?????? ???????-evolution£»??????? / Vida digital para pessoas Mon, 20 May 2024 10:31:24 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ????? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? / 32 32 ???? ??? ¡¾????¡¿ 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/encontradas-pela-primeira-vez-moleculas-organicas-complexas-no-gelo-de-estrelas-nascentes/ Mon, 20 May 2024 12:23:02 +0000 //emiaow553.com/?p=571389 Etanol e mais dois compostos na fase sólida foram identificados pelo telescópio James Webb

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Texto: Marcos Pivetta/Revista Pesquisa Fapesp

Moléculas orgânicas complexas consideradas ingredientes das reações químicas que podem levar ao surgimento da vida foram identificadas pela primeira vez em gelos em torno de duas estrelas nascentes. Esse tipo de composto, formado por pelo menos 6 átomos que incluem carbono, oxigênio e hidrogênio, já tinha sido encontrado no estado gasoso em outras protoestrelas, que estão nos primórdios de sua formação e ainda não têm planetas ao seu redor. Sua detecção como um sólido havia sido prevista por experimentos em laboratório, mas nunca fora obtida de forma inequívoca por meio de observações astronômicas. Agora, segundo artigo publicado em março na revista Astronomy & Astrophysics, a assinatura química de pelo menos três moléculas orgânicas complexas foi observada, sem margem de dúvida, nas estrelas IRAS 2A e IRAS 23385. A primeira dista 975 anos-luz da Terra e a segunda 16 mil anos-luz.

A molécula mais famosa identificada foi o etanol (CH3CH2OH), o álcool etílico presente na cerveja, vinho e em outras bebidas. Outra razoavelmente conhecida foi o acetaldeído (CH3CHO), um dos agentes responsáveis pela sensação de ressaca depois de beber em excesso. O terceiro composto identificado é menos familiar: o metanoato de metila (CH3OCHO), que pode ser usado como solvente do acetato de celulose e inseticida. Com um grau de certeza menor, também foi registrado no gelo interestelar indício de ácido acético (CH3COOH), principal ingrediente do vinagre.

“O artigo mostra que moléculas orgânicas complexas podem se formar no gelo em torno das protoestrelas. Vários trabalhos de laboratório sugeriam que isso era possível, mas não havia nenhuma observação que comprovasse essa ideia� explica o astrofísico brasileiro Will Rocha, primeiro autor do trabalho, que faz pós-doutorado na Universidade de Leiden, nos Países Baixos. “Por estarem presentes no gelo, essas moléculas teriam menor chance de serem destruídas pela radiação e poderiam sobreviver ao processo de evolução de uma protoestrela.�Dessa forma, em tese, poderiam ser inseridas em planetas em formação e servir de matéria-prima para a formação de moléculas necessárias para o surgimento de vida, como os aminoácidos.

O registro foi obtido com um dos espectrógrafos a bordo do telescópio espacial James Webb, projeto das agências espaciais norte-americana (Nasa), europeia (Esa) e canadense (CSA). Esse tipo de instrumento dispersa a luz proveniente de um objeto astrofísico e permite, entre outros parâmetros, inferir sua composição química.

Para o astrofísico Sergio Pilling, coordenador do Laboratório de Astroquímica e Astrobiologia da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), o trabalho reforça a hipótese de que certa química orgânica complexa ocorre em grãos gelados antes de serem incorporados às fases gasosas ou até mesmo aos corpos planetários. “Compreender a abundância e a distribuição dessas moléculas no espaço pode fornecer insights sobre a habitabilidade potencial de outros planetas� comenta Pilling, que não participou da equipe responsável pelo estudo. Uma das estrelas nascentes, a IRAS 2A, se parece com o Sol no início de sua existência e pode ser útil para entender sua origem.

Artigo científico
ROCHA, W.R.N. et al. JWST Observations of Young protoStars (JOYS+): Detecting icy complex organic molecules and ions. Astronomy & Astrophysics. 13 mar. 2024.

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?????£»??????, ??????£»??????? //emiaow553.com/molecula-essencial-para-vida-e-detectada-pela-1a-vez-na-via-lactea/ Sun, 06 Aug 2023 18:06:05 +0000 /?p=508852 Descoberta foi feita a partir de dados coletados pelo telescópio James Webb. Molécula foi vista em disco de gás e poeira ao redor de estrela

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Pela primeira vez na história, a molécula de cátion metila (CH3+) — essencial para o surgimento da vida como a conhecemos — foi encontrada no espaço. A NASA anunciou a descoberta nesta semana, feita através de dados coletados pelo telescópio espacial James Webb.

O material foi localizado em um disco de gás e poeira formado ao redor de uma estrela, em um jovem sistema estelar na Nebulosa de Órion. Ele está cerca de 1.350 anos-luz de distância da Terra, estando situado no mesmo braço espiral da Via Láctea onde está o nosso Sistema Solar.

A agência espacial norte-americana destaca que a descoberta é importante, pois todos os elementos vivos possuem carbono em sua composição. E a substância encontada é a responsável pela formação de outras moléculas de carbono essenciais ao surgimento da vida.

Entenda o feito científico

Em comunicado, a Nasa explica que as capacidades únicas do Webb o tornaram um telescópio ideal para procurar por essa molécula. “A excelente resolução espacial e espectral de Webb, bem como sua sensibilidade, contribuíram para o sucesso da equipe”, disse a agência.

Estrela em d203-506 é uma pequena anã vermelha, com o sistema bombardeado por forte luz ultravioleta

Disco protoplanetário fica em um sistema bombardeado por forte luz ultravioleta. Imagem: Nasa/Divulgação

“Esta detecção não apenas valida a incrível sensibilidade do Webb, mas também confirma a postulada importância central do CH3+ na química interestelar� afirmou Marie-Aline Martin-Drumel, da Universidade de Paris-Saclay e membro da equipe científica.

Molécula para formação de planetas e vida

O James Webb encontrou a molécula em um sistema bombardeado por forte luz ultravioleta (UV) de estrelas quentes, jovens e massivas. Os cientistas acreditam que a maioria dos discos que formam os planetas passam por um período de intensa radiação, uma vez que as estrelas tendem a se formar em grupos que, geralmente, incluem estrelas massivas produtoras de UV.

Normalmente, espera-se que a radiação UV destrua moléculas orgânicas complexas, o que contrariaria a descoberta de CH3+. No entanto, a equipe desconfia de que a radiação UV pode fornecer a fonte de energia necessária para a formação do CH3+.

Uma vez formada, a molécula promove reações químicas adicionais para construir moléculas de carbono mais complexas e, assim, gerar vida.

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??????,??????,?????????£»2024?? ???? ?? ??? ??????, ?? //emiaow553.com/o-que-e-a-fosfina-que-reacende-discussoes-sobre-a-vida-em-venus/ Fri, 14 Jul 2023 17:26:09 +0000 /?p=504577 Gás incolor com cheiro de alho pode indicar presença de vida. Porém, fosfina também pode indicar processos abióticos misteriosos

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Em 2020, um grupo de pesquisadores da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, anunciou a descoberta de moléculas de fosfina na atmosfera de Vênus. Na época, isso gerou um rebuliço: as moléculas de fosfina poderiam ser bioassinaturas �que é como os cientistas chamam quaisquer indícios de vida, presente ou passada.

Agora, Jane Greaves, que liderou a pesquisa de 2020, anunciou na Reunião Nacional de Astronomia da Royal Astronomical Society que descobriu moléculas de fosfina em uma camada mais profunda do que antes na atmosfera de Vênus. Por isso, a equipe acredita que a fosfina pode estar vindo lá de baixo.

Mas o que é a fosfina e por que ela pode ser um indicador de vida em mundos alienígenas? 

Vênus e a fedida fosfina

Vamos do começo: as condições climáticas de Vênus não são lá muito atraentes. As temperaturas na superfície alcançam os 475°C, e a pressão do ar é de 75 a 100 vezes maior que a terrestre. Para completar, a atmosfera tem nuvens espessas de ácido sulfúrico que aprisionam calor à beça. Inclusive, Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar, embora Mercúrio esteja mais próximo do Sol.

Apesar disso, acredita-se que, numa altitude de 50 a 65 quilômetros da superfície, o clima da atmosfera é mais ameno �e familiar para nós, terrestres � com temperaturas próximas aos 30°C. E por lá poderia existir vida extraterrestre. Ao menos, vida parecida como nós conhecemos.

E a fosfina pode ser, justamente, resultado de processos biológicos. Também chamada de fosfeto de hidrogênio, a substância é um gás incolor, inflamável e super tóxico �com (pasme) cheiro de alho. Ela é estruturalmente parecida com a amônia (NH3), mas bem menos solúvel em água. E, o mais importante nessa história de Vênus, é gerada por micróbios.

É desse jeito que ela costuma aparecer em nosso planeta, em lugares onde existem formas de vida anaeróbias �ou seja, que não precisam de oxigênio para sobreviver. “Em qualquer lugar onde não há oxigênio há fosfina, como pântanos, sedimentos, flatulências e intestinos� explica Clara Sousa-Silva, cientista do MIT. “�uma molécula muito tóxica para qualquer coisa que goste de oxigênio.�/span>

Outras origens para a fosfina

Por aqui, por exemplo, a fosfina também é produzida artificialmente em laboratório. Usa-se a substância para introduzir fósforo em cristais de silício na indústria de semicondutores, e na fabricação de pesticidas, por exemplo.

Em Vênus, os micróbios também não são a única fonte possível. Acredita-se que processos abióticos (ou seja, não relacionados à vida) podem estar gerando as tais moléculas na atmosfera do planeta. Talvez, processos que ainda não conhecemos ou entendemos completamente.

“Existe uma [hipótese bem difundida] de que você pode produzir fosfina lançando rochas contendo fósforo na alta atmosfera e erodindo-as com água, ácido e outras coisas� disse Greaves durante sua palestra na Reunião Nacional de Astronomia.

Por isso, nada de sair declarando que há vida extraterrestre quando ler uma notícia sobre a presença de fosfina. Os próprios astrobiólogos são sempre cuidadosos ao fazer esse tipo de afirmação.

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????? ???£»??????, ???£»??????? //emiaow553.com/cientistas-encontram-em-meteorito-pistas-de-vida-antiga-em-marte/ Mon, 16 Jan 2023 18:23:37 +0000 /?p=461490 Meteorito marciano formado há milhões de anos foi encontrado no Marrocos há 11 anos. Rocha possui abundância de compostos orgânicos

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Um grupo internacional de pesquisadores afirma ter encontrado uma grande diversidade de compostos orgânicos em um meteorito marciano achado no Marrocos. A descoberta pode oferecer pistas sobre a potencial presença de vida no passado de Marte.

O meteorito foi encontrado há 11 anos e batizado como “Tissint”, em homenagem à cidade marroquina onde foi encontrado. A rocha foi formada há centenas de milhões de anos e deve ter viajado até a Terra após ter sido lançada no espaço por algum evento explosivo na superfície de Marte, como o impacto de um grande asteroide.

Embora possam ser criados por processos não biológicos, os compostos orgânicos são normalmente associados à vida. Eles contêm carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e, às vezes, outros elementos químicos essenciais ao surgimento de seres vivos.

Em teoria, a presença de água e moléculas orgânicas são os principais pré-requisitos para habitabilidade e evolução da vida. Apesar de Marte ter uma evolução geológica parecida com a da Terra, cientistas ainda tentam determinar se o planeta vermelho também foi capaz de desenvolver ambientes adequados para o surgimento da vida, a exemplo do nosso.

Durante o estudo, liderado por pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, chamou a atenção a rica diversidade mineral da rocha, bem como a abundância de compostos orgânicos de magnésio, que, até então, não foram vistos anteriormente em Marte.

No artigo �publicado na Science Advances �os pesquisadores ressaltam que o meteorito demonstra que o manto e a crosta de Marte possuem uma química diversificada e abundância de moléculas complexas, que podem ter evoluído ao longo do seu tempo geológico.

Os cientistas explicam que o estudo revelou detalhes sobre como processos ocorridos em Marte podem ter gerado compostos orgânicos em um ambiente sem vida, a partir da interação da rocha com a água. “[A pesquisa] oferece novos insights sobre a geoquímica de alta pressão e alta temperatura que moldou o interior profundo do Planeta Vermelho e indica uma conexão entre seu ciclo carbono e sua evolução mineral� disseram os pesquisadores em comunicado.

Futuramente, quando a NASA e a ESA trouxeram para a Terra as primeiras amostras do solo marciano, coletadas pelo rover Perseverance, os cientistas afirmam que será possível reunir mais informações sobre a formação, estabilidade e dinâmica dos compostos orgânicos em ambientes marcianos.

A expectativa é que essas amostras cheguem no início da próxima década e possam ajudar os cientistas a determinar se a vida, de fato, floresceu em Marte em algum momento do passado.

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??? ??£»?????? //emiaow553.com/nenhum-sinal-alienigena-60-milhoes-estrelas/ //emiaow553.com/nenhum-sinal-alienigena-60-milhoes-estrelas/#respond Tue, 04 May 2021 13:27:20 +0000 //emiaow553.com/?p=379180 A busca por sinais de rádio extraterrestres está agora em sua sétima década, e ainda não encontramos qualquer vestígio de vida inteligente.

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Astrobiólogos do projeto Breakthrough Listen divulgaram os resultados preliminares de uma pesquisa SETI (sigla em inglês para “busca por inteligência extraterrestre�, na qual a equipe buscou sinais de rádio ao longo de uma linha de visão que se estende em direção ao centro galáctico.

A busca por sinais de rádio extraterrestres está agora em sua sétima década, e ainda não encontramos qualquer vestígio de vida inteligente. Devemos continuar a busca, entretanto, já que não existe mistério científico maior não resolvido do que a questão de estarmos ou não sozinhos no universo.

A busca por inteligência extraterrestre, ou SETI, está atualmente limitada a rastreamentos de supostas tecnossinaturas alienígenas — coisas como sinais ópticos e de micro-ondas e evidências de megaestruturas. Dito isso, os sinais de rádio continuam a ser o alvo mais popular do SETI, já que as emissões de rádio focalizadas podem sinalizar a presença de uma civilização alienígena, seja o vazamento desses sinais deliberado ou acidental.

O projeto Breakthrough Listen de US$ 10 milhões — uma iniciativa de 10 anos fundada há seis anos pelo bilionário russo-israelense Yuri Milner e pelo falecido físico Stephen Hawking — continua com essa tradição, procurando nas profundezas do espaço por sinais de sinais de rádio produzidos por alienígenas.

Para sua última pesquisa, a equipe Breakthrough Listen, baseada no SETI Research Center da Universidade da Califórnia, em Berkeley, usou o Green Bank Radio Telescope em West Virginia e o Parkes Radio Telescope da CSIRO, na Austrália, para reunir cerca de 600 horas de observações de rádio. O esforço mais recente foi único porque foi o “SETI mais sensível e profundo” já feito do centro galáctico, como os cientistas escreveram em um estudo que será publicado no Astronomical Journal (uma pré-impressão está atualmente disponível no arXiv).

Procurar alienígenas ao longo de uma linha de visão que se estende da Terra ao buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea traz vantagens e desvantagens.

A vantagem é que a densidade das estrelas aumenta com a distância ao centro galáctico. Consequentemente, esta linha de visão “oferece o maior número de sistemas potencialmente habitáveis ​​em qualquer direção no céu� de acordo com o estudo. Além do mais, a distância relativamente próxima dessas estrelas pode “acelerar o desenvolvimento da comunicação e das viagens interestelares� o que pode contribuir para o surgimento de “sociedades avançadas de viagens espaciais� como os cientistas do SETI escrevem em seu artigo.

A desvantagem é que as coisas ficam um pouco complicadas além de um certo ponto. Como o Sistema Solar, a Via Láctea tem sua própria zona habitável, além da qual a vida não pode emergir. Na verdade, a região interna de nossa galáxia (ou seja, a região fora da zona habitável) é um ambiente de alta radiação cheio de raios gama, supernovas em explosão e nuvens de gás que atingem milhões de graus. O buraco negro supermassivo no núcleo galáctico apresenta outro perigo.

Ainda assim, os autores do novo estudo, liderados por Vishal Gajjar do Departamento de Astronomia de Berkeley, decidiram que valeria a pena focar uma pesquisa abrangente perto do centro galáctico devido à abundância de estrelas daqui para lá. Como os cientistas observaram em seu estudo, “estimamos que pesquisamos cerca de 60 milhões de estrelas�

Curiosamente, a equipe não estava procurando por vazamentos acidentais de rádio, mas sim, transientes periódicos de rádio vindos de faróis hipotéticos (em outras palavras, rajadas de rádio repetidas regularmente provenientes de máquinas projetadas para chamar nossa atenção). O centro galáctico, de acordo com os cientistas, “fornece uma localização central ideal�para “civilizações avançadas colocarem um transmissor poderoso para enviar faróis de forma eficiente por toda a Via Láctea� o que é mais uma vantagem dessa estratégia.

Gajjar e seus colegas procuraram frequências entre 0,7 e 93 GHz. Os resultados do relatório preliminar foram limitados a frequências entre 1 e 8 GHz e em intervalos de 7 horas (conforme observado pelo Parkes) e 11,2 horas (conforme observado pelo Green Bay Telescope). Nenhuma rajada de rádio repetida consistente com um farol alienígena foi detectada dentro desses parâmetros.

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Nenhuma inteligência extraterrestre foi detectada, mas os cientistas conseguiram capturar eventos transientes consistentes com magnetares, de modo que será do interesse dos astrônomos que estudam este tipo de estrela de nêutrons. E, novamente, este é um relatório preliminar, então esperamos ansiosamente por novos resultados.

Em 2019, a mesma equipe ficou surpresa depois de analisar 1.372 estrelas próximas. Parece que não conseguimos encontrar nenhuma evidência de vida alienígena, apesar de nossas buscas cuidadosas. Está se tornando difícil não ser pessimista sobre todo o esforço do SETI, mas há algo que devemos ter em mente: a busca por vida alienígena inteligente está apenas no começo.

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//emiaow553.com/nenhum-sinal-alienigena-60-milhoes-estrelas/feed/ 0
?? ??£»??? ??? ?? ?? ?? ???£»??? ??? //emiaow553.com/estudo-planetas-super-habitaveis/ //emiaow553.com/estudo-planetas-super-habitaveis/#respond Thu, 08 Oct 2020 16:05:23 +0000 //emiaow553.com/?p=363360 Os astrobiólogos identificaram 24 exoplanetas que não são apenas potencialmente habitáveis, eles são potencialmente superhabitáveis.

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Os astrobiólogos identificaram 24 exoplanetas que não são apenas potencialmente habitáveis — eles são potencialmente super-habitáveis, exibindo uma série de condições mais adequadas para a vida do que as vistas na Terra.

Um slogan que se tornou comum entre ativistas em defesa do meio ambiente é que não existem um Planeta B — ou seja, nós só temos a Terra e não teremos para onde fugir caso ela se torne inabitável. Mas um novo artigo publicado na revista Astrobiology sugere o contrário.

Uma equipe de pesquisa liderada por Dirk Schulze-Makuch, da Universidade do Estado de Washington, identificou 24 exoplanetas com condições que poderiam torná-los mais adequados para a vida do que a Terra, tornando-os “super-habitáveis�

Infelizmente, todos esses exoplanetas estão a mais de 100 anos-luz, então quem quiser ir embora daqui deve dar uma segurada e não fazer as malas (ainda).

E só para ficar bem claro, isso não significa automaticamente que existe vida nesses mundos �significa apenas que esses planetas podem ser habitáveis ou, neste caso, super-habitáveis.

René Heller, astrobiólogo do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar e coautor do novo estudo, escreveu um artigo semelhante em 2014. Heller, com o coautor John Armstrong, da Weber State University, argumentou a favor da existência de mundos super-habitáveis, dizendo que os astrônomos deveriam estar atentos a essa classe hipotética de objetos.

Requisitos para planetas super-habitáveis

Os autores listaram alguns requisitos para inclusão, junto com um candidato potencial. O novo trabalho expande essa ideia, propondo um conjunto mais refinado de critérios para a super-habitabilidade, juntamente com uma lista de 24 candidatos exoplanetários possíveis.

Na verdade, gostamos de pensar que nosso Sol vai durar para sempre, mas ele tem uma vida útil relativamente curta, de 10 bilhões de anos. Considerando que levou 4 bilhões de anos para a vida complexa emergir na Terra, é concebível que muitas estrelas como o nosso Sol �chamadas estrelas G �expirem antes de gerar vida complexa.

Consequentemente, os autores dizem que devemos estar atentos a exoplanetas localizados nas zonas habitáveis de estrelas K, que são mais frias, menores e menos brilhantes que são as estrelas G, e brilham por mais de 20 bilhões a 70 bilhões de anos. Anãs vermelhas, caso você esteja se perguntando, não foram incluídas porque esta classe de estrela parece ser extremamente hostil à vida, devido às suas frequentes explosões solares.

Como aponta o novo estudo, planetas ligeiramente mais velhos que a Terra têm uma chance maior de serem mais habitáveis. Quando os planetas envelhecem, “a exaustão do calor gerado internamente pode resultar em resfriamento eventual, com consequências para as temperaturas globais e composição atmosférica� escrevem os autores. A Terra tem 4,5 bilhões de anos, mas os planetas com idades entre 5 bilhões e 8 bilhões de anos são provavelmente mais habitáveis, simplesmente do ponto de vista probabilístico.

Planetas super-habitáveis são maiores e mais pesados, cerca de 1,5 vez a massa do nosso planeta e cerca de 10% maiores. Esses planetas apresentariam superfícies terrestres mais habitáveis, mas apenas na presença de outro critério importante: placas tectônicas suficientes para formar grandes massas de terra como continentes. Mundos super-habitáveis também deveriam ter muita água e muitos arquipélagos, argumentam os autores.

Um planeta um pouco mais pesado também significa maior gravidade, o que ajuda a reter a atmosfera por períodos prolongados. É importante ressaltar que esses planetas também devem apresentar fortes escudos geomagnéticos de proteção.

No que diz respeito a atmosferas, os planetas super-habitáveis devem ter bastante umidade, nuvens e entre 25% e 30% de oxigênio (a Terra é composta por 21% de oxigênio), de acordo com os pesquisadores. Esses planetas também devem ser quentes, com uma temperatura média da superfície em torno de 8°C mais alta que a da Terra. A ideia aqui é que, com a umidade adicional, esses planetas teriam vastas áreas tropicais e menos regiões frias e secas.

Como a Terra, os planetas super-habitáveis também deveriam apresentar uma grande lua a uma distância moderada. Nossa Lua, além de criar marés oceânicas, diminui a rotação da Terra (os dias seriam consideravelmente mais curtos sem isso) e mantém a inclinação do nosso eixo estável ao longo do tempo, criando estações estáveis.

A busca por possíveis candidatos a planetas super-habitáveis

Com esses critérios em mente, os cientistas analisaram 4.500 exoplanetas conhecidos para ver quantos poderiam ser qualificados como potencialmente super-habitáveis.

Destes, 24 se destacaram, mas nenhum atendeu a todos os critérios listados para super-habitabilidade. Um exoplaneta designado KOI 5715.01 exibiu três dos critérios listados, o máximo de qualquer exoplaneta.

Para ser claro, muitos dos critérios, como oxigênio atmosférico, placas tectônicas, geomagnetismo e satélites naturais, estão atualmente além da nossa capacidade de detecção.

Além dos mais, apenas dois desses planetas, Kepler 1126 b e Kepler-69c, são planetas validados cientificamente, o restante está na lista dos não confirmados entre os Objetos de Interesse Kepler (KOI). Consequentemente, alguns desses exoplanetas podem nem ser planetas de fato.

O novo artigo “fornece uma boa base teórica de um dos muitos cenários potenciais para mundos habitáveis, os planetas super-habitáveis� escreveu Abel Méndez, diretor do Laboratório de Habitabilidade Planetária da Universidade de Porto Rico em Arecibo, em um e-mail. “Ainda não é possível identificar esses planetas nos bancos de dados atuais de exoplanetas porque temos poucas informações sobre eles. No entanto, os autores identificaram alguns com certas características, mas não todas as necessárias� disse Méndez, que não tem relação com a pesquisa.

Existem outras limitações a serem consideradas. Os autores são naturalmente inclinados para condições semelhantes às da Terra, visto que nosso planeta fornece o único exemplo conhecido de habitabilidade. A vida pode proliferar em condições ainda não compreendidas, e é importante manter isso em mente. Dito isso, os autores consideram planetas em órbita ao redor de estrelas anãs K, o que, para ser juto, está muito fora de nosso paradigma.

O novo artigo diz que os planetas super-habitáveis devem ser maiores e mais pesados que a Terra, mas outras pesquisas sugerem que muitos desses planetas devem ser mundos aquáticos, ou seja, exoplanetas totalmente cobertos por um oceano. Obviamente, isso não é bom para a diversidade ecológica e é um sério obstáculo à habitabilidade. Isso não é necessariamente um problema, mas sugere que mundos super-habitáveis, se existirem, são excepcionalmente raros.

Os autores também listaram temperaturas mais altas como um critério �um tópico bastante sensível, dados os inúmeros problemas causados pela mudança climática induzida pelo homem na Terra. Mas, como Schulze-Makuch explicou em um e-mail, não devemos confundir essas coisas muito diferentes.

“O aquecimento global para a Terra atual seria uma coisa muito ruim, porque já temos uma biosfera e um padrão de circulação atmosférica estabelecidos, e as mudanças resultariam em condições meteorológicas extremas colocando muito estresse na biosfera, resultando em eventos de extinção� explicou. “Além disso, aumentaria os níveis de água do mar e diminuiria as áreas terrestres e costeiras, tirando habitats valiosos e colocando ainda mais pressão em muitas partes da biosfera.�/p>

Ao mesmo tempo, no entanto, se começarmos com um planeta diferente, de preferência um pouco maior, “então, uma temperatura mais alta junto com um teor de umidade mais alto do que a Terra poderia ser bastante benéfico� disse Schulze-Makuch. Isso é exemplificado pela diversidade de nossas florestas tropicais atuais e também do período carbonífero, quando nosso planeta era rico em biomassa e biodiversidade, disse ele. Sem a umidade necessária, no entanto, “teríamos desertos quentes como o Atacama, sem muita vida�

Também não sabemos sobre os potenciais efeitos colaterais dessas condições. Elas parecem boas no papel, mas a realidade pode ser muito diferente, já que essas características ambientais podem resultar em condições totalmente inadequadas para a vida. Ainda assim, este é um estudo estimulante e provocador, pois sugere condições superiores para a vida em outras partes do cosmo.

Felizmente, com ferramentas como o Telescópio Espacial James Webb, da NASA, e o Observatório Espacial LUVIOR, da ESA, poderemos testar algumas das ideias propostas pelo novo artigo.

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//emiaow553.com/estudo-planetas-super-habitaveis/feed/ 0
????£»??? ?? ?? ??? ?? ??? //emiaow553.com/fosfina-venus-possivel-sinal-vida-microbiana/ //emiaow553.com/fosfina-venus-possivel-sinal-vida-microbiana/#respond Mon, 14 Sep 2020 19:50:03 +0000 //emiaow553.com/?p=361381 Cientistas anunciaram que o gás fosfina foi detectado em Vênus. Substância é considerada um possível indicador de processos biológicos

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Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (14) que o gás fosfina foi detectado na atmosfera de Vênus. A substância é considerada um possível indicador de processos biológicos — o que pode significar que há vida no planeta.

Esta hipótese, no entanto, é bastante controversa. Mesmo os cientistas por trás do estudo, liderados pela astrônoma Jane Greaves, da Universidade de Cardiff, não dizem que a presença da fosfina é um sinal de existência de vida. Em vez disso, eles dizem que é um material de fonte desconhecida — pode ser tanto o resultado de um processo químico desconhecido quanto da ação de micróbios.

A descoberta foi anunciada nesta segunda-feira (14) às 12h pela Royal Astronomical Society. Ela também foi publicada em um artigo da revista Nature e enviada para o periódico Astrobiology.

A fosfina foi detectada pela equipe de pesquisadores em 2017, usando o telescópio James Clerk Maxwell, que fica no Havaí (EUA), e em 2019, com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), que fica no deserto do Chile.

A substância foi encontrada na atmosfera superior do planeta, que é cheia de nuvens permanentes, em uma proporção de 20 partes por bilhão — nas palavras de David Clemens, astrofísico do Imperial College of London, ao Verge, isso equivale a algumas colheres em uma piscina olímpica. Ela está mais concentrada nas latitudes médias do planeta e não foi detectada nos polos.

Diagrama mostra temperatura e pressão nas diferentes altitudes da atmosfera de Vênus. Os micróbios poderiam existir na zona atmosférica temperada. Imagem: Jane S. Greaves et al., 2020

Em Júpiter e em Saturno, a fosfina — também chamada de hidreto de fósforo e conhecida pela fórmula PH3 — foi detectada pela sonda Cassini. Nesses planetas, porém, a grande quantidade de calor e de pressão é suficiente para processar o fósforo e hidrogênio e formar essa substância.

Por outro lado, até onde se sabe, a fosfina só se forma em planetas rochosos por preparação humana ou por ação de micróbios. Vários cenários que não envolvem a presença da vida — como vulcões, micrometeoritos, raios e processos químicos nas nuvens — foram considerados, mas nenhum deles se encaixa perfeitamente nas condições encontradas em Vênus.

A questão é que a formação da fosfina é um processo bastante desconhecido mesmo na Terra. Por aqui, o gás é encontrado em pântanos, mas não se sabe exatamente qual o micro-organismo responsável por sua produção.

Vênus tem sido um planeta largamente ignorado na busca por vida, com um grande número de missões dando preferência para Marte ou para as luas de Júpiter, como Encélado e Europa. O planeta, de fato, não parece ser realmente muito convidativo para formas de vida, com temperaturas de mais de 400°C na superfície, pressão atmosférica 90 vezes maior que a da terra, nuvens tóxicas e uma atmosfera composta em grande parte por dióxido de carbono.

Mesmo assim, a hipótese de vida em Vênus não é inédita. Nos anos 1960, ninguém menos que Carl Sagan propôs essa ideia junto com o cientista planetário Harold Morowitz. Embora a superfície de Vênus seja bastante hostil, a 50 quilômetros de altitude, a pressão atmosférica é comparável à da Terra e as temperaturas são bem mais agradáveis, ficando em cerca de 30°C.

Um cenário possível para a vida em Vênus considera sua formação no início do planeta, antes do efeito estufa evaporar toda a água da superfície do planeta para a atmosfera. É possível que micróbios anaeróbios (que não dependem de oxigênio para viver) tenham sobrevivido a essa transição e hoje vivam nas nuvens permanentes do planeta.

No entanto, apesar da atmosfera superior do planeta ser menos hostil, ela ainda é bastante complicada para a sobrevivência. Cerca de 80% dela é composta por ácido sulfúrico, que poderia aniquilar qualquer forma de vida — e mesmo a fosfina seria destruída por essa substância.

Por enquanto, o que se tem é isso: uma descoberta que precisa ser validada por mais estudos e observações. Provavelmente ela vai aumentar o interesse pela exploração do planeta, que é considerada um desafio, já que o planeta pode corroer metais e derreter sondas. Mesmo assim, há várias propostas para tentar estudar o planeta mais de perto — e tentar entender como a fosfina se forma em Vênus.

[The New York Times, National Geographic, The Verge, Gizmodo]

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??? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/experimento-vida-exoplaneta/ //emiaow553.com/experimento-vida-exoplaneta/#respond Wed, 06 May 2020 15:11:26 +0000 //emiaow553.com/?p=353234 Organismos unicelulares como E.coli e levedura podem crescer e sobreviver em uma atmosfera como a que teoricamente existe em muitos exoplanetas rochosos

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Organismos unicelulares como Escherichia coli e levedura podem crescer e sobreviver em uma atmosfera como a que teoricamente existe em muitos exoplanetas rochosos, segundo um novo artigo.

Os cientistas adorariam saber se há vida em outro lugar do universo, e parte da resposta a essa pergunta é determinar como um exoplaneta habitado seria percebido por nossos telescópios aqui na Terra. Esses planetas têm atmosferas como a nossa? Como a presença da vida mudaria essas atmosferas? Se a vida pode sobreviver em uma atmosfera rica em hidrogênio, como a que se espera encontrar em muitos exoplanetas, os cientistas podem ampliar sua definição de como seria um planeta que sustenta a vida.

“Isso deveria abrir a perspectiva de astrônomos (e continuar os incentivando a saber) sobre quais tipos de planetas podem ser habitáveis� disse a principal autora do estudo, Sara Seager, que é professora do MIT. Ela conversou com o Gizmodo por e-mail. “Teremos tão poucos planetas para procurar vida, mesmo com nossos próximos telescópios sofisticados, que queremos manter as opções em aberto.�/p>

A equipe de pesquisadores do MIT iniciou colônias das bactérias E. coli e levedura de cerveja. Eles incubaram os micro-organismos em quatro garrafas com diferentes concentrações de gás: uma com ar comum, uma com 100% hidrogênio, uma com 100% hélio e outra com 20% de dióxido de carbono e 80% de nitrogênio.

Os micro-organismos foram capazes de se reproduzir nas quatro garrafas, mas o fizeram pelo menos duas vezes mais rápido no ar que nos outros gases, de acordo com o artigo publicado na Nature Astronomy.

Não é um surpresa que um micro-organismo possa sobreviver sem oxigênio �existem muitos organismos chamados anaeróbicos que vivem aqui na Terra. Alguns podem sobreviver nos ambientes mais extremos do planeta, como em torno das fontes hidrotermais do fundo do mar. Mas, explicam os pesquisadores, se os micróbios puderem sobreviver a um ambiente de 100% de hidrogênio, poderão sobreviver às atmosferas encontradas em exoplanetas rochosos.

Os astrônomos ainda não observaram um exoplaneta rochoso com atmosfera de hidrogênio, mas acreditam que planetas rochosos com atmosfera de hidrogênio seriam mais fáceis de detectar e estudar do que aqueles com atmosfera de gases mais pesados, como dióxido de carbono e nitrogênio. Eles têm certeza de que serão capazes de ver suas atmosferas com os próximos telescópios, incluindo o telescópio espacial James Webb.

Talvez, com base neste estudo mais recente, os cientistas sejam capazes de ver sinais de vida nesses exoplanetas dominados por hidrogênio, na forma de traços de gases emitidos por micro-organismos.

Isso não significa que a vida definitivamente exista em tais planetas, e as experiências de laboratório não recriam exatamente o que acontece na natureza. Essas células de E. coli e levedura começaram suas vidas (e evoluíram) na atmosfera rica de nitrogênio e oxigênio da Terra. E as condições no laboratório não são as mesmas do exoplaneta.

As atmosferas de exoplanetas reais conteriam uma mistura de gases devido à química em sua superfície. Para manter uma atmosfera apenas de hidrogênio, esses exoplanetas teriam de ser mais frios que a Terra, ter uma gravidade mais forte em sua superfície ou ter uma maneira de reabastecer o hidrogênio em sua atmosfera �e é difícil dizer quais efeitos essas mudanças teriam na vida.

Mas esse estudo ainda oferece a esperança de que a vida possa ser mais diversa do que a que vemos na Terra e, nesse caso, talvez a próxima geração de telescópios seja capaz de encontrá-la.

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?????? ¡¾????¡¿ ???? ??? ?? //emiaow553.com/descoberta-microbios-fundo-mar-marte/ //emiaow553.com/descoberta-microbios-fundo-mar-marte/#respond Mon, 06 Apr 2020 12:10:06 +0000 //emiaow553.com/?p=351398 Descoberta de vida no fundo do mar pode dar dicas de como astrônomos poderiam encontrar vida sob a superfície do Planeta Vermelho.

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Quantidades surpreendentes de bactérias foram encontradas vivendo em rochas ricas em argila no fundo do mar do Pacífico. A descoberta levanta a possibilidade do micróbios igualmente resilientes vivendo profundamente sob a superfície de Marte.

Rochas vulcânicas antigas sob o fundo do mar do Pacífico fornecem um habitat para densos aglomerados de comunidades microbianas, de acordo com um artigo publicado na última semana no Communications Biology Os micróbios foram encontrados em uma profundidade de 100 metros sob o fundo do mar, aconchegando-se nas fendas das antigas rochas vulcânicas ricas em argila.

“A vida encontra um lar em praticamente todas as fendas disponíveis� explicou Jennifer Biddle, professora associada da Universidade de Delaware, que não estava envolvida com a nova pesquisa, em uma conversa por telefone com o Gizmodo. “Trabalhos anteriores nos últimos 20 anos sugeriram essa possibilidade �que muitos micróbios podem existir dentro das fendas das crostas dos oceanos � mas este artigo é bom porque é realmente a primeira evidência de micróbios ativos nessas rochas em particular, e não apenas seus restos fossilizados�

Uma amostra de roca vulcânica. Crédito: Caitlin Devor, University of Tokyo, CC BY 4.0
Uma amostra de roca vulcânica. Crédito: Caitlin Devor, University of Tokyo, CC BY 4.0

Micróbios subterrâneos já foram encontrados antes. Em 2006, por exemplo, os cientistas detectaram bactérias a quase 3,2 km debaixo da superfície da Terra, e em 2018, cientistas encontraram bactérias fotossintetizadoras a milhares de metros abaixo da superfície de uma mina abandonada na Espanha. No final do mês passado, foi publicado um artigo descrevendo as comunidades microbianas que vivem cerca de 792 metros abaixo do fundo do mar.

O que torna a nova descoberta especial é que os micróbios estavam vivos e foram retirados de antigas rochas vulcânicas com idades entre 13,5 milhões e 104 milhões de anos. Se os microorganismos ativos podem ser encontrados nessas rochas foi uma pergunta sem resposta que entrou na pesquisa, mas o novo artigo sugere que eles estão prosperando em seu habitat externo.

Um dos autores, Yonhey Suzuki, da Universidade de Tóquio, no Japão, coletou as amostras em 2010. Os pesquisadores selecionaram três pontos diferentes no fundo do oceano Pacífico entre o Taiti e a Nova Zelândia. Para descartar fontes contaminantes, os cientistas selecionaram áreas distantes das fontes hidrotermais.

Imagens ampliadas de amostras de rocha, onde (b) é 1.000 vezes mais ampliada que (a). As manchas verdes à direita de cada uma mostram as bactérias, iluminada pela luz fluorescente. As áreas cinzas são de argila, enquanto as áreas laranjas são de rocha sólida de basalto (vulcânicas)

Imagens ampliadas de amostras de rocha, onde (b) é 1.000 vezes mais ampliada que (a). As manchas verdes à direita de cada uma mostram as bactérias, iluminada pela luz fluorescente. As áreas cinzas são de argila, enquanto as áreas laranjas são de rocha sólida de basalto (vulcânicas). Crédito: Suzuki et al. 2020, DOI: 10.1038/s42003-020-0860-1, CC BY 4.0

Um tubo de metal com 5,7 km de comprimento foi baixado até o fundo do oceano e uma broca escavou mais 125 metros no fundo do mar. Nos primeiros 75 metros da jornada, a broca percorreu uma lama espessa, seguida por outros 40 metros através de rochas sólidas.

Uma vez no laboratório, as amostras revelaram traços das bactérias dentro das fendas da rocha vulcânica. Essas pequenas fraturas, com menos de 1 mm de espessura, se formaram quando a lava quente estava esfriando.

Suzuki encontrou as bactérias em densidades surpreendentes, com colônias atingindo 10 bilhões de células bacterianas para cada centímetro cúbico, que é aproximadamente a mesma quantidade encontrada no intestino humano. O próprio fundo do mar produziu apenas 100 células por centímetro cúbico.

A bactéria provavelmente é atraída pelos minerais ricos em argila, que fornecem um habitat adequado para os micróbios aeróbicos que se alimentam de oxigênio e nutrientes orgânicos. E como Biddle disse ao Gizmodo, “a argila tem uma superfície carregada, facilitando a aderências das bactérias� Usando a análise de DNA, os pesquisadores identificaram espécies aeróbias distintas, mas similares, de bactérias retiradas de diferentes locais.

“Esta descoberta da vida em que ninguém esperava existir em rocha sólida abaixo do fundo do mar pode estar mudando o jogo para a busca da vida no espaço�/strong>, disse Suzuki em um comunicado à imprensa. “Agora estou ansioso para encontrar vida em Marte. Caso contrário, deve ser que a vida dependa de algum outro processo que Marte não possui, como placas tectônicas� acrescentou.

Suzuki e seu colegas em breve colaborarão com a NASA enquanto trabalham em um plano para trazer rochas marcianas à Terra para análise. O veículo Perserverance, que deve ser lançado neste verão no hemisfério norte (entre junho e setembro), foi feito apenas para este propósito. O rover coletará animais e os depositará na superfície de Marte para uma missão futura de retorno de amostras.

Suzuki diz que os minerais argilosos encontrados no fundo do mar do Pacífico podem ser semelhantes aos minerais de Marte.

“Os minerais são como uma impressão digital de quais condições estavam presentes quando o barro se formou� disse ele. “Níveis neutros a ligeiramente alcalinos, baixa temperatura, salinidade moderada, ambiente rico em ferro, rocha de basalto �todas essas condições são compartilhadas entre o oceano profundo e a superfície de Marte�

Biddle, no entanto, foi cauteloso com as implicações astrobiológicas do novo artigo.

“A vida pode ser mais robusta? Claro, mas eu seria cauteloso com esse tipo de interpretação� disse ela ao Gizmodo. “Marte pode estar perdendo um ciclo biogeoquímico completo para todos os elementos necessários para a vida� explicou ela, acrescentando que o novo artigo “não é um slam dunk�para mostrar que a vida certamente existe em outras partes do sistema solar. “Outras coisas precisam estar presentes para permitir que a vida sobreviva� disse ela.

Com uma missão de retorno de amostra de Marte pendente em andamento, em breve poderemos colocar essa teoria à prova. Dito isto, provavelmente não teremos respostas satisfatórias até que possamos aprofundar a crosta marciana, o que o rover Perserverance não será capaz de fazer. Por enquanto, teremos que nos contentar com essas especulações fascinantes.

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bet365 promo£»login bet365£»bet365 odds //emiaow553.com/pesquisa-mercurio-vida-passado/ //emiaow553.com/pesquisa-mercurio-vida-passado/#respond Thu, 26 Mar 2020 16:47:18 +0000 //emiaow553.com/?p=350725 Novas pesquisas sugerem que o interior de Mercúrio já continha os ingredientes básicos da vida, uma descoberta que pode mudar a maneira como vemos o planeta.

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Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, é um dos últimos lugares em que pensamos quando consideramos o potencial de vida no sistema solar. Novas pesquisas sugerem que o interior do planeta já continha os ingredientes básicos da vida, uma descoberta que pode mudar a maneira como vemos esse planeta tortuoso e quente.

Apesar de não ter atmosfera e de uma superfície que atinge 430°C durante o dia, Mercúrio pode ter hospedado uma camada subterrânea habitável preenchida com os blocos de construção básicos da vida, de acordo com uma nova pesquisa publicada no Scientific Reports.

Essa alegação extraordinária encontra base no “terreno caótico” de Mercúrio, uma região com vales profundos, longas rachaduras e montanhas afiadas. Observado pela primeira vez pela sonda Mariner 10 da NASA, em 1974, os cientistas levantaram a hipótese de que o terreno caótico foi o resultado de um gigantesco impacto celeste no outro lado do planeta e da enxurrada de terremotos que se seguiu.

A nova pesquisa, liderada por Alexis Rodriguez, do Planetary Science Institute, expõe as muitas falhas dessa teoria predominante. O trabalho propõe uma hipótese inteiramente nova, que sugere que essas características geológicas ímpares foram formadas por grandes quantidades de materiais voláteis que escaparam da subsuperfície de Mercúrio há muito tempo atrás.

Voláteis são compostos como água, nitrogênio e metano, que alternam facilmente entre estados da matéria, como líquidos que passam para gases ou sólidos que se transformam diretamente em gases ou vapores, um processo químico conhecido como sublimação.

Para os astrobiólogos, a simples menção de que existam materiais voláteis em um objeto celestial já é um alerta. Voláteis são pré-requisitos para a vida, então a insinuação de que Mercúrio já possuía um suprimento abundante de voláteis e sob condições potencialmente dinâmicas está levantando algumas questões intrigantes sobre o passado longínquo do planeta.

De fato, é difícil acreditar que Mercúrio possa ter sido habitável e ainda mais difícil acreditar que pequenos micro-organismos possam ter se contorcido profundamente abaixo da superfície, mas o novo artigo está desafiando nossos conceitos sobre quais objetos no sistema solar já foram capazes de promover a vida. Ao mesmo tempo, está oferecendo novos alvos de exploração para astrobiólogos.

A possibilidade de um impacto celestial do outro lado de Mercúrio ter criado o terreno caótico não é uma ideia impossível. O planície Sputnik de Plutão provavelmente se formou a partir de um evento desse tipo. Há muito tempo, uma colisão com um objeto grande enviou ondas de choque através do lado oposto de Plutão, criando o agora icônico relevo em forma de coração.

Para o novo estudo, Rodriguez e seus colegas fizeram referência a dados coletados pela sonda MESSENGER da NASA, que realizou varreduras detalhadas da superfície de Mercúrio de 2011 a 2015.

A análise desses dados mostrou que o terreno caótico se formou cerca de 1,8 bilhão de anos atrás, ou seja, 2 bilhões de anos após o evento de impacto acima mencionado, cuja evidência ainda é vista hoje na forma da bacia de impacto de Caloris.

É uma descoberta importante, pois altera toda a linha do tempo. Além disso, os cientistas dizem que a atividade sísmica gerada pelo impacto teria perturbado uma região muito menor que o terreno caótico. Os pesquisadores também descobriram muitas outras paisagens caóticas em todo o planeta, inclusive nas regiões equatorial e polar de Mercúrio, o que sugere que este não era um fenômeno geológico regional.

Por conseguinte, Rodriguez e seus colegas dizem que a teoria do impacto Caloris não pode explicar suficientemente o terreno caótico — então eles estão fornecendo uma nova teoria.

“Aqui, apresentamos a primeira investigação morfológica detalhada desses terrenos caóticos usando conjuntos de dados MESSENGER”, escreveram os autores no estudo. “Nossos resultados sustentam uma origem devido a um colapso na superfície generalizado, ainda que não catastrófico, de uma camada crustal superior rica em voláteis com vários quilômetros de espessura.”

O contorno branco mostra o terreno caótico, enquanto o quadrado amarelo mostra a área menor que seria afetada por um impacto celeste no outro lado de Mercúrio. Imagem: PSI

Então, bilhões de anos atrás, essa região começou a entrar em colapso, em um processo que levou muito tempo. Isso levanta a possibilidade de que “enormes volumes de voláteis da crosta se transformaram em gás e escaparam da crosta superior do planeta sobre uma superfície com área levemente maior que a da Califórnia, aproximadamente 500.000 quilômetros quadrados [193.000 milhas quadradas]”, explicou Gregory Leonard, cientista da Universidade do Arizona e coautor do novo estudo, em um comunicado de imprensa. À medida que esses materiais subiam à superfície, eles causavam rachaduras e outras deformações na paisagem.

O magma localizado mais abaixo provavelmente forneceu o calor necessário para o processo, ou talvez tenha sido alimentado por “aumentos na luminosidade solar ao longo do tempo”, segundo a pesquisa.

Como observado, essa descoberta aponta para um suprimento abundante e diversificado de voláteis no passado de Mercúrio. Curiosamente, esses compostos (incluindo gelo e orgânicos) teriam sido expostos a mudanças nas condições ambientais, incluindo variações de temperatura, que podem ter promovido condições habitáveis ​​estáveis, de acordo com a pesquisa. Alojada dentro desse nicho confortável, a vida microbiana simples poderia ter emergido no subsolo, longe da superfície dura de Mercúrio.

Dito isto, essa possibilidade requer a presença de água entre os outros compostos voláteis, o que permanece um desconhecido flagrante.

“Embora nem todos os voláteis contribuam para a habitabilidade, o gelo pode [contribuir] se as temperaturas estiverem adequadas”, disse Jeff Kargel, cientista da PSI e coautor do estudo, no comunicado à imprensa. “Alguns dos outros materiais voláteis de Mercúrio podem ter sido adicionados às características de um antigo [habitat aquático]. Mesmo que as condições habitáveis ​​existissem apenas brevemente, relíquias da química prebiótica ou da vida rudimentar ainda podem existir nos terrenos caóticos.â€?/p>

Sobre isso, Mark Sykes, também da PSI e outro coautor do estudo, disse: “Se esses resultados forem confirmados, essa e outras áreas semelhantes de colapso em Mercúrio podem ser considerações importantes para futuros locais de pouso para investigar a origem da crosta volátil rica do planeta e, talvez, até seu potencial astrobiológico.�/p>

De repente, Mercúrio — de todos os lugares — é um alvo que vale a pena explorar em busca de traços de habitabilidade anterior e vida alienígena. Essa é uma revelação grande e inesperada, e emocionante.

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????????? ?? ??? //emiaow553.com/oceano-lua-europa-jupiter-sal-de-cozinha/ //emiaow553.com/oceano-lua-europa-jupiter-sal-de-cozinha/#respond Fri, 14 Jun 2019 13:11:05 +0000 //emiaow553.com/?p=282440 Observações do Telescópio Espacial Hubble apontam para a presença de cloreto de sódio na superfície da lua gelada Europa de Júpiter. Esta é uma evidência potencial de que a substância, também conhecida como sal de cozinha, está presente no oceano debaixo da superfície do satélite natural do planeta — mais uma indicação do potencial desta […]

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Observações do Telescópio Espacial Hubble apontam para a presença de cloreto de sódio na superfície da lua gelada Europa de Júpiter. Esta é uma evidência potencial de que a substância, também conhecida como sal de cozinha, está presente no oceano debaixo da superfície do satélite natural do planeta — mais uma indicação do potencial desta lua para dar condições para vida alienígena.

“A potencial habitabilidade do oceano subsuperficial de Europa depende da sua composição química, que pode ser refletida na superfície geologicamente jovem de Europa”, afirma um novo estudo publicado nesta quarta-feira (12) na Science Advances.

De fato, essa lua jupiteriana abriga um oceano de água líquida em escala global sob sua volátil crosta gelada. Portanto, é razoável imaginar se as coisas que vemos em sua superfície congelada também podem existir no oceano. O ambiente oculto é rico em substâncias químicas e oferece “um lugar animador para explorar a habitabilidade do sistema solar”, observam os autores no novo estudo, liderado pela cientista planetária Samantha Trumbo, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (também conhecido como Caltech).

Como a pesquisa sugere, uma dessas substâncias superficiais pode ser o cloreto de sódio (NaCl), também conhecido como sal de cozinha. Observações prévias feitas pelo Near-Infrared Mapping Spectrometer (Espectrômetro de Mapeamento de Infravermelho Próximo, em tradução livre) a bordo da espaçonave Galileo apontavam para sais de sulfato na superfície de Europa, mas não havia evidência de que esse sal tivesse origem no gigante oceano sob a superfície.

O que é diferente no novo estudo é que o cloreto de sódio foi detectado em áreas conhecidas como regiões de “caos”, onde a mistura de materiais de superfície e as águas abaixo são possíveis.

“Isso muda nossa imagem da Europa da seguinte maneira: que tipo de sais estão na superfície e, portanto, que tipo de sais estão no oceano”, Jonathan Lunine, cientista planetário da Cornell University que não teve participação no novo estudo, diz em um email ao Gizmodo. “Por muito tempo depois [das imagens] da Galileo, pensou-se que os sais de sulfato de magnésio poderiam ser os mais importantes. Mas, depois desse estudo, nosso entendimento mudou — pode ser sal de cozinha!â€?/p>

O problema com o cloreto de sódio, e não estamos aqui falando de pressão alta e doenças cardíacas, é que ele é praticamente invisível para os astrônomos — ele não exibe características espectrais facilmente identificáveis ​​em comprimentos de onda infravermelhos.

“O sal de cozinha é branco e não se destaca em um espectro visível”, explica Trumbo em um e-mail ao Gizmodo. “Mas, quando ele é bombardeado por partículas energéticas carregadas, como sabemos acontece na Europa, ele muda de cor e forma assinaturas espectrais únicas, que podemos ver com o Hubble.”

De fato, a Europa é atingida pela radiação tanto do Sol quanto, especialmente, de Júpiter. A assinatura espectral resultante do sal irradiado pode ser vista a uma absorção no comprimento de onda de 450 nanômetros (nm).

“Usamos o Telescópio Espacial Hubble para obter os primeiros espectros de comprimentos de onda visíveis espacialmente resolvidos [isto é, levando a distância em consideração] da superfície de Europa com o objetivo de procurar as assinaturas características dos sais de cloreto irradiados� diz Trumbo. “Especificamente, usamos um instrumento chamado Space Telescope Imaging Spectrograph (STIS) [espectrógrafo de imagem telescópica espacial, em tradução livre]. Os espectros mostraram uma característica de absorção distinta na luz solar refletida na superfície de Europa, perto de um comprimento de onda de 450 nm, o que indica a presença de NaCl irradiado.�/p>

Como esses dados foram resolvidos espacialmente, a equipe de Trumbo conseguiu mapear esses recursos de cloreto na superfície da Europa para determinar as regiões nas quais o sal está localizado. Crucialmente, a substância foi detectada próxima de jovens regiões do caos — características geológicas nas quais o gelo da superfície da lua é fortemente quebradiço e onde blocos de gelo podem ser vistos à deriva.

As regiões do caos provavelmente são causadas por materiais que sobem à superfície, causando a quebra do gelo. Como os materiais do oceano subterrâneo podem estar se derramando na superfície nesses pontos, “as regiões do caos podem ser as mais representativas da composição interna da Europa� diz Trumbo.

Imagem da superfície da lua Europa, de Júpiter. A imagem é cinza, com diversos fragmentos de tamanhos diferentes justapostos e pequenos cacos.Imagem da Galileo mostrando uma jovem região do caos na superfície de Europa. Imagem: NASA / JPL

É importante ressaltar que a equipe de Trumbo também conduziu experimentos no laboratório para ver como o cloreto de sódio adquire cor e, portanto, sua assinatura espectral detectável no ambiente de forte radiação em torno de Europa. Lunine diz que ficou “impressionado com o extenso trabalho de laboratório que os autores realizaram, que tornou possível interpretar os dados do Hubble em termos de cloreto de sódio�

Mesmo levando tudo isso em consideração, só porque esse material salino foi encontrado na superfície não significa que ele realmente veio do oceano subsuperficial. Trumbo diz que sua equipe está “confiante de que este sal tem origem no oceano interior”, mas não pode “dizer com certeza que a presença de NaCl na superfície implica uma química oceânica dominada pelos cloretos”, e isso é “porque não sabemos como estão diretamente relacionadas as composições da superfície e do oceano, mesmo no terreno do caosâ€?

Fran Bagenal, professora de ciências astrofísicas e planetárias da Universidade do Colorado, gostou do novo estudo. Ele afirma que os autores “têm bons dados, dados que são abrangentes e honestosâ€? É “outro tijolo na parede de evidências de que o oceano de Europa poderia ser muito interessante — possivelmente de significado astrobiológicoâ€? escreve ela ao Gizmodo em um e-mail.

Bagenal também ficou impressionada com o fato de os pesquisadores terem conseguido “extrair números de um sinal relativamente fraco”, acrescentando que “parece sal marinho na superfície de Europa — mas, como eles admitem, essa conclusão não é definitiva”.

A primeira imagem do texto, da lua Europa de Júpiter, em uma concepção artística, sendo sobrevoada por uma sonda espacial. A sonda tem um módulo central, dois planos retangulares (provavelmente placas para captar luz solar) e duas antenas na transversal dos planos.Concepção artística da Europa Clipper, uma nave espacial da NASA prevista para o lançamento na década de 2020. Imagem: NASA

Na mesma nota, Bagenal compartilhou alguns insights sobre onde vamos a partir daqui, particularmente o papel principal que será desempenhado pela Europa Clipper da NASA — uma nave espacial prevista para o lançamento na década de 2020.

“O próximo passo é a Europa Clipper, que vai voar sobre o satélite várias vezes e [fará] muitos tipos diferentes de medições: capturar das estruturas geológicas na superfície, buscar por assinaturas espectrais para identificar a ‘gosma marrom’ que parece estar saindo das rachaduras do oceano subsuperficial, medir as assinaturas magnéticas e de partículas das correntes elétricas que fluem no oceano sob o gelo — e usar o radar para estimar a espessura do gelo, se possível â€? disse ela. “Depois que a Clipper fizer essas medições — no final da década de 2020 e início da década de 2030 — saberemos o suficiente para enviar uma sonda capaz de ‘arranhar e cheirar’ a superfície.â€?/p>

Em termos do potencial da Europa para hospedar a vida alienígena, essa ainda é uma questão em aberto — mas essa lua certamente parece um lugar interessante do ponto de vista astrobiológico.

“Esta descoberta não tem a ver diretamente sobre a potencial habitabilidade da Europa”, diz Trumbo. “No entanto, se o NaCl na superfície reflete a composição salina predominante do oceano abaixo da superfície, então essas águas podem ser quimicamente mais semelhantes aos oceanos da Terra do que se pensava anteriormente — o que pode ser bom para a habitabilidade”.

De fato, como essa nova pesquisa sugere, essa exótica lua congelada pode ter mais em comum com a Terra do que imaginávamos.

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?????? £»??????£»??????? //emiaow553.com/amostras-lunares-abertas-50-anos-depois/ //emiaow553.com/amostras-lunares-abertas-50-anos-depois/#respond Wed, 13 Mar 2019 11:30:30 +0000 //emiaow553.com/?p=275231 Durante as missões Apollo, a NASA deixou reservados materiais lunares para que futuros cientistas pudessem analisá-los, com melhores equipamentos

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Durante as missões Apollo, a NASA inteligentemente deixou reservados alguns materiais lunares sabendo que futuros cientistas provavelmente estariam melhor equipados para analisá-los. Agora, quase 50 anos depois, a agência espacial está dando a um grupo seleto de pesquisadores a extraordinária oportunidade de estudar essas amostras não abertas e intocadas.

Nove propostas para estudar as amostras fechadas da missão Apollo foram selecionadas pela NASA em seu programa Apollo Next Generation Sample Analysis, ou ANGSA, de acordo com um comunicado de imprensa do Centro de Voos Espaciais Goddard.

Os materiais lunares foram recolhidos durante a Apollo 15 (a quarta missão lunar, que começou em 26 de julho de 1971) e a Apollo 17 (a sexta e última missão lunar, que começou em 7 de dezembro de 1972). Algumas das amostras coletadas nunca foram abertas, para evitar possíveis contaminações, enquanto outros materiais lunares, depois de certo processamento inicial, foram selados novamente e colocados em câmaras frigoríficas.

O objetivo de tudo isso era garantir a integridade dos materiais lunares para estudo posterior, permitindo que futuros cientistas �equipados com novas tecnologias e novas perguntas �pudessem dar uma olhada. Como nenhum material lunar chegou à Terra desde 1972, esta foi uma ideia prudente.

Entre os vários objetivos do programa ANGSA está a realização de trabalhos que informarão as futuras missões lunares previstas para as próximas décadas. Os pesquisadores procurarão saber se os métodos utilizados para armazenar os materiais da Apollo realmente funcionaram, mantendo-os o mais puros e imaculados possível. O trabalho também será relevante para os cientistas que trabalham na missão OSIRIS-REx, cujas amostras coletadas do asteroide Bennu serão trazidas à Terra em março de 2021.

Jamie Elsila no Laboratório Analítico de Astrobiologia do Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA, em Greenbelt, Maryland. Imagem: NASA/Goddard/Tim Childers

A astroquímica Jamie Elsila, do Laboratório Analítico de Astrobiologia de Goddard, liderará uma das equipes selecionadas para o programa.

“Estamos procurando por moléculas orgânicas pequenas que estão provavelmente presentes em concentrações muito baixas nas amostras lunares,” Elsila disse ao Gizmodo. “Nos últimos 50 anos, nossa sensibilidade analítica melhorou muito, e métodos novos foram desenvolvidos para isolar as combinações em que estamos interessados, dando-nos uma capacidade para detecção que não era possível 50 anos atrás. É realmente uma questão de instrumentação e métodos mais avançados que nos permitem encontrar e medir essas moléculas agora.”

A equipe de Elsila vai estudar compostos orgânicos voláteis �os precursores dos aminoácidos �nas amostras, que, sabe-se, existem nos materiais, com base em estudos anteriores. Os pesquisadores querem descobrir se os compostos orgânicos existem em maiores quantidades nas regiões sombreadas da Lua e se a abundância desses compostos varia de acordo com a profundidade, entre outras coisas.

“Isso vai nos ajudar a entender melhor a química lunar”, disse Elsila. “Cientistas estavam fazendo perguntas sobre compostos orgânicos quando as amostras da Apollo foram trazidas, mas nossos novos instrumentos nos ajudarão a respondê-las de maneiras que não estavam disponíveis na época.”

Além disso, a equipe de Elsila examinará como as amostras podem ter sido afetadas pelos procedimentos de curadoria utilizados. Por exemplo, eles gostariam de saber se o armazenamento dos materiais em vácuo ou em câmaras frigoríficas preservou os compostos voláteis melhor do que as condições normais, especificamente o armazenamento em temperatura ambiente sob nitrogênio limpo e fluindo. As respostas ajudarão na concepção de planos de curadoria para futuras amostras coletadas, disse ela.

Jessica Barnes, pesquisadora do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, participará desta investigação de curadoria. Para esse fim, ela terá acesso a materiais coletados durante a Apollo 17, especificamente a amostra 71036, que contém quase 0,11 kg de rocha.

“A pergunta que queremos responder é: estamos medindo a verdadeira assinatura da Lua? Ou há influências terrestres que afetaram as amostras durante o armazenamento?”, disse Barnes em um comunicado de imprensa. “A beleza de uma amostra congelada é que ela tem sido preservada diferentemente das amostras armazenadas em temperatura ambiente. Não poderíamos fazer essa pesquisa sem abrir as amostras congeladas.”

Natalie Curran trabalhando com um espectrômetro de massa. Imagem: NASA

Com seus colegas da Universidade do Arizona, Barnes incorporará a rocha em resina e a cortará em seções microscopicamente finas para análise química. Essas fatias também serão disponibilizadas para futuros pesquisadores.

Outra equipe do Goddard selecionada para o projeto ANGSA será liderada por Natalie Curran e Barbara Cohen, do Laboratório de Pesquisa de Gás Nobre do Meio-Atlântico (MNGRL). Eles serão auxiliados por pesquisadores do Museu Nacional de História Natural Smithsonian e da Instituto Carnegie. Usando gases nobres, Curran e Cohen esperam aprender mais sobre a história geológica da Lua, como o período de tempo em que as amostras �e possivelmente compostos orgânicos �estiveram expostos na superfície. Elas também estão planejando estudar eventos como impactos e deslizamentos de terra.

“Ter a chance de trabalhar nessas amostras é como participar de uma missão completamente nova à Lua”, disse Curran em um comunicado de imprensa. “Apesar de serem amostras da Apollo, elas nunca foram abertas, e não sabemos que surpresas nos esperam. Estou empolgada por fazer parte da era de exploração da Lua da nossa geração.”

Faz quase 50 anos que os astronautas não vão à Lua, porém, devido a uma excelente previsão, a investigação científica sobre a Lua pode continuar. Aguardamos ansiosamente pelos resultados.

[NASA, Universidade do Arizona]

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??? ??? ??£»?????? //emiaow553.com/galaxia-repleta-exoluas-habitaveis/ //emiaow553.com/galaxia-repleta-exoluas-habitaveis/#respond Sun, 17 Jun 2018 20:17:21 +0000 //emiaow553.com/?p=251368 Existem oito planetas em nosso Sistema Solar (foi mal, Plutão), e, coletivamente, esses planetas hospedam mais de 175 luas, uma ou duas das quais podem até abrigar vida. De fato, a nossa galáxia, baseado no que observamos aqui, pode estar repleta de exoluas, um número significativo das quais pode ser capaz de abrigar vida, de […]

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Existem oito planetas em nosso Sistema Solar (foi mal, Plutão), e, coletivamente, esses planetas hospedam mais de 175 luas, uma ou duas das quais podem até abrigar vida. De fato, a nossa galáxia, baseado no que observamos aqui, pode estar repleta de exoluas, um número significativo das quais pode ser capaz de abrigar vida, de acordo com um novo estudo.

• Nova técnica revela planetas “bebês�escondidos orbitando estrela recém-nascida
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Usando dados coletados pelo Telescópio Espacial Kepler, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside e da Universidade de Southern Queensland identificaram 121 exoplanetas gigantes que podem hospedar exoluas habitáveis. Nenhuma exolua de fato foi identificada neste estudo, mas há uma boa chance de que esses exoplanetas, todos com um raio três vezes maior que a Terra, possuam satélites naturais. E como esses 121 planetas residem na zona habitável do seu respectivo sistema estelar, algumas dessas exoluas podem até ter as condições necessárias para a vida. Os autores do novo estudo, liderados por Robert Wittenmyer, dizem que seu trabalho deve inspirar outros astrônomos a desenvolver novas formas de detectar bioassinaturas e outros sinais de vida nas atmosferas de luas distantes. Este trabalho agora aparece no periódico Astrophysical Journal.

Até o momento, o Telescópio Espacial Kepler, da NASA, foi usado para detectar milhares de exoplanetas, alguns dos quais sendo planetas rochosos parecidos com a Terra estacionados dentro da zona habitável do seu sistema estelar �aquela região especial onde os planetas podem abrigar água líquida na superfície. A presença de água líquida persistente é importante, porque é considerada um pré-requisito essencial para a vida. Um objetivo primordial da missão Kepler é descobrir a taxa com a qual os planetas rochosos residem dentro das zonas habitáveis ​​de suas estrelas anfitriãs. Mas, como a nova pesquisa aponta, o Kepler também pode nos dizer a taxa com que os planetas gigantes aparecem dentro dessas zonas.

Representação de um artista para uma exolua habitável orbitando um exoplaneta gigante em um sistema estelar hipotético. Ilustração: NASA GSFC: Jay Friedlander and Britt Griswold

Usando os dados do Kepler, os pesquisadores estimaram a frequência de planetas gigantes (ou seja, planetas com um raio três vezes maior que a Terra) em zonas habitáveis. Seus números mostram que cerca de 6% a 12% das estrelas apresentam planetas gigantes dentro de suas zonas habitáveis. Trabalhando com a suposição de que cada um desses exoplanetas tem pelo menos uma lua, eles estimam que cerca de 121 planetas gigantes detectados pela missão poderiam hospedar uma lua potencialmente habitável. E isso é uma estimativa conservadora �o número real é provavelmente muito maior.

“Existem atualmente 175 satélites conhecidos orbitando os oito planetas dentro do Sistema Solar, a maioria dos quais está em órbita ao redor dos dois maiores planetas do nosso sistema, com Júpiter abrigando 69 luas conhecidas e Saturno abrigando 62 luas conhecidas”, escrevem os autores no estudo. “O grande número de luas no sistema solar, particularmente o grande número que orbita os planetas jovianos, indica uma alta probabilidade de luas orbitarem exoplanetas gigantes.â€?/p>

Quando olhamos para a nossa própria Lua, vemos um orbe completamente sem vida e estéril. Mas a situação pode ser diferente para algumas exoluas, particularmente se elas estiverem na órbita de gigantes gasosos semelhantes a Júpiter ou Saturno. Elas representam candidatos intrigantes para a vida, mas, diferentemente da dependência de energia solar dos terráqueos, os habitantes dessas exoluas poderiam usar a radiação emitida pelos seus planetas hospedeiros. E, de fato, as exoluas podem até proporcionar um ambiente melhor para abrigar vida do que a Terra.

“As exoluas têm o potencial de ser … ‘super-habitáveis’, porque oferecem uma diversidade de fontes de energia para uma biosfera em potencial, não apenas uma dependência da energia fornecida por uma estrela, como acontece com a Terra”, escrevem os autores no estudo. “A biosfera de uma exolua super-habitável poderia receber energia da luz refletida e do calor emitido de seu planeta gigante próximo ou até mesmo do campo gravitacional do planeta gigante, por meio de forças de maré. Assim, as exoluas devem, então, esperar um período mais estável e longo, no qual a energia recebida poderia manter uma condição de superfície temperada habitável para a vida se formar e prosperar.”

Por outro lado, Abel Méndez, astrobiólogo planetário e membro do NASA MIRS na Universidade de Porto Rico, em Arecibo, que não esteve envolvido no novo estudo, diz que devemos ser cautelosos em atribuir habitabilidade a luas distantes.

“Como regra geral, espera-se que as luas sejam muito menores do que seus planetas hospedeiros (as exceções são Terra e Plutão, por exemplo) e, portanto, muito pequenas para manter atmosferas”, disse Méndez ao Gizmodo. “Então, em geral, apenas aqueles planetas gigantes com mais de mil massas terrestres (aproximadamente dez raios terrestres) serão grandes o bastante para ter uma lua do tamanho de Marte e, portanto, grandes o suficiente para ter uma atmosfera densa na zona habitável.”

Méndez leva em consideração todos esses fatores em seu Catálogo de Exoplanetas Habitáveis, hospedado no Laboratório de Habitabilidade Planetária, da Universidade de Porto Rico. Sua equipe estima que, até o momento, entre todos os exoplanetas confirmados �não apenas aqueles vistos pelo Kepler � existem apenas 40 planetas gigantes na zona habitável que são grandes o suficiente para ter uma lua maior ou do tamanho de Marte que poderia ser potencialmente habitável.

Ainda assim, isso mostra que as exoluas estão maduras para uma investigação mais aprofundada.

“Agora que criamos um banco de dados dos planetas gigantes conhecidos na zona habitável de suas estrelas, as observações dos melhores candidatos a hospedarem exoluas em potencial serão feitas para ajudar a refinar as propriedades de exolua esperadas”, disse Michelle Hill, coautora do estudo e estudante de pós-graduação da Universidade de Southern Queensland, em um comunicado. “Nossos estudos de acompanhamento ajudarão a informar um futuro projeto de telescópio para que possamos detectar essas luas, estudar suas propriedades e procurar sinais de vida.”

Ainda assim, isso mostra que as exoluas estão maduras para uma investigação mais aprofundada.

“Agora que criamos um banco de dados dos planetas gigantes conhecidos na zona habitável de sua estrela, as observações dos melhores candidatos para hospedagem de exoluas em potencial serão feitas para ajudar a refinar as propriedades exóticas esperadas”, disse Michelle Hill, coautora do estudo. um estudante de graduação da Universidade de Southern Queensland, em um comunicado. “Nossos estudos de acompanhamento ajudarão a informar um futuro projeto de telescópio para que possamos detectar essas luas, estudar suas propriedades e procurar sinais de vida.”

Sem dúvidas, o desafio daqui para frente será duplo: detectar exoluas reais em torno desses gigantescos mundos e, em seguida, fazer a varredura em busca de possíveis bioassinaturas. Os métodos possíveis incluem imagens diretas (mas com telescópios mais potentes), espectroscopia (algumas exoluas ofuscarão seu planeta hospedeiro em certos comprimentos de onda) e microlentes (em que a interação gravitacional dos corpos celestes distorce levemente a luz recebida). Também devemos enviar missões robóticas a Encélado e Europa, duas luas possivelmente habitáveis em nosso próprio Sistema Solar.

[The Astrophysical Journal]

Imagem do topo: NASA GSFC: Jay Friedlander e Britt Griswold

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?????? ?????£»???, ???£»??????? //emiaow553.com/virus-alienigenas-espaco/ //emiaow553.com/virus-alienigenas-espaco/#respond Sun, 21 Jan 2018 18:12:54 +0000 //emiaow553.com/?p=241268 As pessoas geralmente concordam que algum tipo de micróbio será a primeira forma de vida que descobriremos em outro planeta, lua ou rocha espacial. Mas quase ninguém acha que encontraremos vírus alienígenas, o que é estranho, considerando o quão prolíficas e bem-sucedidas essas entidades biológicas são na Terra. Um novo estudo busca corrigir esse descuido, […]

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As pessoas geralmente concordam que algum tipo de micróbio será a primeira forma de vida que descobriremos em outro planeta, lua ou rocha espacial. Mas quase ninguém acha que encontraremos vírus alienígenas, o que é estranho, considerando o quão prolíficas e bem-sucedidas essas entidades biológicas são na Terra. Um novo estudo busca corrigir esse descuido, pedindo a criação de uma disciplina completamente nova conhecida como “astrovirologia”.

Os vírus existem em números enormes na Terra, datando dos primórdios da vida. Existem mais vírus do que qualquer outro organismo celular em nosso planeta â€?cerca de dez a 100 vezes mais â€? então é razoável apostar que existam vírus em outros mundos. Ainda assim, cientistas sabem surpreendentemente pouco sobre esses “sacos de genes” e como eles funcionam, com ainda menos atenção dada à possibilidade de vírus existirem em outros lugares no Sistema Solar e além. De forma problemática, o documento de 2015 Astrobiology Strategy, da NASA, mal menciona os vírus, focando principalmente na busca por micro-organismos alienígenas totalmente celulares.

Um novo estudo, publicado no periódico científico Astrobiology e liderado pelo cientista da Universidade Estadual de Portland Kenneth Stedman, argumenta que estamos perdendo uma oportunidade e que astrobiólogos deveriam explorar a possibilidade de que existam vírus em massa no universo. Com esse objetivo, Stedman propõe a criação do campo da “astrovirologia”, pedindo que cientistas comecem a desenvolver estratégias e ferramentas necessárias para detectar vírus fora de nosso planeta. Ele disse que sua proposta não se trata de subdividir o campo da astrobiologia ainda mais, mas, sim, de uma tentativa de integrar os vírus à astrobiologia “mainstream”.

Muitos de vocês provavelmente estão se perguntando como os vírus são diferenciados de outras formas de vida microbial e por que sequer existe a necessidade de distinguir os dois. Os cientistas têm dificuldades com essa exata questão.

“As definições de vírus são um tanto problemáticas”, Stedman contou ao Gizmodo. “Minha favorita é a que citamos no manuscrito: ‘Vírus são entidades cujos genomas são elementos de ácido nucleico que se replicam dentro de células vivas usando a máquina sintética celular e causando a síntese de elementos especializados que podem transferir o genoma viral para outras células’.”

Stedman reconhece que essa não seja uma definição muito “acessível para o leitor”, oferecendo então essa tradução mais simples: “Os vírus conseguem pegar suas informações genéticas dentro de células e reprogramar as células para criar mais vírus”. Ele os chama de “agentes de transferência de informação” capazes de carregar as instruções para criar mais deles mesmos quando nas condições certas. Stedman afirmou que é verdade que todos os vírus precisam de hospedeiros, “mas gosto de pensar sobre os ‘hospedeiros’ como um ambiente particular â€?como o solo e a água para uma semente â€?de que um vírus precisa para se replicar”.

Talvez Stedman deva saber uma ou outra coisa sobre vírus e os tipos de condição de que eles precisam para se replicar. Em 2012, o cientista descobriu um grupo completamente novo de vírus capazes de viver em lagos quentes ácidos (basicamente ácido fervente), uma descoberta que demonstrou as condições extremas sob as quais os vírus podem evoluir, viver e até mesmo prosperar. Nesse caso, o novo genoma viral surgiu depois da combinação de DNA e RNA de dois grupos de vírus aparentemente não relacionados. Então, além de viver no mais duro dos ambientes, os vírus podem também encontrar maneiras de se adaptar continuamente. Consequentemente, Stedman acredita que eles provavelmente estejam envolvidos em grandes transições evolucionárias na Terra.

“Também existem provas indiretas consideráveis de que os vírus são incrivelmente antigos”, disse Stedman, “mas nenhuma evidência direta, então estamos trabalhando na fossilização/preservação de vírus no registro fóssil.”

Portanto, a ideia de que os vírus estão espalhados pelo Universo não é completamente maluca. Claro, eles provavelmente são diferentes daqueles encontrados na Terra, mas, ainda assim, eles seriam vírus. Para reforçar o argumento em defesa da astrovirologia, Stedman está pedindo que a NASA e outras agências espaciais procurem por vírus em amostras líquidas tiradas de planetas e luas em nosso Sistema Solar (umas das boas apostas incluem as luas Encélado e Europa), desenvolvam ferramentas para encontrar vírus em depósitos antigos na Terra e em Marte e descubram se os vírus poderiam sobreviver no espaço.

“Precisamos desenvolver as ferramentas atuais, seja colocando (um microscópio de elétron) em uma espaçonave ou desenvolvendo outras tecnologias microscópicas que possam detectar moléculas, não apenas átomos em uma resolução nanométrica”, afirmou.

Se descobríssemos vírus vivendo em outros cantos do Sistema Solar, Stedman afirmou que não haveria razão para entrar em pânico; e que os vírus provavelmente seriam o primeiro sinal de vida que a NASA encontraria em outros planetas e luas.

“Os vírus têm uma reputação ruim. Se encontrarmos vírus em outros planetas, isso é um indício de vida, não algo para se temer”, disse. “Os vírus são demais!”

[Astrobiology]

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?? ???? ??? ??? //emiaow553.com/flores-vida-alem-da-terra/ //emiaow553.com/flores-vida-alem-da-terra/#respond Sun, 07 May 2017 19:20:40 +0000 //emiaow553.com/?p=226639 A semente da glória-da-manhã é bastante resistente à radiação ultravioleta e torna mais plausível a teoria da panspermia

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Parece que constantemente estamos procurando um amigo lá fora no espaço, apenas para sermos continuamente frustrados. Mas e se, na nossa busca por vida além da Terra, estivermos deixando de olhar uma questão importante? E se a pergunta que realmente devêssemos fazer fosse: temos certeza de que a vida se espalha além da Terra?

• Maioria dos planetas habitáveis parecidos com a Terra pode ser de mundos aquáticos
• Cientistas chegam a mais provas de que os alienígenas não estão tentando se comunicar conosco

Sementes da humilde flor glória-da-manhã podem ter a pista para termos certeza de que a vida pode persistir, em algum lugar, mesmo se nós, humanos, nos destruirmos. Em resultados publicados recentemente no periódico Astrobiology, os biólogos David Tepfer e Sydney Leach demonstraram que os embriões dessas plantas resistentes podem aguentar altas doses de radiação ultravioleta, até 6 milhões de vezes a usada para esterilizar a água que bebemos. Considerando que o espaço e a superfície de planetas próximos como Marte são repletos de luz UV que danifica o DNA, a descoberta soa bem para aqueles que acham que a vida pode viajar entre planetas de carona em asteroides, uma antiga ideia conhecida como panspermia.

“Nós não podemos dizer que temos provas para a hipótese da panspermia, mas podemos dizer que mostrar a resistência de sementes de plantas em condições espaciais torna a hipótese mais plausível� Tepfer disse ao Gizmodo.

Desde o começo dos anos 2000, cientistas têm testado a ideia de que a vida pode sobreviver a uma viagem interestelar, ao levar microorganismos, sementes e até larvas de insetos para a área externa da Estação Espacial Internacional por semanas e até meses, expondo-os à radiação danosa do Sol e a raios cósmicos, sem mencionar as repentinas mudanças de temperatura e condições de vácuo.

“Nós, humanos, devemos ficar na Terra e limpar a nossa bagunça. Porém, durante os anos em que a nossa espécie estiver viva e tecnologicamente competente, devemos aceitar o nosso papel de disseminadores da vida, talvez usando sementes de plantas carregadas de microorganismos.”

Como você pode imaginar, a maioria dos objetos desses experimentos morreu. Mas em um teste de 2009, cerca de 20% das sementes de tabaco e da planta Arabidopsis thaliana foram capazes de germinar de volta na Terra depois de 558 dias no espaço. No novo estudo, Tepfer e Leach decidiram ver exatamente quanta radiação essas sementes conseguem aguentar, ao bombardeá-las no laboratório com doses crescentes de luz UV, no exato comprimento de onda que causa o maior dano ao DNA. Eles também fizeram o diabólico experimento em sementes de glória-da-manhã, que são maiores, têm revestimentos mais grossos na semente e, sabe-se, resistem décadas no solo antes de germinar.

Acrescentar a glória-da-manhã ao experimento foi uma boa ideia. Em experimentos que duraram até 300 dias, quando a radiação foi aumentada até o limite, essas foram as únicas sementes que não queimaram. “Essa dose alta matou as sementes de Arabidopsis e tabaco, mas as sementes de glória-da-manhã germinaram normalmente e produziram plantas� Tepfer disse.

É um sinal promissor de que certas sementes podem ter o que precisa para uma jornada interestelar, apesar dos resultados agora precisarem ser feitos no espaço também. Além de sua couraça protetora, Tepfer especula que as sementes de glória-da-manhã, podem ter “mecanismos para consertar componentes celulares essenciais, como DNA, RNA, ribossomos, membranas, etc� mas mais trabalho é necessário para confirmar essa hipótese. Flavonoides, compostos também encontrados em chá verde e vinho, podem também aumentar a proteção contra raios UV natural da planta.

Minha primeira impressão quando li o estudo de Tepfer foi que isso é uma boa notícia para os humanos que procuram colonizar planetas como Marte, afinal de contas, se quisermos sobreviver a longo prazo, vamos precisar de plantas para nos fornecer comida e oxigênio. Tepfer não concordou, chamando a corrida a Marte de um “truque publicitário� Em vez disso, ele sugeriu que as sementes podem nos ajudar a disseminar a vida (não humana) a planetas sem vida. Especialmente se nós aprendermos a lição da natureza para produzir sementes que virem protetores ainda melhores da vida.

“Imagine sementes em hibernação mandadas para exoplanetas para liberar vida microbiana ou os componentes necessários à vidaâ€? ele disse. “Nós, humanos, devemos ficar na Terra e limpar a nossa bagunça. Porém, durante os anos em que a nossa espécie estiver viva e tecnologicamente competente, devemos aceitar o nosso papel de disseminadores da vida, talvez usando sementes de plantas carregadas de microorganismos.”

“Mas� ele acrescentou, “nós precisamos começar logo, dada a nossa propensão à autodestruição�

Imagem do topo: Michael Lucas / Flickr Creative Commons

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????? ??? ?????? ???? ????£»??????? //emiaow553.com/proxima-missao-saturno/ //emiaow553.com/proxima-missao-saturno/#respond Tue, 20 Dec 2016 19:20:13 +0000 //emiaow553.com/?p=219683 Cientistas estão empolgados com a ideia de enviarmos uma missão para observar satélites de Saturno em busca de sinais de vida.

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Conforme a nave espacial Cassini executa suas manobras finais, cientistas dos dois lados do Atlântico já pensão na próxima missão para Saturno. Mas agora ninguém fala em estudar o gigante gasoso em si. Os cientistas já falam em caçar vida nos anéis de Saturno.

�Sonda Cassini começa suas últimas tarefas nas redondezas de Saturno
�Por que não conseguimos ver estrelas nas fotos de Saturno?

Duas luas saturnianas – Titã, um mundo de mares de metano frígidos, e Encélado, uma bola de gelo que embrulha um oceano de água líquida – estão na nossa lista de lugares do sistema solar em que a vida alienígena pode existir. E cientistas estão determinados a descobrir se existe. Isso ficou bem claro na conferência da União Americana de Geofísica da semana passada, quando pesquisadores dos EUA e da Europa apresentaram propostas para duas futuras naves especiais que podem determinar se as luas estranhas de Saturno são habitáveis.

Pelo lado dos EUA, temos o Enceladus Life Finder (ELF), uma nave New Frontiers da NASA cuja missão é de buscar vida em Encélado. O plano de voo da ELF é simples: dez passagens de baixa altitude (50 km) pelo polo sul de Encélado, onde rachaduras da superfície fria do planeta cospem um oceano de água congelada para o espaço.

Ao mergulhar pelos gêiseres do polo sul de Encélado, a ELF pode coletar amostras da água líquida da lua como a Cassini já fez, mas dessa vez com instrumentos mais avançados. Dois espectrômetros de alta tecnologia ajudariam na busca por indicadores chave de habitabilidade, incluindo gás hidrogênio (uma fonte de energia). A nave espacial também vai buscar por vida diretamente ao analisar aminoácidos e isótopos de carbono, que ocorrem em padrões específicos na presença de micro-organismos.

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A estrutura do interior de Encélado. Imagem: NASA/JPL

“A maior esperança para a ELF é caracterizar completamente a habitabilidade do oceano de Encélado,” disse a cientista do projeto Cassini e uma das propositoras do ELF Linda Spilker. “Eu gostaria de saber se o oceano de Encélado consegue suportar vida, e melhor do que isso, quero achar evidências de vida.”

O oceano subsuperficial de Encélado é um dos ambientes mais parecidos com a Terra que sabemos que existe. Mas também é possível que uma forma diferente de biologia, muito mais estranha, possa ter surgido nos mares de metano de Titã. Então por que só caçar a vida como conhecemos quando podemos visitar as duas luas na mesma viagem?

A Explorer of Enceladus e Titan (E2T), uma missão proposta pela Agência Espacial Europeia, planeja observar exatamente isso. De forma parecida com a ELF, a E2T vai voar ao redor do polo sul de Encélado (só que seis vezes), a altitudes de 50 km a 150 km, e vai usar dos espectrômetros de massa para analisar as águas do mar por sinais de vida. A E2T também vai ser equipada com uma câmera espacial capaz de capturar imagens em alta resolução, coisa de até um metro por pixel.

A E2T também vai visitar Titã, coletando e analisando amostras do ar durante 17 passagens pela atmosfera do satélite a altitudes entre 900 km e 1500 km. Já sabemos que há algum tipo de “química pré-biótica” – reações orgânicas que podem levar à formação de RNA e proteínas – nos céus de Titã. Com a E2T, vamos ver quão próximo essa química já chegou na criação dos blocos de construção da vida.

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Um modelo hipotético de um organismo celular baseado em metano vivendo nos oceanos de Titã. Imagem: James Stevenson.

A missão também vai capturar imagens detalhadas da superfície de Titã, que conta com rios parecidos com os da Terra e cânions com hidrocarbonos líquidos em vez de água.

Giuseppe Mitri, do projeto E2T, acredita que o momento é bom para uma missão astrobiológica dedicada no sistema solar exterior. “Há uma grande quantidade de interesse na comunidade atualmente,” ele disse, destacando que a nova missão da ESA para Marte, a ExoMars, também está buscando sinais de vida alienígena.

Claro, não há garantia de que nenhuma dessas missões vai ser aprovada, e mesmo que sejam, ainda vai levar muito tempo para elas vasculharem nossos vizinhos cósmicos. A ELF busca verba para um lançamento em 2025, com uma expectativa de chegada em Saturno em 2030, enquanto a E2T não deve deixar nosso planeta antes de 2030. Ambas as propostas precisam de centenas de milhares de dólares para serem realizadas, e ambas competem com diversas outras boas ideias, incluindo missões para pesquisar Vênus, para encontrar um asteroide troiano, e para coletar amostras de rochas do polo sul da Lua.

Ainda assim, se a comunidade astrobiológica é indício de alguma coisa, em algum momento dentro das próximas décadas, vamos voltar a Saturno. E quando fizermos, será para buscar aliens.

Tétis (direita), Titã e Encélado (topo e canto inferior esquerdo) vistos acima e abaixo do plano dos anéis de Saturno. Imagem: NASA/JPL/Space Science Institute, processada por Kevin M. Gill.

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?????? ???????-genesisl£»???? //emiaow553.com/nasa-marte-vida-impressao/ //emiaow553.com/nasa-marte-vida-impressao/#respond Thu, 24 Nov 2016 10:08:53 +0000 //emiaow553.com/?p=217868 Indícios de bioassinaturas em depósitos de sílica opalinas no planeta vermelho sugerem que já existiu vida em Marte.

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Se um dia conseguirmos provar a existência de vidas passadas em Marte, ela virá na forma de bioassinaturas, impressões digitais que só podem ter sido deixadas por organismos vivos. Estamos muito longe de encontrar essas evidências, mas uma análise de minerais de sílica encontrados pela sonda Spirit da NASA nos coloca um passo mais perto disso. Devido à sua semelhança com os depósitos de sílica moldados pela vida microbiana na Terra, esses minerais marcianos intrigantes agora estão sendo chamados de “bioassinaturas em potencial”.

�Sonda Curiosity encontrou um meteorito metálico perdido em Marte
�Estas novas imagens de formações rochosas de Marte são incríveis

Para deixar claro, isso não significa que a NASA descobriu vida em Marte, e sim que ela pode ter encontrado uma evidência de vida passada – o que por si só já é ótimo.

Um estudo publicado na semana passada na Nature Communications levanta uma nova possibilidade da vida já ter existido no passado em Marte, ao fazer uma ligação entre os depósitos de sílica opalina encontrados na cratera Gusev e os encontrados em El Tatio, um campo de gêiseres localizado nas montanhas dos Andes no norte do Chile.

Uma substância de aparência de borracha que forma nódulos sem a estrutura de cristal, a sílica opalina foi descoberta pela primeira vez em Marte pela sonda Spirit em 2007. Ela é tida como evidência de atividades vulcânicas ou hidrotermais antigas.

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Depósitos de sílica opalina em El Tatio, Chile. Foto por Steve Ruff.

“Este mineral, a sílica opalina, pode ser formado de diversos jeitos,” disse Steve Ruff, um cientista planetário da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA, e que comandou o estudo recente. “Ele pode se formar ao redor de uma fonte termal ou um gêiser, ou em fumarolas,” adicionou, se referindo às aberturas fumegantes em torno de vulcões que cospem gases quentes ricos em enxofre no ar.

Inicialmente, Ruff e seus colegas suspeitavam que os depósitos de sílica opalina encontrados pela Spirit tinham sido formados bilhões de anos atrás a partir de rochas basálticas que foram lixiviadas pelo ácido sulfúrico que saia das fumarolas. Mas conforme eles continuaram a análise dos dados, começaram a considerar outra possibilidade: o silicato opalino precipitando em águas quentes e ricas em minerais. Depois da Spirit ficar presa em 2009 e morrer em 2010, não havia nenhuma maneira de provar um ou outro cenário.

Há alguns anos, Ruff encontrou outro caminho. Lendo um artigo de vulcanologia, ele chegou a uma referência ao El Tatio, um sistema hidrotermal chileno localizado a 4.320 metros de altitude, onde fontes termais e canais de gêiseres contém depósitos de sílica opalina. O melhor é que muitos desses depósitos em El Tatio são bastante parecidos com os da cratera Gusev, e o ambiente frio e árido também lembra bastante o encontrado em Marte.

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Comparação entre as estruturas de sílica opalina encontradas em Marte (esquerda) com El Tatio (direita) em diversas escalas. Imagem: Ruff e Farmer

Para aprender mais sobre o que está formando os minerais de sílica opalina na Terra, Ruff e seu colega Jack Farmer viajaram para El Tatio para estudar o ambiente e coletar amostras para análises espectrais e imagens de alta resolução. Eles descobriram que os minerais de sílica em El Tatio se formam em águas hidrotérmicas superficiais, – e que os depósitos que mais parecem os marcianos ocorrem na presença de micróbios.

Especificamente, depósitos de sílica opalina que contam com os nódulos e as estruturas pequenas encontradas em Marte tendem a se formar ao redor de tapetes de micro-organismos conhecidos como biofilmes. Em alguns ambientes, os micróbios vão ativamente desencadear a formação mineral, mas esse não parece ser o caso em El Tatio.

“Neste momento, não podemos dizer que é um processo passivo,” disse Ruff. “Esses tapetes microbianos são formados em águas rasas, e começam a se conectar com o que está por perto – os nódulos de sílica. Conforme eles se agarram a esses nódulos, eles são revestidos em sílica.”

Pela aparência deles, as estruturas de El Tatio se formam como colônias de micróbios que tentam escapar da morte, desenvolvendo o biofilme para fora dos minerais de sílica até ficarem sepultados. O que levanta uma pergunta intrigante: se a sílica opalina em Marte foi formada em um ambiente parecido, é feita das mesmas coisas e tem o mesmo formato, então ela foi formada da mesma forma?

Não saberemos as respostas até conseguirmos enviar outra sonda até a cratera Gusev para coletar amostras, depois trazer essas amostras para a Terra, e analisá-las usando microscópios elegantes. A próxima sonda que os EUA deve enviar para o planeta vermelho está prevista para 2020 e ela deve coletar amostras para trazer para cá, mas seu local de pouso ainda não foi definido. Se os cientistas conseguirem mostrar que essas estruturas de sílica marcianas são microscopicamente parecidas com a Terra, talvez eles possam dizer que de fato estamos diante de uma bioassinatura.

Ou não. “Na minha opinião, [esses depósitos] podem muito bem existir devido a reações abióticas e são apenas ‘bioassinaturas em potencial’,” disse Rocco Mancinelli, um astrobiólogo da NASA que não esteve envolvido no estudo. “Minha aposta é que se trata de um fenômeno abiótico.”

Por enquanto, os depósitos permanecem sendo uma curiosidade, talvez um indício de vida extraterrestre passada, mas certamente de um mundo que não era nada parecido com Marte de hoje.

[Nature Communications]

Foto de topo: um gêiser visto de perto em El Tatio, um ambiente semelhante ao marciano no Chile.

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????? ??£»?????? ??? ???? //emiaow553.com/project-blue-alpha-centauri/ //emiaow553.com/project-blue-alpha-centauri/#respond Sun, 16 Oct 2016 18:19:15 +0000 //emiaow553.com/?p=214962 Um ambicioso projeto quer usar um telescópio espacial privado para fotografar nossos vizinhos cósmicos em busca de uma nova Terra.

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Quando astrônomos confirmaram a descoberta de um planeta parecido com a Terra orbitando Proxima Centauri a apenas 4,25 anos-luz de distância, surgiram novas esperanças para a existência de mais planetas que podem nos servir como lar na nossa vizinhança cósmica. Para descobrir isso, uma equipe de ex-cientistas da NASA está atrás de financiamento privado para vasculhar o sistema Alpha Centauri em busca de planetas habitáveis.

�Como conseguiremos descobrir se o exoplaneta Proxima b é realmente habitável

Nesta semana, o Instituto BoldlyGo lançou o Project Blue, um esforço ambicioso para descobrir mundos semelhantes à Terra ao redor de Alpha Centauri A ou B, com a construção de um pequeno telescópio espacial capaz de fotografar essas estrelas. É uma missão de alto risco e de possíveis altas recompensas, mas sem nenhuma garantia de sucesso; também não é o tipo de missão que costuma ser aprovada nos processos da NASA.

É por isso que, no que alguns cientistas estão chamando de sinal do futuro, o Project Blue conta com investidores privados para sair do papel. “Existe essa nova energia espacial por aí, com muita ciência com financiamento privado sendo feita,” disse o CEO da BoldlyGo Jon Morse ao Gizmodo.

Morse, que deixou seu cargo como chefe da divisão de astrofísica da NASA em 2011 porque ele queria “sair e tentar fazer alguma coisa grande,” acredita que está na hora certa para a ciência exoplanetária dar seu próximo passo. “Queremos ser os primeiros a conseguir imagens diretas de um exoplaneta parecido com a Terra ao redor de uma estrela como o Sol,” disse. Se conseguir o financiamento, sua missão de dois anos para conseguir isso deve ser lançada no final dessa década.

Localizado a cerca de 4,37 anos-luz da Terra, o sistema Alpha Centauri – que consiste em duas estrelas parecidas com o Sol, Alpha Centauri A e B, além da anã vermelha mais fria Proxima Centauri – cativa nossa imaginação há décadas. De clássicos a obras recentes de ficção científica, o sistema Alpha Centauri sempre é retratado como o próximo lugar do universo que a nossa espécie vai viver.

Muitos profissionais concordam com isso. “Nosso Sol vai morrer dentro de alguns bilhões de anos, e quando isso acontecer, vamos precisar de um novo lar,” disse Avi Loeb, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

Mas antes de enviarmos uma nave cheia de colonizadores, ou mesmo uma frota de nanonaves, tem uma coisa que precisamos saber logo: Alpha Centauri realmente tem planetas habitáveis?

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Alpha Centauri A (esquerda) e B (direita) acompanhadas pela Proxima Centauri (destacada em vermelho). Imagem: Wikimedia

Surpreendentemente, principalmente considerando que milhares de exoplanetas foram descobertos recentemente, essa não é uma questão fácil de se responder. Há anos astrônomos observam o sistema estelar vizinho usando o método de velocidade radial, que tenta atribuir pequenas oscilações nas curvas de luz estelar à força gravitacional dos planetas.

Em 2012, um grupo de astrônomos achou que tinha descoberto um novo planeta ao redor de Alpha Centauri B, usando como base as oscilações estelares. Eles até escreveram sobre na Nature, e o trabalho foi bastante divulgado. Mas observações posteriores colocaram em dúvida a descoberta. No fim das contas, a “evidência” da existência de Alpha Centauri Bb foi baseada em dados espúrios.

No ano passado, estudos do Hubble em Alpha Centauri coletaram evidências sobre um exoplaneta em trânsito; um que cruza a estrela na nossa linha de visão e produz uma sombra. Mas, novamente, não era nada conclusivo.

Apesar das frustrações e contratempos, ainda há muito interesse na exploração da habitabilidade de Alpha Centauri A e B, que podem em teoria abrigar planetas rochosos parecidos com o nosso. E, claro, recebemos notícias bastante empolgantes nos últimos meses, quando cientistas anunciaram um planeta rochoso na zona habitável de Proxima Centauri – apesar de ainda não sabermos se é possível a vida se sustentar ao redor da anã vermelha.

A melhor forma de responder essa questão é com a captura de fotos de Alpha Centauri. Mas a observação de imagens diretas de exoplanetas, que emitem milhões de vezes menos luz do que suas estrelas, já se provou difícil: astrônomos comparam com a tentativa de encontrar um vaga-lume próximo a um farol a quilômetros de distância. Até hoje, astrônomos só conseguiram capturar imagens de gigantes gasosos em órbitas distantes, e mesmo que tenhamos aprendido algo sobre esses mundos, eles não são exatamente os lugares ideais para abrigar vida.

Conseguir imagens diretas de Proxima b, que está dez vezes mais próximo à sua estrela do que a Terra em direção ao Sol, está fora de questão com a tecnologia atual. “A essa distância, a estrela é dez vezes mais brilhante do que o planeta,” disse Loeb. “Então é bem difícil separá-los.”

Mas Alpha Centauri A e B são estrelas mais quentes e brilhantes, e suas zonas habitáveis são mais distantes. O que significa que, se encontrarmos um alvo promissor, ele estará em uma órbita mais distante, onde a luz estelar é mais facilmente bloqueável. Não vai ser fácil conseguir uma foto bonitona, mas Morse e sua equipe do Project Blue acreditam que conseguem alguma coisa.

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O famoso “pálido ponto azul”, uma imagem capturada pela sonda Voyager quando observou a Terra a 6 bilhões de quilômetros de distância, mais ou menos o que o Project Blue pretende fazer ao redor do sistema Alpha Centauri. Imagem: NASA.

Para um sistema como Alpha Centauri, um ponto azul meio borrado pode ser visto com um telescópio de 50 cm, considerando que esse telescópio conte com um sistema ótico adaptativo e com um coronógrafo bloqueador de luz estelar, e considerando também que ele consiga observar seu alvo com alta precisão. “A convergência de tecnologias para ver um pequeno planeta próximo a uma estrela muito brilhante está começando a amadurecer,” disse Morse. “É nesse ponto que estamos hoje.”

Morse reconhece que o telescópio Project Blue vai custar entre US$ 25 e US$ 50 milhões para ser construído e lançado, o que é consideravelmente menos do que uma missão padrão da NASA, mas ainda assim não é exatamente troco de padaria. “A missão é modesta o bastante para conseguirmos fazer designs iniciais com uma campanha bem sucedida de financiamento coletivo,” disse, lembrando também que quando for a hora de construir o telescópio final, o projeto vai precisar atrair alguns “indivíduos ou fundações com bastante dinheiro.” Instituições parceiras, como o Instituto SETI, também podem contribuir na forma de conhecimento técnico.

Desde a natureza inerentemente arriscada até o foco estreito e calendário ambicioso, o Project Blue representa uma mudança radical em relação às últimas décadas de missões bilionárias de agências como a NASA. A exploração espacial privada é recente, um modelo ainda não testado, e não há certezas em relação ao nível do financiamento nem às possíveis descobertas.

Mas Morse acredita que ele tem uma grande chance de descobrir alguma coisa. Afinal de contas, sabemos pelo Kepler que a maioria das estrelas têm planetas, e que uma fração decente desses planetas estão em zonas habitáveis. Com Alpha Centauri A e B, temos duas chances.

Claro, se encontrarmos um novo pálido ponto azul no espaço, ele vai ser o alvo principal para grandes missões futuras, como o Telescópio Espacial James Webb e a próxima geração de telescópios extremamente grandes, que podem ser capazes de observar a atmosfera de um planeta próximo em mais detalhes.

Loeb, por sua vez, não está convencido de que um pequeno telescópio espacial pode fazer um trabalho melhor na busca por planetas parecidos com a Terra ao redor de Alpha Centauri do que um telescópio terrestre enorme como os da próxima década. Mas ele não está surpreso em ver astrônomos querendo fazer isso.

“O cenário para o financiamento privado mudou,” disse Loeb. “Hoje tem muito mais gente rica interessada no espaço, e vendo oportunidades de negócios no espaço. Eu acho que esse é o futuro.”

Imagem de topo: conceito artístico de um exoplaneta orbitando Alpha Centauri B. Via L. Calçada/Nick Risinger/Observatório Europeu do Sul

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??? ?? ?? ??£»?????? ??? //emiaow553.com/vida-alienigena-proxima-b/ //emiaow553.com/vida-alienigena-proxima-b/#respond Thu, 25 Aug 2016 16:16:16 +0000 //emiaow553.com/?p=210746 Os astrônomos confirmaram a descoberta do Proxima b, um planeta potencialmente habitável. Entenda como a vida poderia existir por lá.

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Depois de uma semana de especulações os astrônomos confirmaram a descoberta do Proxima b, um planeta potencialmente habitável na nossa estrela vizinha mais próxima, a Proxima Centauri. Engenheiros estão preparando uma viagem interestelar para procurar sinais de vida no exoplaneta, mas alguns especialistas alertam que anãs vermelhas como a Proxima Centauri talvez não sejam capazes de serem habitáveis.

�Novo exoplaneta parecido com a Terra pode ser a maior descoberta do século
�A NASA conseguiu encontrar uma nave espacial perdida em 2014

Para quem está se perguntando o que iremos descobrir na superfície do Proxima b �um deserto estéril ou uma biosfera alienígena vibrante �um estudo nos dá um pouco de otimismo. De acordo com especialistas em astrobiologia da Universidade de Cornell, a vida poderia, em teoria, evoluir para sobreviver em ambientes de alta radiação de uma anã vermelha ao converter os raios mais danosos da estrela em luz visível inofensiva. Sabemos que isso é possível graças a um mecanismo �chamado bio-fluorescência �que se desenvolveu diversas vezes aqui na Terra.

“A principal questão que irá surgir da descoberta [da Proxima b] é como você poderia imaginar vida naquele planeta” conta Lisa Kaltenegger, coautora do estudo, ao Gizmodo. “Eu acho que é justo utilizar a Terra como uma inspiração.”

Como seria a vida no Proxima B

Antes de continuarmos, um pouco de contexto sobre as anãs vermelhas. Elas são menores, mais frias e escuras do que o Sol e são as estrelas mais abundantes da galáxia. Elas têm uma grande expectativa de vida �a estimativa é de que a Proxima Centauri já tenha 250 milhões de anos terrestres e sobreviverá por mais de trilhões de anos. Além de tudo, pesquisas recentes mostram que as anãs vermelhas são ninhos de pequenos exoplanetas rochosos em uma zona habitável, onde a água líquida pode se formar. Todos esses fatores fazem com que elas sejam interessantes para se procurar vida alienígena.

Mas aqui vem um problema: o fato das anãs vermelhas serem tão fracas fazem com que a zona habitável seja muito, muito perto da estrela. A Proxima b fica a apenas 7,5 milhões de quilômetros da Proxima Centauri �quase dez vezes mais perto da órbita de Mercúrio ao redor do sol.

Numa órbita tão justa, algumas coisas podem acontecer. Por exemplo, o planeta pode passar a ter lados permanentemente claros ou escuros, o que poderia causar ventos atmosféricos fortíssimos e algumas dinâmicas climáticas bem malucas.

Além disso, muitas anãs vermelhas, incluindo a Proxima Centauri, produzem erupções poderosas que expelem rajadas de radiação no espaço diariamente. Como notam os cientistas que descobriram o novo exoplaneta, o Proxima b sofre com fluxos de raios-x aproximadamente 400 vezes maiores se comparado à Terra. De acordo com Kaltenegger, as explosões da Proxima Centauri provavelmente levam muita radiação UV para a superfície do planeta, o que pode danificar o DNA.

A vida conseguiria se manter num mundo assim? Se você viver no subsolo, talvez. Infelizmente para nós, essas circunstâncias tornariam as chances muito menores.

Mas Kaltenegger e Jack O’Malley argumentam em seu estudo, que foi enviado para o The Astrophysical Journal, que pode existir outro jeito. Alguns organismos construtores de recifes de corais possuem proteínas capazes de absorver a radiação UV e reemitir essa energia em ondas mais longas e seguras; um processo conhecido como bio-fluorescência. Ao “reduzir” as ondas mais agressivas do sol, acredita-se que os corais são capazes de estabelecer uma relação simbiótica com as algas e protegê-las dos danos dos raios UV.

biofluorescencia Bio-fluorescência em peixes. Foto por: Wikimedia.

A bio-fluorescência não é exclusividade dos corais �ela se desenvolveu de forma independente e em diferentes ocasiões, sugerindo que suas vantagens adaptativas são difusas.

Inspirados nessa observação, O’Malley James e Kaltenegger se propuseram a determinar como uma forma de vida bio-fluorescente poderia produzir um traço remotamente detectável num planeta que orbite uma anã vermelha. Utilizando proteínas fluorescentes de corais, eles modelaram uma assinatura espectral de um planeta com uma atmosfera semelhante à Terra numa zona habitável.

Eles descobriram que, se a bio-fluorescência estivesse presente na superfície do planeta â€?em forma de vida terrestre ou em bacias oceânicas superficiais â€?o planeta produziria uma bioassinatura distinta durante a emissão de raios UV. Basicamente, se houvesse vida, o planeta iria brilhar. “Você pode imaginar um mundo oceânico que é atingido por raios UV e de repente se acende,” disse Kaltenegger.

É uma ideia bem bonita �mas a bio-fluorescência iria oferecer proteção o suficiente num planeta como o Proxima b? Ninguém tem a resposta, em parte porque não sabem ainda qual é a quantidade de radiação UV que chega à superfície dele. Mas em experimentos em laboratório, bioengenheiros conseguiram ter bastante sucesso com as proteínas e chegaram a 100% de eficiência. Dado um ambiente de alta radiação, é lógico que a seleção natural pode fazer o mesmo.

Charles Mazel, que é biólogo especialista em corais e bio-fluorescência, enfatiza: mesmo que o mecanismo de Kaltenegger e O’Malley James seja uma proposta plausível, um organismo também lida com grandes quantidades de radiação UV ao dissipar a energia em forma de calor ou fazendo com que ela seja aproveitada em suas células, assim como as plantas aproveitam a luz visível para a fotossíntese. “A ideia da florescência é uma entre diversas estratégias possíveis,” contou ao Gizmodo por email. “Provável? Eu não posso dizer. Possível? Suponho que seja.”

Como chegaremos ao Proxima b

Uma das coisas mais animadoras em torno dessa ideia é que talvez os astrônomos sejam capazes de detectar o brilho da vida alienígena em de alguns anos, graças à nova geração de telescópios gigantes que estamos desenvolvendo. E se acabarmos nos deparando com alguns sinais brilhantes no Proxima b? É um grande motivo para a iniciativa espacial Breakthrough Starshot replanejar a rota de sua viagem interestelar.

Anunciada por Stephen Hawking e Yurni Milner no começo desse ano, a iniciativa Breakthrough Starshot é um programa de pesquisa e engenharia que visa preparar a base para as futuras viagens interestelares. O primeiro passo envolve a construção de “nanonaves�movidas a luz que podem viajar a até 20% da velocidade da luz. Tais espaçonaves conseguiriam chegar ao sistema estelar Alpha Centauri em cerca de 20 anos após o lançamento. Atualmente, os cientistas do projeto tentam demonstrar a viabilidade de usar feixes de laser potentes para impulsionar uma vela leve.

“Uma coisa que eu acho incrível [sobre a Breakthrough Starshot] é que se tornou possível falar de viagem interestelar,” disse Kaltenegger. “Pessoas estão levando isso a sério. Eu acho que falar sobre isso nos inspira, e colocar essa tecnologia ao nosso alcance, será uma coisa incrível.”

Imagem do topo: Conceito de um planeta brilhando, em resposta a uma erupção solar de uma anã vermelha. Jack O’Malley James.

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??? ?? Archives£»??? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/estudo-venus-habitavel/ //emiaow553.com/estudo-venus-habitavel/#respond Thu, 11 Aug 2016 11:19:35 +0000 //emiaow553.com/?p=209448 Por dois bilhões de anos, Vênus poderia ter tido temperaturas amenas semelhantes à Terra e oceanos de água líquida.

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Se você pudesse entrar em uma nave espacial que viaja no tempo, voltar três bilhões de anos e pousar em qualquer lugar em nosso sistema solar, para onde você iria? Para a Terra, com seus continentes estéreis e atmosfera irrespirável? Para Marte, uma versão mais fria de seu irmão mais velho? Talvez seja melhor ir para Vênus.

�Uma das melhores explicações para ainda não termos encontrado vida alienígena
�A Estação Espacial ganhou um dispositivo que pode ajudar a descobrir vida alienígena

Vênus tem uma reputação ruim por ser um inferno tóxico, mas há três bilhões de anos, ela pode ter sido o melhor local que nosso sistema solar tinha para oferecer – ou pelo menos, quase tão bom quanto a Terra.

Esta hipótese vem circulando há anos, mas está ganhando força graças a modelos climáticos desenvolvidos por pesquisadores do Instituto Goddard da NASA e de outros lugares.

Esses modelos mostram que, por dois bilhões de anos, Vênus poderia ter tido temperaturas amenas semelhantes à Terra e oceanos de água líquida, mesmo recebendo 40% mais radiação solar do que a Terra hoje. Mas isso depende se a Vênus antiga girava tão lentamente quanto a Vênus atual.

“Se Vênus estava girando mais rapidamente, esse cenário não é possível”, diz Michael Way, principal autor de um novo estudo na Geophysical Research Letters, ao Gizmodo. Mas, sob as condições certas, “você obtém temperaturas quase como a Terra. Isso é notável”.

Voltando a atenção para Vênus

A habitabilidade da Terra e de Marte vem mudando ao longo da vida do sistema solar. Evidências geológicas sugerem que Marte era muito mais úmido no passado distante, embora ainda haja o debate sobre se o planeta vermelho teve oceanos de água líquida, ou água congelada sob um manto de gelo.

A Terra, entretanto, oscilou entre estufa e pedra de gelo e estufa novamente, ao mesmo tempo acumulando oxigênio em sua atmosfera e se tornando um lugar mais favorável para a vida complexa.

Mas o que dizer de Vênus? A habitabilidade passada de vizinho mais próximo da Terra recebeu pouca atenção se comparada a Marte. Nosso viés pode vir do fato de que a Vênus atual é tão proibitiva, com sua atmosfera impenetravelmente espessa, nuvens tóxicas e pressão atmosférica quase 100 vezes maior que na Terra.

De fato, quando um planeta transforma várias naves espaciais em uma poça de gosma dentro de segundos, é natural que os cientistas fiquem frustrados e voltem sua atenção para outro lugar.

Ainda assim, só porque a Vênus atual é estranha e terrível, não significa que ela sempre foi desse jeito. Toda a superfície foi reformulada pela atividade vulcânica há cerca de 700 milhões de anos, e não temos ideia de como Vênus era antes disso.

No entanto, medições da razão isotópica de hidrogênio na atmosfera de Vênus indicam que o planeta costumava ter muito mais água – talvez suficientes para formar oceanos.

Vênus foi habitável?

Para saber se se Vênus já foi habitável, Way e seus colegas combinaram um conjunto global de dados topográficos, recolhidos pela sonda Magellan, com estimativas de água e radiação solar para a Vênus antiga. Toda esta informação foi conectada a modelos climáticos globais, semelhantes aos utilizados para estudar as mudanças climáticas na Terra hoje.

Os resultados iniciais foram animadores. Apesar do fato de que a Vênus antiga teria recebido muito mais luz solar do que a Terra moderna há 2,9 bilhões de anos, os modelos de Way previram uma temperatura superficial média de apenas 11 graus Celsius. Há 715 milhões de anos, a superfície só teria aquecido quatro graus – sugerindo que Vênus poderia ter tido um clima temperado durante pelo menos dois bilhões de anos.

Há, no entanto, um problema: esses números são inteiramente dependentes de a Vênus antiga ter uma topografia e características orbitais semelhantes à Vênus moderna. Quando Way rodou os modelos novamente, mas deu à Vênus de 2,9 bilhões de anos uma cara semelhante à Terra moderna, as temperaturas da superfície aumentaram consideravelmente.

“Queríamos ver qual efeito a topografia poderia ter tido sobre o estado do clima deste planeta”, disse Way. “Com certeza, ela teve um grande efeito.” A razão, diz ele, provavelmente tem a ver com as mudanças na quantidade de superfície reflexiva em Vênus, e uma dinâmica atmosférica em transformação.

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Pesquisas recentes sugerem que um poderoso “vento elétrico” em Vênus poderia ter ajudado a retirar o vapor de água da atmosfera do planeta. Imagem: NASA

Outra reviravolta fascinante tem a ver com a rotação de Vênus. Em seus modelos iniciais de 2,9 bilhões anos, Way fixou um período de rotação lenta de 243 dias terrestres. Mas quando ele fez Vênus girar em 16 dias terrestres, o planeta mais uma vez se tornou uma panela de pressão.

Isto tem a ver com padrões de circulação atmosférica, chamados de células de Hadley. “A Terra tem muitas células [de circulação] porque o nosso planeta gira rápido”, diz Way. “Mas se você a girar lentamente, você tem uma célula de circulação no norte, e outra no sul, ponto. Isso muda bastante a dinâmica atmosférica do planeta.”

Especificamente, uma Vênus que gira devagar desenvolve uma nuvem gigantesca bem onde os raios do sol atingem a superfície diretamente. Isso transforma a atmosfera de Vênus em um refletor solar gigante. Quando ela gira mais rapidamente, este padrão não se forma.

Vênus e a origem da vida

Embora o estudo não possa confirmar se Vênus já foi habitável, ele aponta para um cenário plausível em que isso poderia ter acontecido. É importante notar que a taxa de rotação de um planeta pode mudar drasticamente ao longo do tempo – a rotação da Terra está gradualmente desacelerando por causa da Lua – e alguns pesquisadores suspeitam que Vênus girava mais rapidamente no passado.

Mas não há nenhuma maneira fácil para nós descobrirmos. Poderíamos obter evidências indiretas, fazendo estudos de população em pequenos exoplanetas rochosos, em órbitas semelhantes a Vênus.

E, se Vênus foi um paraíso agradável por bilhões de anos, é de se imaginar que tipo de apocalipse levou à situação atual.

“Nós realmente precisamos de mais dados antes que possamos dizer mais”, diz Way. Mas, ele acrescenta, o estudo indica que planetas em órbitas semelhantes a Vênus não devem ser imediatamente considerados inabitáveis.

“Quanto a planetas em zona habitável, geralmente considera-se que Vênus não está nela”, diz ele. “E para a Vênus moderna, isso é certamente verdade. Mas, se você tem um planeta semelhante a Vênus em torno de uma estrela do tipo solar com uma rotação lenta, este poderia ser um lugar muito razoável para a vida existir, especialmente nos oceanos.”

Uma Vênus antigamente habitável também abre novas possibilidades sobre a origem da vida na Terra. A partir de meteoritos, sabemos que a Terra e Marte estavam trocando material no passado distante, o que levou astrobiólogos a perguntarem se o planeta vermelho teria semeado o nosso mundo com vida.

Mas se era tão provável que a vida surgiu em Vênus, este é mais um planeta a se analisar. Incrivelmente, não sabemos se existem meteoritos de Vênus aqui na Terra, porque nunca pudemos analisar uma rocha em Vênus para comparar. “Pode ser que a vida tenha começado em Vênus, e em seguida semeado a Terra”, diz Way. “Ou vice-versa.”

Será que Vênus (esquerda) costumava ser parecida com a Terra? Imagem: Wikimedia

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