Steve Wozniak apoia lei que defende o direito do usuário consertar os próprios aparelhos

Nos EUA, uma nova lei pode garantir que o consumidor repare dispositivos defeituosos como quiser, sem precisar de ajuda especializada.
Imagem: Lachlan Cunningham/Getty Images for Discovery (AP)
Imagem: Lachlan Cunningham/Getty Images (AP)

Um movimento crescente nos Estados Unidos tem ganhado cada vez mais adeptos: o direito de conserto (ou reparo). Resumidamente, é um conceito que defende o direito de qualquer consumidor poder consertar seus dispositivos eletrônicos da maneira que quiser, seja em assistências especializadas ou por conta própria sem perder a garantia. E Steve Wozniak, cofundador da Apple, é favorável a isso.

Em feito em resposta a outro grande defensor do direito de reparar, , Woz disse que sua agenda lotada o havia impedido de se envolver profundamente com o assunto, mas que agora ele sentiu ser a hora de falar sobre o tema. Depois de fazer a própria pesquisa sobre o assunto, Woz disse que “apoia totalmente” o movimento pelo direito de reparar e que as pessoas por trás dele estão “fazendo a coisa certa”.

No vídeo, Woz ilustra como a prevalência da tecnologia de código aberto foi fundamental para muitas de suas descobertas iniciais e da Apple. O executivo também citou a separação de Ma Bell como um catalisador que ajudou a abrir a escolha do consumidor quando se tratava de telefones, permitindo que as pessoas fizessem gadgets melhores e em uma ampla gama de designs e cores.

A ironia aqui é que, embora Wozniak não tenha sido um funcionário oficial da Apple desde que deixou a empresa em 1985, a companhia, juntamente com outros gigantes da tecnologia (como a Microsoft) contra o direito de reparar dos usuários. A própria Apple força seus clientes a visitar suas lojas ou enviar seus dispositivos pelo correio para fazer o mais simples dos reparos, para que não anulem a garantia dos produtos.

Será que vem aí?

A onda por trás do movimento do direito de reparar parece que está finalmente atingindo um ponto que se tornará benéfico para os usuários. Isso porque, , surgiram relatórios alegando que a administração de Joe Biden deve emitir uma ordem executiva obrigando a FTC a redigir novas regras sobre regulamentos de direito de conserto, o que pode garantir às pessoas, por lei, o direito de consertar os próprios aparelhos. De acordo com a , a diretiva de Biden deve incluir uma linguagem recomendando que os novos regulamentos tragam um menção específica sobre a “reparabilidade” de telefones celulares e outras máquinas, como equipamentos agrícolas, que muitas vezes são bloqueados por software pela manufatura, impedindo os agricultores de fazer manutenção nos próprios equipamentos.

E embora as regras e regulamentações finais dos EUA sejam, em última análise, determinadas pela FTC, incluir celulares na legislação que envolve o direito de conserto seria um ponto crítico de diferenciação em comparação com o Reino Unido. Recentemente, o grupo de países que protegem o direito de consertar dispositivos como TVs e máquinas de lavar, deixando de fora o suporte para outras tecnologias de consumo, como telefones e laptops. No final das contas, as leis de direito de conserto não são importantes apenas para dar às pessoas a capacidade de fazer manutenção e consertar os próprios dispositivos, mas também podem ser fundamentais para apoiar a próxima geração de engenheiros, que, assim como Steve Wozniak, poderão usar suas habilidades na criação da próxima grande empresa de tecnologia.

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