A simulação de como seria viver um ano em Marte chega ao fim
Há um ano, seis voluntários – especialistas de diversas áreas, incluindo medicina, física, comunicação, arquitetura, biologia e engenharia – entraram numa cúpula de 11 metros de diâmetro e 6 metros de altura, próxima a um vulcão inativo no Havaí, para simular as condições de vida em Marte. Nesta semana, eles saíram do isolamento.
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Os seis membros da equipe: o arquiteto Tristan Bassingthwaighte, a jornalista Sheyna Gifford e a física Christiane Heinicke na fileira superior; e a cientista do solo Carmel Johnston, o astrobiólogo Cyprien Verseux e o piloto Andrzej Stewart na fileira inferior (fotos via University of Hawaii at Manoa)
As duas estavam lá quando a equipe de voluntários entrou na cúpula no ano passado, fazendo entrevistas exclusivas e imagens do ambiente antes mesmo de o confinamento começar. As câmeras foram deixadas com os voluntários, para que filmassem o dia-a-dia. “Nós mandamos uma lista de cenas que gostaríamos de capturar [por e-mail] e eles nos enviaram os vídeos ao longo do ano”, contou DeFilippo ao Gizmodo.
DeFilippo e Gorringe se conheceram na Universidade de Stanford no curso de cinema. Surgiu um interesse pela tecnologia e pelo futurismo a partir do clima da cidade. “Nós percebemos que os sonhos da ficção científica estavam se tornando realidade, e nos perguntávamos como seria viver em Marte”, disse DeFilippo. Quando souberam do programa HI-SEAS, elas quiseram fazer parte imediatamente. Nascia ali o documentário Red Heaven.
Agora as cineastas farão novas entrevistas e pretendem acompanhar cada membro no processo de readaptação à vida comum. Depois começará a pós-produção do documentário, que está previsto para ser lançado em 2018. Tudo isso vai custar bastante dinheiro. DeFilippo e Gorringe lançaram uma para levantarem uma grana para a fase final do filme. Até agora, elas arrecadaram US$ 26 mil. O objetivo é US$ 40 mil, e faltam vinte dias para a campanha acabar. Para a NASA, se inicia o trabalhoso processo de análise e comparação de dados das três missões de simulação da HI-SEAS, com foco nos efeitos psicológicos do isolamento dos voluntários. A agência pretende fazer mais duas simulações como essa; a próxima começará em janeiro de 2017. O objetivo final é enviar humanos para Marte em 2030.Imagem por .