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Rival da Neuralink apresenta chip para restaurar visão de pacientes idosos

A empresa rival é a Science Corp., startup de biotecnologia de Max Hodak, que fundou a Neuralink em 2016, ao lado de Elon Musk.

Empresa rival da Neuralink realiza primeiros implantes que restauram a visão

A ideia de restaurar a visão em cegos, usando chips, próteses e implantes biônicos, surgiu bem antes da Neuralink e seus implantes cerebrais. Mas, enquanto a empresa de Elon Musk ainda dá seus primeiros passos para lançar chips para restaurar a visão, após a aprovação do “Blindsight”, uma rival da Neuralink anunciou a primeira restauração de visão em pacientes cegos.

Aliás, a empresa rival é a Science Corp., startup de biotecnologia de Max Hodak, que fundou a Neuralink em 2016, ao lado de Elon Musk. Hodak fundou a Science Corp em 2021, visando desenvolver um dispositivo para restaurar a visão, o Science Eye.

No último dia 21, um mês após a Neuralink receber aprovação para seu sistema, a rival que conseguiu restaurar a visão de pacientes legalmente cegos, com perda da visão central. Os pacientes receberam os implantes de retina PRIMA e conseguiram ler livros e reconhecer rostos.

“Até onde eu sei, esta é a primeira restauração ocular que permite a habilidade fluente de leitura em pacientes cegos”, afirma Hodak, que já foi presidente da Neuralink.

Como funciona o chip de implante para restaurar a visão 

Em 2022, a rival da Neuralink já era a segunda maior empresa de biotecnologia em termos de financiamento. Essa grana permitiu que a empresa comprasse, em abril deste ano, a patente e todos os ativos relacionados ao implante de retina PRIMA, da Pixium Vision.

O conceito do dispositivo PRIMA, no contexto de prótese visual, é um tipo de sistema biônico que usa tecnologia fotovoltaica para converter luz em sinais elétricos.

Desenvolvido em 2012 e com os primeiros testes clínicos em 2018, o Prima é um chip que os médicos implantam abaixo da retina. O PRIMA é combinado a um par de óculos especiais com uma câmera embutida que projeta dados visuais no chip via luz invisível no infravermelho próximo.

Imagem: Science Corp/Reprodução

Desse modo, quando os raios de infravermelho próximo atingem as matrizes fotovoltaicas do chip, eles energizam o dispositivo e convertem os dados transmitidos em sinais elétricos.

Tais sinais elétricos, por sua vez, estimulam os neurônios da retina que restauram a visão.  Veja o vídeo:

Testes clínicos da rival da Neuralink

No entanto, é importante ressaltar que o teste clínico da Science Corp. realizou implantes em 38 pacientes com atrofia geográfica. Essa condição é um dos estágios finais da degeneração de visão relacionada à idade, ou seja, os pacientes não eram totalmente cegos.

Portanto, o que o implante da rival da Neuralink conseguiu foi restaurar significativamente a acuidade visual em pacientes com visão central afetada pela atrofia geográfica.

De acordo com a empresa, pacientes com implantes do chip apresentaram melhores resultados de leitura de textos curtos. Para a Science Corp., o futuro dos implantes é promissor para restaurar a visão central.

Embora os implantes não restaurem a visão de cegos, já é um avanço ao restaurar a visão central, mas não mostra imagens em cores.

Além disso, o estudo não detalha se os pacientes precisaram utilizar a função de zoom para ler os textos – e nem quantas vezes utilizaram.

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