Em agosto, a Rússia fracassou na sua tentativa de pousar uma sonda no polo Sul lunar. A Luna-25, a primeira lançada pela potência em direção à Lua desde 1976, apresentou uma falha e colidiu contra o solo da Lua. Agora, a agência espacial russa Roscomos detalhou o que causou o acidente.
De acordo com os russos, um mau funcionamento em uma unidade de controle a bordo foi a causa da queda de seu módulo lunar. A Roscosmos afirmou que a unidade de controle apresentou defeito ao não desligar o sistema de propulsão, que durou uma vez e meia mais do que o necessário enquanto a nave avançava em direção à Lua.
A análise preliminar do acidente mostrou que “ao emitir um pulso corretivo para transferir a espaçonave de uma órbita lunar circular para uma órbita elíptica de pré-pouso, o sistema de propulsão Luna-25 funcionou por 127 segundos, em vez dos 84 segundos planejados”, disse a agência à .
Ou seja, o sistema de propulsão não foi desligado quando necessário. A Roscosmos explica que comandos e dados incorretos foram a causa mais provável da falha.
Exploração lunar vai continuar
O chefe da Roscosmos, Yuri Borisov, disse que uma comissão de investigação está preparando um relatório para mostrar ao governo o que deu errado.
Com este relatório em mãos, segundo ele, a Rússia está determinada a avançar com o seu programa de exploração lunar. “Além disso, estamos considerando a possibilidade de avançar nas missões Luna-26 e Luna-27 para obter os resultados que precisamos o mais rápido possível”, disse Borisov.
Na prática, o fracasso da Luna-25 é um duro golpe para o governo de Vladimir Putin. Ele havia prometido dar continuidade ao programa espacial russo de exploração lunar, como uma estratégia para desviar a atenção mundial da guerra em andamento com a Ucrânia.
A missão tinha o objetivo de realizar pesquisas sobre a estrutura interna da Lua, bem como explorar recursos potenciais, como a presença de água. A Rússia pretende preparar o terreno para a construção de uma futura base tripulada na Lua, a partir de uma parceria com a China.