Será que o Grande Colisor de Hádrons encontrou um novo tipo de partícula?
Ela pode ser um primo mais pesado do bóson de Higgs, ou até mesmo o gráviton - um elemento quântico que contém a força da gravidade.
Esta semana, físicos do Grande Colisor de Hádrons revelaram a descoberta de vestígios que . Ela pode ser um primo mais pesado do bóson de Higgs, ou até mesmo o gráviton – um elemento quântico que contém a força da gravidade.
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A evidência vem de dois experimentos separados, porém complementares, conhecidos como CMS (Solenoide de Múon Compacto) e ATLAS (Dispositivo Instrumental Toroidal para o LHC).
Nenhuma dessas constatações é sólida o bastante para reivindicar uma descoberta, mas é promissor o fato de que ambos os experimentos viram pistas de uma partícula exatamente no mesmo local.
Sigma
Valores sigma são uma medida para representar a possível presença de uma partícula. Para um resultado ser considerado uma “descoberta”, é preciso ter um sigma 5: isso equivale a uma probabilidade de 1 em 3,5 milhões de o resultado ser um acaso. O sigma 3 é considerado um resultado “interessante”, com uma chance maior de ser coincidência.A equipe do CMS encontrou resultados com significância estatística de sigma 2,6, enquanto a equipe ATLAS obteve sigma 3,6.
É possível que esse sinal em particular desapareça à medida que os cientistas do LHC recolhem mais dados. Isso acontece o tempo todo na física de partículas, daí a advertência de praticamente todo físico para .
Então por que deram tanta atenção à nova descoberta? Bem, , o CMS e o ATLAS viram há quatro anos algumas pistas do bóson de Higgs (que ainda não havia sido descoberto) e elas tinham sigma baixo. Seis meses depois, os cientistas acumularam dados suficientes para ultrapassar o limiar crítico do sigma 5 e divulgar a descoberta.
Saltos
Para ter uma ideia melhor, vamos dar uma olhada em como o LHC coleta e analisa dados. A máquina colide prótons a velocidades próximas da velocidade da luz, e essas colisões de alta energia produzem chuvas de partículas. Os físicos reconhecem as partículas pelas assinaturas eletrônicas que elas deixam para trás, na forma de padrões nucleares de decaimento.
Funciona assim: quarks só existem por frações de segundo antes de decaírem em outras partículas secundárias. Uma vez que cada quark tem muitas maneiras diferentes de decair, existem várias assinaturas possíveis, e cada uma tem de ser examinada para determinar quais partículas estavam presentes no momento da colisão.
Colisão entre um par de fótons observado pelo detector CMS. Crédito: CERN