Samsung Galaxy Z Flip 4 5G: é hora de comprar um dobrável?

O Gizmodo Brasil testou o Galaxy Z Flip 4 por alguns dias para conferir de perto como está a nova versão do smartphone dobrável. A jogabilidade é excelente e o recurso de fotos noturnos impressiona. Saiba mais.
galaxy Z flip 4
Imagem: Divulgação/Samsung
Chegou a hora da verdade dos badalados dobráveis!

Neste mês a Samsung apresentou os smartphones de sua nova geração flip: o Galaxy Z Flip 4 e o Galaxy Z Fold 4, que geraram grande expectativa depois de tantos e tantos vazamentos ao longo do ano antes da apresentação oficial neste mês. Mas afinal, valeu todo esse movimento?

O Gizmodo Brasil testou o Galaxy Z Flip 4 por alguns dias para conferir de perto como está a nova versão do dobrável, o terceiro “flip” da Samsung. Isso mesmo… O terceiro! A gigante sul-coreana nunca fez uma segunda geração desta linha.

Após o primeiro, que se chamava apenas “Galaxy Flip”, foi feita uma segunda versão, mas com uma diferença quase imperceptível: tinha conectividade 5G. Mesmo sendo a versão original sem alterações signficativas, assumiu o posto de representante da segunda geração dos “flips” da Samsung.

Impressões iniciais

Ao abrir a caixa do dobrável dá para notar que, assim como nos outros smartphones topo de linha da Samsung, não há adaptador de tomada. Na caixa, além do celular, vem um cabo do tipo USB-C, para carregamento, uma chave para acessar o compartimento que abriga o chip e um pequeno manual com instruções para acesso rápido.

Ao retirar o plástico que protege as telas do aparelho (interna e externa), é possível ver de imediato um dos pontos que ainda deixam alguns entusiastas com um pé atrás em relação aos telefones dobráveis: uma marca de dobra bem ao centro do display, que convenhamos, é impossível não notar. O relevo nesta área não é muito sutil e causa muita estranheza nos primeiros momentos com o aparelho, mas com o tempo dá para se acostumar.

O design teve mudanças pequenas em relação ao anterior. O celular ficou menor que sua versão anterior, mas sem perder tamanho de tela, ou seja, basicamente o smartphone diminuiu as borda se comparado à versão anterior e deixa o aparelho com um visual bem bacana.

Outra coisa que chama a atenção imediatamente é dobradiça. De fato ela está mais fina que a do “Z Flip 3”. As laterais em metal dão uma sensação maior de resistência ao aparelho. As câmeras traseiras seguem posicionadas no canto superior esquerdo, ao lado da tela externa do aparelho. Quando aberto o celular apresenta um visual bem “clean” revelando o logo da empresa na dobradiça quando é fechado.

Na lateral do smartphone há botões de volume e power com leitor de impressão digital, mas caso o usuário prefira, pode habilitar o reconhecimento facial de forma simples no aparelho. Além disso, há um “slot” para chip do lado esquerdo do dispositivo.

Áudio

O Galaxy Z Flip 4 tem duas saídas de áudio que cumprem bem seu papel e oferecem um som com boa qualidade, com excelente volume e frequências bem balanceadas. Para os amantes dos graves, eles estão lá e aparecem com certa definição. E, claro, não espere qualidade de áudio a nível de monitores de referência de estúdio, mas para um smartphone topo de linha, como já foi dito, o sistema de áudio cumpre bem sua proposta.

Telas

A tela externa do aparelho é uma Super AMOLED de 1,9 polegadas. Ela não é tão funcional quanto a tela interna, mas tem algumas funções interessantes, como o “Quick Shot”, que detalharemos mais à frente, e é possível ver notificações, horário, e alguns widgets que podem ser selecionados pelo usuário.

Um recurso muito interessante é a possibilidade de exibir na tela externa o que está sendo capturado pela câmera o que dá mais alternativas ao usuário, como por exemplo fazer uma selfie com a câmera traseira.

Já a interna dobrável é uma Dynamic AMOLED 2X de 6,7 polegadas, com resolução Full HD Plus e taxa de atualização de 120 Hz. A tela do aparelho é um show a parte, apresenta cores brilhantes, definidas e excelentes níveis de contraste, além disso é ótima para consumir conteúdos audiovisuais, como vídeos no YouTube, séries e filmes em plataformas de streaming e se divertir com alguns joguinhos.

Hardware e desempenho

O smartphone tem processador Snapdragon 8 Plus Gen 1, da Qualcomm, que é mais avançado que o 8 Gen 1, presente na família de celulares da família “S22”. O dispositivo ainda tem 8 GB de memória RAM e a versão que testamos tem 128 GB de armazenamento interno, mas também há uma versão com 256 GB de memória disponível no mercado brasileiro. Em uma utilização mais “simples”, utilizando aplicativos do dia a dia, como redes sociais e navegador, por exemplo, o smartphone trabalhou de forma bem fluida, mesmo quando havia vários apps em segundo plano não travou e nem “engasgou” durante o período de testes.

Tivemos a oportunidade de testar alguns jogos também no aparelho e, por mais que ele não tenha sido construído para jogos, tem hardware competente o suficiente para executar uma gama bem variada de jogos, dos mais simples aos que exigem bastante poder de processamento.

Em “Call of Duty Mobile”, por exemplo, aparelhos mais “modestos” costumam apresentar dificuldade para rodar o game em momentos onde existem muitos elementos e podem ficar com um pouco de lag. No Z Flip 4, o desempenho na versão móvel do jogo foi bem satisfatória, mesmo com todos os ajustes gráficos no máximo. Em Genshin Impact a experiência também foi bem satisfatória, com destaque para a exibição dos belos gráficos do game na tela do celular. O smartphone tem ótimos componentes de hardware e isso se reflete durante o uso do aparelho. Como já era esperado, O Z Flip 4, cumpre bem seu papel e entrega uma experiência bem fluida.

Câmeras

O smartphone tem um conjunto de câmeras com dois sensores, um wide e um ultrawide, ambos de 12 MP, exatamente a mesma especificação de câmeras da versão anterior. A câmera selfie é de 10 MP.

A grande novidade do Galaxy Z Flip 4 é que os sensores têm uma abertura maior, o que consequentemente faz com que eles sejam capazes de captar mais luz, o que é fundamental para um recurso muito frisado pela Samsung desde o anúncio dos novos dobráveis: o “Nightography”.

O recurso promete entregar fotos e vídeos de melhor qualidade em ambientes com baixa luminosidade. Na prática, de fato, ele parece iluminar mais a imagem e deixa os elementos mais destacados e com um bom nível de contraste, mas a depender do nível de iluminação a imagem pode sair com uma qualidade baixa e com algum ruído. Uma funcionalidade interessante é o “Quick Shot” , que permite  ao usuário acessar a câmera facilmente sem precisar abrir o celular. Com o recurso ativado, é possível deslizar o dedo na tela e alternar entre os modos foto e vídeo.

Vale a pena?

No mercado brasileiro, a versão que testamos, com armazenamento interno de 128 GB, tem o preço sugerido de R$ 6.999, o que está na mesma faixa de preço de outros modelos topo de linha. Se você quer ter a experiência de usar um dobrável, vale muito a pena comprar um Galaxy Z Flip 4, ainda mais considerando que o Galaxy Z Fold 4, o foldable ainda mais “premium” da Samsung tem quase o dobro preço. Agora, se você possui um Z Flip 3, talvez trocar para a versão mais recente não seja um ótimo negócio neste momento, já que as mudanças são muito sutis e, a não ser que 400 mAh a mais de bateria ou melhor qualidade em fotos noturnas sejam imprescindíveis, é melhor continuar aproveitando o máximo do seu atual aparelho.

Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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