Recorde: hackers roubaram US$ 3,8 bilhões em criptomoedas em 2022
Hackers ao redor do mundo bateram um recorde em 2022: roubaram US$ 3,8 bilhões em criptomoedas. Desses, o roubo de US$ 1,7 bilhão veio de grupos ligados à Coreia do Norte, como o Lazarus Group (também conhecido como APT38).
Os valores estão em um , uma empresa de dados com sede em Nova York. Segundo a análise, o número de ataques caiu, enquanto o montante de valores roubados cresceu.
No último ano, as violações aos DeFi (protocolos financeiros descentralizados) representaram 82,1% de todas as criptomoedas roubadas no mundo. Em 2021, o índice ficou em 73,3%. À época, os hackers dividiam seus ataques às carteiras privadas e serviços centralizados. Em 2022, os cibercriminosos praticamente abandonaram as carteiras privadas, mas continuaram os roubos aos serviços centralizados.
O relatório também mostra que 64% dos ataques DeFi do ano passado aconteceram em protocolos de ponte cruzada, que permitem aos usuários portar a criptomoeda de um blockchain para outro.
Esses locais viraram alvos atraentes para os cibercriminosos porque os contratos inteligentes se tornam grandes e centralizados repositórios de fundos. “Se uma ponte ficar grande o suficiente, qualquer erro em seu código de contrato inteligente ou outro ponto fraco provavelmente será encontrado e explorado por mal-intencionados”, diz o relatório.
Roubos de hackers ligados à Coreia do Norte
Os roubos de criptomoedas de grupos ligados à Coreia do Norte também se apropriaram das falhas dos protocolos DeFi: pelo menos US$ 1,1 bilhão de todos os roubos teriam se originado nesses locais.
O relatório identificou que grande parte das criptomoedas roubadas por esses hackers são enviadas para outros protocolos DeFi.
Uma hipótese é que esses cibercriminosos resultam na aquisição de grandes quantidades de tokens ilíquidos por cibercriminosos que não estão listados em trocas centralizadas. Assim, os hackers recorrem a outros protocolos para trocar por ativos líquidos.
O relatório alerta que o crime cibernético pode ter se transformado na principal forma de financiamento de armamento nuclear da Coreia do Norte. O país mais fechado do mundo também bateu recordes na emissão de mísseis em 2022: foram mais de 95. Desde 1984, foram 270 lançamentos de mísseis e testes nucleares, segundo a revista .