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Na prática, as missões Artemis 3 e 4 vão usar uma instalação temporária na Lua, mas a intenção da NASA é construir uma base permanente. No entanto, o grande empecilho é desenvolver um método de construção eficiente em solo lunar.

Por isso, os astronautas da ISS começaram a testar técnicas de fabricação de cimento no espaço antes do pouso da Artemis 3 — previsto para 2026. No último dia 12, a NASA revelou que estuda formas mais econômicas para construir satélites no espaço, bem como instalações “habitáveisâ€?na Lua.

Para reduzir os custos com o transporte de materiais da Terra, uma opção é “usar o ambiente de microgravidade para misturar o solo da própria Lua com outros materiais�

Astronauta testa cimento fabricado no espaço

O astronauta Matthew Dominick foi o primeiro “pedreiro” espacial a testar a ideia de fazer cimento no espaço. Dominick misturou um solo simulado da Lua com outros materiais e uma solução líquida para fabricar cimento.

A NASA não revelou os ingredientes, mas afirmou que a mistura foi colocada em dois sacos, com um terceiro saco com água quente ficando no meio deles.

O astronauta Matthew Dominick. Imagem: NASA/Divulgação

O astronauta da ISS colocou os sacos em um recipiente térmico para chegar à temperatura ambiente da ISS. Posteriormente, a NASA vai enviar a mistura à Terra em uma nave de carga da SpaceX.

Segundo a NASA, a meta é usar diferentes combinações de cimento, água, areia e solo lunar com outros aditivos para não apenas construir estruturas sustentáveis na Lua, mas, também, encontrar alternativas viáveis ao cimento.

Como o cimento demanda muita energia e materiais para fabricação �além de contribuir com a emissão de CO2 � os astronautas vão testar maneiras mais sustentáveis para fazer cimento no espaço.

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Segundo cientistas italianos da Universida de Trento, que publicaram a descoberta em um estudo nesta segunda-feira (15), a caverna pode ser ideal para os humanos construírem uma base permanente na Lua.

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A caverna fica na região conhecida como Mar da Tranquilidade, a 400 quilômetros do local de pouso da Apollo 11, e surgiu após o colapso de um tubo de lava.

Os cientistas analisaram dados de radares do Orbitador de Reconhecimento Lunar da NASA e compararam os resultados com outros tubos de lava da Terra.

Poço natural na superfície da Lua onde fica a caverna. Imagem: NASA/Reprodução

A caverna fica no poço mais profundo da Lua, que, assim como outros poços na Lua, surgiram de tubos de lava.

Os dados dos radares revelaram apenas a parte inicial da caverna descoberta na Lua, de acordo com os cientistas. Eles estimam que essa parte tenha 45 metros de largura e 80 metros de comprimento, ficando 150 metros abaixo da superfície.

Base permanente em caverna na Lua

“Cavernas na Lua eram um mistério por mais de 50 anos. Portanto, foi emocionante conseguir provar a existência de uma dessas cavernas� afirmam os pesquisadores de Trento.

A descoberta dos cientistas sugere que pode haver centenas de cavernas na Lua e milhares de tubos de lava. O estudo afirma que a caverna na Lua pode ser um local “promissor para uma base lunar, já que oferece abrigo contra as condições difíceis da superfície da Lua�

Desse modo, astronautas se protegeriam dos raios cósmicos e da radiação solar de maneira natural.

Além disso, a base na caverna da Lua pode servir para explorações lunares com durações mais longas.

Contudo, o desafio é construir ambientes habitáveis do zero, algo que demandaria um tempo considerável, segundo os pesquisadores.

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A empresa é especializada em construir casas impressas em 3D por meio de sistemas de construção robóticos e um novo tipo de cimento que é resistente à água, mofo, cupins e incêndios. Desde 2018, a ICON já imprimiu dezenas de casas nos EUA e no México.

Já para o espaço, a empresa ficará responsável pelo Projeto Olympus, que consiste em imprimir edificações usando os materiais encontrados no próprio solo lunar. O desenvolvimento envolve adaptar todo o hardware e software usado aqui na Terra para o vácuo do espaço, além de fazê-lo funcionar na baixa gravidade da Lua.

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O objetivo é criar uma nova tecnologia para construir uma infraestrutura que seja capaz de abrigar astronautas em missões de longo prazo. “Essas descobertas produzirão resultados que informarão futuras abordagens de construção lunar para a comunidade espacial mais ampla, inclusive para infraestrutura, como plataformas de pouso, escudos de explosão e estradas� disse a ICON em comunicado.

A NASA ressalta que a Lua será o primeiro corpo celeste a receber uma exploração autossustentável em sua superfície. Para tal, é preciso ter uma base que ofereça aos astronautas proteção térmica, contra radiação e também a queda de micrometeoritos.

O motivo para adotar a impressão 3D nesse tipo de construção é porque transportar todos os materiais daqui da Terra para a construção na Lua teria um custo proibitivo. No vídeo abaixo, é possível ver a apresentação do Projeto Olympus:

No ano passado, a ICON já havia entregue à NASA um protótipo realista de um futuro habitat para Marte, com cerca de 158 m². Ele incluiu estações de trabalho, quartos privativos, enfermaria, áreas comuns e locais para cultivo de alimentos. A agência pretende usar o protótipo em simulações de uma futura viagem à Marte.

A expectativa da NASA é que o retorno de humanos ao solo lunar ocorrerá a partir do ano de 2025, durante a missão Artemis 3. Já o habitat para receber astronautas deve ficar pronto por volta de 2030.

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