??? Archives??? ??- ??? ??? ??? / Vida digital para pessoas Fri, 18 Oct 2024 10:07:35 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ???????? ????????? ??? ??? ?? / 32 32 ????? ????????, ??????? //emiaow553.com/pedalar-reduz-e-organiza-a-atividade-cerebral-e-traz-beneficios-para-pessoas-com-parkinson/ Fri, 18 Oct 2024 14:13:12 +0000 //emiaow553.com/?p=603597 Durante experimento, atividade cerebral de voluntários durante prática de ciclismo foi mais organizada em relação ao momento de repouso

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo liderado pela UFRN mostra que a atividade cerebral em adultos saudáveis é menor e mais organizada durante a prática de ciclismo em comparação com o estado de repouso
  • Redução na complexidade pode ser resultado dos movimentos repetitivos e sincronizados necessários para pedalar
  • A descoberta pode ajudar a otimizar métodos terapêuticos para tratar doença de Parkinson e Alzheimer

A prática de ciclismo reduz a ativação cerebral e mantém os circuitos nervosos no nosso cérebro em um estado mais organizado. Esses efeitos são ainda mais acentuados ao pedalar de olhos fechados. É o que mostra estudo das universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Paraná (UFPR), em parceria com instituições do Reino Unido. Os resultados, publicados em artigo na quarta (2) na revista científica “Plos One?/a>, podem fornecer subsídios, no futuro, para novos tratamentos alternativos de doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson e o Alzheimer.

Os pesquisadores já haviam demonstrado, em estudos prévios, que andar de bicicleta traz benefícios para os pacientes com Parkinson. Pedalar diminui instantaneamente tremores, movimentos lentos e outros sintomas motores relacionados à doença. Essa nova pesquisa explica como isso acontece, explorando os mecanismos acionados no nosso cérebro em estado de repouso e durante a atividade física.

Para investigar o comportamento dos circuitos neurais em diferentes estados, o trabalho analisou a atividade elétrica cerebral de 24 adultos saudáveis. Inicialmente, os participantes permaneceram em repouso por dois minutos em uma bicicleta ergométrica horizontal fixa. Em seguida, pedalaram continuamente pelo mesmo período de tempo. Durante essas atividades, os sinais elétricos emitidos pelo sistema nervoso foram captados e monitorados por oito eletrodos fixados no couro cabeludo dos indivíduos. Os registros foram feitos tanto para os estados de olhos abertos como para olhos fechados.

A atividade cerebral registrada foi menor e mais organizada durante a prática de ciclismo, em especial com os olhos fechados, em comparação com o momento de repouso. “Isso significa que há uma atividade cerebral organizada no ciclismo, que poucos circuitos neurais estão sendo utilizados. Ou seja, o cérebro está mais eficiente? aponta John Fontenele Araújo, da UFRN, líder do estudo.

O pesquisador ainda destaca que, diferente do que acontece durante a pedalada, diversos circuitos nervosos permanecem ativos e trabalhando durante o repouso. “Pedalar é uma forma de ativar o cérebro de uma maneira organizada. Então, em algumas doenças neurológicas, isso faz bem para o cérebro? nota Araújo.

A redução na complexidade cerebral durante a pedalada pode estar relacionada com a própria natureza repetitiva da atividade. No artigo, os pesquisadores explicam que os movimentos constantes e os estímulos sensoriais causados pela prática, como a sensação das pernas se movendo, podem contribuir para uma sincronização dos impulsos nervosos, reduzindo o esforço cerebral para continuar o movimento. “?como durante a aprendizagem? diz Araújo. “No início, usamos muito circuitos neurais, mas, depois que aprendemos, usamos poucos, respondemos de forma mais rápida e eficiente? compara.

Para ele, os padrões observados também podem ser encontrados durante a execução de outras atividades repetitivas, como a meditação e a reprodução de ações cíclicas e recorrentes no trabalho, e afetar as respostas do sistema nervoso de maneira semelhante. “Os resultados sugerem que toda tarefa que exija concentração e que seja repetitiva leva a uma organização da atividade cerebral? ressalta.

Os pesquisadores pretendem, agora, avaliar a complexidade e o padrão de sinais emitidos pelo cérebro em condições diferentes de pedalada. O objetivo é investigar possíveis diferenças entre modelos de bicicleta, ambientes de realidade virtual, atletas de alto desempenho e pacientes diagnosticados com condições neurodegenerativas, por exemplo. Segundo Araújo, estudos centrados em pacientes com Parkinson já estão sendo realizados, visando contribuir para tratamentos mais eficientes e adaptados que preservem o controle motor durante a doença.

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??? ?? ?? ???????? //emiaow553.com/mudancas-climaticas-podem-reduzir-distribuicao-de-metade-das-especies-silvestres-de-mandioca-no-nordeste-ate-2100/ Thu, 17 Oct 2024 22:47:27 +0000 //emiaow553.com/?p=603393 Extinção das espécies silvestres de mandioca pode afetar a diversidade genética que garante segurança da produção da mandioca cultivada

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo da UFRPE e instituições parceiras projetou efeitos de mudanças em seis variáveis ambientais, como chuva e temperatura, na distribuição de espécies de mandioca exclusivas do Nordeste
  • Redução projetada pode levar algumas espécies à extinção, e a perda de diversidade genética pode afetar a produção da mandioca cultivada
  • A expansão de áreas de conservação e a criação de políticas públicas para proteção podem ajudar a diminuir impactos para a biodiversidade, economia e alimentação

Até 2100, as áreas de ocorrência de cerca de metade das espécies nativas de mandioca do Nordeste brasileiro podem ser reduzidas por conta das mudanças climáticas. É o que indica um artigo publicado nesta sexta (4) na revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências?/a>. O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades federais Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Recôncavo da Bahia (UFRB), além da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), destaca a urgência de medidas para a conservação da biodiversidade diante dos efeitos das mudanças climáticas.

Os cientistas reuniram dados sobre onze espécies de mandioca nativas do Nordeste a partir de registros de ocorrência, bancos de dados e herbários. As informações foram utilizadas em simulações de diferentes cenários com base em seis variáveis climáticas ?como precipitação anual, chuvas nos meses mais secos e úmidos e temperatura média diária e anual. A equipe combinou esses elementos para prever o tamanho e a localização das áreas onde as espécies poderão viver no futuro, considerando as necessidades das plantas, e comparou com a realidade atual.

A pesquisa revela que, em um cenário otimista, cinco das espécies analisadas podem experimentar uma redução em sua faixa potencial de distribuição até 2100. Em um cenário pessimista, com condições mais severas, essa redução pode atingir até seis espécies, 54% da amostra. Nos dois cenários, quatro dessas espécies podem experimentar redução total de suas áreas de ocorrência.

“Isso acontece porque as condições ambientais que elas precisam para se desenvolver podem mudar, tornando algumas regiões menos adequadas? explica Karen Yuliana Suarez-Contento, autora do estudo. A pesquisadora da UFRPE destaca que a redução pode não afetar somente as espécies de mandioca, pois a perda de plantas que servem de base para a vida selvagem desestabiliza os ecossistemas locais.

Segundo Suarez-Contento, a redução projetada pode, no futuro, levar à extinção de algumas das espécies silvestres de mandioca, além de afetar a produção de uma das principais fontes de carboidratos na alimentação brasileira: a mandioca cultivada. Ela é a matéria-prima de produtos como o polvilho, a tapioca e o tucupi. “As espécies silvestres abrigam uma diversidade genética crucial para o futuro da mandioca cultivada, fornecendo características importantes, como resistência a doenças e adaptações a diferentes condições ambientais? ressalta.

A autora enfatiza que as mudanças climáticas podem ter um papel decisivo na distribuição de outros gêneros alimentícios. “Muitas outras culturas agrícolas dependem da diversidade genética de suas espécies silvestres para se adaptar a mudanças climáticas, novas pragas e doenças? diz Suarez-Contento. É o caso do milho, arroz e feijão, que têm parentes silvestres e podem enfrentar desafios semelhantes ao da mandioca, segundo a especialista. Ela destaca a importância de conservar essas espécies e seus habitats para garantir a continuidade da produção desses alimentos.

Para a pesquisadora, estratégias como a criação e a expansão de áreas protegidas, o estabelecimento de corredores ecológicos e a restauração de áreas degradadas são um passo importante para melhorar o cenário previsto para 2100. “A educação ambiental e o incentivo para práticas agrícolas sustentáveis também podem engajar as comunidades locais e promover a proteção dos habitats? acrescenta.

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???? //emiaow553.com/perda-de-25-dos-corais-nos-recifes-brasileiros-pode-prejudicar-ate-metade-das-especies-de-peixes/ Sat, 05 Oct 2024 22:03:22 +0000 //emiaow553.com/?p=600302 Equipe analisou perdas nos recifes através de simulação com oito espécies de corais e 63 espécies de peixes

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo de universidades brasileiras, como UFSM e UFRN, e estrangeiras avalia os efeitos diretos e indiretos da perda de corais sobre peixes nos recifes
  • Pesquisa alerta para potenciais perdas indiretas caso a redução dos corais se consolide, o pode afetar atividades como a pesca e o turismo
  • Impedir impactos locais, como poluição e turismo desregulado, e globais, como as mudanças no clima, é vital para evitar efeitos cascata nos recifes

A perda de 25% dos corais nos recifes brasileiros pode gerar um efeito cascata, o que poderia resultar na extinção de metade dos peixes da região ?incluindo não somente espécies que se relacionam diretamente aos corais. É o que aponta artigo publicado na revista científica “Global Change Biology?/a> neste sábado (28). Desenvolvida por cientistas de universidades brasileiras, como as federais de Santa Maria (UFSM) e do Rio Grande do Norte (UFRN), e estrangeiras, como a Universidade de Évora, em Portugal, a pesquisa ainda indica que as atividades humanas e mudanças climáticas são os principais fatores responsáveis por essa perda.

A pesquisa alerta para a conservação desses organismos, uma vez que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, uma em cada quatro espécies marinhas vive nesses recifes, incluindo 65% das espécies de peixes.

A partir da construção de uma base de dados de ocorrência de peixes e corais no Brasil, a equipe analisou os efeitos cascata por meio de simulações de redes ecológicas com oito espécies de corais e 63 espécies de peixes, avaliando três cenários de remoção dos corais. O primeiro focou na perda dos corais com os quais os peixes mais se associam, revelando o impacto mais severo. Já o segundo se desdobrou nos corais que são mais vulneráveis ao branqueamento, um fenômeno fatal para esses organismos influenciado pelo aquecimento global. Por fim, o terceiro funcionou como controle, avaliando a perda aleatória dos corais.

O cientista da UFSM André Luís Luza, autor correspondente do artigo, compara o efeito cascata às redes sociais, onde pessoas populares ?no caso do estudo, os corais ?influenciam diretamente seus seguidores ?equivalentes aos peixes associados aos corais ? que, por sua vez, impactam indiretamente outros indivíduos ?peixes que concorrem com os associados aos corais. O efeito da extinção de corais, portanto, pode se estender para além de efeitos diretos e, também, afetar tanto a diversidade de espécies quanto as funções que diferentes espécies desempenham em um ecossistema.

Atualmente, a poluição e turismo desregulado causam a eliminação de corais, somando-se aos impactos em escala global relacionados às mudanças climáticas, avalia Luza. Para o cientista, evitar essa perda demanda ações coordenadas em várias esferas de tomada de decisão. “Existem iniciativas a níveis hierárquicos mais amplos, mas iniciativas locais são geralmente inexistentes e devem ser formuladas com urgência? comenta.

O cientista ainda conta que a perda de corais, e consequentemente de peixes, acarreta ambientes menos saudáveis, o que prejudica a pesca e até mesmo o turismo sustentável. “Estima-se que globalmente, a abundância de corais foi reduzida pela metade desde 1950. No Brasil isso também tem ocorrido, embora nossos recifes tenham menos corais, quando comparados aos do Caribe e do Pacífico? complementa.

A identificação desse efeito cascata é notável para o sistema de estudo, já que os recifes do Brasil possuem baixa cobertura de corais e uma fauna de peixes recifais generalistas ?ou seja, com alimentação e hábitos bastante amplos. “O estudo também inova ao apresentar um algoritmo para avaliação da robustez de redes ecológicas considerando diversidade funcional, que é uma dimensão da diversidade biológica que ajuda a explicar funções e serviços ecossistêmicos? ressalta Luza.

Futuramente, os pesquisadores pretendem formular experimentos de campo para tentar detectar mais diretamente alguns dos efeitos que surgiram no estudo. Há ainda a intenção de aprofundar as pesquisas sobre como processos ecossistêmicos são influenciados por impactos locais e regionais nos recifes.

Coleção:

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?????????????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/microplasticos-vindos-do-porto-de-itajai-sc-chegam-a-praias-a-80-km-em-ate-dois-dias-constata-estudo/ Sun, 29 Sep 2024 16:27:55 +0000 //emiaow553.com/?p=598412 Pesquisadores destacam urgência de medidas para controlar a perda de microplásticos transportados em contêineres

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa da UFSC constatou rápida dispersão de microplásticos transportados em contêineres do porto de Itajaí até praias de Florianópolis
  • Equipe realizou simulações mensais para avaliar direção e velocidade das partículas na água e prever em que pontos da costa o material se depositaria
  • Estudo alerta para urgência de medidas para reduzir perda de materiais transportados e de monitoramento da poluição pelas autoridades

Um novo estudo verificou a rápida dispersão de microplásticos com origem no porto de Itajaí, em Santa Catarina. Esse material pode chegar às praias de Florianópolis, cerca de 80 quilômetros ao sul, em até dois dias. As constatações, que acendem um alerta para a gestão portuária sobre perda de materiais transportados em contêineres, estão em artigo publicado na revista científica “Marine Pollution Bulletin?/a> nesta quinta (26).

Assinado por pesquisadores das universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade de São Paulo (USP), o trabalho avaliou a trajetória de microplásticos primários, conhecidos como pellets, lançados dos portos de Itajaí e de Imbituba, este ao sul de Santa Catarina. Os pellets são pedaços de plástico com cerca de cinco milímetros utilizados como matéria-prima para a fabricação de produtos maiores pela indústria.

A equipe realizou simulações mensais durante um ano, levando em conta que as condições de circulação no oceano variam de acordo com os meses e podem afetar a direção e a velocidade do material. O estudo se baseia em modelo de dispersão de partículas que considera condições como temperatura, salinidade e fluxo da água para prever a movimentação dos pellets e em quais regiões eles tendem a se depositar.

Para avaliar a chegada das partículas à costa, os cientistas calcularam um índice de poluição que considera o número de itens identificados por metro quadrado de superfície. Segundo o índice, as praias com nível mais alto de contaminação por resíduos plásticos são Moçambique e Brava, ao norte de Florianópolis.

“Os resultados confirmaram a nossa hipótese de que os pellets que chegam a Florianópolis vêm do porto de Itajaí? conta a oceanógrafa Camila Kneubl Andreussi, principal autora do estudo. “O que nos surpreendeu foi o quão rápido eles chegaram até a Ilha de Santa Catarina e em locais bem mais ao sul, como a região de Laguna?

Os autores observam que ainda há poucos estudos avaliando a trajetória dos microplásticos na costa brasileira. O artigo alerta que não somente as praias de Florianópolis, mas também outras áreas da região, como o Sistema Estuarino de Laguna e a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, estão sendo atingidas pelos pellets, reforçando a necessidade de monitoramento abrangente.

Segundo os especialistas, há uma urgência da implementação de medidas de controle e de redução de perdas durante o manuseio e transporte de pellets. “São importantes programas de cooperação entre municípios e autoridades regionais para criar ações coordenadas de monitoramento da poluição? complementa Andreussi. A oceanógrafa diz que a equipe pretende continuar investigando o impacto dos eventos extremos na dispersão dos plásticos e essa dispersão, também, em outras regiões.

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??? ??????? ???????????????? //emiaow553.com/quase-70-das-tartarugas-encalhadas-no-litoral-do-rj-ingeriram-detritos-de-origem-humana-como-plasticos/ Tue, 24 Sep 2024 19:55:11 +0000 //emiaow553.com/?p=597439 Cientistas encontraram quase 1700 detritos no organismo de tartarugas-verdes; mais da metade eram pedaços de plástico

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa da UFF, Uerj e instituições parceiras analisou tipos de detritos encontrados no trato gastrointestinal de tartarugas marinhas no litoral do RJ
  • Mais da metade desses detritos foram resíduos de plástico flexível, como os de sacolas, e de cores facilmente confundidas com alimentos, como o marrom
  • Pesquisa contribui para autoridades locais observarem o impacto da poluição nos animais marinhos e elaborarem estratégias eficazes de proteção

Resíduos sólidos de origem humana, principalmente plásticos, estavam no organismo de quase 70% das tartarugas-verdes encontradas encalhadas no litoral centro-sul do Rio de Janeiro entre maio de 2019 e março de 2021. As constatações são de artigo publicado pela revista científica “Ocean and Coastal Research?/a> nesta sexta (20) por pesquisadores da Universidades Federal Fluminense (UFF), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e de instituições parceiras.

O trabalho analisou os tratos gastrointestinais de 66 tartarugas-verdes ?um tipo de tartaruga marinha. Os cientistas encontraram, no total, 1.683 detritos, sendo 850 deles ?ou seja, mais da metade ?plásticos flexíveis, como os de sacolas plásticas. Esses detritos estavam localizados principalmente no intestino grosso dos animais. Outros tipos de resíduos encontrados foram linhas e cordas, plásticos rígidos e borrachas.

O artigo sugere que a espécie possivelmente ingere detritos que se assemelham à sua alimentação natural. A cor predominante dos resíduos, presente em mais de 36% dos casos, era âmbar ou marrom, e a faixa de tamanho observada em mais de 40% dos registros era de meio milímetro a dois centímetros e meio.

A pesquisadora da Uerj Beatriz Guimarães Gomes, uma das autoras do estudo, explica que este é o primeiro trabalho a analisar o conteúdo do trato gastrointestinal de tartarugas encalhadas coletadas pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos. “Os dados evidenciam o impacto da poluição plástica nas tartarugas-verdes, contribuindo para uma melhor compreensão do problema na região e orientando as autoridades na criação de estratégias eficazes de proteção?

Os animais marinhos costumam confundir os plásticos com alimentos e ingeri-los, o que pode levá-los à morte e contaminar as cadeias alimentares. Para estimular a solução de problemas como a poluição das águas, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o período de 2021 a 2030 como a Década do Oceano. Somente no Brasil, são lançados no ambiente quase três milhões e meio de toneladas de sacolas plásticas, garrafas PET, canudos, embalagens de xampu e isopor anualmente, de acordo com estudo realizado pelo Pacto Global da ONU em 2022.

Gomes enfatiza que a falta de conscientização, o consumo excessivo de plásticos descartáveis e o descarte inadequado são práticas comuns que ampliam a presença de resíduos nos mares. Neste sentido, “a educação ambiental das comunidades é uma medida fundamental para reduzir os danos às tartarugas-verdes e às demais espécies marinhas? avalia.

A autora também observa que a pressão da sociedade sobre indústrias e governos para promover alternativas sustentáveis e políticas de gestão de resíduos ainda é insuficiente. Para ela, além de incentivo à reciclagem e ao descarte correto, a responsabilidade individual e coletiva passa também pela transição para a economia circular, focada em reduzir desperdício e reaproveitar materiais. “Com esse engajamento, talvez, seja possível combater a poluição plástica nos oceanos? completa.

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??? ?? ???? ?? ??????? ?? //emiaow553.com/estudo-usa-videos-com-expressoes-faciais-para-identificar-sinais-de-doenca-degenerativa/ Mon, 02 Sep 2024 12:40:14 +0000 //emiaow553.com/?p=589724 Doença enfraquece músculos e afeta funções como mastigar, falar, andar e se expressar

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo de cientistas da Unesp, em parceria com instituição australiana, desenvolveu um sistema para identificar pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) a partir de expressões faciais
  • Ferramenta pode auxiliar no diagnóstico precoce da doença, crucial para um tratamento mais eficaz
  • Doença enfraquece músculos e afeta funções como mastigar, falar, andar e se expressar

O diagnóstico precoce permite um tratamento mais eficaz da esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa do sistema nervoso que enfraquece os músculos e afeta funções físicas ?que acometia o físico britânico Stephen Hawking. A partir de vídeos com uma variedade de expressões faciais, cientistas desenvolveram uma ferramenta capaz de ajudar neste processo, que identifica sinais precoces da doença. O estudo, publicado na revista científica “Digital Biomarkers?nesta quinta (29), foi desenvolvido em parceria entre pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT), na Austrália.

A pesquisa usou uma base de dados pública da Universidade de Toronto que incluía vídeos de 11 pessoas saudáveis e 11 pessoas com ELA, realizando expressões faciais como assoprar uma vela, abrir a boca e sorrir sem os dentes. Esse material serviu para desenvolver uma ferramenta computacional para reconhecer, entre todos os participantes, os pacientes com a doença degenerativa, a partir das expressões faciais.

Os valores programados neste estudo-piloto pelos pesquisadores foram eficazes em detectar, nestes vídeos, traços de fraqueza muscular e hiperatividade, comuns na ELA, e também em contrastar movimentos normais e anormais da musculatura facial.

Guilherme Oliveira, doutorando e pesquisador principal do artigo, destaca que a ferramenta tem potencial promissor, mas ainda está em teste. Ao identificar sintomas precoces, ela pode auxiliar o tratamento e monitoramento de pessoas com a doença, especialmente aquelas que apresentam perda de expressão facial. “Essa tecnologia pode ser particularmente útil para o monitoramento remoto, beneficiando os pacientes em regiões com acesso limitado a cuidados especializados? explica.

Os resultados do estudo ainda destacam o potencial de um sistema computadorizado de codificação de microexpressões para detectar sintomas de fraqueza facial. Essa abordagem pode ser aplicada também para outras doenças neurológicas que afetam os músculos faciais como acidente vascular cerebral (AVC) e doença de Parkinson. Há ainda a possibilidade de desenvolvimento de um aplicativo para smartphones que permita a verificação dos sintomas das doenças.

Oliveira ressalta que o estudo é baseado em um conjunto de dados relativamente pequeno e que, para validar essa abordagem em diferentes contextos, seria preciso “ampliar a base de dados, considerando fatores como idade e etnia? Além disso, espera-se que outras pesquisas utilizem a técnica em diferentes estágios da ELA para entender sua progressão.

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????? Archives??? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/mortalidade-de-idosos-por-desnutricao-diminui-em-duas-decadas-no-brasil-mas-taxas-permanecem-elevadas/ Thu, 15 Aug 2024 19:56:51 +0000 //emiaow553.com/?p=586049 Taxa de mortalidade de idosos por desnutrição teve tendência geral de queda entre 2000 e 2021, mas redução não foi observada entre aqueles com mais de 80 anos

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Entre 2000 e 2021, mais de 93 mil idosos morreram por desnutrição proteico-calórica no Brasil
  • Condição afetou especialmente pessoas com 80 anos ou mais, do sexo masculino e analfabetas
  • A tendência geral foi de queda da taxa ao longo do período, mas se manteve estagnada na população acima de 80 anos

As taxas de mortalidade por desnutrição em idosos brasileiros tiveram tendência geral de queda nas últimas duas décadas. Porém, os números ainda são preocupantes, já que foram registrados mais de 93 mil óbitos no período de 2000 a 2021 e não houve redução da mortalidade por essa causa entre a população de 80 anos ou mais. As conclusões são de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), publicadas em artigo na “Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia?nesta segunda (12).

A condição vitimou especialmente pessoas com 80 anos ou mais (63% do total) e analfabetas (33%). Entre toda a população acima de 60 anos, a maior taxa de mortalidade foi observada em 2006 ?quase 29 mortes por desnutrição a cada 100 mil habitantes ?e a menor, em 2021 ?cerca de dez mortes por essa causa para cada 100 mil habitantes.

O estudo analisou a tendência de mortalidade de idosos por desnutrição proteico-calórica, caracterizada como uma deficiência grave de proteínas e calorias devido ao consumo insuficiente por um longo período. Os autores reuniram dados de 2000 a 2021 do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), vinculado ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS), e observaram as características da população afetada.

“São achados que, de um modo geral, nos surpreendem, visto que a desnutrição proteico-calórica é uma causa comum de óbito, sobretudo em idosos, mas que pode ser evitada? explica Ronilson Ferreira Freitas, pesquisador da UFAM e um dos autores do artigo. As taxas são maiores entre indivíduos do sexo masculino, o que indica possível negligência em relação a um estilo de vida saudável e a práticas de cuidado com a saúde. Para Freitas, os resultados evidenciam a necessidade de fortalecer uma abordagem de prevenção nos serviços de saúde.

O autor destaca a necessidade de mais estudos sobre o tema, avaliando as taxas por regiões e unidades da federação, assim como em estudos longitudinais. “?preciso entender melhor quem são e onde estão os idosos expostos a maior risco de desnutrição proteico-calórica, e identificar, no contexto atual, quais são as condições que aumentam o risco de tal evento?

No contexto da formalização de uma aliança global contra a fome e a pobreza, anunciada em 24 de julho em reunião de países do G20 no Brasil, a pesquisa pode contribuir na proposição de políticas públicas específicas para garantir uma alimentação adequada à população idosa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vivem no Brasil cerca de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que equivale a 15% da população.

Freitas ressalta a importância de que a sociedade e o Estado brasileiro se preparem para o aumento da parcela idosa da população. O autor cita o número crescente de pessoas idosas em instituições de longa permanência, que sobrevivem com poucas verbas públicas e dependem, muitas vezes, de doações da comunidade. “As características próprias do envelhecimento expõem a população mais longeva a um risco maior de desnutrição. É importante que as políticas públicas já existentes sejam discutidas e aprimoradas? conclui o pesquisador.

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??????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/novo-aplicativo-pode-facilitar-o-diagnostico-de-hipertensao-e-diabetes-em-areas-remotas/ Wed, 14 Aug 2024 19:51:36 +0000 //emiaow553.com/?p=585786 Criado por uma equipe multidisciplinar, sistema foi testado e aprovado por profissionais de unidades de saúde de municípios do Vale do Mucuri (MG)

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo de pesquisadores do Sudeste e Sul desenvolveu e testou em unidades de atenção primária de saúde aplicativo para diagnóstico de hipertensão e diabetes
  • Tecnologia identifica pacientes em risco de desenvolver essas doenças e direciona para próximas etapas de diagnóstico
  • Sistema pode aprimorar tomadas de decisão de profissionais da saúde na rede pública, em regiões com acesso limitado aos serviços de saúde

Um aplicativo para profissionais de saúde para dispositivos móveis, como celulares e tablets, pode tornar o diagnóstico de hipertensão e diabetes mais eficiente, preciso e rápido. Desenvolvida e testada em um estudo do Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e o Instituto de Avaliação de Tecnologias em Saúde (IATS), do Rio Grande do Sul, a tecnologia promete contribuir para investigações clínicas mais acessíveis e assertivas dessas doenças. Seu teste está descrito em artigo publicado na segunda (12), na revista científica “International Journal of Cardiovascular Sciences?

Chamada de Sistema de Suporte à Decisão Computadorizado para Triagem de Hipertensão e Diabetes, a tecnologia tem a capacidade de personalizar o atendimento a pacientes suspeitos de hipertensão ou diabetes. Ela monta um fluxograma de rastreamento dessas doenças a partir de dados do paciente, como peso, estatura e pressão arterial, coletados pelo médico ou enfermeiro. A partir disso, o aplicativo indica se o paciente deve ou não continuar a ser monitorado nas etapas seguintes.

Isso pode facilitar o diagnóstico e o acompanhamento de pacientes em áreas remotas. Hoje, segundo observam os pesquisadores, muitos deles acabam desassistidos por dificuldade de acesso às unidades ou baixa adesão aos cuidados de saúde.

O sistema foi criado por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde e de tecnologia da informação, que identificou que a população do Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais, tinha pouco acesso a serviços especializados e tratamentos de saúde. Entre abril de 2017 e outubro de 2018, mais de 18 mil pacientes foram avaliados com o auxílio do aplicativo, em 34 unidades de saúde primária de dez municípios dessa região, resultando no diagnóstico de 225 casos de hipertensão ou diabetes.

A facilidade de uso do aplicativo foi um dos pontos positivos apontados pelos testes. Entre 258 profissionais de saúde que usaram o programa, 85% concordaram que o software é fácil de usar, enquanto 78% recomendariam a plataforma para seus colegas.

Para Laura Defensor Ribeiro de Melo, autora do estudo, uma das vantagens do sistema é a mobilidade. “O fato de ser um software disponível para dispositivos móveis favorece o acesso a pacientes que, por algum motivo, não podem se deslocar às unidades assistenciais? comenta. Durante os testes, o aplicativo foi eficaz nas unidades de saúde e, também, em feiras de saúde e visitas domiciliares ?mesmo sem conexão de internet.

A pesquisadora também ressalta a integração de dados como um diferencial. “O sistema é capaz de integrar informações inseridas em dispositivos distintos, facilitando o resgate de dados por diferentes profissionais durante toda a etapa do rastreamento? explica.

De acordo com Melo, ao apoiar a tomada de decisão de profissionais em relação ao diagnóstico de hipertensão ou diabetes, o aplicativo pode colaborar para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. “O diagnóstico precoce dessas doenças, crônicas e silenciosas, permite o manejo clínico antecipado e a prevenção de complicações a longo prazo? diz. Ela salienta que tanto a hipertensão como a diabetes são fatores de risco para doenças cardiovasculares, principal causa de morte no Brasil e no mundo.

O trabalho indica que o sistema visa aprimorar a prevenção e tratamento dessas doenças na rede pública de saúde, principalmente, em áreas remotas. Ainda falta, no entanto, avaliar os benefícios financeiros da tecnologia, o que já está programado como próximo passo da pesquisa. “Para sustentar a possibilidade de agregação da plataforma aos sistemas de saúde, é crucial medir a economia orçamentária potencial decorrente do rastreamento precoce, manejo assertivo, mitigação de complicações e melhoria da qualidade de vida dos pacientes? finaliza Melo.

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??? ??????? ?? - ???? ?? //emiaow553.com/planos-de-combate-as-mudancas-climaticas-em-regioes-costeiras-ignoram-desigualdades-sociais-aponta-livro/ Thu, 08 Aug 2024 20:40:17 +0000 //emiaow553.com/?p=584724 Políticas públicas de adaptação não priorizam localidades de periferia

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Livro destaca a importância de fornecer proteção prioritária às pessoas mais vulneráveis aos eventos climáticos extremos
  • Obra reúne estudos sobre injustiças climáticas em regiões costeiras, relatos de experiências e análises de iniciativas
  • Políticas públicas de adaptação não priorizam localidades de periferia como Brasília Teimosa (PE), suscetível a inundações, e Vila Sahy (SP), atingida por fortes chuvas em 2023

No litoral brasileiro, a população mais pobre, que vive em áreas suscetíveis ao aumento do nível do mar, a inundações e a deslizamentos de terra, sentirá de forma mais intensa os impactos das mudanças climáticas. Por isso, as ações de adaptação e mitigação devem ter foco nessas comunidades ?o que não acontece atualmente. É o que aponta o livro “Justiça Climática em Regiões Costeiras no Brasil? organizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lançado na segunda (5).

A obra identifica, por exemplo, a vulnerabilidade da comunidade Brasília Teimosa, de Recife (PE), frente a uma maior recorrência de eventos climáticos extremos na cidade. Tradicionalmente ocupado por construções populares como palafitas, o bairro é apontado por políticas públicas municipais de adaptação às mudanças do clima como uma área que pode sofrer com erosões costeiras e inundações. Porém, os planos oficiais ainda carecem de metas eficazes para proteger a população local e garantir justiça climática ?ou seja, o direito de habitarem o território com segurança, conservando suas tradições e cultura.

O livro começou a ser produzido em agosto de 2023, motivado por uma lacuna de informações sobre o tema no Brasil. Os organizadores acompanharam os desdobramentos de casos de  racismo ambiental evidentes após episódios de chuvas intensas, como as que atingiram o litoral de São Paulo no início de 2023. A obra foi concluída durante a ocorrência de outro evento climático extremo: as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Além de relatos de experiências de injustiças climáticas na costa brasileira, o livro analisa a presença do assunto em documentos e planos para lidar com as consequências do aquecimento global em nível local.

O pesquisador da USP Pedro Henrique Campello Torres, um dos organizadores da obra, explica que os capítulos dão visibilidade aos casos de injustiça climática na zona costeira considerando os registros e denúncias da população e a proposição de alternativas. “O livro possibilita o fortalecimento de uma agenda que articule teoria e prática e que una atores acadêmicos e não-acadêmicos, como gestores públicos, povos e comunidades tradicionais e movimentos sociais? afirma o especialista, que também ressalta a importância da publicação como aliada no planejamento de medidas de mitigação.

A publicação é organizada em sete capítulos escritos por 21 autores, com foco na demonstração de que os efeitos das mudanças climáticas são sentidos de formas diferentes e desencadeiam reações distintas para cada parcela da população. “O capítulo sobre a Vila do Sahy, em São Sebastião, São Paulo, exemplifica isso: passados seis meses da tragédia-crime que aconteceu na região, os territórios periféricos atingidos estavam ainda com escombros e marcas do evento climático, enquanto, na parte mais nobre, à beira mar, a realidade era oposta? relata Torres.

Segundo o organizador, a produção do livro evidenciou a necessidade de ações institucionais que andem juntas com as demandas da sociedade. Conforme Torres, é preciso garantir uma maior participação da população na construção da agenda climática, “aproximando essas inovações da vida cotidiana e, principalmente, dos saberes locais e dos territórios? Para o pesquisador, a população deve ser incluída nas diversas esferas da formulação e aplicação de iniciativas pró-justiça climática, desde o planejamento até a fiscalização. “Não existem políticas públicas para promoção dela sem a participação popular como centralidade? conclui.

Coleção:

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??? ?? ?????? ?? ?????? ?? ??? ?? //emiaow553.com/producao-de-ciencia-no-br-caiu-novamente-em-2023-queda-foi-observada-em-35-paises/ Sat, 03 Aug 2024 21:57:37 +0000 //emiaow553.com/?p=583984 A produção científica nacional teve um decréscimo de 7,2% em 2023 em comparação a 2022

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • 35 países tiveram variação negativa na produção científica em 2023 em comparação ao ano anterior
  • No caso brasileiro, o decréscimo foi de 7,2% na publicação de artigos científicos em 2023 em comparação a 2022
  • Essa é a segunda queda consecutiva na produção científica nacional, que teve perda inédita em 2022 em relação ao anterior

Um total de 35 países tiveram variação negativa na produção científica em 2023 em relação ao ano anterior ?incluindo o Brasil. A produção científica nacional teve um decréscimo de 7,2% em 2023 em comparação a 2022. É a segunda queda consecutiva.

Com isso, a produção de ciência do Brasil de 2023 fica bem próxima ao ano de 2019, ou seja, um período pré-pandemia. Até 2022, o país vinha mantendo um ritmo de crescimento anual da sua produção de artigos desde que os dados começaram a ser tabulados, em 1996.

As informações inéditas são do relatório da Bori-Elsevier ?023: ano de queda na produção científica de 35 países, inclusive o Brasil?lançado nesta terça (30). Os dados são da base Scopus/Elsevier e, para os cálculos, foi usada a ferramenta analítica SciVal/Elsevier. O relatório analisou todos os países que publicaram mais de 10 mil artigos científicos em 2022 ?em um total de 53 países.

O declínio no ritmo da produção científica brasileira é observado pelo segundo ano consecutivo. Documento anterior da Bori-Elsevier, lançado em julho do ano passado, já havia mostrado uma queda inédita na sua produção científica brasileira em 2022 em relação ao ano anterior. Dados atualizados agora apontam que, de 2021 para 2022, houve no Brasil uma queda de 8,5% na produção científica brasileira.

Os novos dados vêm à tona durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI) , que acontece em Brasília de 30 de julho a 1 de agosto com o objetivo de planejar a política nacional na área para os próximos anos. É o principal evento de política científica do país.

“Sabemos que o volume de publicação de artigos de um país reflete, entre outros fatores , o volume de investimento feito em pesquisa científica alguns anos atrás. Isto é, são efeitos de médio, não curto prazo? diz Dante Cid, vice-presidente de Relações Institucionais para a América Latina da Elsevier.

“Portanto, nossa expectativa é de que mediante o melhor nível de investimentos feito estes últimos anos, a produção nacional retome o crescimento em breve.?/p>

20 países com maior decréscimo no número de artigos 2023/2022 (Fonte: Elsevier)

20 países com maior decréscimo no número de artigos 2023/2022 (Fonte: Elsevier)

Dentre os países que, como o Brasil, perderam ritmo de produção científica estão Estados Unidos, Alemanha e Rússia. Em sentido contrário, Emirados Árabes, Iraque e Indonésia tiveram crescimento superior a 15% na produção científica de 2022 para 2023.

Artigos científicos trazem resultados de pesquisas científicas em desenvolvimento. Perder ritmo de produção científica significa produzir menos conhecimento e menos soluções para questões como tratamento de doenças, melhora na agropecuária ou enfrentamento de questões sociais como a violência urbana.

Produção científica brasileira

No caso do Brasil, Ciências Médicas foi a área de conhecimento que teve maior queda no número de artigos com autores: 10%, de 2022 para 2023.

O relatório mostra também que, com exceção das universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e de Pernambuco (UFPE), todas as instituições de pesquisa do país analisadas sofreram redução na produção científica em 2023 em relação a 2022. Foram consideradas 31 instituições de pesquisa com mais de mil artigos científicos publicados em 2022.

“Acompanhar os dados sobre a produção científica de um país é essencial para justificar os investimentos em ciência? diz Estevão Gamba, cientista de dados da Bori. “?necessário compreender o processo de desaceleração da produção de ciência no Brasil para encontrar maneiras de retomar o crescimento?

Este é o quinto relatório da parceria entre a editora científica Elsevier e a Bori, que analisa, periodicamente, a ciência brasileira. A ideia é ter um retrato da produção de ciência nacional e munir o debate público com informações relevantes para políticas científicas e para tomadas de decisão.

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??????? Archives??? ??- ??? ??? //emiaow553.com/covid-19-pode-impactar-o-cerebro-de-maneira-semelhante-a-esquizofrenia-e-acelerar-deficiencias-cognitivas/ Mon, 29 Jul 2024 23:30:57 +0000 //emiaow553.com/?p=583005 Cientistas examinaram padrões de proteínas de cérebros de pessoas falecidas, que tinham esquizofrenia ou faleceram devido à Covid-19

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa revela que o mecanismo de atuação da infecção causada pelo novo coronavírus pode ser parecido com doenças mentais como a esquizofrenia
  • Ambas as doenças aceleram o envelhecimento cerebral e aumentam o risco para diabetes, ataques cardíacos e derrames cerebrais
  • Achado pode avançar estudos sobre possíveis tratamentos para doenças que atingem o cérebro

Ao infectar o cérebro, o vírus da Covid-19 afeta processos cerebrais também impactados por distúrbios como esquizofrenia e doença de Alzheimer. É o que aponta artigo publicado na sexta (19), na revista científica “European Archives of Psychiatry and Clinical Neurosciences? assinado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa e do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM). O achado pode colaborar para a compreensão e o tratamento dessas e de outras doenças com efeitos no cérebro.

Para investigar os mecanismos de atuação dessas condições, o grupo de pesquisadores examinou padrões de expressão de proteínas em cérebros de pessoas falecidas que tinham esquizofrenia ou que morreram devido à Covid-19, a partir de estudos prévios e de bancos de dados científicos. Eles identificaram uma espécie de assinatura cerebral proteica para cada uma das doenças. O segundo passo foi comparar esses padrões e entender quais funções do cérebro são afetadas pelas mudanças na quantidade e no tipo de proteínas presentes em relação a cérebros saudáveis.

“Nós esperávamos encontrar mais diferenças do que semelhanças, já que uma das condições é uma infecção viral aguda e a outra é uma doença que acontece desde o neurodesenvolvimento, com base genética? explica Daniel Martins-de-Souza, pesquisador da Unicamp e autor do estudo. Contrariando as expectativas da equipe, os resultados mostram que diversas vias cerebrais em comum são afetadas pela Covid-19 e pela esquizofrenia, especialmente em termos de impactos moleculares e funcionais do cérebro.

Para o pesquisador, o que mais chama a atenção é a semelhança entre as duas condições nos processos que aceleram o envelhecimento cerebral. Além disso, ambas modificam os processos de obtenção de energia das células cerebrais e de comunicação com o organismo. A longo prazo, essa combinação pode contribuir para deficiências cognitivas e sintomas psiquiátricos, traços já observados em casos dessas doenças. “A infecção do vírus mostra um potencial de dessintonizar a maquinaria cerebral, deixando a pessoa mais propensa a eventos psiquiátricos e, aparentemente, também aos neurodegenerativos? comenta o autor.

Outro efeito comum entre a Covid-19 e a esquizofrenia, destacado pelo estudo, é o aumento do risco de comorbidades metabólicas, como diabetes e síndrome metabólica, um grupo de condições que eleva o risco de ataques cardíacos e derrames. Isso porque essas condições alteram a maneira como o corpo processa carboidratos, como a glicose, resultando em dificuldades para regular os níveis de açúcar no sangue. Isso, por sua vez, aumenta a probabilidade de complicações graves e a taxa de mortalidade dos pacientes afetados.

As semelhanças encontradas pelo estudo na forma como as duas doenças atingem os mecanismos cerebrais podem levar a mais estudos e, no futuro, ao desenvolvimento de novas terapias para tratar pacientes afetados por uma ou ambas as condições. “Talvez a gente possa aprender mais sobre esquizofrenia com os dados de Covid e vice-versa? ressalta Martins-de-Souza. “Acho que isso encurta caminhos para eventuais tratamentos, até mesmo na perspectiva de olhar para outras infecções virais que têm o potencial de afetar o cérebro, como o zika vírus, por exemplo? conclui.

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????? ?????????, ?????????? //emiaow553.com/mudancas-climaticas-podem-diminuir-presenca-de-cactos-comestiveis-na-caatinga-aponta-estudo/ Mon, 29 Jul 2024 17:50:40 +0000 //emiaow553.com/?p=583000 Tacinga inamoena, ou quipá, é uma das espécies de cactos da Caatinga ameaçada pelas mudanças do clima das próximas décadas

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Mesmo resilientes a climas secos, cactos da Caatinga sofrerão consequências das mudanças climáticas, que podem levar a perdas significativas
  • Simulações apontam diminuição de 65% da ocorrência do quipá (Tacinga inamoena) e de 27% de palmatória (Tacinga palmadora), importantes para cultura e alimentação local
  • Grupo procura compreender melhor os efeitos das mudanças climáticas sobre os cactos, conduzindo pesquisas com espécies dos Estados Unidos, Argentina e México

Com o aumento das temperaturas no planeta e a mudança nos padrões de chuvas, duas espécies de cactos nativos da Caatinga podem sofrer perdas significativas nas próximas décadas. A distribuição da Tacinga inamoena, conhecida como quipá, pode ser reduzida em 65%, e da Tacinga palmadora, conhecida como palmatória, em 27%, segundo aponta estudo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos. Os dados estão em artigo científico publicado na segunda (22) na revista científica “Acta Botanica Brasilica?/a>.

O estudo utilizou dados de registros de presença das duas espécies do gênero Tacinga disponíveis na base do Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade, variáveis climáticas da plataforma WorldClim e ferramentas que permitiram modelar a distribuição das espécies. Com as informações, os pesquisadores desenharam dois cenários de distribuição das espécies, um moderado e outro pessimista, centrados nos anos de 2050 e 2070.

As espécies analisadas pelo estudo têm partes comestíveis, que podem ser aproveitadas na alimentação humana e de animais domésticos e silvestres. “Os cactos têm valor cultural, econômico e ecológico para a população residente no semiárido brasileiro? atenta Arnóbio de Mendonça Cavalcante, pesquisador do Inpe e um dos autores do estudo. A Caatinga é o terceiro maior centro de diversidade de cactos do planeta, segundo o especialista.

Para Cavalcante, a perda de espécies nos cenários climáticos previstos é preocupante. “Todas as espécies de cactos da Caatinga, cerca de 100, serão afetadas ?umas mais outras menos. Porém projeta-se predominância de efeitos negativos, com contração das áreas climáticas adequadas, considerando também outros estudos similares publicados? avalia. No senso comum, o aumento das temperaturas e da aridez parece favorável às espécies de cactos do semiárido brasileiro, mas os pesquisadores mostram que, na verdade, os cactos também podem ser vulneráveis ao calor e a falta de água. “A vida em terras secas é muito sensível? diz o pesquisador.

As projeções da ciência climática sugerem que a Caatinga pode estar se tornando mais árida, devido às temperaturas mais elevadas e menos chuvas. Esse processo, conhecido como aridização, pode ser observado na tendência de aumento no número de dias secos consecutivos por ano na região. “O aquecimento global está acelerado e não oferece sinais para estabilização? alerta Cavalcante. Por isso, conforme o estudioso, o trabalho científico pode impulsionar a criação e proteção de áreas de refúgio para espécies de cactos em perigo, bem como para outras espécies vegetais.

Pesquisas similares do grupo com outras espécies de cactos estão em andamento em vários países americanos, como México, Estados Unidos e Argentina, além de outras regiões do Brasil. Das cerca de 1850 espécies de cactos existentes no mundo, 500 foram estudadas sob a ótica das condições climáticas do futuro.

Cavalcante explica que os passos seguintes são aumentar o número de espécies estudadas e aprimorar as projeções futuras da sua distribuição. “Prever o futuro climático e suas consequências biológicas não é tarefa fácil? afirma. “Ainda assim, é preciso conhecer as ameaças para abrir novas e criativas abordagens que ajudem a propor, com mais confiança, medidas para conservação dessas espécies? completa.

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?? ?????? ?? - ?? ??? //emiaow553.com/aplicacao-de-zinco-em-hortalica-pode-ser-alternativa-para-combater-fome-oculta-na-amazonia/ Sat, 27 Jul 2024 18:46:24 +0000 //emiaow553.com/?p=580395 Experimento aplicou seis tratamentos com diferentes concentrações de zinco no solo de 36 amostras de cariru

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisadores testaram diferentes dosagens de zinco para a biofortificação de cariru, hortaliça consumida de forma frequente por comunidades rurais da Amazônia
  • Plantas submetidas a uma dose de 100 mg de zinco por quilo de solo apresentaram os melhores resultados de crescimento, registrando 40 vezes mais teores de zinco nas folhas em relação ao controle
  • O cariru biofortificado pode ser um suplemento acessível para populações que sofrem com deficiência de zinco na Amazônia

Cerca de um terço da população mundial sofre com deficiência de zinco, segundo a Organização Mundial de Saúde. Como alternativa para comunidades tradicionais e rurais da Amazônia que não têm acesso à suplementação do mineral, um experimento da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foi capaz de aumentar em 40 vezes a concentração de zinco nas folhas da planta cariru (Talinum triangulare), hortaliça comumente consumida na região. Os resultados estão descritos em artigo publicado na sexta (7) na revista científica “Rodriguésia?

A deficiência de zinco pode causar problemas no desenvolvimento cerebral, gerar menor desempenho e produtividade em atividades físicas e aumentar a suscetibilidade a doenças como pneumonia e diarreia. As recomendações diárias de seu consumo são de 11 miligramas para homens, 8 mg para mulheres e 5 mg para crianças. Por ter relação com a produção do hormônio do crescimento, a falta do mineral afeta o crescimento infantil. “?o que nós chamamos de fome oculta, porque mesmo quando as pessoas estão se alimentando, elas não estão consumindo as quantidades suficientes de nutrientes necessários para a sua saúde, através de produtos com melhor qualidade nutricional? explica Beatriz Costa de Oliveira Queiroz de Souza, atualmente doutoranda em Fisiologia Vegetal na Universidade Federal de Lavras (Ufla) e autora do artigo.

O experimento aplicou seis tratamentos com concentrações diferentes de sulfato de zinco heptahidratado no solo de 36 amostras de cariru. Os grupos foram divididos pela dosagem, que seguiu 12,5 miligramas de zinco para um quilo de solo (mg kg-1); 25 mg kg-1; 50 mg kg-1; 100 mg kg-1; 400 mg kg-1 e um tratamento de controle que não recebeu uma dosagem de zinco extra. Entre outros parâmetros de qualidade, o estudo analisou principalmente os níveis do mineral nas folhas de cariru e no solo, proteínas e açúcares solúveis totais.

As plantas submetidas a uma dose de 100 mg kg-1 de zinco apresentaram os melhores resultados de crescimento, proporcionando um aumento de 4081% nos teores de zinco foliares, bem como um aumento de 130% na massa seca das folhas. Além disso, também foi observado um aumento de 1904% de zinco no solo. Para Souza, o resultado mostra que a biofortificação também pode ser usada para a nutrição do solo e da flora ao redor da produção. “Geralmente, os solos amazônicos e brasileiros são pobres em zinco, um mineral que também é importante para o desenvolvimento da planta, tanto que também notamos aumento no número e massa das folhas?

Por outro lado, o tratamento com 400 mg kg-1 de zinco se mostrou tóxico a um nível letal para as plantas. “Doses muito elevadas de qualquer nutriente podem causar sintomas de toxicidade. O que difere o remédio do veneno é a dose? explica Souza. A pesquisadora comenta que a dose de 25 mg kg-1 já foi suficiente para incrementar concentrações de zinco nas folhas de cariru em cerca de 3346% em relação ao controle, o que indica que aplicar menores quantidades já traz benefícios.

Por fim, o trabalho aponta que é importante que as populações tenham acesso a diferentes alimentos ricos em zinco para o combate à carência desse mineral. Isso porque, segundo a pesquisadora, para que uma pessoa consuma a quantidade diária recomendada, seria necessário comer mais de 200 gramas de cariru biofortificado por dia. “Mas o brasileiro consome, em média, 49 gramas de hortaliças por dia. Por isso, ele seria um ótimo suplemento para o combate à desnutrição, mas não deve ser a única fonte do mineral na alimentação, que deve ser complementada com outros vegetais e carnes ricos em zinco? finaliza.

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???? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/furacao-maria-de-2017-dizimou-75-da-populacao-de-beija-flor-que-poliniza-flores-no-caribe/ Mon, 15 Jul 2024 15:31:00 +0000 //emiaow553.com/?p=580558 Relação de adaptação entre beija-flor e espécie caribenha de flor era exemplo no campo da ecologia, e mudanças apontam novas perspectivas sobre processo evolutivo

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Ciclone tropical Maria, em 2017, matou 75% da população de espécie de beija-flor única na polinização de dois tipos de flores
  • Com a queda da população dominante, indivíduos de outras quatro espécies passaram a visitar e polinizar flores
  • Relação de adaptação entre beija-flor e espécie caribenha de flor era exemplo no campo da ecologia, e mudanças apontam novas perspectivas sobre processo evolutivo

Em 2017, o furacão Maria, que provocou milhares de mortes em Porto Rico, deixou consequências preocupantes para a biodiversidade em territórios vizinhos. Na ilha de Dominica, onde o ciclone começou, pesquisadores observaram a perda de três quartos da população de uma espécie importante de polinizador, o beija-flor caribe-de-garganta-púrpura (Eulampis jugularis). Com isso, houve uma mudança no ciclo de reprodução das plantas, como aponta um artigo publicado nesta sexta (12) na revista científica “New Phytologist?

O trabalho traz informações importantes sobre o impacto de ciclones tropicais na biodiversidade caribenha, uma semana após o furacão Beryl atingir a região. Ele é fruto de parceria entre universidades estrangeiras, com contribuição do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima (CbioClima) da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Há cerca de 20 anos antes do furacão, cientistas do grupo já acompanhavam o processo de polinização das flores naquela região. As fêmeas desta espécie de beija-flor eram as únicas polinizadoras de dois tipos de helicônias, flores típicas da região, mas, com o fenômeno de 2017, outras espécies também assumiram o papel ?o que não era comum. Outras quatro espécies de pássaros foram vistas visitando as flores estudadas após o furacão.

“A relação entre esse beija-flor e esse tipo de planta é extremamente restrita, é exemplo em quase todos os livros? afirma o ecólogo Fernando Gonçalves, da Universidade de Zurich, na Suíça, um dos autores brasileiros do trabalho. Por conta dessa relação, os pesquisadores temiam que a planta pudesse ser extinta. Com a descoberta, eles perceberam que o processo de extinção é mais complexo do que se imaginava. “Não é tão simples assim, o fenômeno quebra a relação de coadaptação e outros indivíduos podem dominar a polinização e ocupar o papel de espécies que diminuíram? avalia. “A trajetória evolutiva flutua, não é tão restrita quanto pensávamos.?/p>

Na região do Caribe, tanto as plantas quanto os pássaros são importantes para movimentar o turismo. “São ilhas vulcânicas, com muitas montanhas, que recebem turistas o ano inteiro para ver os pássaros endêmicos e apreciar a natureza. Então, um impacto muito grande como este acaba afetando o local economicamente? comenta o pesquisador.

Gonçalves ressalta que as mudanças podem afetar também a restauração de florestas capazes de conter fenômenos naturais como os furacões ?que podem aumentar no contexto das mudanças climáticas. “Esses pássaros dispersam sementes que ajudam na regeneração da floresta, polinizam flores que podem também ajudar nesse processo e, com isso, amortecer alguns impactos desses fenômenos naturais? afirma o ecólogo.

Agora, o grupo pretende avaliar os impactos de fenômenos naturais sobre o comportamento evolutivo de outras espécies. “Estamos monitorando outros furacões na região para voltar lá e entender suas consequências? diz Gonçalves.

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??? ??? ?? ????????? //emiaow553.com/aumento-da-acidez-do-oceano-atlantico-por-causa-das-mudancas-climaticas-ameaca-corais-em-mares-brasileiros/ Sun, 14 Jul 2024 15:52:37 +0000 //emiaow553.com/?p=580029 Em 20 anos, pH do Oceano Atlântico tropical reduziu em 0,4%; qualquer alteração pode representar grande impacto na química do mar

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Aumento da acidez do oceano Atlântico tropical, que inclui a área marítima brasileira, ameaça organismos que são base da cadeia alimentar marinha
  • O processo ocorre por conta de aumento da concentração de gás carbônico (CO2), um dos causadores das mudanças climáticas, no oceano
  • Estudo aproveitou dados medidos entre 1998 e 2018 pela rede de boias PIRATA, vinculada a programa cooperativo entre Brasil, França e Estados Unidos

Chamada de Amazônia Azul, a área marítima sob jurisdição brasileira no oceano Atlântico tropical tem se tornado mais ácida ao longo de 20 anos, colocando em risco ecossistemas marinhos. O aumento da acidez prejudica sobretudo os corais, um tipo de oásis de biodiversidade no oceano, que serve de habitat para outras espécies, como os peixes. A observação, publicada na segunda (1) em artigo na revista “Frontiers in Marine Science? é de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do instituto de pesquisa alemão GEOMAR.

A acidificação do oceano está relacionada a um aumento na concentração de gás carbônico (CO? no mar. Capturado da atmosfera, esse gás é um dos principais causadores das mudanças climáticas e é emitido por atividades como desmatamento e queima de combustíveis fósseis.

Segundo o estudo, em 20 anos, a concentração de gás carbônico do Atlântico tropical cresceu uma média de 10%. Já o pH diminuiu em aproximadamente 0,001 unidades por ano, o que representa uma queda de cerca de 0,4%. O pH é classificado de acordo com uma escala logarítmica ?quanto menor a posição na escala, maior a acidez. Por isso, qualquer alteração pode representar grande impacto na química do mar. As espécies mais afetadas pela diminuição do pH são aquelas com estruturas de carbonato de cálcio, como os corais.

A análise levou em conta dados relativos à temperatura e à salinidade da superfície do mar, coletados entre os anos de 1998 e 2018 por uma boia localizada ao largo da porção norte do território brasileiro. A boia pertence ao projeto Prediction and Moored Array in the Tropical Atlantic (PIRATA), que existe desde 1997 e é fruto de cooperação entre Brasil, França e Estados Unidos para observar variáveis meteorológicas e oceanográficas no oceano Atlântico tropical ?que inclui a área marítima brasileira, conhecida como Amazônia Azul. A partir dos dados coletados, os pesquisadores utilizaram modelos experimentais para reconstruir o comportamento do carbono na superfície marítima, o que possibilitou estimar o pH e os níveis de gás carbônico da água.

Embora a acidificação do oceano por conta da absorção de gás carbônico seja um processo já conhecido pela ciência, o aumento da concentração de CO?em uma região tropical chamou a atenção dos pesquisadores. “O oceano Atlântico tropical, por ser uma região com temperaturas mais altas, tende a não absorver o CO?atmosférico tão efetivamente? conta Carlos Musetti, coautor do artigo e pesquisador do instituto alemão GEOMAR Helmholtz Centre for Ocean Research Kiel. “O aumento significativo nas concentrações de CO?na água em uma região tropical nos alertou de que as nossas emissões estão realmente afetando regiões em que esperávamos impactos menores, como é o caso dos trópicos? completa.

O estudo preenche uma lacuna importante de dados sobre o oceano Atlântico tropical oeste e evidencia a necessidade de medidas para minimizar os impactos das mudanças climáticas globais. Musetti explica que o estudo utilizou dados de apenas uma das boias PIRATA, e que o próximo passo pode ser a ampliação da coleta de dados sobre a acidificação. “O uso das demais boias na região poderia trazer uma visão mais ampla de como o Atlântico tropical oeste está respondendo tanto às alterações humanas quanto às emissões de CO₂? conclui o autor.

Coleção:

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??? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/foto-inedita-furao-pequeno-e-flagrado-pela-primeira-vez-em-unidade-de-conservacao-ambiental-em-sao-paulo/ Sat, 13 Jul 2024 21:13:37 +0000 //emiaow553.com/?p=580498 Pela primeira vez, cientistas conseguiram registrar um furão-pequeno (no centro da foto) no Parque Estadual Campos do Jordão (SP)

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Estudo registra de forma inédita 30 espécies de mamíferos no Parque Estadual de Campos do Jordão (SP)
  • 30% das espécies nativas registradas estão ameaçadas de extinção, entre elas, o lobo-guará e o gato maracajá
  • Presença de pacas em parque pode indicar sucesso de ações de fiscalização ambiental

Um registro inédito captou a presença do furão-pequeno no Parque Estadual Campos do Jordão, no estado de São Paulo. Com a técnica de armadilhas fotográficas, a espécie, também conhecida como Galictis cuja, foi flagrada pela primeira vez na unidade de conservação, localizada na Serra da Mantiqueira, já que ainda não havia sido mencionada em levantamento anteriores. A descrição do registro dessa e de outras espécies na região está em artigo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado na sexta (12) na “Revista do Instituto Florestal?/a>.

Típico da América do Sul, o furão tem porte pequeno, corpo alongado coberto de pelos e é ágil, o que faz com que seja difícil detectá-lo na floresta. Além dele, o estudo também fotografou outros mamíferos de médio e grande porte em risco de extinção, como o lobo-guará, o gato maracajá e a queixada, uma espécie de porco selvagem sul-americano.

O mapeamento conta com quase 900 registros feitos de maio de 2021 a abril de 2023, com a instalação de armadilhas fotográficas, em 34 pontos de amostragem no Parque Estadual Campos do Jordão. No total, foram localizadas 30 espécies, sendo 26 nativas e 4 exóticas, que são aquelas que ocorrem fora da sua área normal de distribuição, no caso específico, cachorro doméstico, javali, gado e cavalo. Cerca de 30% das espécies nativas encontradas estão ameaçadas de extinção.

Criado em 1941, o Parque Estadual Campos do Jordão compõe a Mata Atlântica, com uma ampla biodiversidade. O bioma, entretanto, tem apenas 12,4% da cobertura vegetal original, segundo a SOS Mata Atlântica, e está ameaçado com desmatamento e alterações ambientais decorrentes de ações agropecuárias e de urbanização. De acordo com o estudo, por estar em região de declive e altitude elevada, o parque abriga diversas espécies de mamíferos, considerados fundamentais para o ecossistema, com a função de dispersão de sementes de plantas lenhosas, por exemplo.

Para a autora do estudo, Rhayssa Terra, devido à altitude do parque, o local pode ser considerado um refúgio menos quente para diversas espécies, o que pode ser importante diante das mudanças climáticas. Além da surpresa do furão-pequeno nos registros fotográficos, a pesquisadora também destaca possíveis resultados de ações de preservação.

“Registrar espécies frequentemente caçadas, como a paca, que teve 216 indivíduos registrados, é sinal de que as ações de fiscalização estão sendo bem-sucedidas? Além disso, ela comemora o registro de cinco espécies de felídeos, entre elas, a jaguatirica e a onça parda. “?bom sinal, pois tal conjunto completo indica uma boa qualidade ambiental.?/p>

Antes desse trabalho, as espécies do Parque Estadual de Campos do Jordão haviam sido registradas a partir de entrevistas e dados secundários, no Plano de Manejo de 2015. Animais como o cachorro-vinagre, que constava a partir de relatos, não apresentou vestígios na região neste novo estudo. Assim como a ariranha, registrada pela última vez em 1975, e que é considerada regionalmente extinta.

Terra destaca a importância deste artigo que contém dados sobre espécies ameaçadas, como os pequenos felídeos pintados. ‘’Entender quais espécies ocorrem em um parque com alta demanda turística pode contribuir para conscientizar seus visitantes, sobre a importância de preservar essa fauna tão rica’? diz.

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???????????, ????????????? //emiaow553.com/garimpo-ilegal-provoca-aumento-nos-casos-de-malaria-na-amazonia-em-quatro-anos-afirma-estudo/ Tue, 02 Jul 2024 12:45:22 +0000 //emiaow553.com/?p=578648 Garimpo ilegal nas terras indígenas Munduruku e Yanomami colaborou para aumento de 108% nos casos de malária entre 2018 e 2021

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa traçou cenário epidemiológico da malária em terras de garimpo na Amazônia nos últimos 13 anos
  • Mato Grosso e Roraima tiveram maior aumento de casos de 2017 a 2022, relacionados a áreas de garimpo ilegal em terras indígenas
  • Estratégias de controle da doença incluem revisão da legislação ambiental e expansão da vigilância de saúde

A malária avança na região Amazônica principalmente devido ao garimpo ilegal associado ao desmatamento. Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) reúne constatações científicas anteriores e aponta que a área de garimpo em terras indígenas aumentou 102% entre 2018 e 2021. Esse fato impactou, possivelmente, no aumento de casos de malária nas terras indígenas Yanomami, em Roraima, e Munduruku, e no Pará, de acordo com a análise publicada na segunda (24) na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical?/a>.

O trabalho traça o cenário epidemiológico da malária em áreas de garimpo no Norte do país em um período maior de tempo, de 2011 a 2023, e propõe estratégias para o controle da incidência da doença na região, a partir da revisão da literatura dos principais estudos sobre o tema. Foram usados dados de casos da doença registrados nestes 13 anos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica (Sivep-Malária) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Segundo o pesquisador Pablo Sebastian Tavares Amaral, de 2018 a 2021, foi registrado um aumento de 108% nos casos de malária em pacientes das áreas de garimpo da região Amazônica. “Esses números podem ser subestimados, uma vez que, devido à atividade do garimpo ser ilegal, muitos omitem a informação de que são garimpeiros? salienta Amaral, que é coautor do estudo e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UnB.

Em 13 anos, mais de 253 mil casos de malária foram registrados em áreas de garimpo. Os registros começam a subir, principalmente, a partir de 2020. Dentre as regiões mais afetadas, estão os estados do Mato Grosso e de Roraima, com aumento de casos entre 2017 e 2022, principalmente em áreas de garimpo ilegal. Em 2020, 59% dos garimpos brasileiros eram ilegais, segundo dados da pesquisa.

Ao mapear as áreas de garimpo impactadas pela malária, a pesquisa traz resultados que podem orientar ações de vigilância e de controle da doença na Amazônia. “Conhecer as áreas prioritárias e a dinâmica da doença é essencial para direcionar melhor as ações? explica Amaral. Ele ressalta que, por serem ilegais, as áreas de garimpo têm pouca estrutura de saúde, o que dificulta o tratamento para a doença.

O grande número de garimpos ilegais impõe desafios para o seu monitoramento, segundo o trabalho. Essas áreas acabam virando criadouros de mosquitos que transmitem a malária. Por isso, como estratégia, o estudo identifica a necessidade de revisar a legislação para aumentar o controle sobre o desmatamento e as atividades de garimpo, principalmente em terras indígenas.

Além dela, outras estratégias citadas são expandir a vigilância da malária, por meio da ação de agentes comunitários, e de ações multissetoriais para fornecer assistência imediata às populações indígenas. Outra proposição do estudo é de conectar dados de desmatamento e malária, inserindo alertas sobre desmatamento no Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária. Essas ações podem ter impacto na melhoria do diagnóstico e do tratamento da malária nas terras indígenas e outras regiões mais afetadas pela doença.

O grupo de pesquisa continua a fazer estudos sobre malária na Amazônia, procurando entender o impacto das grandes obras hidrelétricas na dispersão da doença. “Esses empreendimentos passam por um processo de licenciamento ambiental que insere a malária em um plano específico, diferente dos garimpos ilegais? explica Amaral. O pesquisador procura entender se essas ações direcionadas podem ter efeito no controle da doença na região.

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??? ?? ????? ??- ???? ???? //emiaow553.com/biogas-cotado-para-liderar-setor-brasil-usa-menos-de-2-do-potencial-da-energia-renovavel-aponta-estudo/ Sat, 29 Jun 2024 23:01:40 +0000 //emiaow553.com/?p=578290 Biodigestor (foto) é responsável por transformar resíduos agropecuários em biogás, fonte de energia renovável

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa analisa o setor de biogás e biometano no país, a partir de dados de órgãos oficiais e instituições públicas e privadas
  • Setor registra 800% de crescimento em menos de uma década; produção equivale a 1,5% do potencial do país
  • Estudo alerta para necessidade de investimento em pesquisa, tecnologia e redução de custo de produção de energia renovável

Com potencial para produzir mais de 84 bilhões de Nm³ (um normal metro cúbico equivale a mil litros do gás em condições padrões) de biogás por ano, o Brasil pode despontar como liderança mundial na produção de energia renovável e sustentável. A expectativa para o futuro do setor é otimista, mas dados recentes mostram também que hoje a produção anual é de cerca de 1,3 bilhão de Nm³, o equivalente a apenas 1,5% do potencial nacional. Embora promissor, o setor é subaproveitado no Brasil, como aponta estudo publicado nesta sexta (28), na “Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente?/a>.

A pesquisa, liderada pela Universidade de São Paulo (USP), descreve as características do setor de biogás e biometano no país a partir da análise de dados coletados em órgãos oficiais, como o Ministério de Minas e Energia, instituições públicas e privadas, além da literatura científica.

Os dados mostram que o setor vem ganhando espaço no Brasil. Entre 2011 e 2020, o país registrou crescimento de quase 800% da produção de biogás. Mas, o trabalho destaca a necessidade de avanços urgentes para que o setor deslanche, como legislações e investimento em tecnologias que favoreçam a produção e o ambiente de negócios.

O pesquisador da USP e autor do estudo Geraldo Lavigne de Lemos ressalta que o Brasil tem uma matriz elétrica essencialmente renovável e uma matriz energética com predominância de fontes fósseis, mas com a participação de renováveis superior à média global. Nos dois casos, o país está à frente da maioria dos países. Ainda assim, “?preciso estruturar uma nova cadeia de fornecimento de energia que seja capaz de atender a toda a demanda da sociedade? explica o pesquisador. “Isso envolve a adoção de diversas fontes energéticas não fósseis, assim como investimentos no setor, desenvolvimento de tecnologia em casos específicos e a redução do custo de produção?

O biogás e o biometano são combustíveis alternativos ao gás natural e àqueles derivados do petróleo. São obtidos a partir da biomassa, que inclui todo resíduo orgânico de florestas e de atividades agropecuárias e industriais. Estes biocombustíveis renováveis são considerados fundamentais no processo de descarbonização para a transição energética e na redução da emissão de gases de efeito estufa, principais responsáveis pelo aquecimento global do planeta. Além disso, servem para o fornecimento de calor e eletricidade e podem ser matéria-prima para a produção de gás de síntese e de hidrogênio.

Lemos destaca que é preciso olhar para a produção da matéria-prima do biogás e do biometano. “O Brasil tem muita matéria-prima para a produção de biogás e biometano. Sem o adequado aproveitamento, essa matéria-prima se perde (a exemplo dos resíduos agrícolas), gera apenas custos (a exemplo do tratamento de efluentes) e deixa de servir como uma fonte de energia limpa.’?/p>

A pesquisa aponta ainda para um mercado em potencial, que além de estar em consonância com as demandas ambientais, pode desenvolver a economia e alavancar o Brasil entre as potências energéticas de fontes renováveis.

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???????????, ?????????????? //emiaow553.com/nova-especie-de-ave-da-caatinga-e-descoberta-e-tem-origem-em-variacoes-historicas-do-sao-francisco/ Fri, 28 Jun 2024 12:45:23 +0000 //emiaow553.com/?p=577892 Oscilações climáticas na Caatinga resultaram no surgimento da espécie Sakesphoroides niedeguidonae. A foto apresenta uma fêmea dessa espécie

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa avaliou dados como a plumagem, o canto e a genética de 1079 indivíduos e concluiu que as chocas-do-nordeste são, na verdade, duas espécies
  • Resultados sugerem que mudanças climáticas históricas e variações no curso do rio São Francisco tiveram papel importante na separação dessas espécies irmãs
  • As descobertas podem contribuir para a criação de estratégias mais eficazes de preservação para esses animais e favorecer os cuidados com o bioma Caatinga

Dados genéticos de um grupo de aves da Caatinga conhecidas como choca-do-nordeste indicam que alterações no curso do rio São Francisco e oscilações climáticas ocorridas ao longo de um milhão de anos causaram a divisão do grupo em duas espécies distintas. Uma delas foi descrita pela primeira vez nesta terça (18) na revista científica “Zoologica Scripta? O artigo é fruto de parceria entre o Instituto Tecnológico Vale (ITV), o Museu Paraense Emílio Goeldi e as universidades federais do Pará (UFPA) e do Rio Grande do Norte (UFRN).

Os indivíduos da nova espécie, nomeada Sakesphoroides niedeguidonae, até então, eram considerados parte da espécie Sakesphoroides cristatus. Porém, o estudo descobriu diferenças genéticas, de plumagem e de canto entre os grupos.

Os pesquisadores analisaram características da plumagem, das formas e as medidas corporais de 1079 aves, incluindo 92 exemplares preservados em museus e 987 fotografias digitais. Além disso, estudaram 115 gravações sonoras atribuídas às chocas-do-nordeste, 58 amostras de material genético e 568 registros de ocorrência que indicavam a distribuição geográfica dessas aves. Com as informações em mãos, estimaram ainda a história genética do grupo e as relações de parentesco entre as linhagens. Também foi possível inferir o tamanho populacional e os nichos climáticos ?ou seja, a distribuição de indivíduos de acordo com condições climáticas ?ocupados pela espécie ao longo de sua história.

A equipe identificou dois padrões distintos no canto das aves, que coincidiam com diferenças na plumagem das fêmeas. Ao mesmo tempo, os dados genéticos revelaram a presença de dois grupos diferentes nas amostras, com uma diferença no material genético de 1,8%. Alexandre Aleixo, pesquisador do ITV autor do artigo, explica que, se todos os indivíduos pertencessem à mesma espécie, como se acreditava antes do estudo, esse número seria próximo de zero. “Comparamos as informações com outras espécies da mesma família e vimos que esse valor é até maior do que o encontrado entre outras espécies já reconhecidamente há séculos como diferentes? completa Pablo Cerqueira, atualmente pesquisador-bolsista do ITV e primeiro autor do artigo.

Os achados chamam atenção para a diversidade da Caatinga. “Estamos vendo que a Caatinga tem espécies ainda não descritas de todos os grupos e, quanto mais frequente for a incorporação de dados moleculares nos estudos, maior é a chance de encontrar novas espécies? comenta Aleixo. Cerqueira destaca que esse foi o primeiro estudo a mostrar um novo padrão evolutivo para as aves da região, sinalizando que ainda há muito a ser descoberto.

O estudo pode contribuir para a criação de estratégias de proteção para essas espécies e para o ecossistema como um todo, além de abrir espaço para outras pesquisas. “Os futuros estudos ecológicos e populacionais podem ser mais focados em cada uma das espécies, avaliando se os tamanhos populacionais estão sofrendo influência do desmatamento e se variam com o aumento de temperatura? exemplifica Cerqueira.

A partir da hipótese de diversificação da Caatinga mediada pelo rio São Francisco e das oscilações climáticas históricas, o grupo planeja continuar testando esses padrões em outras espécies com distribuição similar. “Queremos também trabalhar com genomas completos em torno dessa nova espécie e entender melhor como é a relação com a espécie irmã quando elas se encontram? conclui Aleixo.

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?? ????????????, ?????????? //emiaow553.com/adolescentes-extrovertidos-com-baixa-resiliencia-emocional-sao-mais-propensos-ao-consumo-precoce-de-alcool/ Sat, 22 Jun 2024 18:48:59 +0000 //emiaow553.com/?p=577037 Álcool e adolescência: mais de 70% dos jovens da amostra de estudo consomem bebidas alcoólicas ao menos uma vez por mês

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa em escolas do ensino médio de Fortaleza (CE) mostra que 71% dos jovens entre 13 e 19 anos da amostra bebem pelo menos uma vez por mês
  • Fatores como fumar na escola e ter pais ou responsáveis que bebem estão associados ao consumo precoce de álcool, além de falta de resiliência emocional
  • A religião é fator protetivo da exposição precoce a bebidas alcoólicas ao oferecer suporte social e impor preceitos comportamentais aos jovens

As bebidas alcoólicas são consumidas cada vez mais cedo por jovens brasileiros ?e esse comportamento tem relação com o seu ambiente e suas habilidades socioemocionais. Em escolas públicas de Fortaleza, Ceará, adolescentes extrovertidos com baixa capacidade de lidar com frustrações são duas vezes mais propensos a consumir álcool antes dos 15 anos, em comparação a jovens que desenvolvem resiliência emocional. É o que mostra estudo inédito da Universidade Estadual do Ceará (Uece) publicado na segunda (17) na “Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa?/a>.

Entre os fatores de risco para o consumo precoce de álcool, o estudo também destaca comportamentos de bullying e tabagismo no ambiente escolar, não ter religião e ter pais ou responsáveis que bebem.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores analisaram o comportamento de 528 estudantes do primeiro ano do ensino médio de 12 escolas públicas da capital cearense. As unidades em questão são adeptas do tempo integral, que adota atividades em dois turnos ?uma política que tem a intenção de promover o acesso a uma educação integral, além de retirar os jovens de situações de vulnerabilidade fora da escola. Os estudantes, com idade entre 13 a 19 anos, responderam a seis questionários, com questões sobre seu padrão de consumo de álcool.

A amostra da pesquisa era composta por adolescentes do sexo feminino (63,1%), pardos (54,7%), com uma religião cristã (51,5%). Cerca de 37% confirmaram a prática de consumo precoce de álcool e 71% afirmaram que fazem uso de bebidas alcoólicas pelo menos uma vez por mês.

A associação de álcool e bullying, tema inicial da pesquisa, é alvo de alerta de autoridades em saúde e educação. Segundo levantamentos nacionais, a prevalência de adolescentes que consomem álcool varia de 20% a 26%. Além disso, essas pesquisas também destacam o uso cada vez mais precoce desse consumo, com início a partir dos 12 anos. A prática do bullying também tem se tornado comum no ambiente escolar. Quatro em cada dez estudantes brasileiros já vivenciaram a intimidação sistemática com uso de violência física, verbal ou psicológica, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.

O trabalho se destaca por incluir variáveis individuais, psicológicas e sociais no modelo explicativo sobre álcool e bullying, segundo destaca a autora principal do estudo Dayse Alves, que é professora do curso de Medicina da Uece. Entram neste modelo o comportamento dos pais e responsáveis e comportamentos na escola e entre colegas.

Os resultados mostram que ter uma religião protege os adolescentes da exposição precoce a bebidas alcóolicas ?relação já corroborada por outras pesquisas. Isso se explica pelo fato de a religião ajudar os jovens a lidar com as questões éticas e existenciais, além de impor preceitos comportamentais, segundo os especialistas. “?importante destacar que outros contextos de suporte social e maior supervisão podem ajudar os adolescentes a fazerem um consumo menos nocivo do álcool, além da religião? avalia Alves.

Para a pesquisadora, a identificação de fatores de risco permite mapear caminhos para a prevenção ao consumo precoce e abuso de álcool na adolescência ?com ênfase, por exemplo, no desenvolvimento de resiliência emocional. “Tomar iniciativa social e ter entusiasmo são cruciais para se desenvolver relações saudáveis. No entanto, se um/uma adolescente possui alto engajamento social, mas baixa resiliência emocional, ele/ela pode acabar utilizando o álcool como forma de enfrentar problemas emocionais e psicológicos, além de que pode se tornar mais vulnerável à influência dos pares’? alerta.

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