Como supercomputadores estão ajudando a combater o novo coronavírus
Diante de uma doença que se espalha rapidamente, os cientistas podem criar milhares de modelos em supercomputadores para entender melhor a epidemia, caracterizar o vírus e elaborar potenciais vacinas e tratamentos. Os organizadores do novo consórcio fornecerão 16 sistemas de supercomputação aos pesquisadores, bem como uma comunidade para se engajar na luta em conjunto.
E o que os cientistas vão fazer com os supercomputadores durante esta pandemia? Muitos estão tentando compreender a estrutura do vírus e a sua proteína, bem como a diferença em relação a outros coronavírus, como o que causou a SARS (síndrome respiratória aguda grave).
Os supercomputadores já demonstraram o seu valor no combate à doença nessa frente; o supercomputador Summit do Laboratório Nacional de Oak Ridge permitiu aos pesquisadores reduzir 8.000 moléculas potenciais de combate ao vírus para apenas 77, por exemplo.
Outros estão usando os computadores para gerar simulações de como a pandemia poderia ocorrer, quando o pico ocorrerá, quanto tempo durará dependendo de quais medidas estão em vigor e quais os locais que mais precisarão de suprimentos – tudo isso referente aos Estados Unidos.
Os cientistas já têm apresentado propostas para pesquisar o vírus usando recursos de supercomputação dos Estados Unidos. A National Science Foundation (NSF) lançou um relacionadas ao COVID-19 no início deste mês e já financiou 10 subsídios de retorno rápido, totalizando mais de US$ 1,5 milhão, segundo um porta-voz da NSF. Rosenfeld disse ao Gizmodo que o consórcio oferece aos pesquisadores uma oportunidade de colaborar de maneiras que eles não poderiam anteriormente. Entre essas possibilidades está ajudar uns aos outros a colocar seu código em funcionamento mais rapidamente nos processadores, por exemplo. Gaither disse que isso encoraja os cientistas de diferentes especialidades a se conectarem e resolver problemas de novas maneiras e a pensar criativamente sobre como incorporar supercomputadores em suas pesquisas. Embora seja impossível prever quanto tempo durará essa pandemia, podemos esperar que novos avanços científicos nos ajudem a vencê-la mais cedo e a aumentar o nosso conhecimento para futuras epidemias.