뱅크 카지노;네임드 카지노;레고 카지노 //emiaow553.com/tag/aquecimento-global/ Vida digital para pessoas Fri, 25 Oct 2024 17:48:20 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png 카지노사이트 썬시티카지노 바카라사이트;카지노사이트킴 //emiaow553.com/tag/aquecimento-global/ 32 32 호루스토토 【보증업체】 2024-2025년 카지노 사이트 추천 //emiaow553.com/atividades-ao-ar-livre-serao-mais-raras-com-mudancas-climaticas-diz-estudo/ Fri, 25 Oct 2024 18:52:43 +0000 //emiaow553.com/?p=605154 Cientistas do MIT desenvolveram uma métrica para quantificar e projetar como as mudanças climáticas vão reduzir o número de dias ideais para atividades ao ar livre.

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Atividades ao ar livre, como caminhar, sair para jantar ou passear com pets, serão mais raras devido às mudanças climáticas, de acordo com um estudo do MIT.

Para entender os impactos das mudanças climáticas, cientistas do MIT desenvolveram o conceito de “dias ao ar livre? Essa métrica quantifica o número de dias em um ano em que as temperaturas são adequadas para atividades ao ar livre.

Os pesquisadores aplicaram o método em um estudo publicado no início deste ano para comparar o impacto das mudanças climáticas em diferentes países ao redor do mundo.

81 dias a menos para atividades ao ar livre no Brasil, segundo estudo

Os cientistas identificaram que o Hemisfério Sul sofreria o maior impacto em número de perdas de “dias ao ar livre? enquanto países ao norte poderiam ter mais dias disponíveis.

À época, em vez de estabelecer normas para definir condições aceitáveis ideais para atividades ao ar livre, os cientistas criaram um site em que é possível personalizar as condições e receber uma previsão de como as mudanças climáticas afetam determinado país.

Imagem: Screenshot/MIT/Reproduçao

Além disso, o site projeta o número de dias ideais para atividades ao ar livre entre o presente e o próximo século. Até 2100, com as mudanças climáticas, o Brasil vai perder 81 dias ideais para atividades ao ar livre.

Os cientistas destacaram que países como Bangladesh, Colômbia, Sudão e Indonésia já estão perdendo dias para atividades ao ar livre. Em contrapartida, Rússia e Canadá apareceram no estudo como países que ganharam mais dias para atividades.

“Impactos dos impactos das mudanças climáticas?/b>

Agora, um novo estudo, publicado no início deste mês pelo mesmo time de cientistas, avaliou os impactos das mudanças climáticas nas atividades ao ar livre nos EUA.

Aliás, o estudo coincide com cenários climáticos preocupantes na América do Norte, como incêndios florestais e o recente furacão Milton.

Assim, os pesquisadores dividiram os EUA em nove regiões, revelando que as mudanças climáticas tornarão atividades ao ar livre mais raras nos estados do sul. O impacto será maior sobretudo no sudeste, como na Flórida — devastada pelo furacão Milton.

Além disso, os pesquisadores investigaram a correlação entre atividades econômicas, como turismo, e as mudanças climáticas, focando, novamente, na Flórida.

A economia do estado depende bastante do turismo e o clima agradável atrai moradores e turistas. Portanto, a queda no número de dias para atividades ao ar livre pode impactar a economia do estado. O estudo classifica esse efeito como “os impactos dos impactos das mudanças climáticas?

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슬롯머신 규칙-용어;카지노사이트, 카지노;카지노사이트킴 //emiaow553.com/mundo-caminha-para-um-aquecimento-de-27c-neste-seculo-e-o-perigo-e-sem-precedentes/ Mon, 14 Oct 2024 15:39:48 +0000 //emiaow553.com/?p=602427 Dos 35 “sinais vitais?da Terra, como extensão do gelo marinho e situação das florestas, 25 estão em níveis preocupantes.

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Texto: Thomas Newsome / William Ripple / The Conversation

Não é preciso olhar muito longe para ver o que as mudanças climáticas estão fazendo com o planeta. A expressão “sem precedentes?está por toda parte este ano.

Estamos vendo tempestades tropicais sem precedentes que se intensificam rapidamente, como o furacão Helene no leste dos Estados Unidos e o super tufão Yagi no Vietnã. Incêndios sem precedentes no Canadá destruíram cidades. Uma seca sem precedentes no Brasil secou enormes rios e deixou grandes extensões de leitos de rios vazios. Pelo menos 1.300 peregrinos morreram durante o Hajj deste ano em Meca, quando as temperaturas ultrapassaram 50°C.

Infelizmente, estamos caminhando para algo muito pior. O novo relatório Estado do Clima 2024, produzido por nossa equipe internacional de cientistas, é mais um alerta grave sobre a intensificação da crise climática. Mesmo que os governos cumpram suas metas de emissões, o mundo poderá atingir 2,7°C de aquecimento – quase o dobro da meta do Acordo de Paris de 1,5°C. Todos os anos, monitoramos 35 “sinais vitais?da Terra, desde a extensão do gelo marinho até a situação das florestas. Este ano, 25 deles estão em níveis recordes, todos com tendências na direção errada.

Os seres humanos não estão acostumados a essas condições. A civilização humana surgiu nos últimos 10 mil anos sob condições benignas – nem muito quente, nem muito frio. Mas esse clima habitável está agora em risco. No tempo de vida de nossos netos, as condições climáticas serão mais ameaçadoras do que qualquer coisa que nossos parentes pré-históricos teriam enfrentado.

Nosso relatório mostra um aumento contínuo nas emissões de combustíveis fósseis, que permanecem no nível mais alto de todos os tempos. Apesar de anos de advertências dos cientistas, o consumo de combustíveis fósseis de fato aumentou, levando o planeta a níveis perigosos de aquecimento. Embora as energias eólica e solar tenham crescido rapidamente, o uso de combustíveis fósseis é 14 vezes maior.

Este ano também está sendo considerado o mais quente já registrado, com temperaturas médias diárias globais em níveis recordes durante quase metade de 2023 e grande parte de 2024.

No próximo mês, líderes mundiais e diplomatas se reunirão no Azerbaijão para as negociações climáticas anuais das Nações Unidas, a COP-29. Os líderes terão de redobrar seus esforços. Sem políticas muito mais fortes, as mudanças climáticas continuarão a se agravar, trazendo consigo mais frequentes e extremas condições climáticas.

Má notícia em cima de má notícia

Ainda não resolvemos o problema central: a queima rotineira de combustíveis fósseis. As concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa – especialmente metano e dióxido de carbono – ainda estão aumentando. Em setembro do ano passado, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera atingiram 418 partes por milhão (ppm). Em setembro deste ano, ultrapassaram 422 ppm. As emissões de metano, um gás de efeito estufa altamente potente, tem aumentado em uma taxa alarmante apesar das promessas globais de combatê-las.

Para piorar o problema, esforços para reduzir a poluição levaram ao recente declínio dos aerossóis atmosféricos. Essas pequenas partículas suspensas no ar são provenientes tanto de processos naturais quanto humanos e têm ajudado a resfriar o planeta. Sem esse efeito de resfriamento, o ritmo do aquecimento global pode se acelerar. Não sabemos ao certo porque os efeitos dos aerossóis ainda não foram medidos suficientemente bem.

Outras questões ambientais estão agora contribuindo para as mudanças climáticas. O desmatamento em áreas críticas, como a Amazônia, está reduzindo a capacidade do planeta de absorver carbono naturalmente, o que gera um aquecimento adicional. Isso cria um ciclo autoalimentado em que o aquecimento causa a morte das árvores, o que, por sua vez, aumenta as temperaturas globais.

A perda de gelo marinho é outro problema. À medida que o gelo marinho derrete ou deixa de se formar, a água do mar, mais escura, fica exposta. O gelo reflete a luz solar, mas a água do mar a absorve. Em escala maior, isso altera o albedo da Terra (o grau de reflexão da superfície) e acelera ainda mais o aquecimento.

Nas próximas décadas, o aumento do nível do mar representará uma ameaça crescente para as comunidades costeiras, colocando milhões de pessoas em risco de deslocamento forçado.

Acelerar as soluções

Nosso relatório enfatiza a necessidade de um fim imediato e abrangente do uso rotineiro de combustíveis fósseis.

Ele exige um preço global para o carbono, definido em um nível alto o suficiente para reduzir as emissões, principalmente dos países ricos com emissões altas.

A introdução de políticas eficazes para reduzir as emissões de metano também é fundamental, dada a alta potência do metano como gás estufa e sua curta vida “útil?na atmosfera. A redução rápida dos níveis de metano poderia diminuir a taxa de aquecimento do planeta no curto prazo.

Soluções climáticas naturais, como o reflorestamento e a restauração do solo, devem ser implementadas para aumentar a quantidade de carbono armazenada na madeira das árvores e em terra. Esses esforços devem ser acompanhados de medidas de proteção de áreas propensas a incêndios florestais e secas. Não faz sentido plantar florestas se elas vão queimar.

Os governos devem introduzir ainda políticas de uso da terra mais rígidas para reduzir as taxas de desmatamento e aumentar o investimento em gestão florestal, para reduzir o risco de incêndios grandes e devastadores e incentivar o uso sustentável da terra.

Não podemos deixar de lado a justiça climática. As nações mais pobres são as que menos contribuem para as emissões globais, mas geralmente são as mais afetadas pelos desastres climáticos.

As nações mais ricas devem fornecer apoio financeiro e técnico para ajudar esses países a se adaptarem às mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões. Isso pode incluir investimentos em energia renovável, melhoria da infraestrutura e financiamento de programas de preparação para desastres.

No âmbito internacional, nosso relatório pede compromissos mais fortes dos líderes mundiais. As políticas globais atuais são insuficientes para limitar o aquecimento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Sem mudanças drásticas, o mundo está a caminho de aproximadamente 2,7°C de aquecimento neste século. Para evitar pontos de inflexão catastróficos, os países devem fortalecer suas promessas climáticas, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e acelerar a transição para a energia renovável.

Mudanças políticas imediatas e transformadoras são necessárias agora se quisermos evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.

As mudanças climáticas já estão aqui. Mas podem ficar muito, muito pior. Ao reduzir as emissões, impulsionar soluções naturais e trabalhar em prol da justiça climática, a comunidade global ainda pode se defender da pior versão do nosso futuro.

Este artigo foi originalmente publicado em Inglês

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17벳;보증 카지노사이트 검증 토토사이트;온카패스 //emiaow553.com/ambiente-boas-praticas-produtivas-podem-reduzir-emissoes-de-carbono-no-campo/ Tue, 08 Oct 2024 12:13:48 +0000 //emiaow553.com/?p=600882 Manter a palha sobre o campo e aprimorar os cuidados como o solo contribui para a redução de gases de efeito estufa na agricultura

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Texto: Domingos Zaparolli e Yuri Vasconcelos / Revista Pesquisa Fapesp

Remover de forma indiscriminada a palha da cana-de-açúcar do campo após a colheita pode reduzir os estoques de carbono no solo e elevar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Já se sabia que a palha usada nas usinas para a produção de etanol celulósico (2G) e de eletricidade fornece vários serviços ecossistêmicos, como retenção de água no solo e controle de erosão. Agora, um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBR-CNPEM), em Campinas, mostrou que também é importante para a garantia de estoque de carbono no solo.

Enquanto cresce, a cana captura dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e o acumula na palha, no colmo e nas raízes. Quando a cana é colhida, a palha é deixada no campo e, com o tempo, o CO2 nela contido se transforma em carbono estabilizado no solo. A transferência de carbono da atmosfera para o solo favorece o balanço de emissões do setor.

“Foi a primeira vez que uma pesquisa incluiu os estoques de carbono do solo na contabilização das emissões de GEE do ciclo de vida da bioenergia derivada da palha? conta o engenheiro-agrônomo Ricardo Bordonal, primeiro autor de um artigo com esses resultados publicado em julho na revista Science of the Total Environment. “Utilizando modelos de simulação e avaliação do ciclo de vida, concluímos que, dependendo da quantidade de palha removida, os benefícios ambientais quanto ao balanço de GEE variam.?/p>

Os pesquisadores avaliaram o impacto no balanço de carbono por meio de três cenários: remoção de 100% da palha, de 50% e de 0%. “Para a produção de bioeletricidade nas usinas, não vale a pena retirar a palha? diz Bordonal. “Como o Brasil já tem uma matriz elétrica limpa, que emite pouco carbono, é mais vantajoso deixar a palha no campo para que o carbono contido nela seja fixado no solo.?/p>

De acordo com esse estudo, apoiado pela FAPESP e pelo projeto Sugarcane Renewable Electricity (SUCRE) do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, a remoção para a produção de etanol 2G, contudo, pode ser vantajosa. “A retirada orientada de 50% da palha do campo para a produção de etanol celulósico é eficaz na mitigação das emissões de GEE, já que a substituição de gasolina por etanol no carro leva a uma redução da emissão de CO2 que compensa o carbono que seria acumulado no solo? comenta Bordonal. Segundo ele, quando se remove toda a palha, a perda, em termos de fixação de carbono, porém, é maior e não compensa.

“A pesquisa traz uma mensagem forte para o setor. Não há custo zero em tirar a palha para produzir etanol 2G ou bioeletricidade? diz o engenheiro-agrônomo Maurício Cherubin, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e vice-coordenador do Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon-USP), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela FAPESP. “Sempre que se deixa a palha no campo, é possível acumular entre 400 quilos [kg] e 500 kg de carbono por hectare por ano.?/p>

Sistema de integração lavoura-pecuária-floresta é outra estratégia para reduzir a emissão de gases de efeito estufa

Sistema de integração lavoura-pecuária-floresta é outra estratégia para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Imagem: Gisele Rosso? Embrapa

Para reduzir as emissões

Esse estudo reflete o esforço para aprimorar os cuidados com o solo e reduzir as emissões de GEE da agropecuária brasileira, responsável por 27% dos 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO₂e) emitidos no país em 2022, correspondentes a 9,6 toneladas por hectare; gás carbônico equivalente é uma medida internacional que estabelece a equivalência entre todos os GEE (metano, óxido nitroso e outros) e o CO2.

“Técnicas produtivas mais sustentáveis poderiam auxiliar a agropecuária brasileira a superar a condição de emissora líquida de GEE e se tornar protagonista no esforço do país para conter as mudanças climáticas? ressalta o engenheiro-agrônomo da Esalq Carlos Eduardo Cerri, coordenador do CCarbon-USP. “São técnicas que substituem os sistemas baseados em monoculturas por modelos que promovem a biodiversidade. Melhoram a saúde do solo, reduzem as emissões de GEE e promovem o sequestro de carbono no solo.?Instituído oficialmente em setembro de 2023, o centro, sediado na Esalq, em Piracicaba, reúne cerca de 40 pesquisadores e 90 bolsistas.

Para o engenheiro-agrônomo Guilhermo Congio, a criação de um centro de pesquisa em carbono voltado à agricultura tropical pode trazer benefícios ao país: “Além da redução das emissões de GEE, o CCarbon-USP poderá elucidar questões relativas à segurança alimentar, à economia de baixo carbono, ao desenvolvimento social, entre outras? Congio trabalha no Instituto de Pesquisa Nobel, nos Estados Unidos, que desenvolve técnicas para reduzir os impactos ambientais da produção de bovinos de corte. “Em um de nossos projetos, buscamos quantificar métricas de saúde do solo para ambientes de pastagens e vinculá-las a ferramentas de sensoriamento remoto, bem como determinar como as práticas dos pecuaristas impactam a saúde do solo e o sequestro de carbono em pastagens nativas e cultivadas? relata.

Sistemas produtivos inspirados em processos naturais conhecidos como soluções baseadas na natureza (SbN) geram sustentabilidade, produtividade e serviços ambientais, como o sequestro de carbono, argumentam pesquisadores agora associados ao CCarbon-USP em um estudo de março de 2023 na Green and Low-Carbon Economy. São exemplos de SbN a ocupação de uma mesma área para produção agrícola, criação de animais e plantio de árvores (ver Pesquisa FAPESP nº 314), uso de biofertilizantes e controle biológico de pragas.

“Temos a possibilidade de substituir um ciclo produtivo de pouca atenção ao ambiente por outro, que aproveita a capacidade natural das plantas de capturar carbono da atmosfera e a do solo de armazenar esse carbono? diz Cherubin. Segundo ele, uma área agrícola com solo saudável é capaz de reter o carbono por longo tempo: “O carbono enriquece o solo com nutrientes e gera ganhos de produtividade? Por sua vez, o aumento na produção vegetal proporciona mais sequestro de CO2, o que resulta em áreas ainda mais ricas e produtivas.

Inversamente, o solo degradado leva à baixa produtividade e capacidade de reter carbono, que em grande parte retorna à atmosfera como CO2. Quanto mais degradado o solo, maior a dependência de fertilizantes nitrogenados para estimular o crescimento das plantas. Esses fertilizantes são compostos petroquímicos, cujo processo produtivo é realizado mediante emissões de gases poluentes. Além disso, o uso de fertilizante nitrogenado para adubar as plantas resulta na emissão de óxido nitroso (N₂O), um GEE 300 vezes mais potente do que o CO?

A biodiversidade microbiana

A saúde do solo depende de sua composição mineral e da biodiversidade vegetal e microbiana. Sistemas produtivos intensivos baseados em monoculturas ?por exemplo, de grãos, cana-de-açúcar ou pasto para o gado ?empobrecem o solo. Uma linha de pesquisa do CCarbon-USP examina como as mudanças na composição e na atividade do microbioma do solo poderiam interferir no sequestro de carbono nos sistemas agrícolas.

“Vamos utilizar as abordagens microbiológicas mais consolidadas, como sequenciamento e quantificação massiva de genes, metagenômica [estudo da comunidade de microrganismos de determinado ecossistema] e bioinformática? diz o engenheiro-agrônomo da Esalq e do CCarbon-USP Fernando Dini Andreote. Um dos objetivos é propor formas para reduzir o uso de fertilizantes nitrogenados e defensivos agrícolas, gerando menor emissão de GEE.

A agricultura brasileira já adota técnicas para preservar a biodiversidade e promover a saúde do solo, como a rotação de culturas, que alterna as espécies vegetais em uma mesma área, e o plantio direto, no qual os resíduos da colheita permanecem sobre o terreno e a semeadura é feita sobre o solo não revolvido mecanicamente. Segundo Cerri, o plantio direto absorve até meia tonelada de CO?por hectare por ano.

Área com crotalária, leguminosa de rápido crescimento, usada para fixar nitrogênio no solo, em rotação com o algodão.

Área com crotalária, leguminosa de rápido crescimento, usada para fixar nitrogênio no solo, em rotação com o algodão. Imagem: Valdinei Soffiati? Embrapa

Converter áreas de pastagens degradadas e agricultura convencional em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ou sua versão sem o plantio de árvores (ILP) também poderia reduzir a emissão de GEE. “O solo de sistemas integrados é um potencial dreno para metano [CH4], consumindo entre 0,8 e 1 kg do gás por hectare por ano. Já a transição de monocultura de pastagens para sistemas integrados reduziu a emissão de óxido nitroso em até 1,63 kg por hectare por ano? informa o engenheiro-agrônomo Wanderlei Bieluczyk, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP e primeiro autor de um estudo da edição de junho na Journal of Cleaner Production que detalha esses resultados. Gás 30 vezes mais danoso que o CO? o metano é produzido na digestão de bovinos e liberado principalmente por meio de arrotos.

Financiada pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), apoiado pela FAPESP, a pesquisa revelou que a conversão de pastagem degradada em sistemas integrados tem o potencial de reduzir a intensidade de metano entérico gerado pelo gado com eliminação de até 122 gramas do gás por quilo de ganho de peso diário médio. “Basicamente se produz a mesma quantidade de carne com uma queda de cerca de 25% da emissão de metano entérico? calcula Bieluczyk. O Brasil detém o maior rebanho bovino comercial do mundo, com aproximadamente 220 milhões de animais.

Para Congio, é importante que as estimativas do balanço de carbono da agropecuária no Brasil adotem uma padronização nas unidades de fluxos dos GEE ?recomendação feita no artigo científico de Bieluczyk. “Muitos estudos usam fatores de conversão dos GEE recomendados pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas], que são geralmente baseados em trabalhos desenvolvidos em condições de clima temperado e sistemas de produção distintos dos tropicais.?/p>

Um dos propósitos do CCarbon-USP é identificar combinações de plantas e formas de ocupação do solo mais adequadas para compor um sistema de produção que proporcione maior retenção de carbono, torne o solo mais saudável e aumente a produtividade agrícola. Os pesquisadores miram as plantas de cobertura, como braquiárias, crotalárias, milheto e sorgo, usadas entre o plantio das culturas principais.

“Depois da colheita da soja, por exemplo, o agricultor deve utilizar uma dessas plantas para, literalmente, cobrir o solo? explica Cherubin. “Elas têm um papel crucial, pois ajudam a ciclar nutrientes, fixar nitrogênio atmosférico, sequestrar carbono, controlar nematoides e proteger o solo contra o impacto das gotas da chuva e da erosão.?Segundo ele, na última safra, por causa das altas temperaturas, algumas lavouras de Mato Grosso precisaram fazer três replantios por não ter o solo coberto com a palhada.

Em julho, o grupo de pesquisa em manejo e saúde do solo da Esalq, associado ao CCarbon-USP, publicou o e-book Guia prático de plantas de cobertura: espécies, manejo e impacto na saúde do solo, com o propósito de auxiliar os agricultores a planejar melhor a janela de cultivo. “Imprimimos 3 mil cópias e entregamos a produtores rurais em um evento na Bahia? relata Cherubin. Segundo ele, a agropecuária é bastante vulnerável às mudanças climáticas. “Hoje, é parte do problema, emitindo GEE. Pretendemos mostrar ao produtor que, adotando práticas de manejo sustentáveis, ele pode ser parte da solução, sequestrando carbono e revertendo esse carbono em ganho de produtividade. O maior beneficiário será o próprio produtor rural.?/p>

A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>Carbono como aliado?na edição impressa nº 343, de setembro de 2024.

Projetos
1.
Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon) (no 21/10573-4); Modalidade Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid); Pesquisador responsável Carlos Eduardo Pellegrino Cerri (USP); Investimento R$ 26.319.364,85.
2. Efeito da mudança do uso da terra e das práticas de manejo de cana-de-açúcar no C do solo, na saúde do solo e nos serviços ecossistêmicos associados: Uma síntese de evidências (no 23/11337-8); Modalidade Bolsa de Pós-doutorado; Pesquisador responsável Maurício Roberto Cherubin (USP); Bolsista Carlos Roberto Pinheiro Junior; Investimento R$ 244.824,36.
3. Implicações da expansão e intensificação do cultivo da cana-de-açúcar nos serviços ecossistêmicos do solo (nº 18/09845-7); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Regular; Pesquisador responsável Maurício Cherubin (USP); Investimento R$ 158.472,12.
4. Dinâmica do carbono do solo e balanço de gases de efeito estufa: Implicações da remoção da palha de cana-de-açúcar para produção de bioenergia (nº 17/23978-7); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Regular; Pesquisador responsável Ricardo Bordonal (CNPEM); Investimento R$ 83.507,09.

Artigos científicos
BORDONAL, R. O. et al. Carbon savings from sugarcane straw-derived bioenergy: Insights from a life cycle perspective including soil carbon changes. Science of the Total Environment. 11 jul. 2024.
DENNY, D. M. T. et al. Carbon farming: Nature-based solutions in Brazil. Green and Low-Carbon Economy. v. 1, n. 3, p. 130-7. 4 mai. 2023.
BIELUCZYK, W. et al. Greenhouse gas fluxes in Brazilian climate-smart agricultural and livestock systems: A systematic and critical overview. Journal of Cleaner Production. v. 464, 142782. 20 jul. 2024.

Livro
CHERUBIN, M. Guia prático de plantas de cobertura: espécies, manejo e impacto na saúde do solo. USP. jun. 2024.

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온라인카지노선택;바카라사이트,카지노사이트,온라인카지노사이트 //emiaow553.com/tronco-de-arvore-de-3-775-anos-pode-revolucionar-mudancas-climaticas/ Sun, 06 Oct 2024 23:00:01 +0000 //emiaow553.com/?p=599308 A chave para revolucionar as mudanças climáticas podem ser os fatores ambientais que permitiram a preservação do tronco por mais de 3 mil anos

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Um simples tronco de árvore, embora muito velho, pode ser uma das principais ferramentas para revolucionar as estratégias de combate às mudanças climáticas.

Cientistas da Universidade de Maryland, nos EUA, analisaram um tronco de uma árvore de 3.775 anos e o solo onde ele foi escavado, revelando possível solução para o clima.

Segundo um estudo publicado na última sexta-feira (27/9), o velho tronco de árvore perdeu menos de 5% de dióxido de carbono durante seus 3.775 anos de existência.

Isso ocorreu graças à baixa permeabilidade do solo de barro que cobria o tronco, segundo afirma o estudo. O professor Ning Zeng, co-autor da pesquisa, afirmou que a madeira do tronco está em bom estado, sendo “possível fabricar um ótimo móvel?

Mas como esse tronco ancião pode revolucionar as mudanças climáticas?

Tronco se preservou por 3.775 anos devido ao solo 

A chave para revolucionar as mudanças climáticas podem ser os fatores ambientais específicos que permitiram que esse tronco de árvore estivesse em perfeito estado por 3.775 anos.

Zeng encontrou o tronco em 2013, quando estava conduzindo um projeto-piloto de enterro de madeiras, em Quebec, no Canadá. Segundo o professor, encontrar o tronco de árvore de 3.775 anos foi como um milagre.

Os ecologistas que estavam com o pesquisador identificaram o tronco como pertencente à árvore zimbro-da-virgínia e o pesquisador relembra exatamente a sensação de euforia.

Apesar das evidências de preservação, o próximo passo era identificar como os cientistas criariam um cofre para a preservação do velho tronco não fugir.

O tronco de 3.775 em perfeito estado de conservação. Imagem: Universidade de Maryland/Divulgação

Pouco tempo depois de Zeng encontrar possível salvação das mudanças climáticas, o ministério da agricultura de Quebec conduziu uma análise de carbono para determinar a idade do tronco.

Em 2021, outro professor da Universidade de Maryland, Liangbing Hu, auxiliou Zeng nas análises das estruturas microscópicas e composição química do tronco de 3.775 anos.

Após comparar os resultados com um zimbro-da-virgínia recente, os cientistas descobriram a pequena perda de carbono do tronco ancião.

Portanto, a solução para enterrar madeiras para salvar o clima é a baixa permeabilidade do solo barroso que permitiu que tronco se preservasse por todo esse período de tempo.

O solo evitou a infiltração de fungos e insetos, bem como desacelerou a entrada de oxigênio no tronco.

Enterrar tronco de árvore pode revolucionar mudanças climáticas, mas a tarefa não é fácil

Solos de barro são comuns, então a técnica de enterrar madeira seria uma opção viável e de baixo custo em muitas partes do mundo.

No entanto, essa solução precisa ser implementada ao lado de outras táticas para reduzir o aquecimento global, sobretudo conter as emissões.

“As pessoas pensam: ‘quem não consegue escavar um buraco e enterrar uma madeira?? Mas, olhe só, quantos caixões de madeiras já foram enterrados na história da humanidade? E quantos desses caixões sobreviveram? Por isso, precisamos das condições certas para uma escala de tempo de preservação de centenas ou milhares de anos? afirma Zeng.

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벳박스 토토 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/colapso-de-geleira-da-antartida-pode-ser-irreversivel-descobrem-cientistas/ Sat, 28 Sep 2024 17:45:23 +0000 //emiaow553.com/?p=597051 Segundo os cientistas, apenas o colapso dessa geleira pode elevar o nível do mar em 65 centímetros, o que pode causar impactar a camada de gelo

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Após seis anos investigando o futuro da glaciar Thwaites, na Antártida, cientistas revelaram que o colapso da “Geleira do Juízo Final?/a> pode ser irreversível. Veja mais abaixo.

Em um relatório publicado na última sexta-feira (20), os cientistas norte-americanos apresentaram os resultados de suas observações sobre o risco de colapso da geleira.

A “Geleira do Juízo Final?é uma enorme massa de gelo cuja extensão se compara a do estado de São Paulo. Portanto, apenas o colapso dessa geleira pode elevar o nível do mar em 65 centímetros.

E essa elevação do nível do mar pode causar o derretimento da camada de gelo na região ocidental da Antártida, consequentemente, elevando o nível do mar em 3,3 metros.

Desse modo, cidades litorâneas, inclusive no Brasil, correm o risco de estar debaixo d’água em um futuro próximo.

“Até o final deste século, ou no início do próximo, é bem provável que veremos um rápido aumento na quantidade de gelo derretendo na Antártida? afirma Ted Scambos, glaciologista da Universidade do Colorado.

Scambos ressalta que o colapso da “Geleira do Juízo Final?é bastante provável, segundo as pesquisas conduzidas durante seis anos, com mais de 100 cientistas observando a situação da geleira da Antártida.

Reduzir emissões podem evitar colapso de geleira

A investigação, liderada pela International Thwaites Glacier Collaboration (ITGC), projeto de pesquisa dos EUA e do Reino Unido, enviou 100 cientistas à “Geleira do Juízo Final? Os pesquisadores conduziram o estudo sobre as dinâmicas dessa geleira da Antártida e seu possível colapso.

Os cientistas descobriram que o colapso da geleira da Antártida pode ser acelerado conforme as emissões de CO2. Contudo, a “Geleira do Juízo Final?apresenta instabilidade em quase todos os cenários de emissões dos modelos climáticos.

Por isso, a pergunta não é “se? mas, sim, “quando?vai ocorrer o colapso da geleira. Segundo os cientistas, é difícil cravar uma data exata par ao colapso da geleira, mas a principal estimativa é durante o fim do século 23.

A boa notícia é que a humanidade ainda tem tempo para realizar esforços que podem evitar o colapso da geleira, reduzindo as emissões de carbono que afetam a Antártida.

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바카라-온라인카지노-하는법 //emiaow553.com/chuva-incomum-faz-saara-ficar-verde-em-imagens-de-satelite/ Mon, 23 Sep 2024 19:37:42 +0000 //emiaow553.com/?p=597083 Segundo a NASA, o volume de chuva, além de tornar o Saara mais verde, superou a expectativa anual para a região do deserto.

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Partes do deserto do Saara estão mais verdes devido às chuvas incomuns que afetaram o Norte da África neste mês. Imagens de satélite da NASA revelaram essa transformação, evidenciando o impacto das mudanças climáticas em regiões que são tradicionalmente secas, como o Norte da África.

Neste mês, a região teve cinco vezes mais chuva que a média histórica. Além disso, enchentes afetaram mais de 4 milhões de pessoas em 14 países, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas).

Por que o Saara está mais verde?

Segundo especialistas, o Saara ficou verde devido ao deslocamento da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), uma região próxima à linha do Equador, onde ventos dos dois hemisférios da Terra se encontram.

Cientistas ainda não sabem o motivo por trás do deslocamento da ZCIT para o norte, mas sugerem que o aumento das temperaturas no Atlântico Norte podem explicar o fenômeno. 

Além disso, essa mudança tem a ver com o aquecimento global atingindo o Hemisfério Norte, que possui mais porção de terra “fazendo com que a ZCIT se mova para o norte?

Os satélites da NASA detectaram a densidade da vegetação no Saara, mostrando áreas mais verdes nos 15 primeiros dias de setembro.

As imagens mostram que o aumento da parte verde no Saara ocorreu na região do deserto que passa pela Mauritânia, Nigéria, Sudão e Chade. Outros países do norte e centro da África também apresentaram a mudança.

Mapa gerado pelo satélite da NASA mostra vegetação verde no Saara após chuvas no início de setembro. Imagem: NASA/Reprodução

Por outro lado, países ao sul do deserto, como Gana e Camarões, tiveram a maior queda de áreas verdes no Saara em comparação ao ano passado.

A NASA documentou essa mudança abrupta no cenário do deserto após um ciclone extratropical atingir o noroeste do Saara. O ciclone, que ocorreu nos dias 7 e 8 de setembro, inundou áreas do Marrocos e da Argélia, formando pequenos lagos nos países.

Segundo a NASA, o volume de chuva, além de tornar o Saara mais verde, superou a expectativa anual para o deserto. O documento destaca, ainda mais, os impactos das mudanças climáticas.

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먹튀검증 Archives;바카라 게임- 온라인 카지노 사이트  //emiaow553.com/cientistas-ja-tem-data-para-o-derretimento-de-todo-gelo-da-antartida/ Sat, 21 Sep 2024 16:04:34 +0000 //emiaow553.com/?p=594903 Segundo o estudo, que observou modelos climáticos individuais sobre o gelo existente, o futuro das geleiras da Antártida será incerto após 2100.

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Mais de 50 cientistas climáticos publicaram um estudo cravando a data para o derretimento de todo o gelo da Antártida. Em um estudo publicado no último dia 4, cientistas lançam a primeira grande projeção de como as emissões de carbono podem causar o deterretimento total do gelo da Antártida nos próximos 300 anos.

Segundo o estudo, que observou modelos climáticos individuais sobre o gelo existente, o futuro das geleiras da Antártida será incerto após 2100.

Os cientistas combinaram dados de 16 modelos individuais e descobriram que o derretimento de todo o gelo da Antártida vai aumentar, embora gradualmente, nos próximos anos.

No entanto, essa consistência vai acabar após 2100, segundo os modelos dos cientistas, que observam o derretimento do gelo da Antártida sobre o nível atual das emissões.

Os cientistas, portanto, criaram um modelo que mostra como seria o derretimento da camada de gelo da Antártida em cenários de alta e baixa emissão de carbono até 2300.

Desse modo, os cientistas revelaram, através de experimentos numéricos, a projeção para o derretimento de todo o gelo da Antártida. Segundo o estudo, o evento ocorrerá a partir de 2300 devido a um aumento no nível do mar que ocorrerá um século antes.

Cientistas alertam sobre o papel das emissões

“Quando conversamos com autoridades sobre o aumento do nível do mar, eles focam, na maioria das vezes, no que vai acontecer até 2100. Há pouquíssimos estudos abordando o que acontecerá após essa data? afirma Hélène Seroussi, autora do estudo.

Segundo Seroussi, o estudo fornece as projeções de longo prazo que não existiam antes. No entanto, os cientistas revelaram que os modelos mostram uma variação na data exata do derretimento de todo o gelo.

Por outro lado, a velocidade do derretimento se manteve consistente em ambos os modelos, de acordo com o estudo.

“Apesar das emissões atuais de carbono terem apenas um impacto modesto nos modelos com projeções para este século, a diferença entre como os cenários de baixa e alta emissão contribuem para o aumento do nível do mar cresce exponencialmente após 2100. Esses resultados confirmam o óbvio: é crucial reduzir as emissões para proteger as próximas gerações? afirma o estudo.

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더완다카지노;aven 카지노 - 생중계카지노 //emiaow553.com/bacterias-nos-troncos-das-arvores-da-amazonia-sao-capazes-de-absorver-metano/ Fri, 20 Sep 2024 17:15:08 +0000 //emiaow553.com/?p=596417 Estudo de grupo internacional indica que o comportamento se dá em áreas não alagadas

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Texto: Maria Guimarães/Revista Pesquisa Fapesp

Bactérias que habitam as cascas das árvores parecem ser capazes de absorver um dos mais importantes gases do efeito estufa, o metano (CH4), conforme indica artigo publicado esta semana (24/7) na revista Nature. Isso é importante porque, ao longo da última década, medições de gases que contribuem para o aquecimento global indicaram que a floresta amazônica poderia estar contribuindo para o problema, em vez de ser a solução. A entrada em cena dos novos atores sugere uma equação mais complexa do que parece, além de propor armas adicionais na busca pela mitigação dos danos globais agravados pela ação humana.

As coletas na Amazônia vêm sendo feitas desde 2013 por um grupo internacional liderado pelo biólogo brasileiro Alex Enrich Prast, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) atualmente na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o grupo do biólogo britânico Vincent Gauci, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido. “Nós mediamos os fluxos de metano na floresta com baldinhos, enquanto outros faziam monitoramento com aviões? conta Prast. Além do trabalho em que está envolvido, ele se refere ao liderado pela química Luciana Gatti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que, por meio de monitoramento aéreo colhendo ar em diferentes regiões da Amazônia, detectou um volume de emissões maior do que o esperado entre 2011 e 2013.

O trabalho dos pesquisadores de campo trouxe a explicação: o metano formado no solo sem oxigênio das áreas alagadas é processado pelas bactérias associadas às raízes das árvores, que funcionam como chaminés que lançam à atmosfera o gás nocivo. A união dos esforços dos dois grupos constatou que as árvores nessas áreas de várzea emitiam tanto metano quanto o que é liberado pelo oceano inteiro, como descreveram em artigo da mesma Nature, em 2017.

De lá para cá, Prast, Gauci e outros colaboradores continuaram a carregar seus equipamentos pelo meio da floresta e perceberam que muitas vezes as árvores fazem o contrário do que os resultados anteriores tinham levado a temer: assimilam mais do que emitem, funcionando como sumidouros de metano. Isso acontece nas próprias várzeas, quando não estão alagadas e têm oxigênio no solo, e também ?e principalmente ?em florestas de terra firme, não alagáveis.

Faltava entender por quê. Para isso, prenderam às árvores, em diferentes alturas, aparatos que funcionam como câmaras detectoras de gases e mostraram que os troncos absorvem CH4. Mais especificamente, a microbiota do tronco das árvores, que por isso é classificada como metanotrófica, ou consumidora de metano. “Vimos que a assimilação é maior na porção mais alta do tronco? completa Prast. Nas várzeas a absorção também acontece, mas não é visível no balanço de emissões na estação alagada devido ao metano produzido no solo sem oxigênio.

Os pesquisadores também coletaram amostras da madeira em diferentes alturas, das quais extraíram DNA. “Já identificamos, na microbiota do tronco, algumas bactérias que oxidam metano.?Os pesquisadores já sabem também que há diferenças, por exemplo, na comunidade microscópica das cascas mais lisas ou mais rugosas. Por isso, mais adiante, será importante caracterizar a composição em diferentes espécies vegetais ?algo que ainda não foi feito pela dificuldade de se identificar todas as árvores em campo.

Na Amazônia, as medições foram feitas na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã, em Rondônia, às margens do rio Madeira e cerca de 130 quilômetros (km) a nordeste de Porto Velho. Os cálculos indicam que a absorção de carbono pela superfície dos troncos em florestas maduras equivale a 15% da absorção média de todo o carbono pela biomassa vegetal da Amazônia, um valor significativo. Prast agrega que a absorção detectada foi maior que a realizada pelo solo, cuja microbiota era até agora considerada a protagonista nesse ciclo gasoso, e que o fluxo de metano nas folhas ?que também abrigam todo um ecossistema microscópico ?não é considerável.

O estudo incluiu análises semelhantes na floresta Gigante, na ilha de Barro Colorado, uma estação de pesquisa no Panamá, na floresta temperada de Wytham, no Reino Unido, e em Skogaryd, floresta hemiboreal de coníferas na Suécia. A comparação entre os ecossistemas deixou claro um gradiente associado à temperatura. Os troncos absorvem mais metano em climas mais quentes ?Amazônia e Gigante, em escala equivalente ?do que na vegetação britânica e, por fim, na sueca. “Provavelmente essa diferença diz respeito à capacidade de a microbiota se manter nas diferentes temperaturas? sugere Prast.

Câmaras com sensores permitiram medir a troca de gases

Câmaras com sensores permitiram medir a troca de gases. Imagem: Nathalia Bulcão Soares / UFRJ

Mesmo florestas imaturas, com árvores finas, têm uma grande superfície capaz de abrigar bactérias. Entender seu papel reforça a importância do reflorestamento para mitigar as emissões de gases do efeito estufa. O estudo publicado nesta semana estima um benefício em termos de mitigação que corresponderia a 7% da absorção em florestas temperadas e 12% nas tropicais, o que equivaleria a um aumento de 10% no benefício que já tinha sido calculado para a expansão de florestas.

O agrônomo Jean Ometto, do Inpe, considera uma boa notícia a indicação de que a recuperação florestal possa ter um benefício climático adicional substantivo. “A redução das concentrações de metano antrópico na atmosfera, por sua dinâmica e tempo de residência, é de enorme relevância para que as metas do Acordo de Paris possam ser atingidas? informa ele, que não participou do estudo, referindo-se ao tratado internacional firmado em 2015. O metano tem vida curta na atmosfera, cerca de 10 anos, enquanto o CO2 permanece mais de um século. Mesmo assim, o CH4 tem um poder de aquecimento maior devido à maneira como sua estrutura molecular reage com a radiação solar.

Ometto alerta também para a necessidade de se entender melhor como se dá o fluxo de gases no interior da floresta. O pesquisador, especialista em balanço de gases do efeito estufa, indica que o metano que circula próximo aos troncos possa ser principalmente oriundo de incêndios florestais, mas também da atividade biótica de comunidades de microrganismos anaeróbicos presentes nos ecossistemas dos troncos e do solo.

Nos últimos anos, Prast e colaboradores mantiveram medições periódicas em regiões diferentes da Amazônia para entender melhor o papel da floresta, já que a biomassa de árvores varia muito conforme o local. Para chegar a conclusões abrangentes, porém, parece necessário que mais grupos de pesquisa se envolvam. “A Amazônia tem um tamanho que abarca a Europa inteira, e ainda sobra? lembra o biólogo da UFRJ. Ele se diverte comparando a dificuldade de chegar e acampar no Cuniã (um local bastante acessível em termos de Amazônia) com o trabalho em Skogaryd, na Suécia, aonde os pesquisadores chegam por estrada em pouco tempo. “E voltam para dormir em casa depois da coleta.?/p>

Ele ressalta que o conhecimento sobre a microbiota surgiu a partir de um resultado que parecia negativo: uma emissão de metano pela floresta, que a punha no papel de vilã. “Essa nova área da ciência não avançaria se não tivéssemos prestado atenção a esse resultado.?/p>

“Considerar que a microbiota das cascas das árvores também consome metano altera significativamente o balanço de gases? diz a engenheira-agrônoma brasileira Júlia Gontijo, pesquisadora em estágio de pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Davis, Estados Unidos, no grupo do engenheiro-agrônomo brasileiro Jorge Rodrigues. A pesquisadora publicou recentemente um artigo na revista Environmental Microbiome, no qual analisou a capacidade metanotrófica do microbioma do solo em áreas de florestas de várzea e de terra firme na região amazônica próxima a Santarém, no Pará, como parte do doutorado no Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena-USP). Ela incubou amostras de solo das áreas de estudo e simulou as estações de cheia e seca e o aumento de temperatura esperado em projeções de mudanças climáticas. Apesar de o solo da floresta de terra firme ser habitualmente um sumidouro de metano, Gontijo viu esse consumo diminuir com o aumento da temperatura. Já no solo de várzea, não detectou alterações expressivas no comportamento microbiano. “Esses microrganismos naturalmente lidam com flutuações drásticas no ambiente, como o alagamento periódico, e parecem ter mais plasticidade para lidar com mudanças? pondera.

Gontijo se entusiasma com a possibilidade de sequenciar os genomas da microbiota dos troncos das árvores e compreender em profundidade quais organismos estão presentes e como a composição varia conforme o ambiente. “As metanotróficas são as minhas favoritas, pois elas podem nos ajudar no futuro.?Em amostras de solo amazônico, ela agora está estudando o material genético e também indicadores metabólicos, para investigar a ação microbiana. “A composição da microbiota não revela tudo, porque um microrganismo pode estar presente, mas dormente? explica. Mais adiante ela pretende também sequenciar RNA para inferir a atividade desses organismos.

Uma versão deste texto foi publicada na edição impressa representada no pdf.

Projeto
Dimensões US-Biota ?São Paulo: Pesquisa colaborativa: Integrando as dimensões da biodiversidade microbiana ao longo de áreas de alteração do uso da terra em florestas tropicais (nº 14/50320-4); Modalidade Projeto Temático, Programa Biota; Convênio NSF Dimensions of Biodiversity; Pesquisadora responsável Tsai Siu Mui (USP); Investimento R$ 4.199.250,78.

Artigos científicos
GAUCI, V. et al. Global atmospheric methane uptake by upland tree woody surfacesNature. On-line. 24 jul. 2024.
GONTIJO, J. B. et al. Methane-cycling microbial communities from Amazon floodplains and upland forests respond differently to simulated climate change scenariosEnvironmental Microbiome. v. 19, 48. 17 jul. 2024.
PANGALA, S. R. et alLarge emissions from floodplain trees close the Amazon methane budgetNature. v. 552, p. 230-4. 4 dez. 2017.

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2024년 4월 최신 토토사이트 미슐랭 추천 //emiaow553.com/big-techs-mentiram-emissoes-de-data-centers-para-ia-subiram-em-600/ Wed, 18 Sep 2024 21:09:24 +0000 //emiaow553.com/?p=595682 Se as cinco big techs fossem uma nação, a soma de suas emissões em 2022 as colocariam como o 33º país com mais emissões no mundo.

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As big techs mentiram para você sobre suas emissões de CO2 e o impacto dos data centers no clima para desenvolver modelos robustos de IA.

De acordo com um relatório do jornal britânico The Guardian, as emissões reais de data centers das cinco big techs ?Google, Amazon, Microsoft, Meta e Apple ?são 662% maiores que as empresas reportaram anteriormente.

Esse número corresponde às emissões do período entre 2020 e 2022, ou seja: antes do boom da IA, embora as empresas já estivessem dando os seus primeiros passos rumo à tecnologia. De acordo com a análise, publicada na última segunda-feira (16), a IA vai contribuir para o aumento das emissões dos data centers de big techs.

Ironicamente, em algum ponto da história, todas as cinco big tech declararam ser carbono neutro, seja por créditos de carbono ou redução de emissões. No entanto, em julho deste ano, o Google foi uma das big techs que recuou.

Aliás, a Amazon fez o mesmo recentemente. A gigante alegou que, em julho, atingiu sua meta sete anos mais cedo e que iria reduzir as emissões em 3% daqui para frente.

“Contabilidade criativa? a estratégia para mascarar emissões

Imagem: Amazon/Divulgação

Segundo um representante da Amazon Employees for Climate Justice, grupo de funcionários da Amazon que combatem a postura da empresa em relação ao clima, a alegação da Amazon se baseia em “contabilidade criativa?

“A Amazon, apesar de todo poderio no setor de relações públicas e propaganda ?vistos em suas usinas solares ou a criação de vans elétricas ? está expandido o uso de combustíveis fósseis. Essa expansão ocorre tanto em data centers como em caminhões a diesel? afirmou o representante.

Essa contabilidade criativa citada acima se sustenta pelos certificados de energias renováveis (Rec), similares aos créditos de carbono.

Uma empresa compra Recs para mostrar que está comprando eletricidade gerada por energia renovável correspondente a uma porção do seu uso de eletricidade.

A sacada é que a energia renovável não precisa ser consumida nas instalações da empresa. Em vez disso, o consumo pode acontecer em qualquer lugar.

Quando uma empresa de tecnologia revela suas emissões, o que aparece, na verdade, são emissões com base no mercado, calculadas com o número de Recs.

Emissões reais dos data centers das cinco big techs

Ao desconsideramos os Recs, surgem as emissões com base em localização. Essas são as verdadeiras emissões dos pelos data centers das big techs.

Apenas em 2022, as emissões oficiais dos data centers da Meta foram apenas 273 toneladas métricas de CO2. Os data centers oficiais são aqueles que estão nas sedes da empresa.

Contudo, considerando as emissões com base em localização, as emissões da Meta foram 3,8 milhões de toneladas métricas. Portanto, as emissões foram 19 mil vezes mais que o reportado pela empresa!

Data center da Meta no Novo México. Imagem: Meta/Divulgação

Atualmente, a Microsoft é a principal representante do impacto da IA no clima entre as big techs, mas, assim como a Meta, reportou emissões singelas de seus data centers.

Oficialmente, as emissões da Microsoft em 2022 foram 280 mil toneladas métricas, mas os dados verdadeiros, com base em localização, mostram que o número real é 6,1 milhões.

E a tendência é piorar, segundo a análise, que ressalta que os data centers de big techs para IA vão aumentar a demanda por energia, consequentemente, aumentando as emissões.

“Se essas cinco big techs fossem uma nação, a soma de suas emissões em 2022 as colocariam como o 33º país com mais emissões no mundo? diz o jornal.

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라카지노 ;온라인 카지노 사이트 | 온카패스- 온라인 카지노 사이트  //emiaow553.com/sol-laranja-chuva-preta-rio-verde-tudo-sobre-a-maior-seca-do-brasil/ Wed, 11 Sep 2024 15:15:28 +0000 //emiaow553.com/?p=593138 A atual seca é a mais extensa já registrada no Brasil; entenda a causa, previsão de duração e mais

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A seca de 2024 — que começou em 2023 — é a mais extensa já registrada no Brasil. Em nota, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) declarou que 59% do país está sob algum grau de seca. Até então, a estiagem mais ampla registrada era a de 2015-2016, em 54% do território. As informações são do jornal O Globo.

Sol laranja, rio verde, chuva preta…

A seca deste ano afetou muito o Acre, Amazonas, Mato Grosso, São Paulo e o Triângulo Mineiro, com municípios há 12 meses consecutivos em seca. Em partes do Cerrado, como o Norte de Minas, a seca é a pior em 700 anos, segundo um estudo da USP publicado na revista Nature Communications. Enquanto isso, regiões mais ao Norte e ao Sul apresentam uma condição mais favorável, com menos de 30 dias consecutivos sem chuva.

Na última segunda-feira (9), a cidade de São Paulo atingiu a pior qualidade do ar entre as grandes cidades do mundo de acordo com o IQAir, instituição que mede a qualidade do ar. Além disso, a poluição e os incêndios florestais deixaram o sol na capital paulista laranja. Já o Rio Pinheiros ficou verde devido à proliferação de algas nas águas, favorecida pelo tempo seco, como noticiou o portal UOL.

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, moradores registraram o fenômeno da “chuva preta” também na segunda. Segundo o Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), o motivo é a mistura da fuligem da fumaça das queimadas com a chuva. Em Porto Alegre, o sol também apareceu alaranjado e com o céu cinza, efeito da interação dos raios solares com a fumaça, explicou Guilherme Borges, da Climatempo, ao G1.

Qual o motivo da seca? Vai melhorar?

A causa da seca está ligada à fraca estação chuvosa de 2023 no Centro-Oeste e no Norte, tanto pelo El Niño quanto pelo aquecimento do Oceano Atlântico. A estação seca também começou mais cedo, em abril, enquanto a chuvosa está atrasada na América do Sul

Além disso, incêndios criminosos potencializam a propagação do fogo, junto a um clima favorável. O especialista em ecologia do fogo Christian Berlinck, do ICMBio, explica que a grande maioria deles dos incêndios é “causada por um isqueiro ou fósforo e alimentada por querosene ou gasolina”. “Não existe incêndio natural em período seco no Brasil porque não há raios”, pontua.

Futuramente, o climatologista Tercio Ambrizzi, da USP, diz que secas extremas devem se tornar mais frequentes, em especial no Norte e no Nordeste. 2025 ainda deve manter a tendência, mesmo com a formação do fenômeno climático La Niña. Por ora, segundo o Cemaden, a previsão é de calor intenso na maior parte do Brasil nas próximas duas semanas.

O que dizem as autoridades?

Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o Amazonas nesta terça-feira (10). Ele anunciou a criação de uma Autoridade Climática para enfrentar os efeitos das mudanças ambientais. Isso já tinha sido prometido pela campanha na adesão de Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) disse em nota que “continua em alerta neste período crítico [de seca no Brasil] e monitorando as condições de qualidade dos rios e represas” na região metropolitana e no estado. “É muito importante que a população faça o descarte correto do lixo e tenha consciência de que manter a cidade limpa depende de todos os paulistas”, declarou o órgão.

Para minimizar os efeitos do ar seco na saúde, a SMS (Secretaria Municipal da Saúde) de Porto Alegre emitiu uma série de recomendações para a população:

  • Se tiver sintomas respiratórios, busque atendimento médico o mais rápido possível;
  • Beber mais água e líquidos para manter o aparelho respiratório úmido e mais protegido;
  • Se possível, ficar menos tempo em ambiente aberto, durante o dia ou à noite;
  • Manter portas e janelas fechadas, para diminuir a entrada da poluição externa no ambiente;
  • Evitar atividades em ambiente aberto enquanto durar o período critico de contaminação do ar pela fumaça.

Saiba como o calor excessivo altera metabolismo do corpo.

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바카라 연승 확률 //emiaow553.com/injetar-particulas-na-atmosfera-poderia-reduzir-temporariamente-o-aquecimento-global/ Tue, 10 Sep 2024 19:50:35 +0000 //emiaow553.com/?p=592876 Polêmica, a liberação de aerossóis diminuiria a quantidade de luz solar que chega à Terra, mas seus efeitos colaterais negativos poderiam ser maiores que os positivos

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Texto: Marcos Pivetta/Revista Pesquisa Fapesp

Depois de ter permanecido em silêncio por 600 anos, o monte Pinatubo, nas Filipinas, acordou em 1991. Uma série de pequenas explosões ao longo de dois meses culminou em uma grande erupção em meados de junho daquele ano, considerada a segunda maior do século passado. Cerca de 200 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e mais de 700 morreram no arquipélago filipino como consequência da eclosão. A explosão produziu uma coluna de fumaça e cinzas vulcânicas que se elevou até 40 quilômetros (km) acima da superfície e invadiu a estratosfera, a segunda das cinco camadas da atmosfera que envolve a Terra. Esse manto de partículas em suspensão, geralmente com tamanhos micrométricos, atrapalhou o tráfego aéreo, queimou plantas e cultivos e produziu outros danos locais.

Apesar de ter causado grandes prejuízos materiais e a perda de vidas humanas nas Filipinas, a erupção do Pinatubo é lembrada hoje no meio científico por ter tido uma consequência surpreendente no clima global: a temperatura média da Terra reduziu-se cerca de 0,5 grau Celsius (°C) nos dois anos seguintes à sua atividade vulcânica. A enorme quantidade de partículas em suspensão, os chamados aerossóis, lançada pelo vulcão entrou no sistema de circulação de ar da estratosfera, espalhou-se pelo planeta e atuou por meses como uma espécie de filtro solar: parte dos raios do Sol que chegariam normalmente à superfície terrestre foi refletida ao incidir sobre essa quantidade extra de partículas de aerossóis injetados no sistema. Essa ação produziu um resfriamento temporário do planeta.

Os aerossóis também resfriam a Terra quando estão na troposfera, a camada mais baixa da atmosfera, mas sua ação é mais intensa na estratosfera. O efeito Pinatubo serve de inspiração para uma linha de pesquisa polêmica, cercada de incertezas científicas e riscos ambientais e geopolíticos: a geoengenharia solar ou modificação da radiação solar (SRM, na sigla derivada do inglês). Ela começou a tomar corpo lentamente nos últimos 20 anos em algumas universidades dos Estados Unidos e da Europa à medida que o aquecimento global se tornou mais pronunciado. A ideia central dessa abordagem é aumentar deliberadamente o albedo da Terra, sobretudo na estratosfera, para que ela passe a refletir mais radiação de volta ao espaço e, assim, torne-se um pouco menos quente.

Imagem: Glauco Lara

O albedo é a fração da luz refletida em relação à absorvida por um corpo ou superfície. Quanto maior o albedo, como em superfícies claras ou brancas, menor a quantidade de calor absorvida. Injetar aerossóis na atmosfera é uma das formas de tentar aumentar o albedo terrestre. Alguns cálculos indicam que uma redução de 1% a 2% da quantidade de radiação solar que normalmente chega à Terra seria suficiente para diminuir sua temperatura média em um 1 °C.

A possibilidade de reduzir a quantidade de radiação solar sobre a Terra começou a ser aventada ainda na década de 1960. Mas sempre foi vista como uma excentricidade perigosa, quase um devaneio. A ideia só ganhou alguma relevância científica depois da erupção do Pinatubo e, mais recentemente, com a emergência da crise climática, causada pelo aumento significativo da temperatua global decorrente da emissão de gases de efeito estufa. Ainda assim, a pesquisa experimental ?que envolveria a soltura de alguns quilos de aerossóis na estratosfera para observar seus eventuais efeitos em âmbito local (não global, como ocorreu na gigantesca erupção do vulcão nas Filipinas) ?pouco progrediu até hoje em razão da oposição de parte da comunidade científica e de grupos ambientalistas.

“Até agora, existem poucos trabalhos de modelagem climática envolvendo as técnicas de geoengenharia solar? comenta o físico Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), especialista no estudo de aerossóis atmosféricos. “Nenhum experimento mais significativo foi feito em campo.?Duas abordagens que visam à modificação da radiação solar dominam as discussões. A principal delas é a injeção de aerossóis na estratosfera, a 15 ou 20 km de altitude, conhecida pela sigla SAI, que tenta reproduzir de forma artificial o que as grandes erupções fazem de maneira natural.

Imagem: Glauco Lara

A outra, vista como de impacto mais localizado, é o clareamento de nuvens marítimas (marine cloud brightening ou MCB). Ela também envolve a liberação de aerossóis (nesse caso, partículas de sal marinho), que funcionam como núcleos de condensação das nuvens. Mas a soltura dessas partículas ocorre em altitudes bem mais baixas, de no máximo 2 km, ainda na troposfera. Com mais aerossóis, as gotas de nuvens ficam menores, refletem mais radiação solar de volta ao espaço e resfriam a superfície. Há outras técnicas cogitadas, como aumentar o albedo em grandes superfícies brancas do planeta, como o Ártico, mas as duas primeiras propostas dominam o debate.

Artaxo colabora com um grupo da Universidade Harvard, dos Estados Unidos, em estudos de modelagem computacional para tentar entender se o comportamento dos aerossóis na estratosfera é realmente similar à sua ação na troposfera. “Precisamos de mais pesquisas sobre esse tema antes de sequer pensarmos em implementar alguma intervenção desse tipo? comenta o físico da USP, um dos coordenadores do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais. “Não temos condições de garantir que a injeção de mais aerossóis não vá, por exemplo, diminuir as chuvas de monções no Sudeste Asiático e colocar em risco uma população de bilhões de pessoas. Se isso ocorrer, quem decide se essa injeção de aerossóis para ou continua? Esse tipo de decisão não pode ficar na mão de um pequeno grupo de países ou de um bilionário que financie um experimento desse tipo.?/p>

Também há indícios de que uma dose extra de aerossóis na estratosfera poderia afetar a camada de ozônio, que protege a vida terrestre da ação nociva da radiação ultravioleta vinda do Sol. Isso sem falar que essas partículas em suspensão são uma forma de poluição do ar. Elas naturalmente se depositam, descem da estratosfera para a troposfera, onde podem causar ou agravar problemas de saúde, sobretudo os respiratórios. Por ora, essas e outras questões não têm respostas satisfatórias.

A posição do físico da USP é partilhada por muitos colegas. “A modificação da radiação solar é um tema sensível e o IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU]reconhece que ainda há muitas incertezas sobre seus potenciais efeitos? comenta a matemática Thelma Krug, que foi vice-presidente do painel entre 2015 e 2023 e representou o Brasil em negociações internacionais sobre o clima por uma década. “Pessoalmente, sou a favor da pesquisa na área. Mas é preciso ir passo a passo com os experimentos, ter transparência e estabelecer uma governança para esse processo.?/p>

O tema é tão controverso que alguns pesquisadores são contra até que se faça pesquisa sobre as técnicas de geoengenharia solar. Isso porque elas não têm impacto na redução das emissões de gases de efeito estufa, que causam o aumento da temperatura da Terra. Ainda que se mostrem relativamente seguras e eficientes em esfriar temporariamente a Terra, objetivo que hoje é apenas uma hipótese, técnicas como a SAI seriam, no máximo, paliativas. No fundo, dizem os críticos dessa abordagem, os trabalhos nessa área desviariam recursos e tomariam um tempo que poderia ser mais bem empregado na busca por ações que reduzissem a emissão de gases como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). “Os estudos sobre geoengenharia solar também poderiam ser usados como a desculpa perfeita para que os grandes produtores de gases de efeito estufa não reduzissem suas emissões? pondera o climatologista Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.

Além de ser encarada como um diversionismo em relação à meta central de zerar as emissões de gases de efeito estufa nas próximas décadas, a adoção das técnicas de SRM poderia tornar o planeta refém desse tipo de intervenção climática por um prazo muito longo e indefinido, de décadas ou séculos. Isso criaria um problema extra: o risco de promover o chamado termination shock. Quando o planeta abandonasse o emprego das técnicas de SRM, a temperatura subiria novamente ?só que dessa vez de forma muito mais rápida do que no cenário atual de aquecimento global. Isso tornaria quase impossível a adaptação a essa brusca elevação de temperatura. Qualquer oscilação significativa da temperatura, para cima ou para baixo, em um curto período, representa um desafio adaptativo.

Alguns estudos de modelagem climática têm sugerido cenários preocupantes em simulações de possíveis impactos do emprego de técnicas de geoengenharia solar. Esses trabalhos costumam averiguar que outros efeitos (colaterais) essas técnicas de intervenção no clima poderiam induzir, além da redução temporária da temperatura terrestre. Um dos problemas é que a maioria desses estudos se concentra em possíveis consequências no hemisfério Norte, onde ficam os países mais ricos e vive e trabalha a maior parte dos pesquisadores do clima.

Começam, no entanto, a surgir pesquisas com foco em outras partes do planeta. Trabalho publicado em junho deste ano na revista Environmental Research Climate sugere que a adoção da SAI ao longo deste século alteraria os prováveis impactos do aquecimento global sobre a formação de ciclones extratropicais no hemisfério Sul, como aqueles que se formam com certa regularidade na região Sul do Brasil. A previsão é de que, até o fim deste século, o aumento da temperatura global reduza o número de ciclones gerados nessa parte do globo terrestre, mas aumente a intensidade dos fenômenos produzidos. Ou seja, menos ciclones, mas mais fortes.

Imagem: Glauco Lara

Quando diferentes regimes de injeção de aerossóis na estratosfera são simulados em três modelos climáticos internacionais até 2100, os resultados sinalizam um aumento na frequência de ciclones, mas uma redução em sua força em relação aos prognósticos obtidos em cenários de aquecimento global sem a adoção de qualquer protocolo da SAI. “Não somos contra nem a favor da geoengenharia solar? diz a pesquisadora Michelle Reboita, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), de Minas Gerais, coordenadora do estudo. “Precisamos é estudá-la. Ela pode produzir resultados positivos em uma parte do mundo e negativos em outra.?/p>

Há também estudos de simulação que tentam prever os possíveis impactos da SAI sobre a biodiversidade. “Nosso objetivo é entender como a SAI pode afetar as espécies de vertebrados terrestres no cenário das mudanças climáticas? conta o biólogo brasileiro Andreas Schwarz Meyer, que faz estágio de pós-doutorado na Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, e coordena um projeto de pesquisa sobre o tema. “Em outras palavras, queremos saber quais seriam as espécies ‘vencedoras?e ‘perdedoras?no globo caso o emprego dessas técnicas para diminuir a temperatura do planeta venha a se tornar uma realidade.?/p>

No projeto, que ainda está em andamento, Meyer adota uma abordagem chamada perfis horizontais de biodiversidade, que usa dados climáticos históricos para estimar o intervalo térmico (a temperatura máxima e a mínima) e o grau de umidade em que as espécies ocorrem. A técnica é normalmente usada para estimar o impacto sobre as espécies de diferentes cenários de aquecimento global previstos pelo IPCC ao longo deste século.

“Assim, temos uma ideia de quantas espécies serão expostas a essas mudanças, quando e o quão rapidamente isso poderá ocorrer? comenta o biólogo. Em 2022, o brasileiro publicou um artigo no periódico científico Philosophical Transactions of the Royal Society B em que simulou os efeitos sobre mais de 30 mil espécies de vertebrados marinhos e terrestres de um cenário particular ao longo deste século: primeiro haveria um aquecimento global superior a 2 °C e, em seguida, ocorreria uma redução de temperatura da Terra de forma artificial, por meio da remoção direta de dióxido de carbono da atmosfera. A retirada do principal gás de efeito estufa é hoje ensaiada por um conjunto de técnicas que, por ora, são muito caras e ineficientes em perseguir esse objetivo.

A conclusão geral do estudo é que a subida e a posterior queda artificial da temperatura terrestre poderiam inviabilizar a sobrevivência de muitas espécies e produziriam danos a essas comunidades décadas após se ter atingido uma hipotética estabilização da temperatura do planeta. Meyer está fazendo um estudo semelhante agora, mas com o emprego da SAI no lugar da remoção direta de carbono.

Os trabalhos de Reboita e Meyer se dão no âmbito de uma iniciativa internacional, a Developing country governance research and evaluation for SRM, ou simplesmente Degrees. Seu objetivo é estimular estudos e formar recursos humanos especializados nas técnicas de modificação da radiação solar em países da África, América Latina e sul da Ásia. A Degrees nasceu na década passada dentro da Academia Mundial de Ciências (TWAS) e posteriormente foi assumida por uma organização não governamental britânica, a homônima Degrees. Ela financia quase 40 projetos. No Brasil, além das pesquisas da meteorologista da Unifei, duas linhas de estudo de professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passaram a ser apoiadas em julho passado.

Com parceiros no exterior, a equipe do engenheiro Mauricio Uriona, do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da UFSC, pretende estudar como é a percepção do setor produtivo, do governo e da comunidade científica de três países (Brasil, Índia e África do Sul) sobre os potenciais riscos das técnicas de SRM. “Trabalhamos no passado com o tema da transição energética com uma abordagem de cunho socioeconômico e vimos agora uma boa oportunidade de fazer um estudo semelhante sobre geoengenharia solar? afirma Uriona.

A socióloga ambiental Julia S. Guivant, do Instituto de Pesquisa em Riscos e Sustentabilidade (Iris), da UFSC, vai estudar como diversos atores-chave do país, como a comunidade científica, reguladores políticos, agricultores e representantes de organizações não governamentais, posicionam-se diante dos desafios de governança da geoengenharia solar. “Não temos uma posição sobre se a SRM deve ser usada ou como seu eventual emprego deve ser governado. Somos a favor das pesquisas e do debate democrático sobre o tema, diante dos problemas para atingir as metas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas? diz a socióloga. Colegas da USP e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vão colaborar na pesquisa coordenada por Guivant.

As técnicas de SRM são tão polêmicas e sem qualquer tipo de regulação em acordos internacionais que mesmo grupos de pesquisas de instituições renomadas enfrentam dificuldades extremas de realizar pequenos experimentos de campo. Esses trabalhos não têm o potencial de influenciar o clima global, no máximo produzir ciência para se entender os processos envolvidos, com alguma alteração localmente. Ainda assim, os obstáculos práticos à sua realização são quase intransponíveis.

Em março deste ano, foi abandonado o Stratospheric Controlled Perturbation Experiment (SCoPEx), experimento concebido na década passada pelo grupo do físico-químico Frank Keutsch, da Universidade Harvard. A ideia da iniciativa era usar um balão de alta altitude para injetar 2 quilos de aerossóis (no caso, carbonato de cálcio) cerca de 20 km acima da superfície. “Essa quantidade de partículas é ínfima. Equivale à poluição expelida por um jato comercial durante apenas 1 minuto de voo? disse Keutsch em entrevista dada em 2021 (ver Pesquisa FAPESP nº 303). O balão do SCoPEx era para ter ganho inicialmente os ares dos Estados Unidos em 2018. Mas isso não ocorreu. Em seguida, sua soltura foi prevista para a Suécia, também sem sucesso. Devido a protestos de ambientalistas e de grupos indígenas, o projeto nunca decolou de fato.

Alguns testes de campo com a técnica de clareamento de nuvens marinhas, uma abordagem menos ambiciosa do que a SAI, têm sido feitos, quase sempre a duras penas e diante de críticas de vários setores da sociedade. Em abril deste ano, um grupo da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, usou um tipo de ventilador para espalhar partículas de sal marinho na pista de um navio porta-aviões aposentado que estava estacionado no litoral da cidade de Alameda, na Califórnia. A ideia da iniciativa era apenas ver se as partículas poderiam causar algum mal à saúde. Dois meses mais tarde, o município californiano proibiu esse tipo de experimento em seu território.

Na Austrália, pesquisadores da Southern Cross University e organizações locais tocam desde 2020 um projeto-piloto em que tentam aferir se a técnica de MCB pode ser útil para diminuir o branqueamento de corais na região de Townsville. O objetivo do experimento é averiguar se o método diminuiria localmente a temperatura do oceano no centro da Grande Barreira de Corais. O aquecimento das águas marinhas é a principal causa do branqueamento.

A desconfiança dos experimentos de campo deriva, em parte, do surgimento periódico de iniciativas pouco transparentes, geridas às vezes por empresas privadas obscuras. Em 2022, a Make Sunsets, uma startup norte-americana, soltou sem autorização no norte do México dois balões com aerossóis destinados à estratosfera. Pouco depois, o governo mexicano proibiu esse tipo de iniciativa em seu território. Agora, a empresa anunciou que está fazendo esse tipo de experimento nos Estados Unidos, mas os resultados dessas iniciativas são desconhecidos.

Para o físico norte-americano David Keith, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, o interesse em estimular as pesquisas sobre geoengenharia solar tem aumentado, a despeito das incertezas científicas que cercam o emprego dessas técnicas. “Isso é visível nos principais relatórios internacionais, como os do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, do Programa Mundial de Pesquisa do Clima, também da ONU, e de grandes grupos ambientalistas, como Environmental Defense? comenta Keith, em entrevista por e-mail a Pesquisa FAPESP. “Não há dúvida de que a oposição à investigação enfraqueceu, mas é difícil dizer por quê. Talvez seja por causa do aumento das temperaturas ou porque [acredito que] o mundo esteja fazendo agora esforços substanciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.?/p>

Keith foi membro do programa de geoengenharia solar de Harvard por 12 anos. Hoje ele é a favor da adoção de uma moratória internacional em experimentos de campo até que a ciência sobre o tema esteja mais bem estabelecida e haja alguma forma de governança internacional. Se esse cenário se materializar algum dia, ele diz que a humanidade deveria considerar a realização de um teste no qual se injetaria por uma década na estratosfera cerca de 10% da quantidade necessária de aerossóis para baixar em 1 °C a temperatura global. Dessa forma, seria possível conferir claramente os efeitos dessa abordagem sem correr muitos riscos.

A operação envolveria transportar cerca de 100 mil toneladas de enxofre por ano para a estratosfera ?equivalente a 0,3% da quantidade de poluição por enxofre que chega anualmente à atmosfera ?por uma frota de 15 jatinhos capazes de voar em altas altitudes. A operação custaria aproximadamente US$ 500 milhões ao ano. É mais uma ideia polêmica. Para alguns, é possível que a única parte boa da sugestão seja a adoção de uma moratória para esse tipo de experimento.

A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>Controlando o sol?na edição impressa nº 343, de setembro de 2024.

Artigos científicos
REBOITA, M. S. et al. Response of the Southern Hemisphere extratropical cyclone climatology to climate intervention with stratospheric aerosol injection. Environmental Research: Climate. 20 jun. 2024.
MEYER. A.  L. S. et al. Risks to biodiversity from temperature overshoot pathways. Philosophical Transactions of the Royal Society B. 27 jun. 2022.

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Nos últimos anos, as companhias aéreas vêm adotando a estratégia de voar em altitudes maiores para reduzir as emissões de carbono. Porém, isso aumentou os rastros de condensação dos aviões, esquentando ainda mais a Terra. Pelo menos, é o que aponta um novo estudo.

Vale destacar que os aviões modernos apresentaram grandes avanços na redução das emissões de carbono através de um sistema mais econômico de combustível. No entanto, segundo um estudo recente, publicado no último dia 7, o impacto dos aviões no aquecimento global pode ser maior que antes. Isso devido justamente à formação de rastros de condensação.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Imperial College London, no Reino Unido. Ele analisou dados de satélites de mais de 64 mil rastros de condensação gerados por vários aviões que voaram pelo Atlântico Norte. De acordo com o estudo, aviões modernos ?tanto comerciais quanto privados ?que viajaram em grandes altitudes para economizar combustível, produziram rastros de condensação mais persistentes em comparação a aeronaves mais antigas.

Rastros de condensação são aqueles rastros brancos que os aviões deixam no céu, criando linhas de vapor de água quando os aviões passam voam por zonas úmidas de grande altitude.  Esses rastros de condensação retêm calor na atmosfera, contribuindo para o aquecimento do planeta.

Embora o estudo aponte o impacto dos rastros dos aviões para o aquecimento da Terra, os pesquisadores ressaltam a importância dos sistemas uso eficiente de combustível. “Isso não quer dizer que um avião mais econômico em termos de combustível seja algo ruim. Pelo contrário, essas aeronaves têm menos emissões de carbono por passageiro-quilômetro. Contudo, nosso estudo reflete os desafios da indústria da aviação para reduzir os seus impactos no clima? disse Edward Gryspeerdt, co-autor do estudo.

Jatos de super ricos são os maiores responsáveis

Em outro estudo publicado em março, cientistas do MIT revelaram que os rastros de condensação correspondem a pouco mais de um terço dos impactos da aviação no clima.

Jatinhos privados, que já viraram tema de polêmica devido às altas emissões de carbono, são os maiores responsáveis pelos rastros de avião que aquecem a Terra. Segundo os pesquisadores da Imperial College London, aviões menores produzem rastros de tamanho similar aos dos aviões comerciais.

“Nós já sabíamos que essas aeronaves criavam uma enorme quantidade de emissões de carbono por passageiro para que os super ricos possam viajar confortavelmente. Mas, agora, nossas descobertas acrescentam preocupações sobre o impacto no clima que causado pelos jatos particulares enquanto os países pobres continuam a sofrer com eventos climáticos extremos?

Em maio, o Giz Brasil publicou o ranking dos 10 países mais vulneráveis às mudanças climáticas. Ele é composto exclusivamente por nações que estão entre as mais pobres do mundo, segundo a ONU. Confira aqui.

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Um estudo do ISGlobal (Instituto de Saúde Global de Barcelona) estima que mais de 47 mil pessoas tenham morrido na Europa devido ao clima mais quente de 2023. O ano foi o que apresentou as maiores médias de temperatura já registrado globalmente e o segundo mais quente na Europa, de acordo com a pesquisa publicada na Nature Medicine.

No ano passado, dois episódios de altas temperaturas em meados de julho e no final de agosto foram supostamente responsáveis ​​por mais 27 mil mortes (mais de 57%). No geral, os países com as maiores taxas de mortalidade relacionadas ao calor no ano estavam no sul da Europa. Isso inclui, por exemplo, Grécia, Bulgária, Itália, Espanha, Chipre e Portugal.

Além disso, a taxa foi 55% maior em mulheres do que em homens e 768% maior em pessoas com mais de 80 anos do que aquelas entre 65 e 79 anos.

Em 2022, outro estudo com a mesma metodologia estimou mais de 60 mil mortes no verão. Em ambos os anos, os estudiosos usaram os registros de temperatura e mortalidade de 823 regiões em 35 países do continente de 2015 a 2019. Assim, eles ajustaram os modelos epidemiológicos para estimar a mortalidade relacionada ao calor de acordo com as temperaturas atuais.

Número de mortes por clima quente poderia ser maior

Os autores ainda alertam que, devido à indisponibilidade de registros diários, as contagens semanais de mortes do Eurostat podem subestimar o número. Eles acreditam que o provável valor real poderia chegar a 58 mil mortes.

De acordo com os cientistas, o número de 47 mil mortes poderia ter sido 80% maior. Isso se a vulnerabilidade dos europeus ao calor não houvesse diminuído ao longo do século.

“Isso indica que somos menos vulneráveis ​​ao calor do que éramos no início do século, provavelmente como resultado do progresso socioeconômico geral, melhorias no comportamento individual e medidas de saúde pública”, disse Elisa Gallo, pesquisadora do ISGlobal e primeira autora do estudo.

No entanto, a adaptação ao clima mais quente não é capaz de solucionar completamente o problema. “Precisamos levar em conta que os limites inerentes à fisiologia humana e à estrutura social provavelmente definirão um limite para o potencial de adaptação futura”, acrescentou.

Veja o ranking dos países mais vulneráveis às mudanças climática nesta matéria do Giz Brasil.

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바카라 룰;온라인바카라 //emiaow553.com/eua-ja-sabiam-sobre-as-mudancas-climaticas-ha-60-anos/ Sun, 11 Aug 2024 19:39:54 +0000 //emiaow553.com/?p=584352 Pesquisa das antigas já identificavam sinais claros de que a atividade humana estava começando a alterar o clima da Terra

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Apesar de parecer uma preocupação recente, já nos anos 60 os pesquisadores dos EUA alertavam para os riscos das mudanças climáticas. É o que mostra uma pesquisa que será publicada na revista científica Ecology Law Quarterly.

Segundo o artigo, os norte-americanos estavam cientes das mudanças climáticas há mais de meio século. Naomi Oreskes, historiadora da ciência na Universidade de Harvard, encontrou mais de 100 exemplos de audiências do Congresso dos EUA que examinaram o CO2 e o efeito estufa nos anos 60, muito antes do que imaginava-se anteriormente.

Além disso, a pesquisa da época identificava sinais claros de que a atividade humana já estava começando a alterar o clima da Terra.

Análises sobre as mudanças climáticas ignoradas

Estes estudos iniciais, muitas vezes ignorados ou minimizados, mostravam que o aumento das temperaturas médias globais poderia ter consequências devastadoras. Incluindo o derretimento das calotas polares e a alteração dos padrões climáticos.

Esses primeiros alertas não só previam o que viria a ser a crise climática moderna, mas também revelam uma série de documentos e discursos de cientistas proeminentes da época.

Esses cientistas, como o físico James Hansen e o químico Charles David Keeling, já estavam levantando bandeiras vermelhas sobre o impacto potencial das emissões de carbono. Suas previsões e análises foram frequentemente desacreditadas ou ignoradas, à medida que a sociedade e as políticas públicas focavam em outras prioridades.

O reconhecimento tardio de que muitos dos problemas climáticos discutidos na década de 1960 são agora uma. Os eventos climáticos extremos, como furacões intensificados e ondas de calor recordes, estão se tornando cada vez mais frequentes, e as evidências científicas contemporâneas apenas corroboram as previsões feitas há décadas.

Segundo a pesquisadora, esse histórico de alerta precoce destaca a importância de não subestimar as descobertas científicas. Independentemente de quão inovadoras ou desafiadoras elas possam parecer.

Estágio atual do aquecimento global

Situações de calor extremo matam cerca de meio milhão de pessoas em todo o mundo a cada ano. De acordo com estimativas, esse número pode se tornar cinco vezes maior até 2050, caso o avanço das mudanças climáticas se mantenha na velocidade atual.

Além da perda de vidas, o aquecimento global também interfere na saúde das pessoas. Em geral, o calor extremo, tempestades, inundações e secas afetam áreas como sistemas alimentares, qualidade da água, moradia, produtividade no trabalho e transmissão de doenças infecciosas.

“Quando falamos sobre mudança climática, não estamos falando sobre o futuro. O custo da inação é que pagamos com a vida das pessoas? disse à Wired Marina Romanello, diretora executiva da Lancet Countdown.

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부띠끄토토 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰;온라인바카라 //emiaow553.com/clima-mais-quente-forcara-cobras-venenosas-a-se-espalharem-pelo-mundo/ Sun, 04 Aug 2024 15:40:00 +0000 //emiaow553.com/?p=583860 O clima mais quente apresenta mais um risco: cobras venenosas podem se espalhar pelo mundo em busca de novos habitats.

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Em todo o mundo, o clima mais quente está causando a mudança de habitat de diversas espécies, que buscam condições mais adequadas, como aves e peixes. Não apenas isso, mas o clima também está forçando cobras venenosas a se espalharem por regiões de todo o mundo, representando um risco para a saúde pública de muitos países.

Uma pesquisa publicada em maio destaca os riscos iminentes associados às mudanças de habitat de cobras venenosas devido ao clima mais quente. Os cientistas combinaram modelos climáticos com dados sobre os habitats atuais de várias espécies venenosas para prever seus movimentos futuros.

Segundo o estudo, muitas espécies de cobras venenosas vão perder seus habitats até 2070 caso não haja redução nas emissões de gases do efeito estufa. Consequentemente, haverá migrações enormes de cobras pelo mundo.

Países em risco

Essas migrações vão ocorrer predominantemente na África Subsaariana e em certas partes da Ásia, em regiões que correspondem pelas maiores taxas de incidentes de ataques e mortes por mordidas de cobras.

China, Myanmar, Niger, Nepal e Namíbia são os países que mais vão receber um fluxo migratório de cobras venenosas se o clima ficar mais quente. Além disso, cada um desses países vai receber novas espécies.

De acordo com estudo, biomas como savanas, cerrados e desertos vão ter mais cobras venenosas, enquanto florestas tropicais vão observar uma redução dessas populações. 

As espécies de víbora Bitis rhinoceros, Vipera aspis, e Vipera ammodytes são as que vão apresentar maior expansão em seus habitas. Essas cobras, que preferem ambientes secos e rochosos com vegetação limitada e terras agrícolas, vão se dar bem se não houver redução na expansão da agricultura e clima, consequentemente, ficar mais quente e seco.

Portanto, o estudo afirma que migrações representam riscos para comunidades rurais em países como Bangladesh, Nepal, e Paquistão. Atualmente, esses lugares já apresentam um alto índice de mordidas de cobra.

No Brasil, por sua vez, mais de 70% de sua população de cobras não vão ter seus habitats reduzidos até 2070. Isso inclui a surucucu, a tamagá, a jararaca-vermelha e a coral-de-cauda-vermelha.

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온라인 카지노사이트 추천 순위 및 이벤트 쿠폰 정보;온라인바카라 //emiaow553.com/nasa-crava-o-dia-mais-quente-da-historia-da-terra-foi-na-semana-passada/ Wed, 31 Jul 2024 00:33:38 +0000 //emiaow553.com/?p=583250 Veja qual foi o dia mais quente globalmente registrado pela NASA na história; e outros que bateram recordes este ano

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Após o dia 21 de julho bater o recorde de temperatura média da Terra na semana passada, uma análise de dados globais de temperatura diária da NASA mudou isso tudo no dia seguinte. A agência revelou que o dia 22 de julho de 2024 alcançou o posto de mais quente já registrado.

Além disso, o dia 23 de julho deste ano também excedeu o recorde diário anterior em relação a julho de 2023.

Como a NASA mede os dias mais quentes

A análise usa dados dos sistemas Modern-Era Retrospective Analysis for Research and Applications, Version 2 (MERRA-2) e Goddard Earth Observing System Forward Processing (GEOS-FP). Eles combinam observações globais de instrumentos em terra, mar, ar e satélites usando modelos atmosféricos.

Apesar de terem pequenas diferenças, os resultados concordam amplamente com uma análise independente do Programa de Observação da Terra Copernicus da União Europeia em relação à mudança de temperatura ao longo do tempo.

Com dias mais quentes, Terra segue batendo recordes de temperatura

Os recentes recordes de temperatura parte estão relacionados ao aquecimento global impulsionado por atividades humanas, sobretudo a emissão de gases de efeito estufa. Este ano também foi o mais quente registrado, de acordo com o administrador da NASA, Bill Nelson.

No dia 21, por exemplo, a temperatura média da superfície da Terra chegou a 17,09 °C, superando o recorde de julho do ano passado, quando chegou a 17,08 °C. Geralmente, a superfície da Terra mantém uma temperatura média de 15 °C, segundo a NASA.

“Por meio de mais de duas dúzias de satélites de observação da Terra e mais de 60 anos de dados, a NASA está fornecendo análises críticas de como nosso planeta está mudando e como as comunidades locais podem se preparar, se adaptar e permanecer seguras”, disse a organização.

Os últimos registros diários de temperatura seguem 13 meses de registros mensais consecutivos de temperatura, de acordo com o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA.

Com informações do Science Daily.

Leia também no Giz Brasil: Temperatura dos oceanos quebraram recorde todos os dias em um ano.

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필리핀카지노;바카라사이트,카지노사이트,온라인카지노사이트 //emiaow553.com/tecnologia-construida-a-base-de-cimento-pode-armazenar-energia-solar/ Mon, 29 Jul 2024 12:25:47 +0000 //emiaow553.com/?p=582738 Fernando de Lima Caneppe explica que, por meio de carregadores de indução magnética, cabos e bocais serão desnecessários para o carregamento de veículos

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Texto: Felipe Bueno*/Jornal da USP

O aquecimento global, fenômeno responsável pelo aumento das temperaturas médias no planeta, é causado pela emissão de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono. Um dos maiores responsáveis por esse lançamento exagerado é a queima de combustíveis fósseis para a produção de energia. Além disso, a utilização dessa fonte de energia está provocando um rápido esgotamento de suas reservas e maior contaminação do meio ambiente.

A fim de solucionar essa problemática, foram desenvolvidas novas formas de obtenção de energia que garantam mais abundância e menos poluição ?chamadas de alternativas ou renováveis. Entre elas, destaca-se a solar, uma fonte de energia limpa, renovável e barata, que funciona a partir da captação da luz solar, por meio de painéis fotovoltaicos, usinas heliotérmicas ou aquecedores solares, os quais convertem essa luz em energia elétrica e térmica.

De acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a produção de energia solar no Brasil cresceu, em janeiro de 2024, 52,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, produzindo cerca de 3.000 MW médios. Ainda segundo a CCEE, o país possui mais de 400 empresas de serviços relacionados com essa fonte conectados ao Sistema Interligado Nacional (SNI) que, somadas, possuem uma capacidade instalada de mais de 12,3 GW.

Luz solar estocada?

Nesse sentido, o professor Fernando de Lima Caneppele, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em Pirassununga, explica que o armazenamento desse tipo de energia pode ser realizado por meio de supercapacitores, construídos a partir de cimento e negro de fumo. Ele cita um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), que evidencia a possibilidade dessa construção.

Fernando de Lima Caneppele ?Foto: e-aulas

Fernando de Lima Caneppele ?Foto: e-aulas

O especialista esclarece como funciona um capacitor: “?um dispositivo elétrico capaz de armazenar energia elétrica semelhantemente a uma bateria, entretanto, a bateria armazena em forma de energia química e os capacitores armazenam em forma de campo elétrico? Para completar, ele ressalta que os supercapacitores são capazes de estocar uma quantidade de energia muito maior do que um capacitor comum.

Diferencial da tecnologia

Essa mistura utilizada para a construção do supercapacitor, em suas quantidades determinadas, não prejudica a resistência mecânica do concreto, ou seja, é possível que seja usada na construção civil: “Assim, ao instalar painéis fotovoltaicos no telhado, a energia excedente poderia ser armazenada na fundação da casa, para que os moradores pudessem usar à noite? Além disso, segundo o professor, seria possível a construção de rodovias com esse material, o que possibilitaria o armazenamento de energia na própria via e, posteriormente, o carregamento de carros elétricos sem a necessidade de conexão com cabos ?seria realizado por meio de carregadores por indução magnética.

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룰렛 (테이블 카지노);바카라사이트,카지노사이트,온라인카지노사이트 //emiaow553.com/qual-os-10-paises-mais-vulneraveis-as-mudancas-climaticas-veja-ranking/ Fri, 26 Jul 2024 23:18:59 +0000 //emiaow553.com/?p=582703 Universidade norte-americana aponta os efeitos das mudanças climáticas no mundo em ranking; veja os 10 países mais afetados

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Embora nenhum lugar esteja imune às mudanças climáticas, é certo que os países de baixa renda enfrentam esses desafios de forma mais severa. Uma lista da GAIN (Notre Dame Global Adaptation Initiative) mostrou quais são os países que estão mais vulneráveis aos efeitos do impacto ambiental negativo.

O ranking tem base na frequência de eventos climáticos extremos, bem como na preparação para lidar com as ameaças do clima. Com exceção do Afeganistão, todos ficam no continente africano – muitos deles, aliás, enfrentaram conflitos nos últimos anos. Veja abaixo a lista dos países vulneráveis:

10. Mali

Desde 1960, a temperatura média anual do país desértico da África Ocidental aumentou 0,7º C, gerando mais seca e padrões de precipitação menos previsíveis. Assim, o aumento da seca pode levar à quebra de safras devido ao calor e infestações, perda de biodiversidade, mais estresse hídrico e migração climática.

9. Libéria

Com altos índices de pobreza, o país de floresta tropical na África Ocidental depende, em grande parte, de setores econômicos sensíveis ao clima, como agricultura, pesca, mineração e silvicultura. Além disso, a Libéria também têm problemas decorrentes de práticas de extração de madeira que levam ao desmatamento, mineração de areia não regulamentada que torna o litoral do país vulnerável à erosão e técnicas agrícolas que prejudicam o clima. O Banco Mundial prevê que, se o nível do mar continuar aumentando, mais 675 mil pessoas estarão em risco até 2030.

8. Somália

Além de uma instabilidade política, o país na África Oriental sofre com um bioma desprotegido, pesca excessiva, desmatamento, extração ilegal de madeira, despejo tóxico e um comércio prejudicial de carvão. Nos últimos anos, a Somália também enfrentou a pior seca em quatro décadas, prejudicando os rebanhos e as fazendas – sendo que estas últimas compõe 65% do PIB.

7. Afeganistão

De 1950 a 2010, as temperaturas no país asiático aumentaram em 1,8º C – e as chuvas também diminuíram em 40% no país. O Programa Mundial de Alimentos nomeia a seca como uma ameaça atual à segurança alimentar do Afeganistão, amplamente dependente da agricultura.

6. Sudão

Em 2016, o cientista climático Jos Lelieveld alertou para o risco de o país se tornar inabitável devido ao aumento das temperaturas. Além de enfrentar grandes quantidades de desertificação e desmatamento, o atual conflito no Sudão levou a população a depender recursos internacionais para o suprimento de água, o que arrisca a agricultura como fonte de alimento.

5. Guiné-Bissau

Com um extenso litoral e muitas ilhas, o país próximo à Libéria corre risco frequente de inundações, sobretudo durante a estação de chuva. No ano passado, as chuvas excepcionalmente fortes também afetaram os agricultoras, criando uma crise alimentar. O aumento da salinização do oceano como efeito das mudanças climáticas levou ainda a uma diminuição na produção de arroz.

4. República Democrática do Congo

O colonialismo deixou marcas na República Democrática do Congo, na África Central, onde os governantes belgas exploraram seus recursos naturais. A população não tem estrutura suficiente para lidar com a poluição contínua desses recursos devido à mineração no país. Atualmente, o país experimenta um aumento tanto em inundações quanto em secas, que resultam em crise e fome.

3. Eritreia

Desde 1960, a temperatura já subiu 1,7ºC no pequeno país costeiro da África Oriental. O aumento resultou em secas e na elevação do nível do mar, bem como na perda de biodiversidade e em um declínio na produção de alimentos.

2. República Centro-Africana

Após mais de uma década de conflito, a instabilidade política e a violência prejudicaram a natureza exuberante da República Centro-Africana. Além disso, no clima tropical do sul, o país enfrentou sérias inundações nos últimos anos, que destruíram casas e contaminaram fontes de água, causando doenças – como fez também a indústria de mineração do país.

1. Chade

Por fim, na lista dos países vulneráveis, está Chade. Nas últimas cinco décadas, o aumento das temperaturas, as secas e o uso excessivo de recursos naturais secaram 90% do Lago Chade, o maior do país. A bacia foi erodida por chuvas pesadas, que o terreno desértico torna mais propenso a inundações. A falta de estradas pavimentadas no país da África Central também dificulta o acesso humanitário em emergências, além da falta de médicos treinados. Além disso, Chade também recebeu quase meio milhão de refugiados do Sudão.

Com informações da Concern Worldwide.

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bet365 bonus code;bet365 casino;bet365 코리아 //emiaow553.com/mapa-mostra-como-sua-cidade-sera-devastada-pelas-mudancas-climaticas/ Sat, 20 Jul 2024 19:55:05 +0000 //emiaow553.com/?p=580931 Este mapa interativo desenvolvido por um ecoligista nos EUA mostra como as alterações do clima vão afetar as cidades daqui a 60 anos. Saiba como usar

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Um novo mapa interativo mostra como as mudanças climáticas vão impactar a temperatura de cada cidade ao redor do mundo.

O mapa, chamado The Future Urban Climates, foi desenvolvido pelo ecologista Matthew Fitzpatrick, da Universidade de Maryland (EUA), para mostrar como seria o clima no ano de 2080.

Fitzpatrick usou dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, para elaborar o mapa com projeções baseadas nas tendências atuais de enchentes, queimadas e ondas de calor.

Para usar o mapa, basta digitar o nome de uma cidade para obter a previsão. Há algumas localizações indisponíveis devido à base de dados.

Como usar o mapa de mudanças climáticas

Ao selecionar a cidade, o mapa exibe uma projeção do clima desse local em 2080. Ele também traça uma linha até outra área que, atualmente, possui características climáticas semelhantes às que a cidade selecionada terá no futuro.

No caso de São Paulo, por exemplo, conforme os níveis atuais de emissão e o ritmo das mudanças climáticas, o mapa mostra que a cidade terá um clima similar ao de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul.

Mapa mostra como será o clima de cidades devido às mudanças climáticas

Em 2080, São Paulo terá um clima similar ao de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. Imagem: Screenshot/Giz Brasil.

Em 2080, São Paulo será 3,8 °C mais quente no verão e 4,1 °C mais quente no inverno, apresentando uma umidade maior.

Aliás, com exceção do Rio de Janeiro, as principais capitais do país terão climas similares a cidades do Mato Grosso do Sul devido ao clima do cerrado.

Porto Alegre terá clima semelhante a Puerto Esperanza Misiones, na Argentina. A capital gaúcha será 3,7 °C mais quente e 10% mais úmida.

A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, será semelhante ao de Puerto Esperanza Misiones, na Argentina. Em 2080, a cidade gaúcha será 3,7 °C mais quente.

De acordo com o criador do mapa, quanto mais próximo do Equador, há menos projeções de será o clima de uma cidade em 2080 conforme as mudanças climáticas.

No Brasil, isso ocorre em algumas cidades do Norte e do Nordeste. Ao selecionar Belém, capital do Pará, o mapa vai mostrar um aviso. Ele diz que a projeção do clima para esse local vai ser diferente de qualquer coisa encontrada atualmente na Terra.

Para acessar o mapa e descobrir como será o clima da sua cidade em 2080, clique aqui.

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