação de partos, mostra o artigo, gera aumento na idade gestacional e uma redução na mortalidade neonatal. Já a antecipação reduz a idade gestacional e o peso ao nascer dos bebês �sobretudo daqueles de gestações de alto risco e da parte inferior da distribuição de peso ao nascer. Em termos líquidos, as festividades de carnaval, na média, aumentam o tempo gestacional em 0,06 dia e reduzem as taxas de mortalidade neonatal e de mortalidade neonatal precoce em 0,30 e 0,26 por 1 mil nascidos vivos, respectivamente.

O estudo foi realizado por Carolina Melo e Naercio Menezes Filho, ambos economistas e professores do Insper.

“Nossa pesquisa mostrou que existe, sim, uma extensa manipulação das datas dos partos em função do feriado de carnaval. Isso acontece por meio do deslocamento de cesarianas programadas e envolve, principalmente, mulheres menos vulneráveis, de maior nível educacional� diz Melo.

A pesquisadora aponta que a tendência entre mães de nível educacional mais alto é a antecipação dos partos, para que estes não venham a ocorrer durante o feriado. Mas esse tipo de providência, que privilegia o conforto da parturiente e do médico, encurta artificialmente o período de gestação, podendo colocar os bebês em risco.

“Quando, por vários motivos, os nascimentos não podem ser antecipados por meio de cesarianas, as gestantes acabam esperando um pouco mais e muitas entram em trabalho de parto naturalmente e acabam tendo partos vaginais. As análises mostram que isso pode levar a resultados melhores em termos de maturidade gestacional e sobrevivência neonatal� afirma Melo. E acrescenta que um aumento líquido de 3,5 dias no tempo gestacional dos partos cujas datas foram manipuladas pode levar a um ganho de peso de 60 gramas. Na verdade, como partos antecipados e postergados entram nessa conta, Melo diz que é provável que os efeitos positivos em tempo gestacional e peso ao nascer para os partos postergados sejam até maiores.

A pesquisadora alerta que, se a postergação de partos devido a um feriado é capaz de mexer em um indicador tão extremo como mortalidade neonatal, é provável que o comum seja os nascimentos ocorrerem muito cedo no país �fato associado à antecipação de partos por meio de cesáreas eletivas � e os bebês nascerem com condições de saúde piores do que eles poderiam nascer caso as gestações fossem prolongadas.

Como destaca a pesquisadora, nos hospitais totalmente privados do Brasil (que não atendem SUS), 86% dos partos são cesarianas. O índice é muito mais elevado do que a média nacional, de 55%, que já é altíssima. Vale lembrar que a proporção de partos cesarianos recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de até 15%. E que, com seus 55%, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial, depois da República Dominicana (58,1%).

Embora a pesquisa em pauta tenha fechado seu foco no período do carnaval, a pesquisadora acredita que a tendência de antecipar artificialmente as datas dos partos é mais geral, e não se restringe aos feriados. “Enquanto a OMS recomenda um período gestacional mínimo de 39 semanas, a média brasileira é de 38,5 semanas. Isso significa que muitos bebês estão nascendo antes do tempo seguro� diz.

O estudo enfatiza a necessidade de políticas públicas que restrinjam a antecipação de partos sem justificativas médicas, para minimizar os riscos associados a nascimentos prematuros e baixo peso ao nascer.

A pesquisa recebeu apoio da FAPESP por meio de Bolsa de Pós-Doutorado concedida a Carolina Melo e do Centro Brasileiro para o Desenvolvimento na Primeira Infância (CPAPI), um Centro de Pesquisa Aplicada (CPA) coordenado por Menezes Filho e constituído em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

O artigo The effect of birth timing manipulation around carnival on birth indicators in Brazil pode ser acessado em: //onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/hec.4858.

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???? ¡¾????¡¿ 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/vacinacao-contra-covid-19-na-gravidez-protege-bebes-recem-nascidos/ Thu, 11 Apr 2024 15:42:08 +0000 //emiaow553.com/?p=563555 Após vacinação contra Covid-19, grávidas tendem a passar anticorpos para seus bebês, que estão vulneráveis à doença até sua primeira dose

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Desde que ensaios clínicos provaram que a vacinação contra Covid-19 era segura para grávidas, milhões de pessoas nessa condição receberam suas doses ao redor do mundo. Agora, com esses dados sólidos, vários estudos indicam que a imunização neste período também beneficia o bebê em gestação.

Hoje, a indicação de vacinação contra Covid-19 está prevista para bebês a partir dos seis meses de idade. Porém, no intervalo entre o nascimento e a primeira dose, essas crianças se encontram vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Isso porque, nesse momento da vida, o sistema imunológico do bebê não está maduro o suficiente para montar sua própria defesa.

“Um dos fatos que se perde no público em geral é que, na população pediátrica, a Covid-19 é mais grave entre os bebês, resultando nas maiores taxas de hospitalização e morte nessa faixa etária jovem”, afirmou à Scientific American a pesquisadora Cristina Cardemil, envolvida em um dos estudos sobre o tema.

Isso acontece porque os bebês ainda não tiveram contato com doenças infecciosas e, portanto, não produziram anticorpos. Além disso, eles também têm vias aéreas pequenas e se desidratam facilmente, o que os coloca em duplo risco para várias condições. Mas isso pode mudar com a vacinação durante a gravidez.

Evidências

De acordo com a ciência, o que acontece é relativamente simples. Ao receber a vacinação, o sistema imunológico de pessoa grávida desenvolve anticorpos contra uma proteína do SARS-CoV-2. Posteriormente, esses mesmos anticorpos atravessam a placenta para o feto, protegendo assim o recém-nascido.

O mesmo já acontece com a vacina da gripe, por exemplo. Agora, alguns estudos recentes reforçam a eficácia desse processo com a Covid.

  • Uma pesquisa publicada na revista Pediatrics identificou que, quando grávidas receberam uma vacina de mRNA contra a Covid-19, a imunização protege os bebês contra infecções sintomáticas da doença por pelo menos seis meses após o nascimento.
  • O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos EUA) observou que os bebês tiveram um risco reduzido de hospitalização quando suas mães receberam uma dose do imunizante contra a Covid-19 em qualquer momento da gravidez.
  • Um estudo publicado na revista Nature Medicine descobriu que os recém-nascidos de mães que foram vacinadas com uma terceira dose (também chamada de dose de reforço) tinham metade da probabilidade de serem hospitalizados por Covid-19.
  • Muitos dos estudos também sugerem que um reforço da vacinação contra Covid-19 durante o segundo ou terceiro trimestre confere a melhor proteção. 

Recomendações

De acordo com os autores do estudo da Nature Medicine, futuras diretrizes devem recomendar a vacinação de reforço durante o terceiro trimestre como algo rotineiro da gravidez. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já recomenda uma única dose adicional da vacina neste período.

Contudo, por enquanto, essa diretriz parece ser a exceção. Além disso, especialistas também se preocupam com a falta de adesão da população mundial às doses de reforço da vacinação contra Covid-19.

Para especialistas, esta é uma maneira muito fácil de manter o bebê seguro e garantir também a saúde da mãe. Por isso, deveria ser recomendado com mais afinco.

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???? ?? £»??? ??? ??? | ????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/bebes-com-maes-bilingues-tem-ondas-cerebrais-diferentes/ Sat, 16 Mar 2024 15:01:59 +0000 /?p=557560 Estudo publicado em preprint demonstrou que estímulo de mães bilíngues desde a barriga exerce papel na compreensão de sons do bebê

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Conversar com os bebês quando ainda estão dentro da barriga de suas mães já é um hábito disseminado em muitas culturas. A ciência já comprovou que esse comportamento cumpre um papel no aprendizado da linguagem depois que a criança nasce. Mas um novo estudo demonstrou que ele pode ter impacto até mesmo nas ondas cerebrais que assimilam falas durante os primeiros dias de vida.

A pesquisa, publicada apenas como preprint, comparou esse processo entre bebês com mães bilíngues e aqueles cujas mães falavam apenas um idioma.

Entenda a pesquisa das mães bilíngues

No total, a pesquisa contou com a participação de 131 bebês recém-nascidos, com idade entre um e três dias. Entre eles, 53 tinham mães que falavam apenas espanhol, enquanto as mães dos outros 78 falavam tanto o espanhol quanto o catalão.

Todos os bebês tiveram sua atividade cerebral monitorada por eletrodos. O equipamento registrou a resposta de seguimento de frequência, um marcador que reflete a eficiência com que os sons da fala são processados.

Então, os pesquisadores tocaram para os bebês uma série de sons. Cada gravação tinha apenas um quarto de segundo. Quando observaram as respostas cerebrais dos neurônios que realizam o processamento auditivo, notaram que as crianças com mães bilíngues tinham uma razão de sinal-ruído mais baixa.

Estímulos desde a barriga

Segundo os cientistas, o sinal-ruído mede a força do som que quer comunicar algo em relação aos ruídos que estão em volta. Em geral, uma razão mais baixa desse indicador sugere um compreendimento de melhor qualidade.

Dessa forma, os pesquisadores consideram que os bebês nascidos de mães bilíngues são mais sensíveis às frequências da fala. Para eles, uma possível explicação para isso é o fato da fala em diferentes idiomas apresentarem sinais sonoros mais complexos à criança desde a barriga.

“Isso destaca como a exposição a múltiplos idiomas durante a gravidez afeta a codificação neural dos sons da fala no nascimento e serve como evidência convincente do papel intrincado que as experiências pré-natais desempenham na formação da aquisição precoce da linguagem”, conclui, por fim, Nayeli Gonzalez-Gomez, autora do estudo.

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????? ?? ?? ??! ??? ?? ??? //emiaow553.com/adultos-tem-um-braco-preferido-para-carregar-bebes-e-a-ciencia-sabe-qual/ Sat, 13 Jan 2024 18:30:21 +0000 /?p=545857 Estudo realizado com 765 participantes concluiu que 75% dos adultos carregam bebês em braço que não é dominante, entenda

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Certos hábitos são replicados na rotina de maneira automática, sem que a pessoa pense no motivo de executá-los. Um exemplo é a maneira como as pessoas seguram bebês no colo. Agora, um estudo publicado na revista Infancy buscou compreender se existe algum padrão para isso.

Para a pesquisa, cientistas realizaram testes com 765 pessoas entre quatro e 86 anos, entre elas destras e canhotas. A análise foi feita utilizando um método de escala contínua.

De acordo com os resultados, três em cada quatro pessoas seguram bebês no braço mais fraco, ou seja, naquele que não é dominante. Isso significa que quem é destro, costuma carregar um neném no braço esquerdo; já os canhotos seguram no braço direito.

Mas por que? Existem algumas teorias.

Conforto e praticidade

Segundo os autores do estudo, há diversas teorias sobre o motivo deste padrão existir. Em geral, eles acreditam que muitas pessoas buscam segurar bebês do lado esquerdo do corpo, porque é onde fica o coração.

Dessa forma, o som dos batimentos cardíacos podem acalmar o neném, ou então conectá-lo mais intimamente ao adulto. Além disso, os pesquisadores alegam que humanos percebem sons mais rapidamente com o ouvido esquerdo que o direito.

Isso porque os sinais da esquerda são enviados para o hemisfério direito do cérebro, que é especializado em interpretar emoções e rostos. Assim, as pessoas conseguem obter informações sobre o estado emocional do bebê de maneira mais rápida. 

Há também uma teoria que explica esse hábito de forma mais intuitiva. Nela, pessoas carregam bebês com seu braço não dominante para ficarem livres para executar outras tarefas ao mesmo tempo. Por exemplo, posar para fotos ou conversar com amigos e familiares. Então, basicamente, fazem isso porque é mais conveniente.

No entanto, os dados do novo estudo são válidos apenas para a explicação do padrão entre quem carrega bebês. Quando eles crescem, dados indicam que indivíduos preferem segurá-los no braço dominante, que é mais forte, uma vez que as crianças são mais pesadas.

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?????? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/falar-com-bebes-na-barriga-estimula-o-aprendizado-do-idioma-sugere-estudo/ Fri, 01 Dec 2023 20:33:03 +0000 /?p=537730 Analisando atividade cerebral de recém-nascidos, pesquisadores encontraram evidências de que bebês tinham "memória" do idioma

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Conversar com bebês na barriga já é um comportamento esperado de mulheres grávidas — além daqueles que convivem com elas. Agora, um novo estudo indica que isso pode ser importante para o aprendizado de linguagem da criança ao nascer.

De modo geral, um feto já pode ouvir após seis ou sete meses de gestação. Nesse período, o útero age como uma espécie de filtro, que atenua sons com frequências acima de 600 hertz. Dessa forma, apenas a melodia e o ritmo da fala podem ser ouvidos, ainda que abafados.

Isso é suficiente para os bebês preferirem a voz de suas mães em relação a de outras pessoas quando nascem. E, agora, parece que também pode fazer com que eles tenham mais memória do idioma nativo, que elas falavam durante a gravidez.

Entenda a pesquisa

Os pesquisadores analisaram a atividade dos neurônios de 33 recém-nascidos – todos com mães que falam francês. Para isso, colocaram eletrodos em áreas do cérebro associadas à audição e percepção da fala, para acompanharem por eletroencefalografia.

Primeiramente, os cientistas mediram a atividade dos neurônios quando os bebês estavam em repouso. Em seguida, colocaram falas em três idiomas diferentes para que eles escutassem. 

As línguas escolhidas foram francês, espanhol e inglês, e os áudios duraram o dobro do tempo do repouso.

“Os estímulos da fala consistiram em gravações naturais de frases equivalentes nos três idiomas da história infantil ‘Cachinhos Dourados e os Três Ursos’, gravadas em fala dirigida a bebês”, explicam os pesquisadores no estudo.

Por fim, eles mediram novamente a atividade cerebral dos bebês em repouso.

Uma bagagem linguística da barriga

Como resultado, os cientistas concluíram que a atividade cerebral dos bebês apresenta aumento das correlações temporais de longo alcance [LRTCs] após a estimulação com a fala. Contudo, isso acontece especialmente na língua falada pela mãe.

De modo geral, as LRTCs são uma unidade de medida que indica o quão semelhante um sinal é a si mesmo em momentos diferentes. Nesse caso, os pesquisadores mediram as mudanças na atividade cerebral.

Elas indicaram que, para o francês, a atividade cerebral sugeriam mais ‘memória’ de estados anteriores, mas não para duas línguas desconhecidas.

“Descobrimos que, após a estimulação com a língua nativa, a atividade cerebral dos bebês é mais semelhante aos seus estados anteriores do que antes da estimulação. Isso é, portanto, um sinal de aprendizagem”, diz Judit Gervain, autora do estudo.

De acordo com os pesquisadores, isso indica que há um “surgimento precoce da especialização cerebral para a língua nativa”. Ou seja, quando uma mãe conversa com seu bebê pela barriga, antes do nascimento, há um estímulo para o aprendizado daquele idioma, que fica mais familiar.

Os resultados foram publicados em artigo na revista Science Advances.

Importante, mas não essencial

Apesar dos resultados do estudo indicarem que a conversa das mães com bebês ainda na barriga ajude seu aprendizado de um idioma, os pesquisadores ressaltam que esse comportamento não é essencial para que uma criança assimile novas línguas.

Dessa forma, se o idioma ouvido antes do nascimento não for o que o bebê aprenderá depois de nascer, não ter experiência pré-natal não tem um efeito prejudicial forte.

“Os recém-nascidos podem aprender línguas às quais não foram expostos pré-natalmente da maneira usual e normal”, explicam.

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??????£»??????, ???, ???£»??????? //emiaow553.com/bebes-que-cochilam-muito-podem-ter-vocabulario-menor-e-cognicao-mais-lenta/ Thu, 12 Oct 2023 19:30:16 +0000 /?p=522944 Sono diurno é um indicador do desenvolvimento cognitivo e bebês que dormem mais precisam de mais tempo para consolidar informações

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Entre recém-nascidos, cochilar é uma atividade corriqueira que ocupa quase o dia todo. No entanto, ainda é preciso saber dosar as sonecas. Um novo estudo revelou que bebês que tiram mais cochilos têm vocabulários menores e habilidades cognitivas mais frágeis.

Dessa forma, a pesquisa enfatiza a importância de compreender a idade mental de uma criança para avaliar suas necessidades de sono. Os resultados foram publicados na revista JCPP Advances.

Entenda a pesquisa

A equipe de pesquisa estudou 463 bebês entre oito meses e três anos. Em geral, os cientistas entrevistaram os pais das crianças. As perguntas abordaram os padrões de sono de seus filhos, a capacidade deles de se concentrar em uma tarefa e manter informações na memória. 

Além disso, os pesquisadores se atentaram ao número de palavras que os bebês entendiam e conseguiam dizer.

Para compreender o contexto socioeconômico e as influências do ambiente em que vivem, a pesquisa também analisou renda e educação dos pais, a quantidade de tempo de tela e atividades ao ar livre da criança.

O que eles descobriram é que a estrutura do sono diurno é um indicador do desenvolvimento cognitivo. 

“Bebês com cochilos mais frequentes, mas mais curtos do que o esperado para sua idade, tinham vocabulários menores e pior função cognitiva”, explicou Teodora Gliga, autora do estudo, ao SciTechDaily.

Dessa forma, foi possível associar vocabulário e frequência de cochilos. Segundo os pesquisadores, essa relação negativa é mais forte em crianças mais velhas.

A influência do isolamento social durante a pandemia

A pesquisa foi realizada durante o primeiro ano de isolamento social da pandemia de Covid-19, em 2020. Isso aconteceu porque, para os pesquisadores, este período dava a oportunidade de estudar as necessidades de sono intrínsecas das crianças.

Em geral, os bebês raramente cochilam tanto quanto precisam porque as atividades cotidianas dos pais e, muitas vezes, a ida à creche atrapalham o sono. No entanto, durante o isolamento social, não havia essas perturbações às sonecas.

“Embora a maioria dos pais nos tenha dito que o sono de seus filhos não foi afetado pelo lockdown, pais de origens socioeconômicas mais baixas eram mais propensos a relatar uma piora no sono”, contou Gliga. 

O tempo de cada um

Contudo, muitos aspectos devem ser levados em consideração. Por isso, não basta diminuir os cochilos dos bebês na tentativa de mantê-los mais despertos.

De acordo com a pesquisa, algumas crianças podem parar de cochilar mais cedo porque não precisam mais. Em geral, elas são mais eficientes na consolidação de informações durante o sono, então cochilam com menos frequência.

Outras podem precisar cochilar até após os três anos de idade. Dessa forma, reduzir os cochilos para essas crianças não melhorará o desenvolvimento cerebral. 

“Os cuidadores devem usar a idade mental da criança e não a idade cronológica para determinar as necessidades de sono da criança”, concluiu Gliga.

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??????? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/este-app-promete-traduzir-choro-de-bebes-com-80-de-precisao/ Wed, 11 Oct 2023 11:31:25 +0000 /?p=524977 O tal "Shazam de choros" promete analisar o barulho de crianças de até 6 meses e entender o motivo em apenas 5 segundos

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Depois do aplicativo desenvolvido pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) para reconhecer dor em animais, um novo app quer ajudar a transformar a vida de mães e pais usando a tecnologia. O “Cry Analizer” analisa e “traduz” o choro de um bebê para entender por qual motivo ele está chorando. E tem 80% de precisão, de acordo com a plataforma.

Nas redes sociais, o perfil Product Hunt descreveu o app como uma espécie de Shazam (o famoso aplicativo que identifica músicas) para bebês. Segundo a descrição do site, o Cry Analizer registra e analisa mais de 20 mil sons de crianças chorando, descobrindo o motivo do choro em apenas 5 segundos.

O aplicativo é recomendado para pais com bebês de até seis meses de idade. Além disso, a descrição do app também sugere que os responsáveis evitem, se possível, capturar outros ruídos, que podem interferir nos sons da criança.

De acordo com a descrição do funcionamento, também é possível personalizar “o tom de choro do seu bebê para obter mais precisão”. A plataforma ainda disponibiliza um histórico do seu filho. Dessa forma, ela personaliza o algoritmo para identificar o estado emocional do seu bebê de forma clara, descobrindo suas necessidades específicas.

A startup por trás do app, a FIRST ASCENT INC., disse ter registrado o estilo de vida diário, o crescimento e o desenvolvimento de mais de 200 mil bebês, analisando seus diferentes estágios emocionais.

A ideia não é totalmente nova, já que outros aplicativos com o mesmo objetivo já existem, como o ChatterBaby, por exemplo. No entanto, a ideia é válida para ajudar mães e pais em um momento de dificuldade.

Por fim, vale destacar que o CryAnalizer só pode ser usado de forma gratuita três vezes. Após isso, é necessária a compra por R$ 11,99.

Leia também no Giz Brasil: CineMaterna leva mães e bebês para salas de cinema adaptadas; como participar.

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????? Archives£»¡¾?????¡¿????? //emiaow553.com/isolamento-social-na-pandemia-alterou-microbiota-intestinal-dos-bebes-diz-estudo/ Fri, 29 Sep 2023 14:47:28 +0000 /?p=522362 Diminuição na diversidade da microbiota e alteração na população de bactérias podem ter consequências a longo prazo para os bebês

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Bebês nascidos nos primeiros meses da pandemia de Covid-19 têm uma composição diferente da microbiota intestinal. Esse é o resultado de um estudo publicado na revista Scientific Reports, que comparou crianças nascidas neste período com aquelas que vieram ao mundo antes de março de 2020. 

Segundo os pesquisadores, os primeiros mil dias de vida são críticos para adquirir uma microbiota saudável. Isso acontece através da interação entre o bebê e o ambiente ao seu redor, o que o isolamento social limitou.

Entenda a pesquisa

O grupo de pesquisadores já estudava a microbiota de bebês, mas com foco nos efeitos do estresse na vida de uma criança. Isso porque essa colônia de microorganismos que vive no trato digestivo é muito importante para o desenvolvimento do organismo humano.

Em geral, a microbiota começa a se formar logo na primeira infância e tem influência de uma série de fatores, como, por exemplo, o ambiental. Passeios em parques e outros lugares, além do contato com outras crianças são aspectos essenciais nesse processo.

Sem a formação adequada com bactérias benéficas, os bebês têm um maior risco de problemas de saúde mais tarde. Hoje, estudos já comprovaram que o desequilíbrio da microbiota está relacionado a transtornos psiquiátricos, condições de pele e problemas gastrointestinais. 

Então, durante os primeiros nove meses da pandemia de Covid-19, os pesquisadores coletaram e analisaram remotamente amostras de 20 recém-nascidos em Nova York, nos EUA.

Eles identificaram que a microbiota desses bebês tinha uma menor diversidade de microorganismos. Além disso, perceberam que houve alterações em populações bacterianas específicas. 

As mudanças na microbiota dos bebês

A população de um tipo de bactéria chamada Bifidobacterium recebe duas grandes  influências: o uso de antibióticos, que a afeta negativamente, e a amamentação, que a afeta de maneira positiva.

Nos bebês estudados, a microbiota continha níveis mais altos de Bifidobacterium que a média. Ao mesmo tempo, a quantidade de Clostridia, uma classe de bactérias normalmente adquirida do ambiente, era menor.

Como consequência das mudanças da microbiota como um todo, mas especialmente da alteração na população de Clostridia, os pesquisadores notaram que crianças de um ano nascidas durante a pandemia de Covid-19 tinham propensão a desenvolver alergias e eczemas. 

Por enquanto, os autores do estudo dizem que a pesquisa ainda é limitada e que há necessidade de mais análises na área. Agora, a mesma equipe está investigando amostras de mais bebês e monitorando seu desenvolvimento cognitivo.

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????? ???? ???? ?? ??? ??? //emiaow553.com/musica-pode-reduzir-dor-de-bebes-durante-as-vacinas-aponta-estudo/ Thu, 31 Aug 2023 15:17:27 +0000 /?p=515772 Recém-nascidos sentiram menos dor durante os testes ao ouvir uma canção de ninar de Mozart; intervenção pode prevenir traumas

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Coleta de sangue, vacinas, teste do pezinho. A lista de procedimentos que os bebês passam logo ao nascer é extensa e necessária para assegurar a saúde dos recém-nascidos. 

No entanto, embora algumas pessoas argumentem que o cérebro dos pequenos não se desenvolveu o suficiente para que eles sintam dor, um estudo já confirmou que isso é mentira. Os bebês podem sentir dor e de uma maneira semelhante aos adultos.

Agora, um novo estudo publicado na revista Pediatric Research confirmou que estímulos auditivos, como a música, podem amenizar essa dor.

Uma dose de Mozart

O teste foi realizado com 100 recém-nascidos que iam se submeter à coleta de sangue no calcanhar como parte de uma triagem de rotina. Durante o estudo, 46 deles passaram pelos procedimentos normalmente. Os outros 54 recém-nascidos ouviram uma canção de ninar instrumental de Mozart durante 20 minutos antes, durante e por cinco minutos após o procedimento.

Posteriormente, os pesquisadores mediram os níveis de dor dos bebês usando um sistema de pontuação padrão. Nele, é preciso avaliar expressões faciais, choro, padrões de respiração, movimentos dos membros e alerta. A pontuação máxima de dor possível nesta avaliação é sete.

Os bebês que ouviram a música de Mozart tiveram pontuação quatro durante o procedimento, caindo para zero um minuto depois. Já aqueles que não ouviram a canção pontuaram sete no momento do teste no calcanhar, caindo para cinco e meio após um minuto.

Dessa forma, a pontuação média de dor dos bebês que ouviram a canção de ninar foi significativamente menor durante e imediatamente após o procedimento em comparação com aqueles que não ouviram música.

Música para evitar traumas

De acordo com Saminathan Anbalagan, médico neonatal e líder da pesquisa, estudos anteriores já demonstraram que experiências precoces de dor podem alterar as respostas a esse estímulo mais tarde na vida. 

“Portanto, estabelecer um método fácil e confiável para reduzir a dor em recém-nascidos é crucial”, afirmou ao The Guardian. E completou dizendo que “a intervenção musical é uma ferramenta fácil, reproduzível e barata para isso”.

Além disso, os pesquisadores querem que novos estudos explorem os efeitos de outro som na redução da dor: em vez da música de Mozart, querem testar a voz dos pais da criança.

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??? ?? £»??????£»??????? //emiaow553.com/cinematerna-leva-maes-e-bebes-para-salas-de-cinema-adaptadas-como-participar/ Thu, 10 Aug 2023 12:11:58 +0000 /?p=510850 Projeto existe desde 2008, e oferece sessões de cinema para mães e pais com bebês de até 18 meses em 50 cidades

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Ir ao cinema pode ser uma “missão impossível” para famílias com bebês. Seja devido ao som alto, que incomoda os pequenos, ou mesmo pela dificuldade de sair para comprar pipoca ou usar um trocador de fralda, por exemplo, pais de recém-nascidos costumam demorar até voltar às salas escuras.

Pensando nisso, nasceu o “CineMaterna”. A iniciativa da Nestlé, que existe desde 2008, oferece sessões de cinema para mães e pais com bebês de até 18 meses em 50 cidades. E o projeto já tem até as principais estreias do momento, como “Barbie” e “Oppenheimer“.

Entre os principais cuidados para tornar a sessão mais acolhedora para os bebês, estão som mais baixo, ar condicionado menos frio, trocadores dentro da sala, tapete EVA na primeira fila e um “estacionamento de carrinhos”. Então, nem precisa se preocupar com os malefícios da exposição das crianças a telas, porque o ambiente aconchegante as induz ao sono.

Como funciona o CineMaterna?

O objetivo é ajudar mães de recém-nascidos a resgatar o convívio social. Sendo assim, a programação é voltada para os adultos — apesar de contar com filmes infantis em cartaz esporadicamente. A experiência também é seguida de um bate-papo sobre as experiências da maternidade, para quem tiver interesse em participar.

Crianças maiores também são bem-vindas, mas, a partir de dois anos, pagam meia entrada. Nesse caso, a ONG alerta para a necessidade de observar a classificação indicativa do filme, bem como garantir um espaço tranquilo e silencioso para os menores.

De quarta-feira a domingo, enquetes no site ajudam a decidir quais filmes serão exibidos. Vale lembrar que eles podem ser dublados ou legendados, de acordo com o que está em cartaz no complexo. Confira as próximas exibições e locais aqui.

As sessões do CineMaterna acontecem em parceria com redes de cinema, conforme a disponibilidade das salas. Para assistir a um filme em uma sessão do CineMaterna, basta comprar os ingressos na bilheteria com pelo menos meia hora de antecedência. A arrecadação, aliás, é integral do cinema, que pode oferecer cortesias.

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??????£»¡¾?????¡¿????? //emiaow553.com/leite-materno-corrige-alteracoes-na-microbiota-intestinal-de-bebes/ Tue, 18 Jul 2023 23:18:47 +0000 /?p=505384 Pesquisa mostra que bactérias benéficas produzidas pelo leite materno se sobrepõem às bactérias maléficas, independentemente do tipo de parto

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Texto: Agência FAPESP

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram que o parto não é um fator determinante para a construção da microbiota da criança, ao contrário do que apontava a literatura científica. Resultados primários do Projeto Germina, que acompanha o desenvolvimento de 500 crianças nos primeiros mil dias, mostram que, nos primeiros três meses, o leite materno pode corrigir as eventuais complicações intestinais.

Definida como o conjunto de microrganismos que habitam o intestino, a microbiota está relacionada com diversas doenças autoimunes, diabetes, obesidade, desnutrição, alergias alimentares na pele e doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn. Em crianças prematuras, por exemplo, uma microbiota muito desregulada, com grande número de bactérias disbióticas, que favorecem o desequilíbrio da cadeia de microrganismos, pode resultar em um quadro de sepse, infecções que figuram como uma das principais causas de mortalidade infantil.

“Observamos que o leite materno carrega uma carga de bactérias benéficas que se sobrepõe às bactérias maléficas e assim consegue dar resiliência à microbiota. Com isso, o fato de o bebê ter nascido de parto normal ou cesárea, prematuro ou nascido de nove meses tem pouco impacto na modulação da microbiota. O principal fator de modulação é o leite� afirmou a coordenadora do estudo, professora Carla Taddei, docente colaboradora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, à Assessoria de Imprensa do ICB-USP.

Em contrapartida, o leite de fórmula se mostrou incapaz de produzir o mesmo grau de modulações positivas. “O que irá determinar como será a microbiota são, principalmente, as interações das bactérias com o ambiente do intestino, além da genética familiar e dos diversos eventos que acontecem nesses primeiros dias, como o parto, os medicamentos que a criança recebe [principalmente antibióticos] e o tipo de dieta� explica a professora.

Pouca diferença faz também se o leite materno é oriundo da mãe ou de bancos de leite. Isso porque um estudo anterior conduzido pela FCF-USP no Hospital Universitário, e coordenado pela docente, identificou que, apesar das diferenças nutricionais proporcionadas pela pasteurização, os resultados na modulação da microbiota são os mesmos.

O projeto mais recente, �b>Evolução da microbiota fecal de recém-nascidos prematuros submetidos a colostroterapia durante o período de internação em uma unidade de terapia intensiva neonatal� coordenado por Taddei, tem apoio da FAPESP.

Equilíbrio de longa duração

A formação da microbiota nos primeiros dois anos de vida define como ela será durante o resto da vida, já que é nesse momento que se constrói a microbiota basal, que permanecerá, independentemente dos hábitos alimentares e questões de saúde.

“Após esse período, o que modula a microbiota é o ambiente e a dieta. No entanto, por mais que a microbiota sofra alterações, a qualquer momento ela pode retornar a ser como era nos primeiros dois anos. Por exemplo, se um adulto se tornar vegano, sua microbiota será alterada. Mas se ele abandonar o veganismo, ela voltará à forma basal� pontua Taddei.

Para as mães que não podem amamentar, a melhor solução é, portanto, adquirir o leite materno de bancos de leite. “Nos hospitais, os leites passam por diversas avaliações que garantem uma segurança microbiológica e identificam suas propriedades nutricionais. Com isso, os hospitais Amigos da Criança selecionam os leites que mais se adequam às propriedades que cada bebê precisa, de acordo, por exemplo, com seu peso e seus índices de cálcio no sangue� detalha a docente.

Sequenciamento do DNA

Os resultados da pesquisa foram obtidos por meio de sequenciamento de dados do DNA dos 500 voluntários. Esse procedimento é realizado por meio de uma tecnologia inovadora no país, chamada de “shotgun� que permite analisar milhões de informações das amostras em um curto período.

“Com essa tecnologia, conseguimos analisar 5 milhões de sequências de DNA por criança. Enquanto com as máquinas convencionais conseguimos algo em torno de 100 a 200 mil. Ao final desses mil dias, teremos um contingente de dados que poderão ainda ser analisados por mais de dez anos� comenta Taddei.

O recurso e o projeto são fruto de um financiamento de US$ 2,8 milhões da Wellcome Leap, organização britânica sem fins lucrativos. Com isso, sete grupos de pesquisadores da USP, de diferentes instituições, se reuniram no Projeto Germina para analisar com detalhes o que é considerado um desenvolvimento saudável de uma criança de até três anos, do ponto de vista da genética, microbiologia, nutrição, fonoaudiologia, pediatria, psicologia, psiquiatria de crianças e neurociência do desenvolvimento.

“Esperamos fazer um modelo que possa prever, nos primeiros três meses, como a criança estará com três anos, e assim orientar tratamentos personalizados� conclui a professora.

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???? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/carencia-ou-excesso-de-alimentos-no-inicio-da-vida-pode-levar-a-doencas-na-fase-adulta/ Thu, 13 Jul 2023 10:51:10 +0000 /?p=503611 Alterações nutricionais pode resultar o surgimento de diabetes, obesidade, hipertensão e colesterol alto na fase adulta

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Texto: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

Alterações no tecido adiposo materno durante o desenvolvimento fetal, provocadas tanto por carência quanto por excesso de ingestão alimentar, podem levar a doenças metabólicas na fase adulta. Esse é o alerta de um artigo publicado na revista Nature Reviews Endocrinology, que descreve os inúmeros mecanismos envolvidos em um conceito conhecido como programação metabólica �em que células do tecido adiposo (adipócitos) regulam a exposição a nutrientes, trazendo consequências de longo prazo.

“São dois casos opostos, mas que seguem mecanismos idênticos: a reprogramação metabólica. Filhos de mulheres que passaram fome na gravidez tendem a nascer com baixo peso e desenvolver hipertensão, alterações na resposta ao estresse, problemas cardíacos, maior propensão a diabetes e aumento da resistência insulínica. Na outra ponta, filhos de mulheres com obesidade gestacional tendem a nascer com alto peso, mas também a apresentar problemas metabólicos na fase adulta”, explica José Donato Júnior, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

No artigo, a partir de diferentes estudos �alguns deles conduzidos por seu grupo de pesquisa � o pesquisador junta as peças para esclarecer a intrincada relação entre os adipócitos e a reprogramação metabólica. O trabalho é apoiado pela FAPESP, por meio de um Projeto Temático.

O entendimento desse passo a passo pode auxiliar a estabelecer estratégias futuras para a prevenção e o tratamento de doenças metabólicas, como diabetes, obesidade, hipertensão e dislipidemia (colesterol alto). “Entender esses mecanismos possibilita que intervenções sejam feitas, pois a manipulação de hormônios do tecido adiposo pode ser o embrião de futuras terapias. Veja o caso do diabetes gestacional, por exemplo: a despeito de sua alta prevalência, ainda não existe uma terapia. A indicação é controle da dieta e, se não for suficiente, administrar insulina, o que é extremamente adipogênico [favorece a formação de novos adipócitos] para a mãe e o bebê. A responsabilidade fica muito em cima das mães. Parece que não damos a mesma atenção para os cuidados maternos que damos a outras doenças”, avalia o pesquisador.

Dois lados de uma moeda

Donato explica que, por muitos anos, o tecido adiposo �as famosas gordurinhas �foi considerado um mero depósito de energia, onde a gordura era armazenada para ser usada quando necessário. Essa visão, no entanto, começou a mudar com os estudos que descobriram que o tecido adiposo produz hormônios importantes para o controle do metabolismo, como a leptina e a adiponectina. A essa classe de compostos deu-se o nome de adipocinas. São essas substâncias que fazem a intermediação entre a saúde da gestante e o desenvolvimento dos filhos, sobretudo em uma área de pesquisa chamada “origens desenvolvimentistas da saúde e doença�(DOHaD, na sigla em inglês).

A relação entre alimentação materna e doença dos filhos quando adultos foi observada pela primeira vez durante a chamada “fome holandesa”, que ocorreu na Segunda Guerra Mundial, após o exército nazista cortar o suprimento de alimentos para o país.

Nesses primeiros estudos, sugeriu-se que a carência alimentar das mães levava a um atraso no desenvolvimento dos filhos, como resultado de um processo adaptativo ao baixo nível de nutrientes que recebiam durante a fase fetal e o início da vida.

A linha de pesquisa, que começou com estudos sobre desnutrição, avançou nas últimas décadas para a obesidade. “Vamos supor que, anos depois, esse mesmo indivíduo que passou por uma programação metabólica comece a ter acesso a alimentos altamente palatáveis, ultraprocessados e cheios de calorias. O organismo que estava adaptado para lidar com a escassez se depara com o excesso. Talvez isso ajude a explicar a epidemia de obesidade que temos atualmente”, diz.

De acordo com Donato, estudos mais recentes têm mostrado também que a obesidade materna, a diabetes gestacional e o ganho de peso excessivo durante a gravidez produzem no feto um efeito parecido com o da desnutrição, por também afetar a sensibilidade e os níveis de leptina e adiponectina circulantes na mãe e no feto. “Alguns dos hormônios ligados ao tecido adiposo estão baixos ou apresentam alteração em sua ação, como é o caso da leptina, que promove a adaptação do gasto de energia relacionada à escassez ou ao excesso”, comenta.

Donato ressalta no texto que a leptina provavelmente programa o metabolismo do bebê no início da vida, controlando o desenvolvimento de neurônios que regulam o balanço energético, induzindo mudanças permanentes na preferência por alimentos hiperpalatáveis e diminuindo o gasto energético.

Já os efeitos da adiponectina ocorrem na mãe e na placenta, regulando a exposição fetal a nutrientes e, consequentemente, o crescimento e a nutrição fetal, trazendo consequências de longo prazo para o metabolismo e a predisposição a doenças.

É o que os cientistas chamam de mudanças epigenéticas, ou seja, modificações bioquímicas nas células ocasionadas por estímulos ambientais que promovem a ativação ou o silenciamento de genes sem provocar mudanças no genoma do indivíduo. No caso das adipocinas, elas são capazes de alterar a capacidade de alguns genes serem mais ou menos expressos e também fatores de transcrição que, por sua vez, afetam genes relacionados a como as proteínas interagem com o DNA.

“Preencher essa lacuna de conhecimento é particularmente relevante no que diz respeito às alterações epigenéticas em órgãos que controlam o metabolismo, como o cérebro, o tecido adiposo, o fígado e os músculos. Entender e identificar os mecanismos específicos afetados pela sinalização de adipocinas que levam à programação metabólica são de fundamental interesse para orientar o desenvolvimento de estratégias futuras para prevenir e tratar a obesidade, diabetes e suas inúmeras comorbidades”, afirma o pesquisador.

O artigo Programming of metabolism by adipokines during development pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41574-023-00828-1.

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?????? ????? Archives£»??? ??- ??? //emiaow553.com/estudo-associa-episodios-de-apneia-do-sono-em-bebes-a-maior-risco-de-hipertensao/ Sun, 28 May 2023 18:33:21 +0000 /?p=492843 Pesquisadores observaram que períodos de baixa oxigenação nos primeiros meses de vida podem levar à desregulação do sistema nervoso autônomo simpático.

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Texto: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

Bebês que passam por períodos de baixa oxigenação nos primeiros meses de vida �decorrentes, por exemplo, de episódios de apneia durante o sono �tendem a desenvolver problemas respiratórios e hipertensão arterial já na fase jovem e ao longo da vida adulta.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) demonstraram, pela primeira vez, que nesses casos o aumento da pressão arterial se dá devido a uma desregulação no sistema nervoso autônomo �que funciona de modo involuntário para controlar a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos e a respiração, entre outros fatores. O estudo, publicado na revista Sleep Research Society, foi feito em modelo animal e demonstrou que o aumento da pressão arterial está associado a uma hiperatividade dos neurônios do sistema nervoso simpático (o ramo do sistema nervoso autônomo que é ativado em situações de estresse).

“Descobrimos que ratos que passaram por episódios de hipóxia intermitente no período pós-natal apresentavam maior atividade neuronal na parte final do tronco encefálico [bulbo] durante a vida jovem e adulta. Isso provavelmente se dá devido a uma adaptação do cérebro decorrente do período de baixa oxigenação durante uma fase crítica do desenvolvimento. Entre as adaptações está o aumento da atividade do sistema nervoso autônomo simpático, provavelmente por causa da maior expressão de uma proteína denominada fator induzível por hipóxia [HIF-1α] em neurônios do bulbo� conta Daniel Zoccal, professor da Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr-Unesp).

Segundo o pesquisador, a maior expressão da proteína HIF-1α pelos neurônios do bulbo gera uma série de alterações na leitura de outros genes que, dentre várias ações, controlam a atividade celular. Como consequência, os neurônios com maior expressão de HIF-1α apresentaram maior atividade, acarretando em vasos sanguíneos de menor calibre e, portanto, maior pressão arterial. Esse fenômeno corresponde ao que os cientistas chamam de epigenética, ou seja, modificações bioquímicas nas células ocasionadas por estímulos ambientais que promovem a ativação ou o silenciamento de genes sem provocar mudanças no genoma do indivíduo.

Além de demonstrar pela primeira vez os mecanismos envolvidos na relação entre episódios de baixa oxigenação na vida pós-natal e hipertensão na fase jovem e adulta, o trabalho, apoiado pela FAPESP, pode trazer desdobramentos clínicos importantes.

“Embora a hipertensão tenha uma prevalência alta �cerca de 30% da população mundial � sua origem ainda precisa ser mais bem compreendida. Sabe-se apenas que há um risco associado a fatores como obesidade, sedentarismo, problemas renais e consumo de sal, por exemplo. Com o achado, podemos investigar novos tratamentos� afirma Zoccal à Agência FAPESP.

A descoberta também joga luz sobre a importância dos primeiros anos de vida do indivíduo para o desenvolvimento de doenças. “�preciso olhar com mais cuidado para a respiração dos bebês até como uma forma de prevenir o desenvolvimento de doença na vida adulta� diz. Episódios de apneia em recém-nascidos podem ocorrer com mais frequência em prematuros, quando o sistema nervoso central e o sistema respiratório ainda não estão completamente maduros, ou em bebês com hiperplasia de adenoide ou de amídalas, alguma deformidade anatômica ou obesidade.

Para o pesquisador, descrever todo o processo de como se dá a hipertensão arterial pela baixa oxigenação no período pós-natal (até cerca dos dois anos de idade em humanos) pode também auxiliar na busca de tratamento para aqueles pacientes que não respondem bem aos medicamentos anti-hipertensivos �cerca de 20% dos pacientes hipertensos.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que pacientes hipertensos, especialmente os que não respondem a tratamento medicamentosos, têm um aumento da atividade elétrica na interface entre os nervos simpáticos e os vasos sanguíneos. “Os vasos sanguíneos desses indivíduos têm menor calibre, o que resulta no aumento da pressão arterial� diz.

Baixa oxigenação

No estudo, os pesquisadores induziram a hipóxia em ratos durante os dez primeiros dias de vida. Nesse período, os animais passaram por episódios de hipóxia de curta duração, com a redução do oxigênio de 21% para 6% durante 30 segundos. Isso aconteceu a cada nove minutos, durante o período de sono dos animais.

A simulação gerava seis episódios de apneia do sono por hora, o que equivale a um caso de apneia do sono moderada. “Na clínica, existem casos de apneia severa em que o paciente chega a experiências de 30 ou até 60 episódios por hora� explica o pesquisador.

Depois de duas semanas, as simulações realizadas ao longo de oito horas por dia cessaram e os animais passaram a respirar normalmente. Quando os animais completaram 40 e 90 dias de vida �o que em humanos seria comparável a 13-16 e 40-50 anos respectivamente � os pesquisadores avaliaram parâmetros fisiológicos como pressão arterial e frequência cardíaca.

Em ambas as idades, os ratos que passaram por períodos de hipóxia intermitente na fase pós-natal apresentaram um aumento consistente da pressão arterial �entre 10 e 20 milímetros de mercúrio (mmHg ) acima do grupo-controle. De acordo com os resultados, a média da pressão arterial em ratos jovens foi de 84±7 mmHg no grupo-controle, enquanto no grupo que passou por hipóxia intermitente foi de 95±5 mmHg. Já a média para os animais adultos ficou em 103±10 mmHg para o grupo-controle e 121±9 mmHg para o grupo que passou por episódios de baixa oxigenação. Vale destacar que os índices de pressão arterial tanto em roedores quanto em humanos são semelhantes.

“No estudo, não avaliamos quando os animais se tornam hipertensos, apenas verificamos que na fase jovem os ratos já apresentavam alterações relacionadas à pressão arterial e, na fase adulta, estavam hipertensos� explica o pesquisador.

Depois de concluir que a hipóxia intermitente gerava aumento de pressão arterial nos animais, os pesquisadores foram investigar a contribuição do sistema nervoso simpático nesse processo.

Vale lembrar que o sistema nervoso autônomo é dividido em duas partes: o sistema simpático e o parassimpático. De forma geral, o sistema simpático é responsável pelas alterações no organismo em situações de alerta, preparando o organismo para enfrentar ou fugir de uma ameaça. Envolve, portanto, maior gasto de energia. Cabe a esse ramo aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial, liberar adrenalina, dilatar os brônquios, dilatar as pupilas, aumentar a transpiração. Já o sistema nervoso parassimpático normaliza o funcionamento dos órgãos internos depois da situação de alerta.

Ao colocar eletrodos em contato com os nervos simpáticos dos ratos jovens, os pesquisadores observaram que os animais que passaram por hipóxia intermitente apresentavam uma quantidade maior de impulsos elétricos trafegando pelos nervos simpáticos em comparação com os animais que não passaram por episódios de baixa oxigenação. Em roedores adultos, foi utilizada uma abordagem farmacológica que obteve o mesmo resultado do estudo com ratos jovens.

“Utilizamos uma droga que inibe as ações do sistema nervoso simpático e, dependendo da resposta de queda da pressão arterial, foi possível inferir que a atividade simpática estava aumentada� diz.

Os pesquisadores da Unesp também analisaram a atividade dos neurônios do bulbo, uma região do cérebro que controla as funções vegetativas do corpo, como batimento cardíaco, respiração e a atividade simpática para os vasos sanguíneos.

“Focamos nossa análise na superfície ventral do bulbo, região essencial para gerar a atividade simpática e manter a pressão arterial em valores normais [em humanos cerca de 12/8 mmHg]. E observamos que, entre os animais que tinham passado por hipóxia intermitente pós-natal, existe uma maior taxa de disparo dos neurônios nessa região. Isso mostrou uma disfunção nesse grupamento do bulbo, causada pela exposição à hipóxia intermitente que mantém a atividade simpática aumentada, elevando a pressão arterial� explica.

Os pesquisadores também observaram que, além de apresentarem maior atividade, os neurônios do sistema nervoso simpático expressavam mais a proteína HIF-1α. “Essa descoberta permitiu que associássemos todo esse processo a uma possível causa epigenética”, conta.

Zoccal ressalta que a proteína HIF-1α foi objeto de estudo dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2019. Os laureados descobriram que, quando os níveis de oxigênio estão baixos, a quantidade desse fator aumenta e induz adaptações celulares que garantem a sobrevivência das células e do organismo durante condições de hipóxia. Por outro lado, a concentração de HIF-1α diminui quando os níveis de oxigênio estão normais.

O estudo focou nos efeitos da hipóxia intermitente pós-natal sobre a pressão arterial decorrentes de uma disfunção no sistema nervoso simpático. No entanto, sabe-se que alterações nesse sistema podem acarretar outras modificações. Isso porque a atividade simpática controla muitas funções do organismo, entre elas a temperatura corporal e, consequentemente, o metabolismo.

“Em outro estudo que publicamos, usando o mesmo modelo experimental, notamos que os animais que passam pela hipóxia apresentavam menor peso que o do grupo-controle, o que pode ser uma consequência do aumento da atividade simpática. Também observamos que esses animais passaram a apresentar irregularidades respiratórias, com um padrão fora do comum de aceleração e desaceleração da respiração em repouso. Portanto, além de hipertensos, vimos que os animais podem apresentar problemas respiratórios e prováveis alterações metabólicas� conclui.

O artigo Sympathetic dysregulation induced by postnatal intermittent hypoxia pode ser lido em: //academic.oup.com/sleep/advance-article-abstract/doi/10.1093/sleep/zsad055/7067763?redirectedFrom=fulltext.

E o estudo Postnatal intermittent hypoxia enhances phrenic and reduces vagal upper airway motor activities in rats by epigenetic mechanisms está disponível em: //physoc.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1113/EP087928.

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????? ???£»??????£»???£»??????? //emiaow553.com/nasce-o-1o-bebe-com-dna-de-tres-pessoas-do-reino-unido-veja-como-e-possivel/ Wed, 10 May 2023 19:23:46 +0000 /?p=489022 Bebê com DNA de 3 pessoas nasceu após fertilização in vitro. Objetivo é impedir que criança herde doenças incuráveis dos pais biológicos

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Nasceu o primeiro bebê gerado a partir do DNA de três pessoas do Reino Unido, noticiou o jornal The Guardian na terça-feira (9). O procedimento de fertilização in vitro, conhecido como MDT (Tratamento de Doação Mitocondrial), é inovador porque tenta impedir que crianças herdem doenças crônicas e incuráveis dos seus pais. 

A geração do bebê foi bem-sucedida pelos médicos do Centro de Fertilidade Newcastle, na Inglaterra, que é o único centro nacional licenciado a realizar o procedimento desde 2015 — quando o país aprovou uma lei para permitir esse tipo de pesquisa.

Esse não é o primeiro caso de um bebê gerado por MDT no mundo. Um médico dos EUA foi o primeiro a realizar o tratamento, em 2016, no México. 

A técnica usa o tecido da mitocôndria saudável de uma doadora de óvulos para criar embriões sem as mutações genéticas presentes no DNA da mãe, que tinha potencial de serem transmitidas aos filhos. 

A mitocôndria é responsável pela respiração das células e, por isso, vital ao corpo humano. Na fecundação do óvulo pelo espermatozóide, os bebês sempre herdam as mitocôndrias da mãe. Logo, a probabilidade de um bebê nascer com as mesmas mutações é alta. 

É possível que crianças nasçam saudáveis caso recebam uma pequena proporção das mitocôndrias mutantes. Mas, nos casos de gravidez natural, a concepção se transforma em uma aposta com riscos altos. Pelo menos um em cada 6 mil bebês têm doenças associadas à mitocôndria. 

Como assim três DNAs? 

Na fecundação tradicional, os embriões combinam o material genético do espermatozóide e do óvulo dos pais biológicos. Isso continua igual, exceto pelo fato de que o método MDT inclui minúsculas estruturas parecidas com as mitocôndrias de um óvulo doador. 

O procedimento substitui pelo menos 37 genes da mãe pelos da doadora. Entenda o passo a passo do processo:

  1. Em um laboratório, cientistas usam o esperma do pai para fertilizar os óvulos da mãe e também os da doadora saudável 
  2. Os pesquisadores removem o material genético nuclear do óvulo da doadora e o substituem pelo óvulo fertilizado do casal 
  3. O ovo que resulta ali traz um conjunto completo de cromossomos de ambos os pais, mas ainda carrega mitocôndrias saudáveis da doadora, em vez das células com mutações genéticas da mãe. 
  4. Os médicos implantam esse ovo no útero, que gerará o bebê com o DNA de três pessoas. 

Tem riscos 

Um estudo de fevereiro que reuniu pesquisadores de diversas instituições da Europa mostra que o MDT não impede que esses bebês ainda tenham a doença da mãe. Em alguns casos, o pequeno número de mitocôndrias anormais que inevitavelmente continuam no óvulo final podem se multiplicar ainda enquanto o bebê está no útero. 

Isso pode fazer com que a criança desenvolva doenças sem cura da mesma forma �processo conhecido como “reversão� A ciência agora tenta descobrir porque isso só acontece em alguns casos, e não em todos. 

Segundo a HFEA (Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia britânica, na sigla em inglês) 32 pacientes receberam o aval para realizar o tratamento de mitocôndrias até o momento. 

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?????? ?????£»??????£»??????? //emiaow553.com/fertilizacao-in-vitro-robotica-gera-bebes-pela-primeira-vez/ Mon, 08 May 2023 18:34:42 +0000 /?p=488256 O feito é de uma startup com sede em Barcelona que está investindo na automação da fertilização in vitro. Entenda

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Para fazer um bebê, você precisa de um espermatozoide, um óvulo e um controle de PlayStation 5. É o que mostrou a Overture Life, uma startup com sede em Barcelona que está investindo na automação da fertilização in vitro.

O primeiro experimento com o novo método aconteceu há um ano, no outono de 2022. Na ocasião, um engenheiro sem experiência em medicina reprodutiva usou um joystick para controlar uma agulha robótica com espermatozoides �e inseri-los, um por vez, em uma dúzia de óvulos microscópicos.

O procedimento não só gerou embriões saudáveis, como também levou ao nascimento de duas meninas recentemente. O feito da Overture Life, em parceria com a clínica americana New Hope Fertility Center, é amplamente considerado a primeira tentativa bem-sucedida de automatizar a fertilização in vitro.

A Overture não está sozinha: hoje, existem pelo menos outras seis startups com objetivos semelhantes, desenvolvendo dispositivos que prometem tornar a fertilização mais eficiente. Mas o desempenho da companhia espanhola se destaca: ela já levantou US$ 37 milhões de investidores.

Fertilização in vitro em série

O propósito de automatizar a fertilização in vitro é simples: fazer mais bebês. Todo ano, nascem cerca de 500 mil crianças por meio de fertilização in vitro no mundo. Mas este é um procedimento delicado e demorado, cujos preços variam entre R$ 10 mil e R$ 25 mil nas clínicas brasileiras.

Motivos para o valor não faltam. A fertilização in vitro pressupõe acompanhamento e tratamento para os pacientes, equipamentos e infraestrutura específicos, além de mão de obra especializada. 

Veja só: para injetar um espermatozoide no centro de um óvulo �técnica conhecida como injeção intracitoplasmática de espermatozoides, ou ICSI � embriologistas treinados manuseiam delicadamente as células sexuais com agulhas sob um microscópio. Automatizar essa etapa, como fez a Overture Life, poderia baratear o procedimento.

Gianpiero Palermo, médico do Weill Cornell Medical Center (Estados Unidos) que desenvolveu a ICSI na década de 1990, disse à MIT Technology Review que “o conceito é extraordinário, mas este é um pequeno passo� Ele observa que os pesquisadores não automatizaram de fato o processo, porque contavam com assistência manual para algumas etapas, como colocar o espermatozoide na agulha robótica.

Outra startup, chamada Fertilis, está desenvolvendo “micro-berços� cápsulas transparentes e microscópicas feitas com impressoras 3D. Eles poderiam abrigar óvulos individuais e permitir que estes sejam manipulados com mais facilidade para gerar embriões em laboratório.

Apesar das inovações na área, outros médicos reprodutivos estão céticos de que os robôs possam, ou devam, substituir os embriologistas em breve.

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??? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/fiocruz-aponta-para-aumento-de-internacoes-de-bebes-por-vsr/ Tue, 18 Apr 2023 20:43:08 +0000 /?p=483621 O VSR, que afeta principalmente bebês com até dois anos de idade, é responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias

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A Fiocruz alertou para o aumento expressivo em 15 estados no número de internações de crianças por VSR (vírus sincicial respiratório). O anúncio do cenário epidemiológico foi feito no início de abril pelo novo Boletim InfoGripe. 

Os dados apontam que o vírus já é o segundo principal causador de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ele fica atrás apenas do Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19. Dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) em março de 2023 baseiam a análise. 

Segundo a Fiocruz, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,3% para influenza A, 3,7% para influenza B, 36,2% para VSR e 46,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Enquanto isso, a equipe atribuiu 4,6% dos óbitos a influenza A, 3,6% a influenza B, 6,1% a VSR e 82,7% a Covid-19. As informações são referentes ao público adulto e infantil. Autoridades recomendam que as crianças com sinais de infecção respiratória não frequentem as escolas e creches. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o VSR é responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias. Ele afeta, principalmente, bebês com até dois anos de idade. O vírus é hoje um dos principais causadores de mortes de crianças no mundo.

Tratamentos para VSR

No Brasil, o SUS trata os casos com o medicamento palivizumabe, indicado especialmente para bebês prematuros extremos, com doenças congênitas do coração ou doença pulmonar crônica.

Ainda não há vacinas aprovadas contra a doença. No entanto, a Pfizer e a Moderna, laboratórios que ganharam visibilidade durante a pandemia de Covid-19, estão trabalhando em imunizantes para combater o vírus. A aprovação do imunizante é esperada ainda para 2023.

A União Europeia e o Reino Unido aprovaram em 2022 um tratamento com anticorpos que evita que bebês saudáveis contraiam o RSV. O chamado nirsevimab (Beyfortus) aguarda aprovação de outras agências reguladoras.

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?????? ¡¾????¡¿ ??????£»?????? //emiaow553.com/exposicao-a-canabinoide-na-gestacao-aumenta-mortalidade-em-recem-nascidos/ Fri, 31 Mar 2023 14:23:07 +0000 /?p=479765 Estudo com ratos mostrou que ninhadas cujas mães receberam equivalente sintético da substância apresentaram taxa de morte neonatal 29% maior

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Texto: André Julião | Agência FAPESP

O consumo de maconha ou derivados durante a gravidez pode trazer problemas respiratórios aos bebês, como disfunção do controle da respiração e menor sensibilidade ao dióxido de carbono (CO2), fatores que favorecem inclusive a ocorrência de morte súbita infantil. O alerta é de um estudo publicado no British Journal of Pharmacology.

O grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP) administrou em ratas grávidas um composto sintético com ação cerebral análoga à dos canabinoides derivados da maconha. Grande parte dos efeitos deletérios observados ocorreu principalmente nos filhotes machos.

“Com a legalização e flexibilização da maconha e seus derivados em alguns países e um considerável aumento do consumo, grávidas utilizam desses compostos presentes na planta Cannabis sativa na forma de medicamentos, devido às propriedades de redução das náuseas, ou mesmo de modo recreativo. No entanto, as consequências dessa exposição a canabinoides no feto ainda são pouco conhecidas� afirma Luis Gustavo Patrone, primeiro autor do estudo conduzido com apoio da FAPESP durante seu doutorado na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV-Unesp), em Jaboticabal.

Em comparação com os ratos que não sofreram exposição intrauterina à substância, os filhotes expostos tiveram uma mortalidade neonatal 29% maior. Nos machos, houve ainda intensificação dos tremores nos primeiros dias de vida, em decorrência de um quadro de abstinência, alterações na respiração basal e na resposta ventilatória ao oxigênio e ao CO2, além de menor capacidade de expansão dos pulmões.

Os autores também observaram queda na eficiência da respiração mitocondrial do encéfalo, alteração da quantidade de receptores para canabinoide (CB1) e de neurônios catecolaminérgicos em núcleos do encéfalo que controlam a função respiratória. Juntos, esses dados revelam alterações significativas.

Nas fêmeas, mais eventos espontâneos de apneia (períodos sem respirar) ocorreram, além de reduções nas populações de neurônios serotoninérgicos no tronco encefálico. Juntos, esses dados revelam que a exposição intrauterina a canabinoide resultou em relevantes alterações no controle mecânico e sensorial da ventilação, sendo mais acentuada sobre os indivíduos machos.

“Sabe-se que diversos compostos da Cannabis atravessam facilmente a placenta e podem interferir nas vias de sinalização dos endocanabinoides, que são produzidos pelo próprio cérebro. Isso pode afetar profundamente as funções neurais e fisiológicas do feto, incluindo os processos cardiorrespiratórios, causando efeitos duradouros na vida pós-natal� resume Luciane Gargaglioni, professora da FCAV-Unesp e coordenadora do estudo.

O trabalho integra um projeto também apoiado pela FAPESP e coordenado por Gargaglioni. Também está vinculado a um Projeto Temático liderado por Luiz Guilherme de Siqueira Branco, professor da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP).

Morte súbita

Os pesquisadores lembram que o uso de maconha durante a gravidez pode estar associado à ocorrência da síndrome da morte súbita infantil (SIDS), que é relacionada à detecção das concentrações dos gases O2 e CO2 na corrente sanguínea e ajustes ventilatórios. Os episódios de apneia espontânea nas fêmeas expostas à substância durante o estudo são indicadores da diminuição desse controle.

“Se o travesseiro cai no rosto e impede a respiração durante o sono, por exemplo, o bebê que tem essa síndrome não é capaz de detectar as alterações dos gases. Enquanto em um recém-nascido com o controle normal da respiração isso o faria despertar e chorar, na SIDS, mesmo com grandes reduções do oxigênio e aumento do CO2, o bebê pode morrer asfixiado� explica Patrone.

A sensibilidade aumentada ao dióxido de carbono também foi testada, visto que é um determinante biológico dos ataques de pânico. Machos de diferentes idades apresentaram uma exacerbada resposta ventilatória ao CO2. Entre as fêmeas, o mesmo padrão foi observado apenas nas juvenis.

“A exposição pré-natal a canabinoides, portanto, pode aumentar a sensibilidade ao dióxido de carbono e, consequentemente, a vulnerabilidade a transtornos de pânico� diz Gargaglioni.

As análises não demonstraram alterações expressivas sobre o controle cardiovascular e da temperatura corporal, ao menos em curto e médio prazo. Os experimentos foram encerrados quando os animais completaram 28 dias de vida.

“Ainda que seja um estudo feito em ratos, ele pontua importantes alterações na fisiologia respiratória em decorrência da exposição a canabinoides no útero e, por isso, lança uma nota de cautela para o uso terapêutico ou recreativo de canabinoides por mulheres grávidas� encerra Patrone.

O artigo Sex- and age-specific respiratory alterations induced by prenatal exposure to the cannabinoid receptor agonist WIN�5,212-2 in rats pode ser acessado em: //bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bph.16044.

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