Refrigerantes diet e adoçantes artificiais não são eficazes para controlar o peso. O alerta está em uma da OMS (Organização Mundial da Saúde), publicada na última segunda-feira (15).
Segundo o documento, o consumo desses açúcares pode aumentar os riscos de diabetes tipo 2 a longo prazo. Essa recomendação vale para crianças e adultos saudáveis, e não para pessoas com diabetes, que podem fazer um uso benéfico desses adoçantes.
“As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcar”, escreveu Francesco Branca, diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS. Uma alternativa é a ingestão de alimentos com açúcares naturais, como sacarose e frutose.
A recomendação é baseada em dados de 283 estudos científicos sobre o uso de adoçantes artificiais, incluindo como sacarina, aspartame, sucralose, stevia, neotame e acessulfame de potássio, comuns no Brasil. Um estudo de 2022 apontou que esses alimentos alteram a microbiota intestinal – leia aqui.
Maior risco de doenças
Juntos, os estudos descobriram que o uso desenfreado de adoçantes artificiais têm relação com IMCs (Índice de Massa Corporal) elevado e uma incidência de 76% em casos de obesidade. Além disso, pessoas têm risco 23% maior de diabetes tipo 2 se consumirem adoçantes artificiais em alimentos e bebidas.
Indivíduos que consumiram mais adoçantes também mostraram risco 32% maior de doenças cardiovasculares, incluindo derrame (risco 19% maior) e hipertensão (13%). Em outro aspecto, a ingestão elevada desses alimentos tem relação com o aumento de 10% no risco de morte por qualquer causa.
Por causa disso, os especialistas não recomendam o uso de adoçantes artificiais. “[A] falta de evidências para sugerir que o uso é benéfico para o peso corporal ou outras medidas de gordura corporal a longo prazo superam quaisquer potenciais efeitos de curto prazo na saúde resultantes das pequenas reduções no peso corporal observadas”, concluiu a OMS.