Como remédio feito pela Fujifilm tem sido usado para tratar casos de coronavírus
Chamado de favipiravir, o medicamento demonstrou resultados promissores em testes clínicos realizados em Wuhan e Shenzhen com 340 pacientes, conforme relata o . Aprovado em 2014 no Japão para tratar a gripe, ele já havia sido utilizado em 2016 pelo governo japonês como uma ajuda de emergência para conter o surto de Ebola na Guiné.
Ainda de acordo com a fonte ouvida pelo Guardian, as mesmas limitações foram identificadas em estudos com pacientes de coronavírus que utilizam uma combinação de lopinavir e ritonavir, usados no tratamento de HIV.
Para que seja utilizado em larga escala no combate ao COVID-19, o favipiravir teria que ser aprovado pelo governo – já que ele foi criado para tratar gripe. De acordo com uma autoridade de saúde ouvida pelo Mainichi, o medicamento poderia ser aprovado até maio, mas tudo depende dos resultados das pesquisas clínicas.
Segundo a , a cidade de Tóquio já possui um estoque do medicamento para tratar 2 milhões de pacientes. Em declaração ao site de notícias japonês, a Fujifilm afirmou que o governo já solicitou que a empresa considerasse aumentar a produção, mas a companhia pode enfrentar desafios logísticos.
Outros tratamentos
A empresa norte-americana de biotecnologia Gilead Sciences está conduzindo testes clínicos com 1 mil pacientes de coronavírus para o remdesivir, que foi originalmente desenvolvido para tratar casos de Ebola. O medicamento está sendo testado em países como EUA, Japão e China, sendo que a expectativa é que os resultados na China sejam divulgados já em abril.Considerando que o remdesivir ainda não foi aprovado em nenhum lugar, ele não está sendo produzido em larga escala. Porém, o observa que ele pode ser disponibilizado no Japão dentro de poucos meses caso o Ministério da Saúde acelere o processo de análise e aprovação.
Até o fim da semana, o Institute of Medical Science da Universidade de Tóquio vai iniciar experimentos com nafamostat, um medicamento para pancreatite que já se mostrou efetivo em impedir que o coronavírus responsável pelo MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) infectasse as células.No entanto, esses tratamentos ainda estão em fase de estudos considerando que há muitos efeitos colaterais envolvidos. O próprio Avigan, conforme apontado pelo Nikkei Asian Review, já causou deformações em filhotes quando testado em animais, o que indica que ele não é recomendado para gestantes.