O robô programado para afastar moradores de rua tomou uma sova e foi demitido
Depois de duras críticas, o abrigo de animais de São Francisco resolveu demitir o robô de segurança alugado para afugentar moradores de rua acampados nos arredores do local – mas não sem antes de ele tomar uma sova dos habitantes. • A solução para a falta de moradia não passa por robôs policiais • Robô […]
Depois de duras críticas, o abrigo de animais de São Francisco resolveu demitir o robô de segurança alugado para afugentar moradores de rua acampados nos arredores do local – mas não sem antes de ele tomar uma sova dos habitantes.
• A solução para a falta de moradia não passa por robôs policiais
• Robô de segurança de prédio comercial se cansou do seu trabalho e se suicidou
Segundo , a SPCA (Sociedade para a Prevenção de Crueldade Animal) contratou os serviços de um robô K9, uma versão do popular K5 da empresa de segurança Knightscope, para vigiar as calçadas e o estacionamento do estabelecimento que ocupa um quarteirão inteiro na cidade. A unidade robótica se move a pouco menos de 5 km/h, pesa 180 quilos e pode emitir alertas quando invasores ou pessoas marcadas em uma “lista negra” estão na região.
Segundo a presidente da SPCA Jennifer Scarlett, os moradores de rua causavam transtorno ao abrigo, e o robô era uma melhor solução para o problema. “Não estávamos conseguindo usar as calçadas, com agulhas e tendas e bicicletas lá, então, do ponto de vista de caminhar, acho o robô muito mais fácil de se andar através do que um acampamento”, disse.
Scarlett disse ao San Francisco Business Times que a presença do robô diminuiu o número de acampamentos e de tentativas de roubos aos carros estacionados no local. No entanto, os habitantes acampados não gostaram da presença do robô, cobrindo-o com uma lona, tombando-o e colocando molho barbecue em seus sensores, disse a presidente.
Para piorar a situação da máquina, em uma estranha coincidência, o robô tentou afugentar Fran Taylor, uma moradora que caminhava com seu cão pelos arredores do abrigo. Acontece que Taylor é ativista do Walk San Francisco, um grupo em defesa dos pedestres da cidade.
O grupo da ativista, também coincidentemente, busca implementar uma legislação que limite o número de robôs em calçadas para pedestres. Taylor teme que as máquinas fiquem trombando com pedestres e seus sensores são um “óbvio ataque as pessoas de São Francisco que já têm muitos problemas sobrevivendo nesta cara cidade”, disse.
No dia do infortuno encontro com o robô, a ativista escreveu um email ao abrigo com cópia para diversas autoridades governamentais, já que a cidade emite permissões para empresas que queiram utilizar tais robôs para serviços de entrega.
E aí que mora o principal problema: o abrigo não possuía tal permissão e poderia receber multas de até US$ 1.000 por dia por não estar apta para exercer tal atividade. Pouco depois do ocorrido, o SPCA deixou de usar o robô e passou o problema para a Knightscope.
É mais uma manchete estampada pelo robô K5, e enquanto a maioria deles é programada para entregar comidas e produtos diversos, unidades do tipo já protagonizaram um suicídio e .
Agora, o K9 estampa a notícia do robô que não só apanhou, como levou uma senhora bronca e foi demitido. É até divertido imaginar o cenário em que, agora danificado, ele possa vir a fazer parte do mesmo grupo que há pouco tempo perseguia. [ via ]Imagem de topo: Rob Lever/Getty Images