A , com sede em Sapporo, no norte do Japão, criou um balão de gás hélio que pode revolucionar as viagens ao espaço. A cabine comporta duas pessoas e é toda revestida de plástico transparente – uma estrutura bem diferente da parafernalha das naves espaciais atuais.
O balão, que começou a ser desenvolvido em 2012, é capaz de subir até 25 quilômetros de altitude – quase no meio da estratosfera, onde já é possível ver claramente a curva da Terra. Ainda não é o espaço sideral, mas os passageiros já terão voado mais alto que qualquer avião a jato.
Keisuke Iwaya, CEO da startup, disse à que o objetivo é “democratizar o espaço”. Segundo ele, os viajantes não precisam ser bilionários, passar por treinamentos intensos ou ter as habilidades necessárias para voar em um foguete.
“É seguro, econômico e suave para as pessoas”, disse no lançamento, na terça-feira (21). “A ideia é fazer turismo espacial para todos”. Mesmo assim, uma viagem na cabine tem um preço: deve custar quase 24 milhões de ienes – ou R$ 936 mil no câmbio atual.
Segundo Keisuke, o objetivo é reduzir o preço da passagem em breve. A startup se associou à agência de viagens japonesa JTB, que deve colaborar no projeto quando a cabine estiver pronta para sua primeira viagem comercial.
As inscrições para o passeio ficam abertas até o final de agosto. A empresa deve anunciar os cinco primeiros passageiros selecionados em outubro. Quando começarem, no final de 2023, os voos terão uma semana de intervalo entre um e outro, a depender do clima. .
Como o balão vai funcionar
O valor cobrado pela startup japonesa ainda é bem menor que o preço da SpaceX. Em abril, a empresa de Elon Musk cobrou US$ 55 milhões de cada um dos três empresários que embarcaram para a ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês).
Faz sentido: existem diferenças entre cada um dos tipos de voo. Além de não sair da estratosfera, o balão de Iwaya será levantado por gás hélio, que pode ser quase que totalmente reutilizado.
A estrutura, que pode transportar um passageiro e um piloto, decolar de um porto de balões na cidade japonesa de Hokkaido, subiria os 25 km em duas horas e permaneceria no céu por pelo menos uma hora antes de começar a descer.
O balão de hélio é de plástico e tem a forma de um tambor de 1,5 metro de diâmetro, com grandes janelas que permitem a visão do espaço. Para garantir a segurança, os voos permanecerão acima do território e espaço aéreo do Japão, pontuou a startup.