Os Emirados Árabes Unidos assinaram um com a China para futuras missões conjuntas de exploração da Lua. Inicialmente, a parceria prevê lançar em 2026 o rover emiradense Rashid 2 junto com a missão chinesa Chang’e 7.
Do lado chinês, a Chang’e 7 consiste em várias naves espaciais robóticas, incluindo um módulo orbitador, um satélite de retransmissão de dados e um módulo de pouso na Lua. Além disso, a missão contará com um rover para se locomover pela superfície lunar e uma espécie de “mini sonda voadora”, para explorar o interior de crateras sombreadas.
Quanto ao rover Rashid 2, ele pegará carona para a Lua no módulo de pouso chinês. Por enquanto, o Centro Espacial Mohammed bin Rashid (MBRSC), com sede em Dubai, ainda não divulgou nenhuma especificação sobre o novo veículo.
A expectativa é que o conjunto de espaçonaves chinesas e emiradense terá uma massa combinada de 8 toneladas. O lançamento será feito pelo foguete chinês Long March 5.
Emirados Árabes Unidos vai à Lua
Antes da missão de 2026, os Emirados Árabes Unidos esperam explorar a superfície lunar com o . A expectativa é que ele seja lançado em 2024 com um foguete Falcon 9, da SpaceX, e pouse na Lua com o módulo Hakuto-R, desenvolvido pela empresa japonesa Ispace.
O Rashid 1 pesa cerca de 10 quilos e levará três instrumentos científicos. Ele irá fazer imagens das partículas do regolito lunar, estudar as características térmicas da superfície, além de medir a densidade eletrônica da Lua.
Vale lembrar que os Emirados Árabes Unidos assinaram os Acordos de Artemis, liderado pelos Estados Unidos. Porém, este acordo bilateral não impede que o país feche parcerias com outras nações, como a China, por exemplo.
As ambições espaciais da China
Na última semana, o governo chinês deu sinal verde para iniciar uma nova fase de exploração lunar, que inclui o lançamento de 3 missões robóticas nos próximos anos: Chang’e 6, Chang’e 7 e Chang’e 8.
No caso da Chang’e 7, o objetivo é explorar o . Segundo o SpaceNews, o local é de interesse não apenas da China, mas também de outros países, por oferecer boas condições de iluminação, áreas de pouso seguras, além de contar com crateras permanentemente sombreadas – onde existe a expectativa de encontrar gelo de água.
O objetivo da China é enviar astronautas para a Lua até 2030 e, por meio de uma parceria com a Rússia, construir uma base internacional de pesquisa em solo lunar.