Corais são essenciais para a saúde da vida marinha, mas têm sido ameaçados cada vez mais por causa da poluição e das mudanças climáticas. Pensando nisso, cientistas têm treinado uma inteligência artificial para controlar robôs para salvar recifes.
Usar braços robóticos para ajudar a combater a extinção dos corais é a ideia de uma equipe de biólogos na Austrália. Funciona da seguinte forma: os profissionais coletam pequenos fragmentos de corais e cruzam diferentes espécies para melhorar a resposta imunológica deles em relação ao calor e doenças.
Depois, eles implantam esses corais em uma base onde podem crescer. E aí que entram os braços robóticos: são eles que devem ajudar a fazer esse trabalho em grande escala.
A principal vantagem é que enquanto um braço robótico pode enxertar ou colar fragmentos de coral, outro os coloca na base, usando sistemas de visão para tomar decisões sobre como agarrá-la.
“Alguns desses processos na propagação de corais são apenas tarefas repetitivas de escolha e localização e são ideais para automação robótica”, disse à Cathie Page, do Instituto Australiano de Ciências Marinhas (AIMS, na sigla em inglês).
O próximo passo é retirar os robôs do laboratório e colocar para que lidem com situações reais. A expectativa é que isso aconteça nos próximos 18 meses.
IA para treinar os robôs
Os pesquisadores treinaram algoritmos de computador para analisar gravações de áudio subaquáticas e podem detectar padrões que indicam o quão saudável é um recife.
Assim, os braços mecânicos podem escolher melhor os fragmentos de coral e saber como manuseá-los. “Estamos tentando resolver um dos problemas ecológicos mais complexos do planeta”, diz Page.