Starlink, de Elon Musk, tem planos de levar internet via satélite para dentro dos aviões

Ainda não há previsão para disponibilizar a internet da Starlink nos aviões. Atualmente, empresa de Elon Musk opera em áreas rurais.
Imagem: Mariana Suarez/Getty Images
Imagem: Mariana Suarez/Getty Images

Uma das principais reclamações de quem viaja de avião sem dúvida é a qualidade da internet Wi-Fi. Elon Musk sabe desse problema, e talvez por isso a SpaceX está em negociações avançadas com várias companhias aéreas para fornecer rede sem fio de qualidade por meio da empresa de satélites e banda larga Starlink.

Nesta quarta-feira (9), o vice-presidente da Starlink e que também atua como VP de vendas comerciais da SpaceX, Jonathan Hofeller, disse durante uma conferência nos EUA que a companhia planeja expandir sua rede de banda larga via satélite para fins mais comerciais até o final de 2021. No momento, o serviço opera predominantemente em áreas rurais.

“Estamos negociando com várias companhias aéreas. Temos nosso produto de aviação em desenvolvimento. Já fizemos algumas demonstrações até o momento e esperamos que esse produto seja finalizado para ser colocado em aeronaves em um futuro muito próximo”, explicou Hofeller. “De modo geral, os passageiros e clientes desejam uma ótima experiência que os sistemas [geoestacionários] simplesmente não podem oferecer. Portanto, caberá à companhia aérea individual se deseja responder a isso, ou se concorda em ter um sistema que não é tão responsivo à demanda de seus clientes”, completou o executivo da Starlink.

Starlink quer lançar mais de 4 mil satélites

A SpaceX iniciou uma implementação beta de seus satélites Starlink em 2018, a fim de cobrir áreas mais remotas em que internet banda larga de alta velocidade não alcançava. De lá para cá, a startup se tornou proeminente em áreas rurais, onde as conexões de fibra geralmente não estão disponíveis.

, a maioria dos clientes Starlink paga uma taxa única de US$ 499 por um pacote que inclui uma antena autocompensadora e roteador Wi-Fi. Depois, o valor do plano mensal cai para US$ 99. Nos anos desde o seu primeiro lançamento, a empresa lançou quase dois mil satélites Starlink. A meta é que um total de 4,4 mil satélites sejam lançados na órbita terrestre para fornecer cobertura global.

O serviço de internet da Starlink depende de um modelo de , em que seus aglomerados de satélites ficam mais perto do planeta do que as órbitas geoestacionárias distantes dos satélites de internet maiores, que normalmente fornecem serviço de internet para aviões comerciais. É a mesma tecnologia que está sendo usada por outras companhias — entre elas a Amazon, que anunciou planos para uma megaconstelação de órbita baixa de três mil satélites. A OneWeb, do Reino Unido, já lançou 182 de cerca de 640 satélites planejados.

Embora não haja nenhuma confirmação oficial, tudo indica que a Starlink também planeja disponibilizar seus serviços no Brasil. A empresa já abriu dois CNPJs (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), além de registrar a marca “Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda.” no País. Um endereço brasileiro que oferece pré-cadastro sugere que o lançamento nacional deve acontecer até o final de 2021.

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