Ciência

Startup imita “A Origem” e transmite mensagem entre pessoas dormindo

Segundo a startup, os cientistas realizaram um experimento “demonstrando que sonhos lúcidos podem desbloquear novas dimensões da comunicação”
Imagem: Warner Bros./Divulgação

Em um grande avanço científico, que parece ter saído diretamente do filme “A Origem” (“Inception”), uma startup norte-americana afirma que conseguiu estabelecer comunicação entre duas pessoas que estavam dormindo.

Segundo a startup, os cientistas realizaram um experimento “demonstrando que sonhos lúcidos podem desbloquear novas dimensões da comunicação e do potencial da humanidade”.

Sonho lúcido é um fenômeno que ocorre quando uma pessoa sabe que está sonhando enquanto dorme.

A startup , que desenvolve tecnologias para sonhos lúcidos e melhoria do sono, transmitiu uma mensagem a duas pessoas que estavam dormindo. Para quem não se lembra, “A Origem” é um filme de 2010 que mostra uma equipe de pessoas altamente qualificadas que conseguem organizar experiências compartilhadas em sonhos lúcidos entre vários indivíduos. Em “A Origem”, os personagens usam ‘totens’ para determinar se estão sonhando ou não, possibilitando a troca de informações.

No longa, dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Leonardo DiCaprio, o objetivo da equipe é extrair segredos ou plantar ideias em um alvo específico.

Como a startup realizou a comunicação com as pessoas dormindo

No dia 24 de setembro, o experimento monitorou remotamente duas pessoas dormindo em um “aparato desenvolvido especificamente”. A startup não revelou a tecnologia exata do experimento, mas afirmou que o “aparato” possuía um servidor próprio, Wi-Fi, sensores e fones de ouvido. Aliás, as duas pessoas estavam dormindo em casas separadas quando os cientistas da startup conseguiram transmitir a mensagem usando uma linguagem única.

Ao contrário dos totens de “A Origem”, a startup utilizou uma palavra aleatória da linguagem do sono Remmyo enviada aos fones de ouvido dos participantes, que repetiram a palavra enquanto estavam dormindo. Essa linguagem foi desenvolvida para ser detectável por meio de sensores sensíveis. Michael Raduga, CEO da startup, destacou que o experimento representa uma migração da “ficção científica para a realidade”.

Veja o vídeo:

REMspace se inspirou em “A Origem”, que se “inspirou” em outro longa

A tecnologia e o experimento ainda precisam ser revisados por pares. No entanto, se cientistas externos validarem a eficácia, essa tecnologia pode se tornar um marco na pesquisa sobre sono e pode ajudar com tratamentos de saúde mental.

Em contrapartida, se a inspiração for, de fato, “A Origem”, a tecnologia da startup pode ser útil para transmitir mensagens entre pessoas para fins criminosos.

Uma melhor inspiração seria “Paprika”, anime de 2006 que narra a criação de um dispositivo que permite às pessoas terem sonhos lúcidos para fins terapêuticos. O filme mostra o risco à humanidade caso tal tecnologia caia em mãos erradas, dificultando o discernimento entre sonho e realidade.

Aliás, que “A Origem” plagiou muitos aspectos de “Paprika”.

No entanto, Satoshi Kon, diretor de “Paprika”, morreu um mês após o lançamento do longa de Nolan. Portanto, não é capaz de opinar sobre o tema. Nolan, por outro lado, nunca citou o anime em entrevistas. Talvez, Satoshi Kon plantou ideias em Nolan enquanto ele dormia.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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