Relatório climático da ONU sugere como reduzir mudanças climáticas
Nesta segunda-feira (20), o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) divulgou um sobre o aquecimento global. Segundo o documento, não é tarde demais para mudar o cenário e, pelo menos, reduzir os efeitos das mudanças climáticas.
Os cientistas envolvidos não divulgaram novos estudos no documento. Na verdade, ele apenas resume os seis últimos relatórios elaborados pelo painel. O IPCC deve publicar artigos inéditos apenas .
As mudanças, no entanto, devem ser rápidas. Os governos já haviam concordado em evitar que o aumento da temperatura global ultrapassasse 1,5º C. Porém, o mundo já aqueceu 1,1° C e o valor limite deve ser superado logo menos, na década de 2030.
Isso não significa que as nações devem jogar a toalha. Chegar a um aumento de 1,6º C, por exemplo, é muito melhor do que 2º C. Para que os efeitos sejam os menores possíveis, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas abruptamente, com as fontes de energia eólica e solar tornando-se predominantes.
Os países devem antecipar os planos para zerar as emissões de carbono perto de 2040. Mesmo aqueles que tinham colocado o prazo para 2050, como Índia e China, devem adiantar a resolução do problema.
As cidades também devem se adequar nos setores do transporte e indústria para cessar a liberação de poluentes. Mais ciclofaixas são necessárias para incentivar as pessoas a se locomoverem de bicicletas, assim como a ampliação do transporte público movido a energia elétrica.
O papel das florestas
Alguns cientistas sugerem a construção de máquinas capazes de reter carbono do ambiente, evitando assim o aquecimento global. Porém, já existe uma ferramenta capaz de fazer isso naturalmente: as árvores.
Nesta terça-feira (21) celebra-se o Dia Internacional das Florestas. A Assembleia Geral das Nações Unidas criou a data em 2012 com o objetivo de sensibilizar o público sobre a importância de todos os tipos de matas.
As florestas são sumidouros de carbono, absorvendo cerca de 7,6 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Por conta disso, também é de extrema importância preservá-las, diminuindo o desmatamento e evitando o aumento da temperatura, que acaba impactando nos níveis de incêndios florestais.