Ciência

Satélite da NASA mostra regiões do Brasil vazando gases de efeito estufa

O satélite coletou dados de emissões de gases do efeito estufa em cidades das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste; confira
Imagem: Agência Brasil/Reprodução

Com dados do satélite Tanager-1, da NASA, a ONG Carbon Mapper lançou o primeiro mapa que mostra regiões ao redor do mundo – incluindo no Brasil – emitindo gases do efeito estufa.

Lançado no último dia 16 de agosto, o satélite Tanager-1 coleta dados de emissões através um espectrômetro desenvolvido pelo laboratório JPL da NASA para verificar o funcionamento do equipamento.

Na última quinta-feira (10), a ONG revelou as primeiras imagens, focando em emissões de plumas de metano no Paquistão e no Texas, bem como emissões de CO2 na África do Sul. 

O satélite coletou os dados da imagem do Paquistão na capital do país, Karachi, em 19 de setembro. A imagem mostra uma pluma de metano de 4 quilômetros e as análises preliminares indicam que a fonte das emissões são mais de uma tonelada de metano lançada por hora.

Emissões no Brasil captadas pelo satélite da NASA

No Brasil, o satélite coletou dados de emissões de gases do efeito estufa em cidades das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Conforme o mapa, os dados mais recentes foram em Seropédica, no Rio de Janeiro, coletados em 23 de setembro.

No entanto, as observações do Brasil utilizam outros satélites da NASA para medir as emissões, como o AVIRIS e o EMIT.

A pluma sobre Brasília captada pelo satélite da NASA mostra emissões de carbono e metano. Imagem: Screenshot/Carbon Mapper/Reprodução

Segundo a NASA, o espectrômetro do Tanager-1 é “um descendente” desses satélites, mas com maior potência. Desse modo, o satélite consegue identificar qualquer elemento químico no solo ou na atmosfera.

O satélite contribui com o projeto ao “identificar os pontos de origem de emissões de gases do efeito estufa” e disponibilizando a informação ao público.

Além disso, segundo James Graf, diretor de Ciências Naturais do JPL, as primeiras imagens de emissões de gases do satélite são sinais “empolgantes do que há por vir”.

“O satélite desempenha um papel crucial para detectar e medir emissões de metano e dióxido de carbono. Por isso, a missão é um passo gigante no sentido de combater as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou Graf.

Quando estiver totalmente operacional, o satélite da NASA vai escanear 300 km² da superfície Terra diariamente. Os dados de emissões de gases do efeito estufa estarão disponíveis no portal Carbon Mapper. Acesse .

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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