Quem matou Jeffrey Dahmer? Confira por onde anda o assassino do serial killer
Após três anos detido, o serial killer Jeffrey Dahmer foi morto por Christopher Scarver, outro detento que vivia na mesma penitenciária
A vida e crueldade do serial killer Jeffrey Dahmer voltou aos holofotes após a estreia da Netflix, “Dahmer: Um Canibal Americano”. Criada por Ryan Murphy e protagonizada por Evan Peters, a minissérie de crime real fez com que o canibal que dá nome à produção voltasse aos holofotes da mídia, e fez despertar tamanha curiosidade do público.
Jeffrey Dahmer foi responsável por 17 assassinatos — que envolviam quase sempre estupro, necrofilia e canibalismo — entre 1978 e 1991. As vítimas eram homens pobres, tinham entre 14 e 32 anos e, no geral, pertenciam a minorias: LGBTQIA+, negros ou indígenas. Ele foi preso quando uma de suas vítimas conseguiu escapar e chamar a polícia. Após ser condenado em 1992, recebeu 16 sentenças consecutivas de prisão perpétua.Dahmer foi condenado a um total de 941 anos de prisão, mas não durou muito preso, o serial killer canibal cumpriu menos de três anos antes de morrer. Ele foi espancado até a morte por Christopher Scarver, outro detento da prisão de segurança máxima Columbia Correctional Institution.
Ao ser encaminhado para a penitenciária, devido à atenção que ele e seus crimes receberam, os funcionários da prisão sentiram que era mais seguro manter Dahmer longe da população carcerária em geral. Ele foi isolado de outros prisioneiros sob custódia protetora e era algemado quando não estava em sua cela.
Após seu primeiro ano na prisão, Dahmer solicitou mais liberdade de movimento e interação com outros prisioneiros. Ele foi autorizado a assistir às aulas, comer refeições comunitárias e fazer deveres de trabalho. Enquanto estava na prisão, Jeffrey contava piadas e fazia provocações, dizia aos prisioneiros “eu mordo”. Em julho de 1994, ele foi atacado por Osvaldo Durruthy, um detento que tentou cortar sua garganta, mas acabou sofrendo apenas alguns ferimentos leves.
No dia a dia da penitenciária, o criminoso tinha um sádico e nojento hábito. Dahmer utilizava comida para esculpir membros do corpo humano decapitados, e o ketchup era tido como sangue falso. O objetivo das criações era assustar os outros presos. Por isso, deixava, estrategicamente, as esculturas macabras onde outras pessoas pudessem ver.
Quem conta essa história é Christopher Scarver, que concedeu uma entrevista ao jornal em 2015. “Ele colocava essas coisas em locais onde os outros veriam. Ele ultrapassou o limite com alguns prisioneiros e funcionários do presídio.
Scarver relatou que em razão da sua falta de postura com outros detentos passou a observá-lo e a esperar o momento perfeito para executá-lo. Na manhã de 28 de novembro de 1994, Dahmer e mais um preso deixaram suas celas para ir trabalhar. Quando se separaram, Christopher seguiu Dahmer até o vestiário, e no local, com uma barra de metal em mãos, o confrontou sobre os crimes bárbaros.
Em outro trecho da entrevista ele afirma: “Perguntei se ele realmente havia cometido os crimes, porque eu estava enojado. Ele ficou chocado. Tentou procurar uma saída, mas o bloqueei. Ele acabou morto”, contou o detento. Após o confronto, Christopher atingiu o assassino em série na cabeça com uma barra de metal da academia. Assim como fez com Jesse Anderson — acusado de matar a esposa — minutos depois.
Após o ocorrido, informou aos guardas que “Jeffrey Dahmer estava morto porque Deus disse a ele para fazer aquilo”. Por volta das 8h30 da manhã, o serial killer foi encontrado no chão do banheiro, com ferimentos na cabeça. Ele foi levado às pressas para um hospital, ainda com vida, mas declarado morto horas depois, como é representado na minissérie da Netflix.
As alegações de Scarver foram apoiadas pelo pastor do príon, Roy Ratcliff, que disse que Dahmer tinha um pôster da Reunião dos Canibais Anônimos em sua cela. No entanto, o advogado de Dahmer, Gerald Boyle, alegou que insultar não era o “estilo” do seu cliente. “Ele matou pessoas, mas não insultou as pessoas. Nunca o vi fazer nada que me levasse a acreditar que ele imitaria as mortes que causou. Eu simplesmente não acredito nisso”.