O 5G está cada vez mais próximo de ser implementado em diferentes países do mundo (por aqui, ainda muita água vai rolar), e uma das principais fabricantes, a Huawei, está sendo deixada de lado em alguns lugares após os Estados Unidos dizerem que a companhia chinesa oferecia uma ameaça à cibersegurança.
O fato é que um novo relatório da inteligência do National Cyber Security Centre (Centro de Cibersegurança Nacional), do Reino Unido, informa que os possíveis riscos que a Huawei pode oferecer são totalmente gerenciáveis, conforme informam fontes do , que tiveram acesso ao documento.
Uma das grandes questões para o Reino Unido é que os processos de engenharia para fabricação dos equipamentos não continham supervisão suficiente para garantir que eles não poderiam ser uma ameaça. No entanto, nesse novo relatório da inteligência do Reino Unido, é dito que isso pode ser resolvido.
Esse relatório vem em um momento em que os Estados Unidos têm planos para banir os para infraestrutura de 5G, sem contar que a empresa está sendo acusada de roubo de segredos industriais. Além disso, o país tem trabalhado com aliados para influenciá-los a não adotarem equipamentos da fabricante chinesa.
O relatório, no entanto, pode contrariar os interesses do país governado por Donald Trump. O Reino Unido faz parte da Five Eyes, uma aliança que também é composta por EUA, Nova Zelândia, Canadá e Austrália e que consiste em compartilhar informações de inteligência entre os membros. Sendo o único país europeu a ter acesso aos dados de inteligência dos EUA e após ter produzido um relatório isentando a Huawei, existe grande chance que outros países sigam as diretivas do Reino Unido.
Por ora, informa o , duas operadoras britânicas, a EE e a Vodafone, interromperam planos de usar equipamento da Huawei, enquanto a O2 e a Three devem contar com infraestrutura da empresa chinesa.
A situação entre Estados Unidos e China não está entre as mais amigáveis, e isso está fazendo com que haja uma espécie de guerra fria com interesses econômicos e políticos. De sua parte, os EUA sustentam que a Huawei tem ligações com o governo chinês e que não é digna de confiança. Por outro lado, parte da comunidade internacional questiona os EUA por não apresentarem provas reais de que a empresa atua como um agente de estado nos mercados onde está presente.
Por aqui, a . Por ora, o governo brasileiro não sinaliza qualquer tipo de boicote ou alinhamento com os EUA nesse sentido.
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