소닉카지노 업계 최고 이벤트;토스뱅크 가입가능 도메인 / Vida digital para pessoas Thu, 17 Oct 2024 19:05:36 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png 디지몬 에볼루션;라스트 에볼루션;쥬라기 월드 / 32 32 스포츠중계;카지노온라인 //emiaow553.com/mudancas-climaticas-podem-reduzir-distribuicao-de-metade-das-especies-silvestres-de-mandioca-no-nordeste-ate-2100/ Thu, 17 Oct 2024 22:47:27 +0000 //emiaow553.com/?p=603393 The post Mudanças climáticas podem reduzir distribuição de metade das espécies silvestres de mandioca no Nordeste até 2100 appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo da UFRPE e instituições parceiras projetou efeitos de mudanças em seis variáveis ambientais, como chuva e temperatura, na distribuição de espécies de mandioca exclusivas do Nordeste
  • Redução projetada pode levar algumas espécies à extinção, e a perda de diversidade genética pode afetar a produção da mandioca cultivada
  • A expansão de áreas de conservação e a criação de políticas públicas para proteção podem ajudar a diminuir impactos para a biodiversidade, economia e alimentação

Até 2100, as áreas de ocorrência de cerca de metade das espécies nativas de mandioca do Nordeste brasileiro podem ser reduzidas por conta das mudanças climáticas. É o que indica um artigo publicado nesta sexta (4) na revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências?/a>. O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades federais Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Recôncavo da Bahia (UFRB), além da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), destaca a urgência de medidas para a conservação da biodiversidade diante dos efeitos das mudanças climáticas.

Os cientistas reuniram dados sobre onze espécies de mandioca nativas do Nordeste a partir de registros de ocorrência, bancos de dados e herbários. As informações foram utilizadas em simulações de diferentes cenários com base em seis variáveis climáticas ?como precipitação anual, chuvas nos meses mais secos e úmidos e temperatura média diária e anual. A equipe combinou esses elementos para prever o tamanho e a localização das áreas onde as espécies poderão viver no futuro, considerando as necessidades das plantas, e comparou com a realidade atual. A pesquisa revela que, em um cenário otimista, cinco das espécies analisadas podem experimentar uma redução em sua faixa potencial de distribuição até 2100. Em um cenário pessimista, com condições mais severas, essa redução pode atingir até seis espécies, 54% da amostra. Nos dois cenários, quatro dessas espécies podem experimentar redução total de suas áreas de ocorrência. “Isso acontece porque as condições ambientais que elas precisam para se desenvolver podem mudar, tornando algumas regiões menos adequadas? explica Karen Yuliana Suarez-Contento, autora do estudo. A pesquisadora da UFRPE destaca que a redução pode não afetar somente as espécies de mandioca, pois a perda de plantas que servem de base para a vida selvagem desestabiliza os ecossistemas locais. Segundo Suarez-Contento, a redução projetada pode, no futuro, levar à extinção de algumas das espécies silvestres de mandioca, além de afetar a produção de uma das principais fontes de carboidratos na alimentação brasileira: a mandioca cultivada. Ela é a matéria-prima de produtos como o polvilho, a tapioca e o tucupi. “As espécies silvestres abrigam uma diversidade genética crucial para o futuro da mandioca cultivada, fornecendo características importantes, como resistência a doenças e adaptações a diferentes condições ambientais? ressalta. A autora enfatiza que as mudanças climáticas podem ter um papel decisivo na distribuição de outros gêneros alimentícios. “Muitas outras culturas agrícolas dependem da diversidade genética de suas espécies silvestres para se adaptar a mudanças climáticas, novas pragas e doenças? diz Suarez-Contento. É o caso do milho, arroz e feijão, que têm parentes silvestres e podem enfrentar desafios semelhantes ao da mandioca, segundo a especialista. Ela destaca a importância de conservar essas espécies e seus habitats para garantir a continuidade da produção desses alimentos. Para a pesquisadora, estratégias como a criação e a expansão de áreas protegidas, o estabelecimento de corredores ecológicos e a restauração de áreas degradadas são um passo importante para melhorar o cenário previsto para 2100. “A educação ambiental e o incentivo para práticas agrícolas sustentáveis também podem engajar as comunidades locais e promover a proteção dos habitats? acrescenta.

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인기 있는 베스트 온라인 카지노 TOP10 //emiaow553.com/nao-use-plastico-como-guardar-o-queijo-para-nao-estragar/ Sat, 05 Oct 2024 19:13:34 +0000 //emiaow553.com/?p=599953 The post Não use plástico: como guardar o queijo para não estragar? appeared first on Giz Brasil.

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  • Queijo mais antigo do mundo é encontrado nas cabeças de múmias chinesas
  • Quanto tempo a carne pode ficar guardada na geladeira?
  • Em entrevista à CNet, o especialista John Montez, certificado em queijos, afirma que o queijo “tem muitas coisas que ajudam a preservá-lo”. “Ele é rico em ácido e sal e tem muita água removida em comparação ao leite. Então é raro que você tenha que jogar fora um pedaço de queijo”, diz.

    Ou seja, isso significa que ele pode durar por semanas ou meses, a depender do tipo. Porém, atente-se à validade, já que queijos comprados cortados, como o muçarela, duram apenas alguns dias.

    Queijos azuis, como o gorgonzola; de casca branca, como o brie; ou de casca florida, como o Gruyère, têm aparências diferentes. Mas no caso de alguns deles, a presença do mofo não significa necessariamente que está estragado. Isso porque, devido à falta de água no queijo, o mofo não consegue penetrá-lo profundamente como em outros alimentos.

    “Se você perceber que ele mofa um pouco, geralmente você pode raspar esse mofo e não há problema”, explica Montez. Entretanto, ele alerta para o mofo preto. “A questão é que é raro que um pedaço de queijo se torne impróprio para comer. Ele vai se tornar intragável para você muito antes de ser impróprio”, completa.

    Então, como aumentar a durabilidade do queijo?

    Guardar corretamente: na hora de armazenar, nada de deixar os queijos maturados na parte mais fria da geladeira, pois isso faz com que ele seque mais rápido. O ideal é embalá-los e colocar em uma gaveta na geladeira.

    No entanto, queijos duros ou outros que serão consumidos em poucos dias, como o parmesão, por exemplo, não precisam necessariamente de refrigeração – apesar de ser importante se atentar ao calor excessivo. Você também pode cobri-los com uma cúpula de queijo para ajudar na preservação.

    Queijos frescos, como o minas, podem ficar nas prateleiras superiores, mas não muito próximo à saída de ar para não congelar. Já a muçarela e o prato são ideais para as prateleiras intermediárias, como destaca o Viva Bem Uol.

    Embrulhar com papel: embora os queijos às vezes fiquem em exibição em embalagens de plástico no supermercado, a melhor forma de armazená-los é com papel, para permitir alguma passagem de ar. Algumas opções para queijos artesanais, por exemplo, são papel manteiga, de açougueiro ou qualquer outro. Na hora de cobrir, certifique-se de que todas as partes estejam em contato com o material.

    Contudo, queijos fatiados, como a muçarela e o prato, devem ficar em potes herméticos ou vedados com plástico filme. Outros tipos que se beneficiam de plásticos, como o filme, são queijos duros como o parmesão e o minas, por exemplo. Já queijos de mofo azul combinam com papel alumínio ou filme.

    Cortar da forma certa: o corte correto ajuda a manter o sabor e a textura do queijo. Cortes precisos e retos facilitam o embrulho, assim como manter o queijo inteiro pelo maior tempo possível. A recomendação é usar facas de chef – ou facas esqueleto no caso de queijos mais macios. Outra opção é usar tábuas de queijo com arame para manter a casca intacta.

    Como evitar o mofo?

    Segundo Montez, “minimizar a área de superfície (exposta ao ar) vai evitar que o queijo seque ou fique mofado. Então, por exemplo, se você vai preparar o queijo com antecedência para uma festa, quanto mais tempo você puder deixá-lo inteiro, melhor”. Já no caso do preparo de refeições, é melhor ir cortando aos poucos.

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    토토사이트-오락실-orak;카지노사이트;카지노사이트킴 //emiaow553.com/ralo-entupido-confira-5-coisas-a-evitar-na-pia-da-sua-cozinha/ Sat, 07 Sep 2024 19:37:13 +0000 //emiaow553.com/?p=591288 The post Ralo entupido? Confira 5 coisas a evitar na pia da sua cozinha appeared first on Giz Brasil.

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    Ralo entupido é um pesadelo para qualquer pessoa, mas existe uma forma de evitar esse transtorno. Isso porque, se você não quer que a pia da sua cozinha entupa, há alguns itens que você deve deixar o mais longe possível do ralo. Confira cinco deles abaixo:

    1. Óleo

    Parece óbvio, mas não custa lembrar: óleos e graxa são algumas das substâncias mais comuns para entupir ralos. Grandes quantidades de gordura de bacon ou batatas fritas, por exemplo, acumulam sujeira nos canos ao longo do tempo. O mesmo vale para alimentos à base de óleo, como molho de salada e maionese. Para evitar problemas, o óleo deve ser resfriado e colocado em um recipiente fechado antes de ser destinado à reciclagem.

    2. Tinta

    Seja a óleo ou não, as tintas, embora sejam líquidas, podem aderir aos canos e secar, provocando problemas sérios no encanamento. Para descartá-las, verifique pontos de coleta específicos.

    3. Borra de café, farinha e outros grânulos

    Ela pode parecer inofensiva, mas a borra de café também acumula nos canos da pia, podendo causar um refluxo. Outro item que pode não parecer causar problemas é a farinha, mas misturada com água, ela se torna uma massa. Portanto, a melhor alternativa em ambos os casos seria investir na compostagem – ou simplesmente jogar no lixo. Terra, se em grandes quantidades, também não deve estar na pia – então, cuidado na hora de regar plantas!

    4. Papel

    Nem o mais fino dos papéis deve ir para o ralo, muito menos produtos como guardanapos ou pratos feitos do material. Por isso, o ideal é sempre jogá-los fora antes mesmo de lavar a louça.

    5. Restos de comida

    Por fim, para evitar um ralo entupido, restos de comida como cascas de vegetais, arroz e macarrão são os itens mais comuns de se deixar cair no ralo. No entanto, o lixo orgânico causa entupimentos facilmente, a não ser que a pia tenha um triturador de lixo. Caso contrário, procure sempre descartar os alimentos na lixeira.

    Leia também: Conheça 4 benefícios do vinagre de maçã para a saúde.

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    안전한 토토사이트 Archives //emiaow553.com/ultraprocessados-sao-fonte-de-proteina-na-alimentacao-de-vegetarianos-estritos/ Tue, 20 Aug 2024 14:25:07 +0000 //emiaow553.com/?p=586603 The post Ultraprocessados são fonte de proteína na alimentação de vegetarianos estritos appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Gabriele Mello* / Arte: Diego Facundini* / Jornal da USP

    O veganismo é um estilo de vida em que a pessoa não consome nenhum produto de origem animal, inclusive roupas e produtos de beleza testados em animais, por exemplo. Quando se fala exclusivamente de alimentação, a dieta recebe o nome de vegetarianismo estrito. Nesses casos, existe uma grande preocupação em relação à quantidade de proteína ingerida. A pesquisa conduzida pelo Centro de Medicina do Estilo de Vida da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), coordenada pelo professor Hamilton Roschel, mostrou que a quantidade de proteína consumida por vegetarianos estritos é adequada, mas se apoia no consumo de alimentos ultraprocessados.

    Entre os mais de 500 participantes do estudo, a mediana do consumo de proteína foi de 1,12 gramas por quilo de peso corporal, valor que atinge e supera a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 0,8 a 1,0 grama de proteína por quilo de peso corporal. No entanto, para atingir a recomendação de ingestão proteica, os vegetarianos estritos recorrem a alimentos ultraprocessados, em particular, à proteína texturizada de soja ?que passa por uma etapa chamada extrusão, por isso é considerada ultraprocessada ?e aos suplementos proteicos à base de proteína vegetal. A pesquisa também analisou se vegetarianos estritos ingerem quantidades adequadas de aminoácidos essenciais ?moléculas que formam as proteínas, mas que não são produzidas pelo corpo e têm funções específicas no metabolismo. Assim como no caso das proteínas, a adequação foi superior a 90%. As dietas dos participantes foram analisadas com base em diários alimentares. Enquanto o recordatório alimentar é preenchido por um nutricionista, como uma entrevista, o diário é preenchido individualmente com relatos das refeições em medidas caseiras, mas também passa pela conferência de um nutricionista. Os participantes tiveram acesso a instruções para registrarem os alimentos de forma padronizada. O trabalho contou com pesquisadores do Grupo de Fisiologia Aplicada e Nutrição, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e da FMUSP.

    Nível de processamento na dieta vegetariana estrita

    Mesmo dependendo do consumo de ultraprocessados para atingir a quantidade adequada de proteína ingerida, 66% das calorias ingeridas por vegetarianos estritos vêm de alimentos in natura, alimentos que não sofrem alteração para serem consumidos, e minimamente processados ?que passaram apenas por processos que não envolvem adição de sal, gordura, açúcar ou outras substâncias.

    A porcentagem de calorias vindas de ultraprocessados na dieta dos participantes do estudo é de 13%. “Esses indivíduos comem menos ultraprocessados e consequentemente mais alimentos in natura e minimamente processados que a população em geral. Então, esse é um achado interessante, porque mostra que as premissas de uma boa dieta à base de plantas estão sendo seguidas? diz Roschel.

    Em comparação com os dados encontrados para a população geral no Brasil, os vegetarianos estritos têm 22% a mais de calorias da dieta vindas de alimentos in natura, e 10% a menos vindos de ultraprocessados.

    Além disso, apesar de alimentos como a proteína texturizada de soja serem classificados como ultraprocessados, devido aos processos a que são submetidos e suas composições, alguns pesquisadores afirmam que eles se diferem dos ultraprocessados conhecidos pelos malefícios à saúde, já que não têm adição de sal, açúcar e gordura. “Apesar de se enquadrarem na mesma categoria, em termos de qualidade nutricional, é razoável assumir que uma proteína texturizada de soja não pode ser comparada a um pacote de salgadinho, por exemplo. Mesmo dentro da classificação de ultraprocessados, há nuances que precisam ser consideradas? pondera o docente. A ideia não é consenso entre os cientistas, e já foi objeto de debate.

    Hamilton Roschel – Foto: Arquivo Pessoal

    Roschel lembra que os resultados encontrados no trabalho em momento nenhum vão contra a classificação Nova ?que divide os alimentos em in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados. “A Nova é absolutamente fantástica em termos de saúde pública? ressalta o pesquisador. Ele acredita porém, que existem nuances dentro da classificação que merecem consideração.

    Aumento da variedade de ultraprocessados

    O mercado de ultraprocessados cresce em variedade, e os alimentos voltados ao vegetarianismo estrito não são exceção, relata Roschel. Mas, ao contrário da proteína texturizada de soja e do suplemento proteico, boa parte desses alimentos que têm ganho espaço nos mercados são ricos em açúcar, gorduras saturadas e sal, ao mesmo tempo que são baixos em fibras. Ou seja, são alimentos que trazem prejuízo à saúde. Na França, de acordo com uma pesquisa realizada em 2021, 39% das calorias ingeridas por vegetarianos estritos vinham de alimentos ultraprocessados com baixa qualidade nutricional. “Esse [aumento do consumo de ultraprocessados] é o medo. Para eles [indústria alimentícia] começarem a fazer opções veganas para atender esse público com a mesma baixíssima qualidade nutricional, basta que enxerguem isso como um mercado interessante? relata Roschel sobre as perspectivas no Brasil.

    Para o pesquisador, o resultado do trabalho mostra a importância de uma análise de contexto. “?um alerta de que a gente precisa de uma melhor educação nutricional do indivíduo que adere a uma dieta plant-based [baseada em plantas, vegetariana estrita]. É também um alerta para políticas públicas de regulação do mercado e para a indústria, que precisa entender a sua responsabilidade na elaboração de alimentos de melhor qualidade nutricional? finaliza.

    Participaram do estudo os pesquisadores do Grupo de Fisiologia Aplicada e Nutrição da EEFE/FMUSP e do Centro de Medicina do Estilo de Vida da FMUSP: Alice Erwig Leitão, Gabriel Esteves, Bruna Mazzolani, Fabiana Smaira, Martin Santini, Heloísa Santo André, Bruno Gualano e Hamilton Roschel.

    Mais informações: e-mail [email protected], com Hamilton Roschel

    *Estagiária sob supervisão de Luiza Caires
    **Estagiário sob supervisão de Simone Gomes

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    아이돌카지노;보증업체;바카라 게임- 온라인 카지노 //emiaow553.com/processo-otimiza-extracao-de-compostos-bioativos-de-residuos-agricolas-para-produtos-cosmeticos-e-alimenticios/ Sat, 10 Aug 2024 18:22:10 +0000 //emiaow553.com/?p=585121 The post Processo otimiza extração de compostos bioativos de resíduos agrícolas para produtos cosméticos e alimentícios appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Ricardo Muniz | Agência FAPESP

    Processo inovador desenvolvido por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) utiliza mel de abelhas sem ferrão para extrair com mais eficiência das cascas das amêndoas de cacau teobromina e cafeína ?dois compostos que podem ser aplicados em produtos alimentícios e cosméticos. Essas cascas são particularmente ricas em teobromina e cafeína, no entanto, os métodos convencionais de extração frequentemente envolvem o uso de solventes que podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente, além de serem, geralmente, complexos e demorados.

    A invenção foi liderada por Felipe Sanchez Bragagnolo, que tem como hobby a criação de abelhas sem ferrão (Melipona quadrifasciata ou mandaçaia), prática conhecida como meliponicultura. O trabalho, que faz parte do projeto de pós-doutorado de Bragagnolo, contou com a colaboração de Monique Martins Strieder e Leonardo Mendes de Souza Mesquita, com a supervisão de Maurício Ariel Rostagno. O grupo recebe apoio da FAPESP em suas pesquisas (projetos 19/13496-0 e 18/14582-5).

     Abelha da espécie Melipona quadrifasciata, popularmente conhecida como mandaçaia (foto: Rich Hoyer)Abelha da espécie Melipona quadrifasciata, popularmente conhecida como mandaçaia (foto: Rich Hoyer)
    “A inovação proposta oferece um método de extração assistida por ultrassom de alta intensidade e utiliza mel de mandaçaia como solvente natural. Essa abordagem não apenas elimina o uso de solventes orgânicos prejudiciais, mas também simplifica o processo de extração, reduzindo o tempo necessário e tornando-o mais sustentável? explica Rostagno, agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e inventor de 17 patentes. Rostagno também é mestre em ciência de alimentos pela UFLA, mestre em vitivinicultura e doutor em química pela Universidade de Cádiz (Espanha).

    Resíduos valiosos

    Os resíduos agrícolas têm sido cada vez mais reconhecidos como fontes valiosas de compostos de interesse. A teobromina, estimulante do sistema nervoso central, é o principal composto presente no cacau, com ação semelhante (embora mais suave) à da cafeína. “Tradicionalmente esses resíduos são descartados ou subutilizados. Ao extrair esses compostos não só reduzimos o volume de resíduos agrícolas, mas também promovemos a economia circular e mitigamos o impacto ambiental do desperdício? diz Rostagno, que é professor associado na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA-Unicamp), no campus Limeira. Ele atua na área de tecnologia, composição e análise de alimentos, no Laboratório Multidisciplinar em Alimentos e Saúde (LabMAS). Um dos princípios da chamada química verde é eliminar solventes tóxicos e contaminantes de processos e produtos. “Apesar de o uso de solventes como metanol, acetona e hexano ser permitido, ainda ficam resíduos no alimento que podem ser prejudiciais à saúde e devem ser evitados. Não só tendo em vista o consumidor, mas também o pessoal técnico responsável pelo processo de extração, sujeito à exposição por contato ou vapores? explica Rostagno. O mel de abelhas sem ferrão, além de ser um solvente natural, apresenta uma série de benefícios à saúde, como propriedades antibacterianas, antioxidantes e nutritivas. Assim, segundo o inventor, sua utilização como solvente não apenas torna o processo mais sustentável, mas também enriquece o produto final com um potencial único de utilização em uma variedade de produtos. “Pode ser incorporado em formulações cosméticas, aproveitando suas propriedades para promover a saúde da pele e do cabelo? exemplifica o pesquisador. Também pode ser utilizado como ingrediente em produtos nutracêuticos, fornecendo um impulso natural de energia.

    Ao utilizar a técnica de extração assistida por ultrassom em conjunto com o mel de abelhas sem ferrão, a eficiência do processo é amplificada, resultando em extrações mais rápidas e com maior rendimento de teobromina e cafeína. “Além disso, o extrato final não requer secagem, simplificando ainda mais o processo.?/p> Há ainda um ganho de marketing, segundo o pesquisador, visto que, além da eficiência e da sustentabilidade na extração de compostos valiosos, há uma valorização da biodiversidade local, já que o mel da abelha mandaçaia é utilizado. “Isso contribui para a diferenciação e autenticidade dos produtos? diz Rostagno. O depósito da patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) foi realizado em março (nº BR 10 2004 005638 8).

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    카지노사이트 순위;온라인카지노, 바카라사이트 //emiaow553.com/aplicacao-de-zinco-em-hortalica-pode-ser-alternativa-para-combater-fome-oculta-na-amazonia/ Sat, 27 Jul 2024 18:46:24 +0000 //emiaow553.com/?p=580395 The post Aplicação de zinco em hortaliça pode ser alternativa para combater ‘fome oculta?na Amazônia appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Agência Bori

    Highlights

    • Pesquisadores testaram diferentes dosagens de zinco para a biofortificação de cariru, hortaliça consumida de forma frequente por comunidades rurais da Amazônia
    • Plantas submetidas a uma dose de 100 mg de zinco por quilo de solo apresentaram os melhores resultados de crescimento, registrando 40 vezes mais teores de zinco nas folhas em relação ao controle
    • O cariru biofortificado pode ser um suplemento acessível para populações que sofrem com deficiência de zinco na Amazônia

    Cerca de um terço da população mundial sofre com deficiência de zinco, segundo a Organização Mundial de Saúde. Como alternativa para comunidades tradicionais e rurais da Amazônia que não têm acesso à suplementação do mineral, um experimento da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foi capaz de aumentar em 40 vezes a concentração de zinco nas folhas da planta cariru (Talinum triangulare), hortaliça comumente consumida na região. Os resultados estão descritos em artigo publicado na sexta (7) na revista científica “Rodriguésia?

    A deficiência de zinco pode causar problemas no desenvolvimento cerebral, gerar menor desempenho e produtividade em atividades físicas e aumentar a suscetibilidade a doenças como pneumonia e diarreia. As recomendações diárias de seu consumo são de 11 miligramas para homens, 8 mg para mulheres e 5 mg para crianças. Por ter relação com a produção do hormônio do crescimento, a falta do mineral afeta o crescimento infantil. “?o que nós chamamos de fome oculta, porque mesmo quando as pessoas estão se alimentando, elas não estão consumindo as quantidades suficientes de nutrientes necessários para a sua saúde, através de produtos com melhor qualidade nutricional? explica Beatriz Costa de Oliveira Queiroz de Souza, atualmente doutoranda em Fisiologia Vegetal na Universidade Federal de Lavras (Ufla) e autora do artigo.

    O experimento aplicou seis tratamentos com concentrações diferentes de sulfato de zinco heptahidratado no solo de 36 amostras de cariru. Os grupos foram divididos pela dosagem, que seguiu 12,5 miligramas de zinco para um quilo de solo (mg kg-1); 25 mg kg-1; 50 mg kg-1; 100 mg kg-1; 400 mg kg-1 e um tratamento de controle que não recebeu uma dosagem de zinco extra. Entre outros parâmetros de qualidade, o estudo analisou principalmente os níveis do mineral nas folhas de cariru e no solo, proteínas e açúcares solúveis totais.

    As plantas submetidas a uma dose de 100 mg kg-1 de zinco apresentaram os melhores resultados de crescimento, proporcionando um aumento de 4081% nos teores de zinco foliares, bem como um aumento de 130% na massa seca das folhas. Além disso, também foi observado um aumento de 1904% de zinco no solo. Para Souza, o resultado mostra que a biofortificação também pode ser usada para a nutrição do solo e da flora ao redor da produção. “Geralmente, os solos amazônicos e brasileiros são pobres em zinco, um mineral que também é importante para o desenvolvimento da planta, tanto que também notamos aumento no número e massa das folhas?

    Por outro lado, o tratamento com 400 mg kg-1 de zinco se mostrou tóxico a um nível letal para as plantas. “Doses muito elevadas de qualquer nutriente podem causar sintomas de toxicidade. O que difere o remédio do veneno é a dose? explica Souza. A pesquisadora comenta que a dose de 25 mg kg-1 já foi suficiente para incrementar concentrações de zinco nas folhas de cariru em cerca de 3346% em relação ao controle, o que indica que aplicar menores quantidades já traz benefícios.

    Por fim, o trabalho aponta que é importante que as populações tenham acesso a diferentes alimentos ricos em zinco para o combate à carência desse mineral. Isso porque, segundo a pesquisadora, para que uma pessoa consuma a quantidade diária recomendada, seria necessário comer mais de 200 gramas de cariru biofortificado por dia. “Mas o brasileiro consome, em média, 49 gramas de hortaliças por dia. Por isso, ele seria um ótimo suplemento para o combate à desnutrição, mas não deve ser a única fonte do mineral na alimentação, que deve ser complementada com outros vegetais e carnes ricos em zinco? finaliza.

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    Texto: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

    Ao analisar amostras de farinha e de arroz armazenadas em residências de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) constataram a presença de altas quantidades de toxinas fúngicas (micotoxinas). Os resultados do estudo, que contou com apoio da FAPESP, foram divulgados no periódico Food Research International.

    Como destacam os autores, a exposição a micotoxinas pela alimentação pode desencadear uma série de problemas de saúde, especialmente no caso de crianças e adolescentes. Os dados reforçam, portanto, a importância de armazenar alimentos como grãos e farinhas em locais secos e protegidos de insetos para evitar o risco de contaminação.

    “Todos os microrganismos, incluindo os fungos, necessitam do chamado ‘binômio temperatura e tempo?para se desenvolver em um substrato. Portanto, quanto mais tempo um alimento contendo fungos toxigênicos ficar armazenado em condições inadequadas, por exemplo, exposto ao ambiente, desprotegido, em local quente e úmido, maior a probabilidade de haver altas concentrações de micotoxinas? afirma Carlos Augusto Fernandes de Oliveira, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP), no campus de Pirassununga, e coordenador do estudo.

    Segundo o pesquisador, existem mais de 400 toxinas que os fungos produzem para se defender ou interagir com outros organismos. “Seis dessas substâncias, as quais chamamos de meninas superpoderosas, requerem mais atenção por serem carcinogênicas, imunossupressoras ou por atuarem como disruptores endócrinos [causarem alteração no equilíbrio hormonal do organismo]. É algo que demanda muita atenção pelos seus efeitos prejudiciais à saúde? destaca. Em todas as amostras analisadas foram encontradas as seis toxinas de preocupação: aflatoxinas (AFs), fumonisinas (FBs), zearalenona (ZEN), toxina T-2, desoxinivalenol (DON) e ocratoxina A (OTA). No caso das micotoxinas FBs, ZEN e DON as taxas estavam acima do limite de tolerância estabelecido pelos órgãos de saúde. Este estudo foi o primeiro no Brasil a usar biomarcadores para caracterizar o risco associado às micotoxinas na dieta de crianças e adolescentes.

    Oliveira explica que a aflatoxina B1, descoberta na década de 1960, é o mais potente carcinógeno natural conhecido. A substância lesa o DNA dos animais, provocando mutações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de carcinoma hepático. Há ainda outros efeitos, como imunossupressão, problemas reprodutivos e teratogênese (quando gestantes ou pessoas em amamentação transferem as toxinas para o embrião, feto ou criança, causando problemas de saúde).

    “Não existe nenhuma substância conhecida pelo homem na natureza que tenha o poder cancerígeno dessa micotoxina, só raras exceções criadas em laboratório, como, por exemplo, dioxinas? conta o pesquisador. Já a desoxinivalenol, encontrada em altas taxas nas amostras analisadas, embora não seja carcinogênica, pode reduzir a imunidade de pessoas contaminadas. “Ela também tem efeito no sistema gastrointestinal. Nos animais, por exemplo, ela provoca tanta irritação que eles regurgitam. Por isso, ela é vulgarmente chamada de vomitoxina? diz.

    A fumonisina B1 é considerada um possível carcinógeno humano, podendo causar câncer esofágico e outros problemas hepatotóxicos, assim como a ocratoxina A, outro potencial carcinógeno. Já a zearalenona, encontrada em taxas elevadas nas amostras de alimento analisadas, possui uma estrutura idêntica à do hormônio feminino estrógeno, podendo produzir problemas relacionados ao excesso de estrógeno no organismo (hiperestrogenismo).

    “São, portanto, toxinas com repercussões pesadas. Diferentemente do chumbo ou de outros contaminantes químicos, como o bisfenol [encontrado em alguns materiais plásticos], essas micotoxinas não são cumulativas. No entanto, elas têm efeito progressivo. Isso quer dizer, por exemplo, que, com a exposição a moléculas de B1, em algum momento não será mais possível reparar o DNA que foi lesado pela micotoxina. É a partir daí que pode surgir o câncer. Por isso, a nossa preocupação com crianças e adolescentes, que tendem a ser mais sensíveis a toxinas em geral? afirma.

    As análises foram realizadas por cromatografia líquida de ultraeficiência acoplada à espectrometria de massa em tandem (UPLC-MS/MS, método que permite discriminar diferentes substâncias em uma mistura com base no peso molecular). As 230 amostras de alimentos analisadas estavam disponíveis para consumo nos domicílios de 67 crianças, incluindo 21 pré-escolares (3 a 6 anos), 15 escolares (7 a 10 anos) e 31 adolescentes (11 a 17 anos). O grupo está realizando uma segunda etapa do trabalho para identificar mais a fundo o grau de contaminação. Amostras de urina das crianças e adolescentes foram coletadas e os pesquisadores estão em fase de análise do resultado do material.

    “A partir da análise de biomarcadores encontrados na urina é possível avaliar a exposição a micotoxinas, uma vez que a excreção de biomarcadores se correlaciona bem com a ingestão de algumas micotoxinas. Com isso poderemos antever potenciais efeitos da contaminação? adianta Oliveira à Agência FAPESP.

    O artigo Exposure assessment of children to dietary mycotoxins: A pilot study conducted in Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0963996924001571.

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    카지노사이트 순위;온라인카지노, 바카라사이트  //emiaow553.com/neuronios-na-base-do-cerebro-controlam-a-busca-compulsiva-por-comida/ Tue, 09 Jul 2024 16:28:29 +0000 //emiaow553.com/?p=579564 The post Neurônios na base do cérebro controlam a busca compulsiva por comida appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Washington Castilhos/Revista Pesquisa Fapesp

    Quem nunca se pegou buscando algo mais para comer, em geral gostoso, como uma segunda fatia de pudim ou outra bola de sorvete, depois de uma refeição farta? O responsável por esse comportamento, aparentemente impulsivo e associado à ativação dos circuitos cerebrais ligados à sensação de prazer, é, ao menos em alguns casos, um pequeno grupo de células do tronco encefálico, uma estrutura do sistema nervoso central muito primitiva, localizada perto da base do cérebro e encontrada nos vertebrados há centenas de milhões de anos. A função peculiar desses neurônios, que despertam a vontade de comer mesmo sem fome, foi descrita em março em um artigo publicado na revista Nature Communications pela equipe do neurocientista brasileiro Avishek Adhikari, pesquisador da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), nos Estados Unidos.

    Descendente de indianos, Adhikari se interessou por neurociência ainda na graduação em química na Universidade de São Paulo (USP). Durante o mestrado e o doutorado, feitos nos Estados Unidos, especializou-se em caracterizar como diferentes áreas do cérebro atuam para disparar as sensações de medo e ansiedade. O seu grupo de pesquisa na Ucla dedica-se a estudar uma região do sistema nervoso central chamada substância cinzenta periaquedutal (PAG). Localizada no tronco encefálico, a PAG é uma espécie de alarme potente. Quando ativada por completo, essa região dispara uma resposta intensa de pânico. Em experimentos com camundongos, o neurocientista brasileiro Fernando Reis, pesquisador no laboratório de Adhikari, tentava descobrir a função de um punhado específico de células da PAG ?os neurônios VGAT, que liberam o neurotransmissor ácido gama-aminobutírico ?quando teve uma surpresa. Em vez de alterar a resposta de medo como as demais células da PAG, os neurônios VGAT levavam os roedores a iniciar uma busca frenética por comida ?em especial, por alimentos calóricos. “Não esperávamos esse efeito? conta Adhikari. Para avaliar a função dessas células, os pesquisadores usaram uma técnica chamada optogenética. Eles injetaram na PAG dos roedores um vírus contendo o gene para a produção de uma proteína sensível à luz e, depois, com laser de cores diferentes, estimulavam ou inibiam a ação dos neurônios VGAT enquanto os animais eram expostos a diferentes objetos ou tipos de alimentos. Testes iniciais indicaram que, naturalmente, os neurônios VGAT se tornavam mais ativos quando os camundongos buscavam alimentos do que depois de começar a consumi-los, um sinal de que poderiam estar envolvidos na vontade de comer. Reis, então, realizou uma bateria de experimentos nos quais colocou os roedores em uma caixa ora com um objeto novo (uma bola de pingue-pongue ou um bloco de madeira), ora com um grilo ou uma noz. Quando os neurônios VGAT eram acionados pela luz, o animal rapidamente passava a explorar o ambiente e o objeto que desconhecia ?por exemplo, mordiscava a bolinha ou o bloco. Na caixa com o grilo, uma presa habitual dos roedores, o camundongo, mesmo estando bem alimentado, rapidamente capturava o inseto e o consumia. Diante da noz, um alimento mais calórico do que o grilo, o roedor corria para comê-la. Os animais também ingeriam mais desses alimentos e de outros de que gostam, como chocolate e queijo, mas menos verduras e legumes. Nos testes em que era exposto simultaneamente à bolinha e à noz, sem poder alcançar nenhuma delas, o camundongo passava a maior parte do tempo no canto da caixa próximo à castanha, um indicativo de que a ativação desses neurônios motivava a busca de comida. Com os neurônios VGAT ativados, os animais, sempre bem alimentados, suportavam caminhar sobre um piso que lhes dava leves descargas elétricas nas patas ?que provocavam um leve desconforto, sem machucar nem causar dor ?para chegar até a comida. Em geral, camundongos sem fome evitariam esse estímulo aversivo. Observando os animais, Reis e colaboradores encontraram ainda indícios de que a ativação dos neurônios VGAT estava associada a um estado agradável e prazeroso. “Se a ativação dessas células era feita toda vez que o animal estava no lado direito da caixa, depois de algumas repetições, ele passava a permanecer mais tempo naquele local. Se a ativação ocorria depois de apertar um botão, o roedor passava a pressioná-lo mais vezes? conta Adhikari. “Se essas células disparassem sensações desagradáveis, como a fome, eles não repetiriam o comportamento? Os testes mostraram ainda que a atividade desses neurônios é necessária para estimular a busca por comida. Quando os pesquisadores usaram um laser verde para inibir os neurônios VGAT, os roedores pararam de procurar alimento, mesmo que estivessem com fome. Como a substância cinzenta periaquedutal e os neurônios VGAT também existem em humanos, os pesquisadores supõem que eles possam estar ligados a transtornos alimentares. “Os resultados sugerem que, se estiver menos ativado que o normal, esse circuito poderia levar à anorexia. Já a ativação excessiva poderia provocar compulsão alimentar? conta Reis. Caso isso de fato ocorra nos seres humanos, argumenta o pesquisador, talvez seja possível encontrar uma forma de modificar o funcionamento desses neurônios e auxiliar no tratamento desses transtornos alimentares. “Eventualmente, a ativação desse circuito poderia ser usada para compensar, por exemplo, a perda de apetite decorrente de tratamentos do câncer? relata o neurocientista Alexandre Kihara, da Universidade Federal do ABC e coautor do estudo. Para o imunologista Licio Velloso, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que não participou da pesquisa, o mérito do trabalho foi identificar como esse circuito influencia a forma de buscar comida e a escolha do alimento procurado. Para ele, por ora, os achados do modelo animal não devem ser extrapolados para os seres humanos. “Nas pessoas, essas células podem fazer conexões com outros circuitos envolvidos na alimentação? explica. “Além disso, o ácido gama-aminobutírico é um neurotransmissor importante em quase todas as regiões do sistema nervoso central. Uma terapia que influenciasse seus níveis poderia causar efeitos colaterais importantes.?Uma saída imaginada por Velloso seria identificar compostos que atuassem exclusivamente sobre esses neurônios para, depois, avaliar como afetariam a busca por alimento.

    A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>O controle da vontade de comer?na edição impressa nº 340, de junho de 2024.

    Projetos
    1.
    Degeneração e desenvolvimento do sistema nervoso: O papel dos processos epigenéticos (nº 19/17892-8); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Regular; Pesquisador responsável Alexandre Hiroaki Kihara (UFABC); Investimento R$ 289.304,54.
    2. Caracterização da população de interneurônios e da atividade eletrofisiológica in vivo cortical e hipocampal de ratos adultos submetidos à anóxia neonatal (nº 16/17329-3); Modalidade Bolsa de Doutorado; Pesquisador responsável Alexandre Hiroaki Kihara (UFABC); Bolsista Juliane Midori Ikebara; Investimento R$ 335.898,05.

    Artigo científico
    REIS, F. M. C. V. et al. Control of feeding by a bottom-up midbrain- subthalamic pathway. Nature Communications. 7 de mar. 2024.

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    바카라 용어;카지노사이트 //emiaow553.com/nasa-seleciona-equipe-de-simunautas-veja-qual-a-missao-deles/ Fri, 07 Jun 2024 16:46:43 +0000 //emiaow553.com/?p=574480 The post NASA seleciona equipe de simunautas; veja qual a missão deles appeared first on Giz Brasil.

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    A NASA anunciou sua mais nova equipe de “simunautas”, composta por estudantes da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA.

    Essa equipe foi selecionada como parte do programa de Desafios Centenários da NASA, que visa incentivar a inovação e resolver problemas técnicos cruciais para a exploração espacial. Os estudantes escolhidos vão testar soluções de alimentos para missões espaciais futuras.

    O que os simunautas vão fazer?

    Os simunautas, como são chamados esses participantes, têm a missão de simular experiências de viver e trabalhar no espaço, enfrentando desafios semelhantes aos que os astronautas podem enfrentar durante missões prolongadas. Assim, a equipe de universitários foi escolhida para desenvolver e testar soluções para os problemas associados à alimentação no espaço. Uma das principais preocupações para as missões espaciais de longa duração é garantir que os astronautas recebam uma dieta nutricionalmente balanceada e apetitosa.

    Porém, vale lembrar, que isso não é uma tarefa fácil, considerando as restrições de peso, espaço e conservação de alimentos no ambiente da microgravidade. A equipe de simunautas se concentrará em desenvolver alimentos que sejam saborosos, nutritivos e fáceis de armazenar e preparar no espaço.

    “O desafio também poderia beneficiar a humanidade, ajudando a resolver os problemas de escassez de alimentos na Terra”, disse a NASA em um comunicado.

    Desafios de plantar no espaço

    Uma das alternativas para as missões de longa duração no espaço é que os próprios astronautas plantem seus alimentos. Algo parecido como o personagem Mark Watney, do filme “Perdido em Marte“.

    Mas essa missão não é tão fácil quanto parece. Para crescerem no espaço, as plantas precisam ficar protegidas das condições de vácuo e da radiação cósmica do espaço. Além disso, elas precisam crescer em um espaço limitado, assim como contar com um suprimento de energia para o cultivo. Dessa forma, com menos espaço, as plantas sofrem de atraso no florescimento e redução da qualidade das sementes, por exemplo. Uma consequência deve ser que as “culturas espaciais?tornem-se espécies capazes de crescer rapidamente e consumir o mínimo de energia possível.

    A China é um dos países que está na vanguarda desse tipo de “horta espacial”. Além disso, o Brasil, em conjunto com a NASA, também estuda formas sustentáveis de um cultivo nas estações espaciais.

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    카지노 중남미;온라인카지노, 카지노사이트 //emiaow553.com/saude-alerta-para-cuidados-pos-enchente-no-rio-grande-do-sul/ Tue, 21 May 2024 22:20:22 +0000 //emiaow553.com/?p=571762 The post Saúde alerta para cuidados pós-enchente no Rio Grande do Sul appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil

    Mesmo diante do recuo das águas no Rio Grande do Sul, o cenário ainda exige uma série de cuidados para garantir a segurança e a saúde da população afetada pelas enchentes. O alerta é do Ministério da Saúde, ao citar cuidados classificados pela própria pasta como indispensáveis durante a limpeza de casas e áreas atingidas e na remoção de entulhos.

    “Nesse sentido, o Ministério da Saúde reforça as medidas de segurança para evitar doenças e acidentes, que podem ser provocados pela contaminação da água e dos alimentos, pela presença de animais peçonhentos e pelos riscos elétricos. Além disso, a higiene pessoal e do ambiente torna-se uma prioridade para prevenir surtos de doenças.?/p>

    Cuidados com a água

    A água contaminada, de acordo com o ministério, é um dos principais riscos após enchentes. Algumas doenças podem se propagar facilmente em decorrência da contaminação da água e de alimentos, como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A, giardíase, amebíase, verminoses e leptospirose.

    “Não consuma alimentos que tenham tido contato com a água da inundação ou lama, incluindo alimentos embalados, enlatados ou alimentos perecíveis (como frutas, legumes e verduras). Antes de beber, é essencial adotar medidas para tornar a água segura para consumo.?/p> Para garantir que a água seja segura para consumo, a orientação da pasta é inclui as etapas de filtragem e desinfecção: use filtros domésticos, coadores de papel ou panos limpos para filtrar a água. Em seguida, adicione duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) por litro de água, misture bem e aguarde 30 minutos antes de consumir. Caso não tenha hipoclorito de sódio, ferva a água por cinco minutos após o início da fervura. Deixe esfriar antes de consumir.

    Alimentos

    Durante e após uma situação de emergência, é possível que os alimentos não estejam em condições adequadas para serem consumidos. O cuidado na higienização, na preparação e no armazenamento dos alimentos, segundo a pasta, é um procedimento de extrema importância, já que alimentos manipulados e armazenados de forma inadequada podem transmitir doenças. “?vital descartar qualquer alimento que tenha tido contato com a água da enchente, incluindo embalagens seladas que possam parecer intactas? alertou o ministério. As demais orientações incluem não consumir alimentos embalados que tenham sido submersos, incluindo latas de metal herméticas que estejam danificadas, amassadas ou enferrujadas; e lavar cuidadosamente todos os utensílios de cozinha e superfícies com água limpa e sabão antes de usar.

    Prevenção de doenças

    O ministério recomenda evitar qualquer contato da pele com a água, já que transmissão hídrica não precisa de machucado para servir como porta de entrada para eventos de contaminação. Confira as principais doenças transmitidas por água e alimentos contaminados: – leptospirose: causada por uma bactéria presente na urina de roedores e transmitida pela água contaminada. Se tiver febre, dores no corpo, especialmente na região lombar ou panturrilha, procure atendimento médico imediatamente. – tétano: pode ocorrer através de ferimentos causados por objetos contaminados. Mantenha as vacinas em dia e, ao manusear destroços, use luvas e botas para evitar lesões.

    Animais peçonhentos

    Quando as águas das enchentes começam a baixar, animais peçonhentos como escorpiões, cobras e aranhas procuram abrigo em locais secos, incluindo o interior de residências, ou locais de acúmulo de entulhos, aumentando o risco de acidentes. As recomendações da pasta incluem evitar tocar nesses animais, mesmo que pareçam mortos, e entrar em contato com autoridades competentes para a remoção segura.

    Riscos elétricos

    “A presença de água condutiva aumenta o risco de choques elétricos. Se houver qualquer sinal de eletricidade em áreas inundadas, mantenha distância e informe as autoridades? destacou o ministério. Outra orientação é evitar áreas alagadas com eletricidade exposta, incluindo proximidades de painéis solares, além de desligar a energia elétrica de residências caso seja necessário.

    Contatos úteis em emergência

    Por fim, o ministério pede que a população afetadas pelas enchentes em municípios gaúchos tenha sempre em mãos os seguintes números de emergência para rápida assistência: – Bombeiros: 193 – SAMU: 192 – Defesa Civil: 199

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    토토사이트 벳인;카지노사이트, 바카라사이트 //emiaow553.com/cientistas-transformam-casca-de-banana-em-bioplastico-para-embalar-alimentos/ Sun, 21 Apr 2024 16:31:38 +0000 //emiaow553.com/?p=565205 The post Cientistas transformam casca de banana em bioplástico para embalar alimentos appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Agência FAPESP

    Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Instrumentação e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) utilizaram casca de banana para criar filmes bioplásticos com potencial de aplicação como embalagens ativas de alimentos. A pesquisa foi detalhada em artigo publicado no Journal of Cleaner Production.

    Por meio de um processo simples, com pré-tratamentos que envolvem apenas água ou uma solução ácida diluída, os pesquisadores converteram integralmente cascas de banana em filmes bioplásticos com excelentes propriedades antioxidantes, proteção contra a radiação ultravioleta (UV) e sem gerar resíduos. Os filmes tiveram desempenho igual ou até melhor do que muitos bioplásticos preparados de forma semelhante, a partir de outros tipos de biomassa, mas por meio de outros métodos, incluindo processos mais complexos, caros e demorados, portanto, menos produtivos, para a transformação de resíduos agroalimentares.

    O estudo teve apoio da FAPESP por meio do projeto ?strong>Filmes biodegradáveis a partir de subprodutos integrais do processamento de frutas? coordenado pela pesquisadora Henriette Monteiro Cordeiro de Azeredo, da Embrapa.

    A cadeia de valor da banana, em particular, gera uma quantidade significativa de subprodutos que, atualmente, são subutilizados ou descartados indevidamente, resultando em perdas e problemas ambientais. De acordo com pesquisadores brasileiros, para cada tonelada de banana processada, podem ser gerados até 417 kg de cascas. Daí partiu a motivação dos pesquisadores de reduzir o lixo gerado pelo descarte da casca, aproveitando-a integralmente, inclusive seus inúmeros compostos bioativos, como os fenólicos, e a pectina, um importante polissacarídeo que pode ser utilizado na produção de filmes biodegradáveis.

    “O aproveitamento como filme bioplástico é uma oportunidade de valorizar esse resíduo e diminuir o impacto ambiental associado ao uso de plásticos não biodegradáveis? disse à Assessoria de Imprensa da Embrapa Instrumentação o engenheiro químico Rodrigo Duarte Silva, que desenvolveu o filme durante seu pós-doutorado com apoio da FAPESP.

    Segundo Azeredo, o filme preparado em escala de laboratório, de cor amarronzada e espessura micrométrica, pode ser usado como embalagem primária de produtos propensos a reações de oxidação. Os resultados promissores obtidos experimentalmente encorajaram os pesquisadores a dar continuidade aos estudos para melhorar ainda mais algumas propriedades do filme. Entre elas, estão as de interação com a água, um desafio da pesquisa devido à alta afinidade por água das moléculas presentes na biomassa. Além disso, os pesquisadores pretendem, em aproximadamente um ano e meio, desenvolver o filme bioplástico em escala-piloto para tornar o processo ainda mais interessante do ponto de vista industrial.

    O artigo From bulk banana peels to active materials: Slipping into bioplastic films with high UV-blocking and antioxidant properties pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0959652624001562?via%3Dihub.

    Mais informações: //tinyurl.com/mesb7zt8.

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    카지노위키;카지노 용어 및 게임 설명 총정리 //emiaow553.com/pesquisadores-descobrem-neuronios-que-deflagram-a-busca-frenetica-por-alimentos-mesmo-sem-fome/ Thu, 04 Apr 2024 23:31:33 +0000 //emiaow553.com/?p=562129 The post Pesquisadores descobrem neurônios que deflagram a busca frenética por alimentos, mesmo sem fome appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Monica Tarantino | Agência FAPESP

    Pela primeira vez, pesquisadores identificaram um conjunto de células nervosas, situadas nas profundezas do cérebro, diretamente relacionadas com a manifestação do comportamento de busca compulsiva por comida. A descoberta, divulgada na revista Nature Communications, foi feita por um grupo da Universidade da California em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, e da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo (SP).

    Trata-se de uma população de neurônios escondida em uma região chamada substância cinzenta periaquedutal, que fica na base do cérebro, em direção oposta ao córtex pré-frontal. Também conhecidas como células VGAT (do inglês vesicular GABA transporter), elas usam o neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), que desempenha um papel importante na regulação da atividade neuronal. Estão presentes em várias áreas do cérebro e da medula espinhal, contribuindo para a modulação do humor, do sono, da ansiedade e da resposta ao estresse, entre outras funções. “Não se conhecia, porém, a relação das células VGAT na região cinzenta periaquedutal com a alimentação? descreve o pesquisador Avishek Adhikari, do Departamento de Psicologia da Universidade da UCLA. No Laboratório de Neurociências da UCLA, sob a liderança de Adhikari, são feitos estudos para entender como o cérebro coordena a constelação de mudanças relacionadas aos comportamentos emocionais, com foco no medo e na ansiedade.
    (Imagem: Avishek Adhikari)

    A descoberta foi acidental. “Estávamos investigando os neurônios da substância cinzenta periaquedutal com interesse em ansiedade e não em alimentação? revela o autor principal do trabalho, o neurocientista brasileiro Fernando Reis, da UCLA. A hipótese inicial dos pesquisadores era de que a ativação das células VGAT deveria inibir reações de medo e pânico. “Quando as ativamos em camundongos, vimos que isso não só não acontecia como houve uma busca desenfreada por alimentos? conta Reis, que decidiu aprofundar o estudo com a realização de mais testes. A investigação teve apoio da FAPESP por meio de três projetos (16/17329-3, 19/17677-0 e 19/17892-8).

    A nova bateria de experimentos trouxe revelações surpreendentes. Mesmo em animais completamente saciados, sem fome alguma, a ativação dessas células deflagrou uma busca frenética por alimentos e os fez comer mais do que seria normal. O contrário também aconteceu. Animais deixados propositalmente com muita fome comeram menos quando os neurônios VGAT foram inibidos. Durante os testes, os cientistas observaram que os camundongos pareciam gostar da estimulação recebida. “Eles ficavam mais tempo do lado da caixa onde recebiam estímulos para ativar as células VGAT periaquedutais. Acreditamos que a busca descontrolada por comida produz sensações positivas, agradáveis e prazerosas, de recompensa? observa Reis. Os camundongos também se dispuseram a superar obstáculos para alcançar os alimentos. “Eles subiram uma pequena grade de arame que dava choques de baixa voltagem para alcançar pedaços de nozes. Não é algo desejável, mas o ímpeto de chegar à comida foi maior do que o desconforto? relata Adhikari.

    Estímulos luminosos

    O circuito neuronal estimulado pelos pesquisadores corresponde a cerca de 10% a 12% das células nervosas contidas na substância periaquedutal cinza. A tecnologia escolhida para ativá-las seletivamente foi a optogenética. “O problema que a optogenética tenta resolver é como manipular a atividade de um subgrupo de células em uma área específica do cérebro? explica Adhikari, que fez seu pós-doutorado no laboratório da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, onde essa técnica foi desenvolvida.

    A optogenética torna os neurônios sensíveis à luz para que assim possam ser estimulados ou inibidos. Para isso, os pesquisadores injetam nos neurônios-alvo um vírus geneticamente modificado, que carrega uma proteína sensível à luz obtida de uma alga unicelular. “A partir da infecção pelo vírus modificado, a população de neurônios selecionada recebe essa proteína fotossensível e também instruções para começar a fabricá-la? explica o pesquisador Alexandre Kihara, da UFABC, um dos cinco brasileiros que fazem parte do time de pesquisadores que descobriu a relação entre esse subgrupo de células VGAT e a comida.

    Os camundongos receberam também um implante de fibra óptica para conduzir uma luz azul às células devidamente infectadas. “Captado pelas proteínas fotossensíveis, o estímulo luminoso se converte em atividade elétrica. Desse modo, conseguimos que as células fiquem mais ou menos ativas de acordo com o comprimento de onda da luz emitida? descreve Juliane Ikebara, que foi bolsista de doutorado na UFABC e é coautora do trabalho.

    Sob a luz azul, os camundongos mudaram brutalmente de comportamento. “Nós vimos animais bem alimentados e saciados dispararem atrás de um inseto para devorá-lo? conta Adikhari. O mapeamento das áreas atingidas pelo aumento da liberação do neurotransmissor GABA revelou impacto em regiões profundas do cérebro, como a chamada zona incerta. “Vimos um aumento da atividade neural nessa área quando o animal está se aproximando do alimento? explica o pesquisador. A pergunta mais importante é se as células VGAT periaquedutais em humanos também induzem o consumo de alimentos. Experimentos anteriores indicam que a função da área periaquedutal é similar em humanos e ratos. Em ambas as espécies, injetar corrente elétrica nessa área causa sintomas agudos de medo, pânico e analgesia. “Nossos achados não podem ser diretamente testados em humanos no momento, mas, eventualmente, estudos futuros poderão mostrar se a ativação dessas células periaquedutais VGAT em macacos induz a busca por comida, o que sugeriria que algo similar acontece em humanos? pontua Adhikari. Novos estudos iniciados pelo grupo investigam a predileção dos animais cujos neurônios foram estimulados por alimentos ricos em proteínas e açúcares, entre outros aspectos. “Os camundongos não quiseram legumes. Eles preferiram salsicha, açúcar, queijo e chocolate? conta Adhikari. Para os pesquisadores, a descoberta de que a estimulação ou inibição dessa área específica do cérebro provoca comportamentos semelhantes aos que são vistos na anorexia ou compulsão alimentar pode levar à exploração de novas abordagens para o controle dos transtornos alimentares.

    O artigo Control of feeding by a bottom-up midbrain-subthalamic pathway pode ser acessado em: www.nature.com/articles/s41467-024-46430-5.

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    캄보디아 카지노 순위;온카패스 //emiaow553.com/clima-quente-alimento-mais-caro/ Thu, 04 Apr 2024 19:17:17 +0000 //emiaow553.com/?p=562120 The post Clima mais quente deixará alimentos mais caros; e a tendência é piorar appeared first on Giz Brasil.

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    De acordo com o Índice de Preços de Alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), os preços dos alimentos têm aumentado desde os anos 2000. Embora muitos fatores influenciem esse cálculo, evidências apontam para o papel que as mudanças climáticas exercem nesta conta.

    Um novo estudo publicado na revista Communications Earth & Environment sugere que os preços dos alimentos devem subir entre 0,9% e 3,2% a cada ano até 2035. E isso apenas considerando o aumento de temperatura.

    Como resultado, a inflação global pode subir entre  0,3% e 1,2%. Quando a projeção é até 2060, a inflação de alimentos no mundo todo pode ultrapassar 4%. 

    clima quente = alimento caro; entenda a pesquisa

    Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados como a média mensal dos preços de uma variedade de bens e serviços. No total, coletaram essas informações sobre 121 países entre os anos de 1996 e 2021. Junto a isso, examinaram também as condições climáticas a que esses países estavam expostos.

    Então, os pesquisadores procuraram correlações entre os preços dos alimentos e fatores como a temperatura média mensal, a variabilidade da temperatura, a frequência de períodos de seca e chuvas extremas. 

    Em geral, os dados mostraram que, quando a temperatura média se alterava, os preços dos alimentos sofreram um impacto cerca de um mês depois. Durante o verão, todos os países que tiveram os termômetros marcando valores acima da média tiveram aumento no custo de produtos alimentares.

    Mesmo durante o inverno o padrão se manteve. Apenas as cidades que ficam a 40° de latitude no hemisfério norte, como Nova York, Madrid e Pequim, tiveram uma queda no preço dos alimentos.

    E as mudanças foram duradouras. “Uma vez que os preços aumentam com base em um desses choques, eles permanecem mais altos por pelo menos o restante do ano”, afirma Maximilian Kotz, autor da pesquisa.

    Azeite, um exemplo na prática

    Apesar de produzir azeite em solo nacional, o Brasil não é capaz de abastecer sua população apenas com essa produção interna. Por isso, importa boa parte do azeite espanhol, o que faz com que sofra as consequências dos danos às plantações de oliveiras que a Espanha sofreu nos últimos anos.

    Entre 2022 e 2023, o país europeu sofreu com temperaturas que chegaram a ficar até 4°C acima da média. Junto a isso, a falta de chuvas também diminuiu a umidade do solo na região de Andaluzia.

    Como resultado, as oliveiras foram prejudicadas, mesmo sendo bastante resistentes. Algumas espécies atrasaram o desenvolvimento dos frutos pelo calor e esperaram temperaturas mais amenas. 

    Ainda assim, a safra diminui e o peso das azeitonas também, o que afetou a produção de azeite. Como resultado, o produto ultrapassou o valor de R$30 nos supermercados brasileiros.

    Dessa forma, embora o novo estudo não tenha investigado o motivo do aumento dos preços relacionados às mudanças climáticas, os pesquisadores acreditam que o calor extremo é o principal responsável pela redução do rendimento do cultivo de alimentos.

    Assim, embora a alteração no padrão de chuvas – com secas e enchentes – também afetam as plantações, eles afirmam que o fator temperatura é ainda mais prejudicial. Isso pode ser porque as inundações tendem a ser localizadas, enquanto as temperaturas acima da média podem ser muito generalizadas.

    Para o futuro, o ideal é que as emissões de gases do efeito estufa sejam contidas. Além disso, é necessário que agricultores adaptem suas práticas. “Existem muitas coisas que podem acontecer e mudar a forma como a economia responde aos choques climáticos? conclui Kotz.

    Para ler mais matérias sobre as mudanças climáticas no  no Giz Brasil:

    Vem aí a La Niña: veja como ela afetará o clima no Brasil

     

    Sai fenômeno La Niña, entra El Niño: veja o que muda no clima do Brasil

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    유니콘카지노 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/crueldade-animal-pintinhos-abril-laranja/ Mon, 01 Apr 2024 11:43:36 +0000 //emiaow553.com/?p=560358 The post Abril laranja: 7 bilhões de pintinhos são mortos por ano após nascer appeared first on Giz Brasil.

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    Chamado de Abril laranja, este é o mês de conscientização e reforço da luta contra a crueldade animal. Ainda assim, diversos são os exemplos mundo afora em que esses seres vivos são colocados sob situação de abuso e maus tratos. Agora, um novo estudo publicado na revista Environment and Planning E: Nature and Space aponta a situação dos pintinhos.

    Segundo a pesquisa, sete bilhões de pintinhos machos são triturados ou gaseados vivos pela indústria de ovos a cada ano. Isso porque eles não podem ser incorporados nesse mercado, uma vez que não botam ovos, e também não são queridos pela área de frangos de corte.

    Dessa forma, quando nascem pintinhos machos, eles são exterminados. No total, custa um dólar para matar cada animal, o que soma sete bilhões de dólares ao ano, segundo o estudo. 

    Frente ao aspecto ético, o sofrimento animal e os custos, agentes legislativos e cientistas buscam alternativas para a matança.

    Crueldade animal com os pintinhos

    Sob pressão de organizações de defesa dos direitos dos animais, países como Alemanha, Áustria e França proibiram o extermínio de pintinhos. Contudo, especialistas apontam que essa não é a solução para o problema da crueldade animal.

    “Em países onde o extermínio foi proibido, os pintinhos machos muitas vezes são exportados”, explica Rebecca Rutt, uma das autoras do estudo. De acordo com a pesquisadora, os animais são mantidos vivos da maneira mais barata possível, ou seja, em condições precárias.

    Tudo isso apenas para chegarem a um país em que o extermínio não é proibido e, assim, eles serem legalmente abatidos. Depois disso, muitos viram matéria prima de ração para animais de estimação.

     “Portanto, do ponto de vista do bem-estar animal, as proibições não são uma solução”, diz Rutt.

    Possíveis alternativas

    De acordo com o estudo, muitas organizações de proteção animal apontam para a mesma solução: evitar que os pintinhos machos nasçam. Por isso, empresas de biotecnologia estão buscando desenvolver tecnologias com esse propósito.

    Entre as opções estão diversos métodos para determinar o sexo de um embrião, o que permite destruir os machos antes da incubação e eclosão, ou seja, o mais cedo possível. 

    Para Rutt, tais soluções também servem para manter uma indústria cheia de problemas éticos para essas galinhas que vivem. Por isso, ela afirma que é preciso repensar a lógica da indústria de alimentos no mundo todo.

    “O extermínio de pintinhos pode ser visto como uma expressão de uma indústria impulsionada por lógicas de eficiência devido à intensa competição. Combinado com décadas de criação intensificada, o sistema tornou os ‘pintinhos machos’ efetivamente sem valor”, opina. Datas como o Abril laranja apenas escancaram esse modus operandi.

    Ela afirma que sua pesquisa permitiu descobrir que muitos agricultores gostariam de produzir de maneira diferente, em uma escala menor e um ritmo mais lento. No entanto, eles não sobreviveriam economicamente desta forma.

    “Portanto, tais mudanças exigiriam alterações mais fundamentais, que devem ser impulsionadas pela legislação, que tipicamente segue a pressão pública”, conclui a pesquisadora.

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    랜드토토 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/anemia-e-deficiencia-de-nutrientes-caem-e-excesso-de-peso-cresce-entre-criancas-de-ate-5-anos/ Thu, 28 Mar 2024 12:30:54 +0000 //emiaow553.com/?p=560549 The post Anemia e deficiência de nutrientes caem e excesso de peso cresce entre crianças de até 5 anos appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Ricardo Zorzetto/Revista Pesquisa Fapesp

    Imagens de crianças yanomamis desnutridas voltaram a circular no noticiário em janeiro, um ano após o governo federal ter declarado emergência em saúde pública no território ocupado por essa etnia no extremo norte do Brasil e depois de 307 delas terem se recuperado. As cenas chocam por retratarem um problema de saúde grave que persiste entre as populações indígenas décadas após ter sido eliminado no resto do país, onde começa a se consolidar, já na infância, o excesso de peso.

    Um aumento expressivo na proporção de crianças brasileiras com peso superior ao recomendado para a idade e a altura foi registrado em um estudo publicado em outubro de 2023 em um suplemento dos Cadernos de Saúde Pública. No trabalho, a equipe dos nutricionistas Gilberto Kac, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Inês Rugani Castro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), comparou a situação nutricional de milhares de meninos e meninas menores de 5 anos, avaliada em dois levantamentos. O primeiro foi a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), realizada em 2006 com 4.817 crianças de todas as regiões; o segundo trata-se do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), conduzido em 2019 com 14.558 participantes da mesma faixa etária. Nesses 13 anos, a proporção com excesso de peso cresceu de 6% para 10,1%.

    A diferença de pouco mais de quatro pontos percentuais pode parecer pequena, mas serve de alerta para efeitos futuros potencialmente graves. O excesso de peso na infância tende a se manter até a idade adulta e é fator de risco para doenças cardiovasculares e metabólicas, como diabetes e colesterol elevado. Em termos populacionais, a proporção de crianças com peso superior ao desejável nessa faixa etária não deveria superar os 2,5%, que, segundo especialistas, é o valor esperado para o excesso de peso determinado por causas genéticas. O aumento na frequência de crianças com excesso de peso, no entanto, é um fenômeno global e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), passou de 4,9% em 2000 para 5,6% em 2019.
    Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESPAlexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP

    “O valor medido pelo Enani-2019 deveria fazer soar o alarme das autoridades públicas brasileiras. Se nada for feito para modificar esse padrão de ganho de peso, uma proporção bem mais elevada dessas crianças deve apresentar sobrepeso ou se tornar obesa na idade adulta? afirma o pediatra Antônio Augusto Moura da Silva, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que analisou o estudo a pedido de Pesquisa FAPESP.

    Silva é colaborador de uma pesquisa que, de tempos em tempos, reavalia a saúde de crianças nascidas em Ribeirão Preto (SP) e em São Luís (MA). “Entre os nascidos em 1978 em Ribeirão, 15% tinham excesso de peso aos 10 anos. Aos 40 anos, 74% estavam com sobrepeso ou obesidade. Em São Luís, estamos começando a ver esse efeito nas camadas mais ricas da sociedade? conta. Outros estudos de caráter regional, representativos da população do Sul e do Sudeste, aquelas em que o Enani encontrou uma proporção mais elevada de crianças com excesso de peso, observam o mesmo efeito. Em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a equipe coordenada pelo epidemiologista César Victora e pelo pediatra Fernando Barros, ambos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), reavalia a cada 11 anos a saúde das pessoas que nasceram no município em 1982, 1993, 2004 e 2015. “Aos 18 anos, 20% das pessoas nascidas em 1982 tinham sobrepeso ou eram obesas. Aos 22 anos, quase 30%, e aos 40 anos, 74%? conta o também epidemiologista Bernardo Horta, da equipe de Pelotas.

    Em um estudo publicado em 2019 no International Journal of Epidemiology, os pesquisadores gaúchos verificaram que a frequência de excesso de peso no primeiro ano de vida quase dobrou em quatro gerações. Era de 6,5% entre as crianças nascidas em 1982 e subiu para 12,2% entre as de 2015.

    Esse efeito registrado entre gerações parece se manter ao longo do tempo. “Quando as pessoas nascidas em 1982 completaram 33 anos, 54% tinham sobrepeso ou obesidade. Entre as nascidas em 1993, a proporção chegou a 63%? conta Horta. “Estamos testemunhando uma explosão do excesso de peso no país.?/p> As causas da epidemia de excesso de peso entre adultos e crianças são complexas e semelhantes. Além de fatores genéticos, elas envolvem hábitos de vida sedentários, níveis elevados de estresse, sono pouco reparador e dieta com quantidades importantes de alimentos industrializados altamente calóricos ?os ultraprocessados, ricos em açúcares, sal e gorduras e muito palatáveis. Um fator preocupante é que esses alimentos integram a alimentação infantil desde os primeiros meses de vida. A fim de conhecer a composição da dieta em uma das fases mais iniciais da infância, a nutricionista Elisa de Aquino Lacerda, da UFRJ, analisou os dados de 4.354 crianças que tinham de 6 meses a 2 anos quando as mães ou os cuidadores foram entrevistados para o Enani-2019. Nesse estágio, a criança deve começar a receber outros alimentos além do leite materno. Lacerda constatou que, com base na alimentação do dia anterior, 63% das crianças apresentavam uma dieta minimamente diversificada, com o consumo de alimentos de pelo menos cinco destes oito grupos: leite materno; laticínios; grãos, raízes e tubérculos; leguminosas, castanhas e sementes; carnes; ovos; frutas e hortaliças; e frutas e hortaliças ricas em vitamina A.

    De acordo com o trabalho, publicado no suplemento dos Cadernos de Saúde Pública, a proporção de crianças com dieta diversificada foi maior (69,4%) no Sudeste e menor (54,8%) no Norte. Essa frequência também foi mais elevada (76,5%) entre aquelas com mães ou cuidadores com mais de 12 anos de formação escolar e menor (50,6%) entre aquelas cuja mãe ou cuidador havia frequentado a escola por menos de sete anos.

    O mais surpreendente, porém, foi o consumo de ultraprocessados, comum em todo o país. Em média, 80,5% das crianças nesse grupo etário já se alimentavam com esse tipo de produto, em geral, biscoitos doces e salgados, farinhas para papinhas, além de iogurtes industrializados e bebidas adoçadas. Novamente, a proporção foi mais elevada (84,5%) na região Norte e, dessa vez, mais baixa (76,1%) na Centro-Oeste. Apenas 8,4% das crianças apresentavam uma dieta minimamente diversificada e que não incluía ultraprocessados.
    Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESPAlexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP
    Nem só dados preocupantes emergiram da comparação entre os levantamentos de 2006 e 2019. Nesse período, a situação nutricional das crianças melhorou muito. Um problema cuja frequência diminuiu de modo importante foi a anemia. Causada por carência de micronutrientes ou pela ocorrência de infecções e parasitoses frequentes, ela afeta 40% dos menores de 5 anos no mundo, segundo estimativas da OMS. Crianças com anemia podem sentir cansaço e apresentar baixo rendimento em atividades físicas e intelectuais. Há 40 ou 50 anos, cerca de 60% das crianças brasileiras menores de 5 anos eram anêmicas. Essa proporção, que já havia baixado para 20,5% em 2006, caiu para 10% em 2019.

    Outra questão de saúde pública amenizada foi a deficiência de vitamina A. Adquirido pela ingestão de alimentos de origem animal e frutas e hortaliças de cor amarela ou laranja (ricos em betacaroteno), esse nutriente é importante para a multiplicação das células e o funcionamento dos sistemas nervoso e imunológico. A deficiência de vitamina A afetava 17,2% dos menores de 5 anos no Brasil em 2006 e 6% em 2019. De um levantamento para o outro, também diminuíram as desigualdades regionais. A diferença nas taxas de anemia e deficiência de vitamina A registradas nas cinco macrorregiões brasileiras se tornou bem menor.

    Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESPAlexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP
    “O país conquistou vitórias importantes nesse período. Normalmente a melhora nesses indicadores demora bem mais tempo? afirma Moura da Silva, da UFMA. De modo geral, avalia Inês Rugani Castro, da Uerj, o perfil nutricional das crianças brasileiras encontra-se em um nível intermediário. “Estamos melhores do que os países pobres e, em alguns aspectos, piores do que os ricos? relata. Esses avanços, segundo os pesquisadores, são fruto da estabilização da moeda e do controle da hiperinflação nos anos 1990 e da implementação continuada de políticas públicas que permitiram aumentar a renda das famílias, melhorar o nível educacional dos pais e ampliar o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Vários indicadores socioeconômicos que influenciam a saúde das crianças progrediram entre 2006 e 2019. A proporção de famílias com mães ou cuidadores com mais de 11 anos de formação escolar subiu de 32% para 56%, acesso a água tratada de 79% para 93% e coleta de esgoto de 46% para 75%.

    A evolução de um indicador, no entanto, intrigou os pesquisadores: o da baixa estatura. Facilmente aferível, a baixa estatura costuma resultar de carência nutricional, infecções repetidas ou falta de estimulação psicossocial vividas por longos períodos. Na saúde pública, é interpretada como um indicador cumulativo de desnutrição. Ela afetava 37,1% dos menores de 5 anos no Brasil em 1974 e seus níveis baixaram nas três décadas seguintes, alcançado a marca de 7,1% em 2007, como registrou o epidemiologista Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), no Bulletin of the World Health Organization em 2010.

    De lá para cá, seu nível estacionou em 7%. “O percentual estava relativamente baixo em 2006, mas esperávamos que fosse melhorar. Não melhorou? conta Castro. Uma possível explicação é o fato de o levantamento de 2019 ter avaliado crianças que nasceram antes e depois do início da crise econômica e da redução de cobertura de programas de assistência social e de saúde observados a partir de 2016. A proporção de crianças com baixa estatura foi menor entre as que nasceram antes da crise (mais velhas) do que entre as que nasceram depois (mais novas). Em cenários de estabilidade, espera-se que a baixa estatura seja mais frequente entre as crianças mais velhas porque elas teriam passado por mais episódios de insegurança alimentar e infecção do que as mais novas. A comparação entre os dois levantamentos também mostrou que as mais velhas do Enani estavam melhores que as mais velhas da PNDS, sinal de melhoria de 2006 para 2019, e que as mais novas do Enani estavam piores que as mais novas da PNDS, sugestivo de que o avanço do período não se sustentou. “Para a taxa do indicador melhorar, o ciclo virtuoso iniciado nos anos 2000 não poderia ter sido interrompido? explica a nutricionista da Uerj. Uma região do país se desgarra das demais em alguns quesitos: o Norte. Com 17,3 milhões de habitantes (8,5% da população brasileira) e uma área equivalente a quase metade do território nacional, a região Norte é uma das mais pobres, com população de menor escolaridade e mais difícil acesso ao sistema público de saúde. Lá, a frequência de baixa estatura e de anemia ficaram, respectivamente, em 8,4% e 17%. “O Enani representa um grande avanço de qualidade em relação aos levantamentos anteriores. Mas seu desenho não permite caracterizar as diferenças entre as populações de ambiente urbano e rural ou que habitam áreas remotas, como ribeirinhos, quilombolas e indígenas? conta a nutricionista Marly Cardoso, da FSP-USP.
    Mulheres e crianças na Terra Indígena Yanomami, em RoraimaMulheres e crianças na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Imagem: Fernando Frazão? Agência Brasil

    Ela coordena um estudo que acompanha a saúde de pouco mais de 1 mil crianças nascidas em 2015 em Cruzeiro do Sul, cidade de 90 mil habitantes no interior do Acre, próximo à divisa com o Peru. Lá, Cardoso e seus colaboradores têm observado algumas condições mais graves e outras diferentes do que a registrada no resto do país. Em Cruzeiro do Sul, 39% das mães estavam anêmicas no parto e 42% das crianças tinham anemia ao fim do primeiro ano de vida. A taxa caiu à medida que as crianças cresceram e era de 5,2% aos 5 anos, segundo os dados apresentados em novembro em um suplemento da Revista de Saúde Pública. Já a proporção de crianças com baixa estatura aos 5 anos (2,3%) era bem inferior à média nacional, enquanto a daquelas com excesso de peso era superior (12,7%).

    O que em geral não vai bem no país pode estar ainda pior entre as populações indígenas. Em 2008 e 2009, Bernardo Horta, da UFPel, e colaboradores realizaram o primeiro ?e único ?levantamento nacional sobre saúde e nutrição indígena. Eles analisaram as condições sanitárias de cerca de 12 mil pessoas em 113 comunidades de todo o país e apresentaram os resultados em 2013 na revista BMC Public Health. Entre as crianças de até 5 anos, 51,2% tinham anemia e 25,7% baixa estatura ?essas proporções eram, respectivamente, 66,4% e 40,8% entre os indígenas da região Norte.

    “Para melhorar o quadro nacional, em especial da região Norte e das comunidades mais afastadas? afirma Cardoso, “?necessário que se tome a decisão política de implementar e ampliar a cobertura de programas para promoção da saúde, infraestrutura sanitária e aumento de renda, mas com compromisso de continuidade dessas ações?

    Projeto
    Estudo MINA materno-infantil no Acre: Coorte de nascimentos da Amazônia Ocidental brasileira (nº 16/00270-6); Modalidade Projeto Temático; Pesquisadora responsável Marly Augusto Cardoso (FSP-USP); Investimento R$ 3.440.351,93.

    Artigos científicos
    DE CASTRO, I. R. R. et alNutrition transition in Brazilian children under 5 years old from 2006 to 2019Cadernos de Saúde Pública. v. 39, suplemento 2. 23 out. 2023.
    GONÇALVES, H. et alInfant nutrition and growth: Trends and inequalities in four population-based birth cohorts in Pelotas, Brazil, 1982-2015International Journal of Epidemiology. abr. 2019.
    LACERDA, E. M. A. et alMinimum dietary diversity and consumption of ultra-processed foods among Brazilian children 6-23 months of ageCadernos de Saúde Pública. v. 39, suplemento 2. 20 out. 2023.
    MONTEIRO, C. A. et alNarrowing socioeconomic inequality in child stunting: The Brazilian experience, 1974-2007Bulletin of the World Health Organization. v. 88, n. 4, p. 305-11. abr. 2010.
    DE CASTRO, I. R. R. et alTrends of height-for-age Z-scores according to age among Brazilian children under 5 years old from 2006 to 2019Cadernos de Saúde Pública. v. 39, suplemento 2. 28 ago. 2023.
    CARDOSO, M. A. et alPrevalence and correlates of childhood anemia in the MINA-Brazil birth cohort studyRevista de Saúde Pública. v. 57, suplemento 2. 30 nov. 2023.
    COIMBRA JR, C. A. E. et alThe first national survey of indigenous people’s health and nutrition in Brazil: Rationale, methodology, and overview of resultsBMC Public Health. 19 jan. 2013.
    CARVALHO, C. A. et al. Excess weight and obesity prevalence in the RPS Brazilian Birth Cohort Consortium (Ribeirão Preto, Pelotas and São Luís). Cadernos de Saúde Pública. v. 37, n. 4, e00237020.

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    빅카지노 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/em-estudo-inedito-moradores-de-favelas-brasileiras-relatam-dificuldade-de-acesso-a-alimentos-saudaveis/ Tue, 19 Mar 2024 13:23:14 +0000 //emiaow553.com/?p=558710 The post Em estudo inédito, moradores de favelas brasileiras relatam dificuldade de acesso a alimentos saudáveis appeared first on Giz Brasil.

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    Texto: Agência Bori

    Highlights

    • Estudo faz uma avaliação da influência do ambiente alimentar em favelas brasileiras
    • Moradores enfrentam desafios pela falta de informação sobre alimentos, pela restrição financeira e pelo acesso limitado aos locais de compra
    • Resultados da pesquisa podem colaborar com planejamento de políticas públicas que incentivem a oferta de alimentos saudáveis a preços baixos

    Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisou, pela primeira vez, a influência do ambiente alimentar sobre as escolhas dos moradores de favelas brasileiras. O estudo, publicado na segunda (18) na revista “Cadernos de Saúde Pública? observa a dificuldade de acesso dos moradores a alimentos saudáveis. Entre as limitações destacadas, estão a falta de informação sobre alimentação adequada, restrições de renda e número reduzido de estabelecimentos que oferecem alimentos saudáveis a preços acessíveis.

    As autoras do estudo realizaram dois grupos focais online de duas horas de duração com dez moradores de favelas de diferentes cidades do país, em novembro de 2022. A maioria era do sexo feminino (80%), com idades entre 18 e 30 anos (60%), e representação racial diversa ?90% dos participantes se distribuem igualmente entre brancos, pretos e pardos. A maioria residia em favelas do Sudeste do Brasil (60%).

    O trabalho indica que os moradores enfrentam desafios significativos em seu ambiente alimentar. A falta de acesso físico e financeiro à comida saudável, juntamente com a alta disponibilidade e promoção intensiva de produtos ultraprocessados, dificulta a adoção de uma dieta nutritiva e leva a escolhas alimentares confusas. O transporte entre casa, trabalho ou local de estudo também reduz o tempo disponível para comprar e preparar alimentos, segundo aponta o estudo do Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Ambiente Alimentar e Saúde (GEPPAAS) da UFMG, coordenado pela professora Larissa Loures Mendes.

    Para Luana Lara Rocha, pesquisadora da UFMG e autora do artigo, a maioria dos participantes mencionou a importância de integrar diariamente verduras, legumes, frutas, carnes, arroz e feijão em sua alimentação. Alguns observaram que os preços elevados desses alimentos representam um obstáculo para sua inclusão regular. “Eles expressaram o desejo de aumentar o consumo e a variedade de frutas, alimentos orgânicos, peixes e castanhas, desde que suas condições financeiras permitam. Além disso, destacaram a falta de tempo como uma barreira para diversificar a alimentação e preparar refeições de melhor qualidade? observa Rocha. A autora explica que a condução de estudos específicos para áreas de comunidades é importante para captar suas particularidades. Cerca de 16 milhões de brasileiros moram em favelas, segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ?o que corresponde a 7,4% da população brasileira. Esse conhecimento auxilia a elaboração e o aprimoramento de políticas públicas e programas que incentivem a oferta de alimentos saudáveis a preços acessíveis, bem como estratégias e ações concretas relacionadas ao transporte, à segurança e ao ambiente desses locais que interferem no acesso aos alimentos. “A complexidade dos problemas relacionados à vida urbana na favela exige soluções específicas e integradas? aponta.

    A identificação dos fatores que impactam o acesso aos alimentos em favelas levou os pesquisadores a desenvolverem um instrumento para avaliar a percepção desse acesso. Agora, a pesquisadora planeja conduzir uma pesquisa de campo com esta ferramenta, em Belo Horizonte, para coletar informações sobre o ambiente alimentar, a segurança alimentar e nutricional e o estado nutricional das crianças das favelas do município. “Os dados obtidos serão reunidos e apresentados aos gestores responsáveis pelas políticas públicas de alimentação, nutrição e segurança alimentar e nutricional? conclui Rocha.

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    클락 앙헬레스 바카라 에이스 //emiaow553.com/azolla-planta-aquatica-pode-ser-nova-fonte-de-proteina-da-humanidade/ Sun, 17 Mar 2024 21:01:04 +0000 /?p=557285 The post Azolla: planta aquática pode ser nova fonte de proteína da humanidade appeared first on Giz Brasil.

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    Pequena o suficiente para caber em apenas um polegar, a samambaia aquática chamada Azolla pode ser uma opção de alimento para humanos. Além de auxiliar no combate às mudanças climáticas e ser um potencial fertilizante natural. É o que dizem cientistas, que se surpreendem a cada novo estudo sobre a planta.

    Ela se desenvolve na superfície da água na fixando nitrogênio e utilizando fósforo e luz solar para se reproduzir. Assim, apenas com esses nutrientes, a Azolla cresce rapidamente, dobrando sua biomassa em um curto espaço de tempo – praticamente a cada dois dias.

    Em sua composição, cientistas encontraram nutrientes em grande quantidade, como zinco, manganês, ferro, cálcio e potássio. Além disso, ela também é relativamente rica em proteínas.

    “Não estou aqui dizendo que todo mundo deveria sair e comer isso imediatamente. Há muito trabalho a ser feito. Mas, nossa, ela tem tanto potencial”, afirma Daniel Winstead, que está estudando a Azolla na Universidade Estadual da Pensilvânia.

    Polifenois em excesso

    O principal motivo pelo qual Winstead ainda não sugere que as pessoas comam diretamente a Azolla é a quantidade de polifenois em sua composição. Apesar deles atuarem como antioxidantes, quando estão em grande quantidade, podem interferir na capacidade do corpo de absorver nutrientes. 

    No caso da samambaia aquática, há uma concentração muito alta deste composto. Então, cientistas encontraram duas opções para tornar seu consumo viável: o preparo da Azolla, que diminui a quantidade de polifenois, ou a propagação de uma espécie que não tem esse problema, que é a azolla-da-Carolina, nativa do sudeste dos Estados Unidos.

    Ela tem níveis muito mais baixos de polifenois, que se alinham com a concentração comum em frutas e legumes que fazem parte da dieta das pessoas. Além disso, em experimentos fermentando, fervendo e cozinhando a Azolla sob pressão, os pesquisadores descobriram que conseguem reduzir esse composto em até 92%.

    Assim como podem reduzir um nutriente da samambaia aquática, os cientistas agora também pretendem estudar maneiras de aumentar a concentração de outros compostos. A ideia é criar plantas com alto conteúdo de proteínas, por exemplo.

    Vantagens produtivas

    Além do fator nutricional, a Azolla também apresenta outros benefícios que, do ponto de vista produtivo, fazem com que seja um alimento potencial. Por conseguir fixar seu próprio nitrogênio, a planta não precisa de fertilizantes sintéticos para se proliferar.

    “Ela só precisa de 2 polegadas de água para crescer. Então você poderia ter um monte de bandejas de 2 polegadas empilhadas umas sobre as outras com luzes de crescimento. E você poderia obter uma quantidade enorme de biomassa saindo desse espaço pequeno”, explica Winstead.

    Em países da Ásia, a samambaia aquática é utilizada em plantações de arroz. Assim, ela fornece nitrogênio e impulsiona o crescimento de outras culturas.

    Dessa forma, os cientistas acreditam que podem encontrar maneiras de cultivar a azolla de forma sustentável e transformá-la em fertilizante para outros cultivos além do arroz.

    Controle do aquecimento global

    Assim como outras plantas, a Azolla absorve dióxido de carbono durante o processo de fotossíntese. Contudo, sua capacidade de captura de carbono é tão significativa que um evento global, o Evento Azolla, foi nomeado em sua homenagem.

    Ele aconteceu há cerca de 49 milhões de anos, quando a planta floresceu em quantidades tão grandes no Ártico que ajudou a reduzir drasticamente os níveis globais de CO2 atmosférico. Isso fez com que o planeta resfriasse.

    Dessa forma, cientistas afirmam que cultivar mais Azolla pode capturar mais carbono e, se ela for adicionada aos campos como fertilizante, parte desse carbono será sequestrado no solo.

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    베팅의신 안전한 카지노사이트 보증업체 먹튀검증;토토먹튀블러드 //emiaow553.com/como-cozinhar-seu-ovo-matinal-no-micro-ondas-segundo-a-ciencia/ Wed, 13 Mar 2024 10:01:17 +0000 /?p=557587 The post Como cozinhar seu ovo matinal no micro-ondas, segundo a ciência appeared first on Giz Brasil.

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    Fritar ou cozinhar um ovo é um dos primeiros passos de alguém que decide aprender a cozinhar. Apesar de ser uma tarefa relativamente simples, ela pode demandar tempo de preparo e limpeza. Por isso, muitos buscam alternativas para simplificar o processo — e o micro-ondas é uma delas.

    Mas diferentemente do que muitos cozinheiros de primeira viagem pensam, não basta colocar o ovo dentro do eletrodoméstico e configurar um tempo no painel. Seja para deixar o alimento cozido ou “frito”, é preciso entender algumas lições básicas da física para que as micro-ondas eletrônicas do aparelho não explodam seu ovo.

    O que a física diz

    Em geral, as micro-ondas do eletrodoméstico afetam primeiro moléculas polarizadas, fazendo com que elas se movimentem. Isso acontece para que elas entrem no campo eletromagnético do aparelho.

    Assim, movimentar essas moléculas faz com que elas se choquem e, como resultado, produzem calor. No caso dos ovos, o micro-ondas faz com que as moléculas de água dentro do alimento se agitem e esquentem ao ponto de ferver.

    Isso acontece especialmente nas gemas, que são mais receptivas à radiação. Pela maneira como as proteínas do ovo se organizam, bolsas de vapor d’água podem se formar e ficar muito quentes, aumentando a pressão dentro da casca até o ponto de explosão.

    Um em cada 3 ovos cozidos, quando colocados no micro-ondas, costumam explodir. E a explosão pode alcançar um volume entre 86 e 133 decibéis — mais alto que um tiro. Além disso, a alta temperatura pode causar queimaduras graves na pele.

    Dicas de como fazer seu ovo no micro-ondas

    Para evitar a explosão, duas dicas são valiosas: aliviar a pressão dentro do ovo e esquentá-los gradualmente.

    A primeira pode ser feita com um furo na casca. Já para a segunda dica, há mais opções. Se você vai cobrir o ovo para evitar sujeira no micro-ondas, faça isso com  algo que deixe o ar passar, como um guardanapo. 

    Além disso, é possível cozinhar o alimento inicialmente por 30 segundos e, em seguida, em intervalos adicionais de dez segundos, conforme necessário.

    E se quiser dicas de como fazer outros preparos com ovos no micro-ondas, confira o vídeo abaixo.

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    카지노 마케팅;카지노사이트, 카지노, 바카라  //emiaow553.com/humanos-consomem-avela-ha-pelo-menos-8-mil-anos-dizem-cientistas/ Mon, 11 Mar 2024 20:37:22 +0000 /?p=556076 The post Humanos consomem avelã há pelo menos 8 mil anos, dizem cientistas appeared first on Giz Brasil.

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    Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Environmental Archaeology acompanhou a disseminação das árvores de avelã durante a história e descobriu que elas já faziam parte do cotidiano humano desde a era Mesolítica, cerca de 8.000 a.C.

    De acordo com as evidências encontradas na casca dessa oleaginosa, a planta evoluiu em conjunto com a mudança de paisagem após a última Era Glacial. Ao que tudo indica, com o degelo da superfície, a vegetação passou por fases de floresta fechada e depois foi se tornando mais aberta, com pastagens.

    Pesquisadores apontam que esse também é um reflexo da presença e evolução humanas, conforme a caça e a coleta deram lugar à agricultura.

    Avelã, no cotidiano europeu há milênios

    Além de ser uma ótima fonte de proteína, gordura, fibras, vitaminas e minerais, a avelã também possui carbono – assim como todas as plantas. Dessa forma, em sua estrutura há isótopos que, analisados por especialistas, ajudam a datar e caracterizar ambientes em que a árvore estava inserida.

    Segundo a pesquisa, por volta de 8.000 a.C. as árvores de avelã se tornaram espécies dominantes nas florestas que se formaram no sul da Suécia após o derretimento das geleiras. Embora outras plantas também tenham conquistado seu espaço, a oleaginosa continuou sendo importante quando a agricultura começou na era Neolítica, por volta de 4.000 a.C.

    Em geral, pesquisadores apontaram que, além de alimento, as árvores avelã também eram matéria-prima para tarefas do cotidiano das comunidades da época. Por exemplo, as cascas de avelã podem ser combustível para fazer fogo.

    Evidência da mudança de paisagem

    Depois de datarem a presença das árvores de avelã no sul da Suécia, os pesquisadores analisaram isótopos estáveis das cascas do alimento. Elas são abundantes em alguns sítios arqueológicos da região. 

    Em geral, os isótopos estão presentes em proporções diferentes na planta e isso varia de acordo com a quantidade de luz e água recebidas. No entanto, a Suécia fica em uma região próxima ao polo norte da Terra. De modo que há períodos com nenhuma luz e outros com luz durante as 24 horas do dia. 

    Considerando isso, os pesquisadores perceberam que a luz solar afeta mais a relação de isótopos do que a água. Então, combinando a análise de isótopos das amostras de sítios arqueológicos e também de coletas de avelãs atuais, eles concluíram que houve uma mudança na paisagem do sul da Suécia.

    Os cientistas levaram em consideração a disponibilidade de luz presente no local como um indicativo se a vegetação era fechada, como em uma floresta, ou aberta, como em uma pastagem.

    Com os resultados do estudo, eles descobriram que as avelãs do período Mesolítico foram coletadas em florestas. Já as da Idade dos Metais (período entre 3.000 a.C e 1.000 a.C) cresceram em locais abertos.

    “As florestas são lugares dinâmicos, moldados pelo estabelecimento de novas espécies após o período glacial. Mas as pessoas também modificaram a paisagem, sendo a forma mais dramática o desmatamento para dar lugar a campos de cultivo, uma vez que a agricultura se tornou generalizada”, explicam Karl Ljung e Amy Styring, autores do estudo.

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    카지노워;카지노사이트, 카지노, 바카라사이트 //emiaow553.com/pode-deixar-a-alface-fora-da-geladeira-veja-o-que-diz-a-ciencia/ Sun, 10 Mar 2024 16:01:04 +0000 /?p=556999 The post Pode deixar a alface fora da geladeira? Veja o que diz a ciência appeared first on Giz Brasil.

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    Que é importante consumir vegetais com folhas verdes, como a alface, muitas pessoas sabem. Contudo, para garantir os benefícios e nutrientes dos alimentos in natura, é preciso também armazená-los e higienizá-los de maneira adequada.

    O primeiro passo é manter a alface na geladeira. De acordo com um estudo recente, publicado na revista Food Microbiology, o armazenamento em locais mais frios faz com que bactérias como a Escherichia coli se proliferem mais devagar.

    “A temperatura ambiente ou mais alta, a E. coli cresce muito rápido na alface, mas se ela for refrigerada a 4°C, vemos uma queda acentuada na população de bactérias”, explica Mengyi Dong, autor da pesquisa.

    Além disso, a pesquisa também descobriu evidências de que guardar as folhas verdes inteiras, e não picadas, também evita a propagação de microrganismos. Isso porque quando a folha da alface é cortada, ela libera suco de vegetais. E esse líquido contém nutrientes que estimulam o crescimento bacteriano.

    E outras verduras?

    De acordo com a pesquisa, quando testados em outros vegetais de folhas verdes, como a couve tradicional e a couve kale, os resultados foram opostos aos da alface. Nestes vegetais, a E. coli cresce mais devagar sob temperaturas mais quentes.

    Além disso, se já estiver presente, a bactéria pode sobreviver por mais tempo sob refrigeração. Quando cortadas, o suco dessas couves e também do espinafre protegiam a verdura da E. coli. Isso porque ele continha propriedades antimicrobianas.

    No entanto, os cientistas ressaltam que essas folhas verdes são mais difíceis de serem contaminadas que a alface, uma vez que o cozimento mata ou inativa as bactérias – o que não acontece com as saladas, ingeridas cruas.

    Ainda é preciso higienizar a alface

    Mesmo armazenando a alface — e qualquer outra verdura — adequadamente, é preciso higienizá-la da maneira correta antes do consumo. E não basta apenas lavar em água corrente. De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, essa é apenas a primeira etapa. 

    Em seguida, é necessário colocar as folhas verdes de molho em um recipiente com água clorada. Segundo instruções do próprio ministério, a proporção é de 2 colheres de sopa de hipoclorito de sódio a 1% para cada litro de água. 

    Você também pode usar água sanitária com 1% de hipoclorito de sódio, desde que o produto seja sem alvejante e perfume.

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