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Sapo da era dos dinossauros é identificado em São Paulo

Fósseis da espécie inédita, que viveu há 70 milhões de anos, também pode dar informações sobre como era o clima do interior do estado à época

Sapo da era dos dinossauros é identificado em São Paulo

Imagem: Lautaro R. Blanco/Reprodução

Uma equipe formada por cientistas argentinos e brasileiros identificou uma espécie de sapo inédita na Formação Adamantina, próximo à cidade de Catanduva, no estado de São Paulo. O animal pertence ao gênero Baurubatrachus e viveu durante o Cretáceo Superior, entre 72 e 66 milhões de anos atrás.

Na época, os dinossauros ainda passeavam sobre a Terra. Espécies antigas de crocodilos, tartarugas e peixes também dividiam espaço com o sapo ancestral, nomeado Baurubatrachus santosdoroi.

Os pesquisadores conseguiram caracterizar a espécie graças aos fósseis de dois indivíduos encontrados no Brasil. Com os restos mortais, foi possível analisar aspectos cranianos e pós-cranianos do animal, desvendando sua anatomia peculiar. 

Durante a investigação, a equipe identificou, por exemplo, um forame subtimpânico, que nada mais é do que uma abertura no tímpano que permite a passagem de músculos, vasos, artérias, veias e outras estruturas. O foi publicado na revista científica Ameghiniana.

Até então, o gênero Baurubatrachus possuia apenas um holotipo (espécime de referência): o Baurubatrachus pricei. Esse foi recuperado da Formação Serra da Galga, no estado de Minas Gerais, e surgiu alguns milhões de anos depois que a espécie recém descrita. 

Segundo os pesquisadores, o em que o sapo foi encontrado também fornece informações sobre o ecossistema de São Paulo na época. A região parece ter tido clima semiárido, passando ocasionalmente por períodos de chuvas intensas. Alguns locais eram semelhantes a oásis, como a formação em que os fósseis foram revelados. 

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