[Review] Samsung Galaxy Buds Live: feijõezinhos de respeito
Junto com o lançamento do Galaxy Note 20 em agosto, a Samsung também mostrou os seus novos fones de ouvido true wireless, os Galaxy Buds Live. Mais do que um novo modelo, os fones representam uma mudança bem significativa em design e mostram como estes acessórios podem fugir um pouco do padrão dos concorrentes.
Utilizei por algumas semanas os Galaxy Buds Live e, de cara, é possível dizer que são os fones de ouvido true wireless mais bonitos do mercado, mas não necessariamente os melhores. Abaixo, descrevo um pouco da minha experiência com eles.Estética de porta-aliança
A unidade usada neste teste foi a de cor mystic bronze, que deve ser para combinar com o Galaxy Note 20 Ultra com tom semelhante. O case tem um tom mais fosco, e a parte externa dos fones é bronze num tom brilhante, que dá bastante destaque ao gadget — afinal, dentro da caixa você deveria encontrar uma “aliança”, né?
O pareamento do smartphone com os Galaxy Buds Live é bem simples. Após instalar o Samsung (no iOS) ou o (no Android), basta ativar o Bluetooth e conectar-se.Galaxy Buds Live
O que é?
Fones sem fio true wireless da Samsung com formato de feijõezinhos
Preço
R$ 1.299 (sugerido); no varejo, você encontra por R$ 979
Gostei
Formato ergonômico e design bem bacana
Não gostei
Autonomia de até 6 horas e cancelamento de ruído fraco
Feijõezinhos
Um dos grandes diferenciais dos Galaxy Buds Live é seu formato ergonômico. Em vez de serem fones de ouvido convencionais com cabos cortados, como os primeiros AirPods, da Apple, a Samsung resolveu arriscar com um formato de grãos de feijão. Os feijõezinhos são interessantes, pois contam com um formato bem ergonômico. Pelo menos na minha orelha, funcionaram bem. O encaixe deles é bom e confortável, mas às vezes demorava um pouco para acertar o posicionamento do speaker no canal auricular. O fone estava na orelha e não “saía o som” (na verdade, ele saía, mas estava obstruído por alguma parte da orelha). Nesta hora, eu tentava ajustá-lo, primeiro, mexendo a mandíbula para que ele se acomodasse, ou tirava e colocava o fone. Tirá-lo e colocá-lo de novo me leva também a uma outra característica dos Galaxy Buds Live. Ele não tem botões, apenas comandos sensíveis ao toque em suas partes externas. Um toque dá play/pause e um toque duplo no fone direito passa para a próxima música. O fato é que ao manusear o fone para reposicioná-lo na orelha, ele sempre interrompia ou começava uma música por causa do toque.A situação era sempre confusa, pois eram executados comandos que eu não queria. A boa notícia é que a Samsung pensou nisso e tem uma opção para simplesmente bloquear estes comandos sensíveis ao toque. Basta dar uma olhada no software Galaxy Wearable e ativar o recurso Bloquear toques em Configurações de Toque.
Você deve ter ouvido falar que os Galaxy Buds Live contam com cancelamento ativo de ruído. De fato, eles têm, mas aqui devemos fazer um alinhamento de expectativa. Estamos falando de fones do tipo aberto e super compactos, então não vá esperar algo parecido com o que tem em headphones. Para você ter noção do nível de cancelamento dos Buds Live, ele impedia, por exemplo, que eu ouvisse o volume da TV quando trabalhava da sala de casa. Se alguém me chamasse, conseguia ouvir tranquilamente o que a pessoa tinha a dizer. No fundo, é um cancelamento fraco e que serve bem para quem trabalha em casa e quer um pouco mais de paz, porém não dá aquela sensação de isolamento de fones de ouvido maiores. Se quiser isso, invista a grana em um headphone com a tecnologia.No que diz respeito à autonomia de bateria, ele tem um pouco menos de capacidade que os Galaxy Buds+ lançados no início do ano com o Galaxy S20. Os Buds Live têm até 6 horas, enquanto os Buds+ prometem 11 horas.
A capacidade dos feijõezinhos para mim foram mais que o suficiente, pois os utilizava de forma muito pontual. Geralmente, para ouvir música, em alguma chamada de voz ou vídeo de duração maior ou para caminhar à noite enquanto ouvia algum podcast. Então, quando não estava com eles na orelha, as ponteiras estavam no case carregando.