Em meio a uma colônia de pinguim-gentoo, na Antártida, cientistas fizeram uma descoberta inesperada no início deste ano. Entre os habituais pinguins pretos e brancos, com seus bicos laranja brilhante, encontraram uma fêmea quase completamente branca.
A descoberta ocorreu no último dia 4 de janeiro, quando pesquisadores da base na Antártica González Videla identificaram o exemplar. A fêmea, parte da espécie gentoo, normalmente tem bico laranja-avermelhados brilhante e cabeças pretas com manchas brancas ao redor dos olhos.
No entanto, este pinguim em particular apresentava uma condição genética conhecida como leucismo, resultando em sua coloração excepcionalmente branca.
Ao contrário do albinismo, que afeta toda a produção de melanina, o leucismo tem efeitos parciais, não afetando as células pigmentares dos olhos, por exemplo. Embora o leucismo por si só não seja prejudicial, torna o pinguim mais suscetível ao perigo.
“Por ser um animal de corpo majoritariamente branco, pode ser mais fácil para um predador caçá-lo, e por isso os casos de leucismo também são muito raros”, alertou o veterinário Diego Penaloza à emissora norte-americana . Confira o vídeo do animal:
Sobre o pinguím-gentoo
Os pinguins-gentoo são a terceira maior espécie viva de pinguins, com aproximadamente 300 mil casais reprodutores. Eles só ficam atrás do pinguim-imperador e do pinguim-rei.
Eles reproduzem-se em várias ilhas subantárticas, com colônias significativas nas Malvinas, Geórgia do Sul e ilhas Kerguelen.
Em comparação, os pinguins-imperador, a maior espécie viva de pinguim, podem atingir quase 1,20 metro de altura e mais de 40 quilos, de acordo com o World Wildlife Fund.
Eles se alimentam de pequenos peixes, cefalópodes, krill e outros crustáceos. Para isso, eles mergulham a profundidades de 170 a 200 metros, atingindo a velocidade de 36km/h.
Apesar de sua importância na cadeia alimentar marinha, são vulneráveis a predadores aquáticos, enquanto, em terra, seus ovos e crias enfrentam ameaças de outras aves.
A descoberta do pinguim branco destaca a importância da preservação dessas espécies únicas, ressaltando a delicada harmonia da vida selvagem na região antártica e a necessidade contínua de esforços de conservação.