Sintomas bizarros de “ataque sônico” estariam se espalhando por diplomatas americanos pelo mundo
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Nesta terça-feira (26), a noticiou que 26 americanos haviam sido “medicamente confirmados” como tendo se machucado em uma onda de incidentes, e diplomatas que serviram em pelo menos sete cidades, em quatro países, buscaram ser examinados. Quase 200 funcionários da missão diplomática dos EUA e seus familiares optaram por participar de um novo programa de triagem que, segundo funcionários do governo disseram à AP, em condição de anonimato, é parte de uma postura de “muita cautela”. Desse americanos, menos de uma dúzia disseram ter sido levados para a Universidade da Pensilvânia na Filadélfia para uma revisão posterior por profissionais médicos.
A AP descreveu um incidente anteriormente não relatado que preocupou os funcionários em relação à do presidente Donald Trump para se encontrar com Kim Jong-Un:
Conforme o presidente Donald Trump se encaminhava até Cingapura para um encontro histórico com o líder da Coreia do Norte, um agente de segurança diplomática do Departamento de Estado que fazia parte da equipe disse ter ouvido um som incomum que ele acreditou ser parecido com o que foi ouvido por diplomatas norte-americanos em Cuba e na China, que depois adoeceram. O agente imediatamente passou por uma triagem médica — parte do novo protocolo do governo dos EUA, estabelecido em resposta a tais potenciais incidentes de saúde em qualquer parte do mundo. E, embora o presidente estivesse voando para a cidade-estado do Sudeste Asiático, a delegação norte-americana que se preparava para sua chegada estava trocando mensagens urgentes com a sede do Departamento de Estado em Washington, incluindo a Segurança Diplomática da agência e o Serviço Secreto dos EUA.
Quatro autoridades dos Estados Unidos disseram à AP que se tratava de um alarme falso, mas há uma maior conscientização entre as autoridades de segurança, enquanto a Casa Branca se prepara com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no próximo mês.
As suspeitas de envolvimento russo nos ataques foram levantadas em setembro de 2017, quando um oficial da USAID e sua esposa foram levados para fora de Tashkent, no Uzbequistão, para avaliação depois que que batiam com o que aconteceu em Havana. Mais tarde, o Departamento de Estado disse que “não vai discutir cada caso individualmente”, mas que podia “confirmar que não houve incidente no Uzbequistão”. A essa altura, os únicos casos clinicamente confirmados ocorreram com diplomatas em Cuba e um deles na China. Os EUA recomendando os americanos que viajam para a China a procurar atendimento médico se sentirem “fenômenos auditivos ou sensoriais” semelhantes ao que foi relatado em Havana, e o Departamento de Estado que qualquer pessoa que viajasse a Cuba “reconsiderasse” seus planos.Desde que repórteres a porta-voz Heather Nauert, com perguntas sobre os incidentes em agosto do ano passado, o Departamento de Estado tem sido relutante em dar detalhes maiores sobre sua investigação. Ele ainda se refere a esses casos como “ataques específicos”, sem dizer o que está acontecendo especificamente. Vimos diversas teorias sobre o que poderia ter causado esses tipos de sintomas relatados ao longo do último ano, incluindo e equipamentos de vigilância defeituosos. O fato de que eles não sabem como os ataques aconteceram tende a ofuscar o fato de que não sabemos também por que eles estão acontecendo.
O que parece estar claro é que as autoridades estão tão preocupadas que estão se apressando para lidar com qualquer incidente potencial que surja. E quanto mais dura o mistério, mais suscetíveis estão os diplomatas em serem vítimas desse ataque no exterior. []Imagem do topo: Getty, Sound Waves Wikia