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Rainha Charlotte: quem foi a monarca que inspirou o spin-off de “Bridgerton”

Ambientada antes de “Bridgerton”, a série spin-off retrata a ascensão da rainha Charlotte ao poder após o casamento do rei George. Conheça os personagens na vida real

Rainha Charlotte

Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons/Netflix

A série spin-off “Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton” já está disponível no catálogo da Netflix. A produção, que tem Shonda Rhimes no papel de showrunner, produtora executiva e roteirista, chegou ao streaming nesta quinta-feira (4), e retrata a ascensão da rainha Charlotte (Índia Amarteifio) ao poder. 

Segundo divulgado pela Netflix, a minissérie de seis episódios é ambientada antes da série “Bridgerton”. A produção mostra como o casamento da jovem Charlotte com o rei George (Corey Mylchreest) representou uma importante mudança na sociedade. 

Veja o trailer de Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton”:

“Bridgerton” é baseada em uma série literária escrita por Julia Quinn, e a personagem da rainha não existe nos livros. No entanto, a Rainha Charlotte, de fato, existiu: ela foi rainha consorte de 1761 até sua morte em 1818.

Pensando nisso, o Giz Brasil resolveu contar a verdadeira história da monarca inglesa que inspirou a produção. Se liga só:

A Rainha Charlotte da vida real

A rainha Charlotte, de nome Sophia Charlotte de Mecklenburg-Strelitz, nasceu em 19 de maio de 1744, no norte da Alemanha e era a filha mais nova do duque Charles Louis Frederick de Mecklenburg-Strelitz e a princesa Elizabeth Albertina de Saxe-Hildburghausen, conforme divulgado nos

Na série Netflix, Charlotte, com 17 anos, viaja da Alemanha para a Inglaterra para se casar com George III — uma união facilitada por sua mãe, a princesa Augusta (Michelle Fairley), e seu irmão, Adolphus.

O casamento de George III com a Rainha Charlotte – Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

A produção mostra o dia em que Charlotte chega à Inglaterra — o mesmo do casamento. O casal real se uniu em matrimônio apenas seis horas depois de se conhecerem pela primeira vez.

A união aconteceu em setembro de 1761, e a rainha deu à luz um total de 15 filhos. Enquanto dois faleceram ainda na primeira infância — os príncipes Alfred e Octavius ​​—, os demais 13 chegaram à vida adulta. Deste grupo, destacam-se o Rei George IV, o Duque Edward de Kent e Strathearn e a princesa Charlotte, que se tornou Rainha de Württemberg. 

A doença do Rei George III

Como o personagem da série, George realmente se interessava por ciências e agricultura e tinha problemas de saúde mental. Quando a condição do Rei se torna conhecida por Charlotte, ele insiste em seguir “tratamentos” como camisas de força, terapia de eletrochoque e afogamento simulado, como mostra a série. 

Como destaca , o verdadeiro rei George passou por tortura semelhante para se curar, como ingerir arsênico e ser contido por correntes. Na série, ao descobrir a natureza das tentativas de remédios de George, Charlotte insiste em deixar o marido em paz e cuidar dele por ela mesma. 

George III, Charlotte e seus seis filhos mais velhos – Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Ainda segundo os documentos reais, durante a doença do rei em 1788, houve um conflito entre a rainha e o príncipe de Gales – o filho mais velho do casal – sobre quem assumiria o trono. Depois, o Príncipe foi declarado regente, caso o rei ficasse permanentemente louco, mas o próprio rei, a corte e filhos menores foram colocados sob a tutela da rainha. 

Alguns historiadores especulam que George conhecido como porfiria, mas pesquisas mais recentes indicam que o rei estava “experimentando a fase maníaca de doenças psiquiátricas, como o transtorno bipolar”, conforme relatado pela em 2013. 

Após o início da loucura permanente de George III em 1811, o príncipe tornou-se regente, mas Charlotte permaneceu como guardiã do marido até sua morte em 1818. O Rei morreu aos 82 anos em 1820, dois anos depois de Charlotte. 

Descendência de Charlotte

A linhagem da rainha Charlotte gerou discussões entre historiadores, particularmente Mario De Valdes y Cocom, que disse que acredita que Charlotte era “descendente direta de um ramo negro da família real portuguesa”. 

Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Ao que tudo indica, Charlotte seria descendente do rei Afonso III, de Portugal, e uma de suas amantes, conhecida como Madragana, que seria moura ou moçárabe (cristãos ibéricos que adotaram a língua e a cultura árabe). Alguns historiadores defendem que a rainha não seria branca, baseando-se em algumas descrições e pinturas.

Isso porque, tradicionalmente, os artistas atenuavam traços considerados indesejados nos membros da realeza. Isso é até mostrado na produção da Netflix, quando a princesa Augusta diz ao artista que pintou o retrato da rainha Charlotte para clarear sua pele. No entanto, nada foi comprovado até hoje.

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