Ratos têm ritmo e amam dançar Lady Gaga, diz estudo

Pesquisa mostrou que ratos "dançam" ao ritmo de Lady Gaga e Queen de forma inata, ou seja, sem treinamento ou exposição prévia
Ratos têm ritmo e amam dançar Lady Gaga, diz estudo
Imagem: Nick Fewings/Unsplash/Reprodução

Assim como os humanos, tudo indica que os ratos gostam de dançar ao som de Lady Gaga, Queen e Michael Jackson. A conclusão está em uma pesquisa da Universidade de Tóquio, publicada na sexta-feira (11) na revista

Segundo o estudo, os ratos sincronizam os movimentos de cabeça ao ritmo da música – da mesma forma que fazem os humanos. A descoberta é importante porque os animais fizeram isso de forma inata. Ou seja, sem qualquer treinamento ou exposição prévia. 

Os pesquisadores equiparam dez ratos com acelerômetros sem fio capazes de detectar os menores movimentos da cabeça. Eles deixaram várias músicas tocando enquanto monitoravam a resposta dos animais. 

A playlist incluiu hits como “Born This Way”, da Lady Gaga, “Another One Bites The Dust”, do Queen, “Beat It”, de Michael Jackson, “Sugar”, de Maroon 5, e uma sonata de piano de Mozart. 

Os ratos ouviram trechos de um minuto das músicas tocadas em quatro velocidades diferentes. Pelo menos 20 participantes humanos ouviram os mesmos trechos para estipular um nível de comparação.  

No final, a sincronização de batimentos dos ratos e humanos ficou na mesma faixa: 120 a 140 movimentos por minuto. Até agora, a ciência acreditava que essa habilidade era exclusiva dos seres humanos. 

“Este é o primeiro relatório sobre sincronização de batidas inatas em animais que não foi alcançada por meio de treinamento ou exposição musical”, disse Hirokazu Takahashi, o principal autor do estudo, em . 

No início do estudo, os pesquisadores tinham a hipótese de que o ritmo dos ratos seria mais rápido por causa dos batimentos cardíacos e tamanho do corpo. 

Mas o resultado foi surpreendente. Assim como nas pessoas, a sincronização sugere que os batimentos dependem da constante de tempo no cérebro desses animais – uma semelhança assustadoramente parecida com o mecanismo cerebral dos seres humanos. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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