Startup anuncia sorvete sem leite e à base de plantas na CES 2023
Empresa quer produzir leite e outros derivados em Marte sem o uso de vacas. Público da CES 2023 já está experimentando o sorvete sem leite
Uma startup americana desenvolveu um novo tipo de sorvete sem leite que dispensa o uso de proteína animal em sua fórmula. A empresa de biotecnologia explica que usa um novo método que substitui a caseína do leite por uma proteína à base de plantas.
A novidade foi apresentada durante a CES 2023 pela norte-americana (Armored Fresh Technologies), uma startup focada em criar novos materiais e tecnologias para promover a sustentabilidade alimentar.
Após receber um investimento de 1 milhão de dólares, a empresa pretende provar a teoria de que é possível produzir substitutos vegetais para todos os tipos de laticínios de origem animal, incluindo sorvete, queijo e iogurte. A tecnologia também poderá ser usada não apenas para alimentar pessoas na Terra, mas também futuros astronautas vivendo em Marte.
Atualmente, a proteína caseína é um componente que existe apenas no leite de origem animal. É, por isso, que é tão difícil achar um substituto que imite o sabor e a textura da proteína animal. Porém, a startup conseguiu criar uma nova fórmula de proteína emulsificante à base de plantas sem o uso de material animal ou transgênico. O método consiste em extrair proteínas de microrganismos selecionados e dar a eles funções para que produzam proteínas que possam substituir a caseína. Na prática, essa produção requer apenas água e oxigênio.A proteína emulsionada da AFT difere de outras proteínas vegetais existentes atualmente em termos de função e nutrição, pois é solúvel em água e contém mais de 50% de aminoácidos essenciais. Ele ainda tem a vantagem de não alterar o sabor do alimento final, já que o próprio material tem pouco gosto ou sabor.
Durante a CES 2023, que acontece ao longo desta semana em Las Vegas, nos EUA, os visitantes do evento podem experimentar o sorvete de proteína alternativa feita à base de plantas.
A tecnologia está sendo patenteada. Em um segundo passo, a AFT afirma que pretende expandir o escopo da pesquisa para começar a desenvolver vitaminas, minerais e proteínas funcionais que usam 100% de ingredientes vegetais.