Essa é a supernova mais distante já observada
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A hipernova normalmente libera, sobretudo, luz ultravioleta, o que astrônomos têm dificuldade de avistar na superfície da Terra já que seus comprimentos de onda são absorvidos pela atmosfera, disse Angus. Por sorte, o universo está expandindo, então a luz dessa distante supernova se esticou em comprimentos de onda ópticos que astrônomos conseguiam ver. No caso, a DES16C2nm não tinha hidrogênio, insinuando que ela veio de um enorme objeto evoluído. Uma estrela mais leve ou menos evoluída teria muito mais hidrogênio.
O objeto é importante não apenas por si só, mas para o futuro da astronomia. Essas hipernovas parecem ser mais comuns conforme cientistas observam lugares cada vez mais distantes no espaço, de acordo com um publicado recentemente no The Astrophysical Journal. Neste caso, é importante que os pesquisadores aprendam agora tudo o que puderem sobre estes distantes eventos astronômicos. Os telescópios do futuro, como o Large Synoptic Survey Telescope, Euclid, e o ainda-não-morto Wide Field Infrared Survey Telescope (WFIRST, ou Telescópio para Pesquisa com Infravermelho em Campo Amplo, em tradução livre) podem ser capaz de avistar ainda mais hipernovas.
Essa é a supernova mais distante a ser confirmada de maneira espectral – isso é, cujo espectro da luz foi analisado para confirmar a sua identidade. Mas ela não é a candidata mais distante. Pesquisadores avistaram duas outras e puderam medir a distancia da luz de cada uma (as duas mais distantes que essa hipernova), mas não foi possível confirmar a identidade espectral delas.
Imagem de topo: Mat Smith/Universidade de Southampton