Já faz quase uma semana que as piscinas das Olimpíadas do Rio começaram a ficar verdes. O comitê chegou a dar algumas razões pelo esverdeamento das águas, culpando as algas e desequilíbrio químico, mas não foram justificativas comprovadas.
Agora, as autoridades deram um veredito final: alguém cometeu um erro.
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De acordo com o , foram adicionados 160 litros de peróxido de hidrogênio acidentalmente na piscina de saltos ornamentais, no dia 5 de agosto. Isso neutralizou o cloro e deixou a água verde. Basicamente, ao eliminar o cloro, alguns compostos orgânicos começaram a surgir – incluindo algas.
O peróxido de hidrogênio pode ser usado como agente de limpeza de piscinas, mas não quando é combinado com o cloro. Um neutraliza o outro e isso acaba confundindo os sistemas eletrônicos de medição de substâncias químicas na água.
Gustavo Nascimento, diretor de instalações do Comitê Rio-2016, disse numa coletiva de imprensa que o sistema de monitoramento mostrava haver a quantidade certa de cloro, mas não foi capaz de avisar que ele já não estava mais funcionando.
Antes das competições de nado sincronizado, que aconteceram no domingo, a organização dos Jogos trocou os 3,7 milhões de litros d’água da piscina. De acordo com a , a água estava com o seu azul tradicional durante as provas, e as atletas puderam realizar as performances sem nenhum problema.
A organização dos jogos ficou bem constrangida com o caso. “É claro que é uma vergonha,” disse Mario Andrada, porta-voz das Olimpíadas Rio 2016. “Estamos recebendo os Jogos Olímpicos, e os atletas estão aqui, então a água é uma das preocupações. Nós deveríamos ter consertado isso mais rápido. Aprendemos uma lição dolorosa de um jeito difícil.”
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