[Review] Samsung Dex: bem perto de transformar um telefone em um computador
O Samsung Dex é um novo dock que caminha cuidadosamente em direção a um mundo onde nossos smartphones vão servir como nossos computadores primários. É do tamanho de um círculo de 8 centímetros de diâmetro, e quando o Galaxy S8, um monitor e um teclado Bluetooth e mouse são conectados, o Dex transforma o telefone em um desktop impressionantemente funcional. A ideia é que, ao invés de carregar seu notebook para todos os lugares, você pode só levar o seu telefone e plugá-lo ao dock em casa, no escritório etc.
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O Dex inclui saída HDMI, USB-C, duas portas USB 2.0 e ethernet.(Imagem: Gizmodo / Eleanor Fye)
Montar o Dex é relativamente fácil e precisa de apenas dois cabos. A primeira vez que você montar o dispositivo vai levar alguns minutos, dependendo se você precisar mover alguns móveis para ligar os cabos ou não. Todas as vezes depois dessa, é tão fácil quanto plugar o telefone na sua estação Dex. Dentro de segundos, o logo da Samsung aparece na tela, e, apenas alguns segundos depois, você vai ver um ambiente de área de trabalho bem familiar.O Samsung Dex tem mais ou menos 9 centímetros. (Imagem: Gizmodo / Eleanor Fye)
A interface de usuário do Dex funciona como outros sistemas operacionais populares. No canto esquerdo da tela, existe um iniciador de aplicativos, similar ao que você vê no Chrome ou no Windows. No canto direito, você vai encontrar todas as suas configurações. Também tem uma barra de tarefas que mostra que programas estão rodando, na parte inferior da tela. O aspecto mais surpreendente de usar o Dex é o quão rapidamente ele conseguiu rodar diferentes programas. Eu consegui rodar facilmente mais de uma dezena de abas de navegador enquanto tocava música no fundo, sem nenhum sinal de lentidão.Um exemplo de quantos aplicativos podem rodar no Dex simultaneamente. (Imagem: Gizmodo)
Mas, embora a performance dos aplicativos seja boa, a experiência de software ainda precisa de trabalho. Quase imediatamente, eu percebi que o Dex não era capaz de rodar todos os aplicativos padrão que eu baixei no Galaxy S8. Em especial, eu senti falta do Slack e do Spotify, que são essenciais para o meu dia de trabalho — usar a versão inferior de navegador desses aplicativos não é a mesma coisa. Os pequenos inconvenientes aumentaram rapidamente. Por eu não conseguir usar o Spotify, mudei para o YouTube. Mas, então, sempre que eu passasse em um GIF ou vídeo que tocava automaticamente no Twitter ou Facebook, minha música parava de tocar completamente. Eu encontrei outra grande lombada quando descobri que não podia mudar o tamanho da janela de todos os meus aplicativos. Alguns estavam no padrão de 16:9 do telefone. Eu fiquei surpreso que até alguns aplicativos grandes como o Facebook não mudam de tamanho. Apesar desses problemas, resolvi ficar com ele, presumindo que o principal benefício de ter um Dex seria a portabilidade. Eu trouxe um artigo meio escrito comigo para uma curta viagem para Chicago e montei o dock em um monitor diferente. O processo de setup enquanto viajava era meio chato, e, por fim, eu me arrependi de não levar o meu bom e velho notebook. O Dex não fez a viagem ser mais fácil, e eu imaginei que se eu tivesse algumas estações Dex nos vários escritórios em que trabalho (casa, trabalho, casa dos pais), realmente não faria tanta diferença, porque a experiência simplesmente não se compara com a de um sistema operacional de um desktop. No seu melhor, usar o Dex é como usar uma versão bem ruim de um Chrome OS. Os aplicativos nem sempre funcionam direito, e ele não torna as coisas muito mais fáceis de fazer, além de editar um documento de Word. A parte mais triste é que eu não precisava realmente do dock para fazer isso. Eu poderia apenas ter usado o teclado bluetooth conectado ao telefone. No final, eu descobri que o Dex é frustrante embora um tanto promissor. A potência do Galaxy S8 era mais do que suficiente para me fazer acreditar que nós podemos algum dia usar os nossos smartphones como computadores primários. O Dex quase consegue cumprir esse objetivo, chegando bem perto.Imagem do topo: Gizmodo / Eleanor Fye