Sem clickbait: pesquisa do Google vai priorizar textos de pessoas

Com atualização, pesquisa do Google mira em sites direcionados apenas a spam e bots para manipular o SEO; mudançar quer separar o que é "útil" de "inútil". Saiba mais da resolução
Sem clickbait: pesquisa do Google vai priorizar textos de pessoas
Imagem: Solen Feyisa/Unsplash/Reprodução

O Google anunciou na quinta-feira (18) uma atualização na ferramenta de pesquisa: vai dar preferência para conteúdos originais, feitos “por e para pessoas”. O objetivo é derrubar os click baits, . 

Click baits são os chamados “caça cliques”, método usado para aumentar a visualização de sites e vídeos para aumentar o engajamento — e, por consequência, o faturamento.

A mudança já deve começar a aparecer nas próximas semanas. Sites de spam ou bots criados para manipular o SEO (Otimização de Mecanismos de Busca, na sigla em inglês) entram no alvo da companhia.  

O Google diz que quer tornar os resultados de pesquisas “mais úteis” por terem sido escritos por um humano real. Segundo a empresa mantida pela Alphabet, a atualização começa com a melhora nos resultados de conteúdos educacionais, de entretenimento, compras e tecnologias. 

As primeiras melhorias atenderão aos usuários do Google em inglês, mas outros idiomas –como o Português –devem contar com o suporte em breve. 

O que esperar

Não é novidade que existe um verdadeiro “comércio” de SEO no mundo. Quando usado adequadamente, a ferramenta possibilita que empresas ou criadores melhores apareçam na frente nas pesquisas do Google. 

Mas esse uso nem sempre tem boas intenções: o abuso de técnicas de SEO já possibilitou a criação de milhares de sites escritos só para beneficiar os algoritmos do Google e não para serem lidos por usuários reais. 

A atualização da pesquisa do Google deverá trabalhar para separar sites e páginas em duas categorias: “úteis” e “inúteis”. Essa deve ser a nova métrica para classificar como e onde as páginas aparecem nos resultados da pesquisa. 

Ainda é difícil precisar o que distinguirá um site de outro, mas a companhia . “Seu conteúdo demonstra claramente experiência em primeira mão e um conhecimento profundo (por exemplo, experiência de ter realmente usado um produto ou serviço)?”, é um dos questionamentos.

A sensação de ter aprendido algo com o conteúdo e de atrair pessoas em vez de mecanismos de pesquisa são pontos da companhia. O Google sugere que os criadores evitem a automação extensiva para a produção de conteúdo e que os sites não só reproduzam o que os outros têm a dizer sem agregar nada. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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