Ratos-toupeira-pelado podem, teoricamente, viver para sempre, sugere estudo
Entre todas as criaturas neste mundo que podemos considerar vivas, incluindo as pessoas, existe uma verdade universal: nós morremos. Mas nem todos nós passamos pelo processo gradativo (e às vezes rápido) de autodestruição que chamamos de envelhecimento. Alguns animais e plantas, como espécies de medusas, tartarugas e árvores, parecem ter uma espécie de imortalidade biológica. Um publicado na eLife fornece mais provas de que existe pelo menos mais um animal que deveríamos acrescentar a essa lista: o rato-toupeira-pelado.
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Os ratos-toupeira morrem muito frequentemente, mas os pesquisadores não conseguiram encontrar nenhum aumento no risco de morte dos ratos-toupeira conforme eles envelhecem. O rato-toupeira-pelado mais velho a morrer no fim do período de estudos foi de um pouco mais de 30 anos de idade.
Para dar um contexto, roedores aproximadamente com o mesmo tamanho mantidos em cativeiro podem viver até cerca de 6 anos de idade, um número que, hoje, o rato-toupeira a morrer mais velho supera em cinco vezes. Além disso, um roedor comum de 6 anos de idade já mostra sinais de envelhecimento e perde a capacidade de reproduzir. Enquanto isso, as fêmeas mais velhas dentre os ratos-toupeira da Calico ainda são perfeitamente capazes de dar à luz, desde que não tenham passado pela menopausa.Tudo isso sugere a Buffenstein e sua equipe que os ratos-toupeira-pelado poderiam, teoricamente, viver enquanto tivessem a sorte de evitar doenças ou lesões. Eles também admitiram que pode haver um limite superior em que a idade começa a fazer a diferença para a espécie, mas que, se houver, ainda não vimos esse número.
O rato-toupeira-pelado mais velho que eles têm agora é um procriador de 35 anos, e os cientistas da Calico planejam ficar de olho nele e em seus compatriotas enquanto for humanamente possível (Buffenstein manteve sua própria colônia, obtida inicialmente na África, por muitos anos, através de seus vários trabalhos acadêmicos e, agora, na Calico). Esses e também estão, diligentemente, realizando pesquisas para tentar descobrir até quando os ratos-toupeira conseguem manter sua longevidade e se alguma coisa disso poderia, um dia, ser aplicada aos humanos. Buffenstein afirma que seu objetivo a longo prazo nessa pesquisa é “reunir as informações que coletamos dos ratos-toupeira-pelado para descobrir maneiras de anular o processo de envelhecimento nos humanos”. Qualquer descoberta que a Calico possa fazer talvez não seja tão compartilhada quanto você imaginaria, no entanto, pelo menos por um bom tempo. A empresa de pesquisa e desenvolvimento, fundada em 2013 e apoiada pelo Google, descreve sua como o aproveitamento “tecnologias avançadas para aumentar nossa compreensão em torno da biologia que controla a duração da vida”. Mas a Calico sempre foi muito sobre suas pesquisas atuais e também os projetos planejados, tanto com o público quanto com outros cientistas. []Imagem do topo: AP