Já se passaram mais de 50 anos desde a última visita de astronautas à Lua e muitos se perguntam quando o homem vai voltar a pisar em solo lunar. Existe uma previsão para a Artemis 3, dos EUA, mas que ainda não é a definitiva. Acompanhe abaixo.
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Setembro de 2026
Durante os anos 1960 e 1970, 24 astronautas viajaram à Lua como parte do Programa Apollo, da NASA, e a metade pisou na superfície da Lua.
Após a última missão, a Apollo 17, em 1972, vários países enviaram sondas à Lua, especialmente China e Índia, que chegaram ao Polo Sul da Lua.
Contudo, até hoje, o homem ainda não voltou à Lua. Aliás, o termo “homem” faz sentido porque as 24 pessoas que foram à Lua são homens brancos estadunidenses.
No entanto, este cenário mudará daqui a alguns anos, com o início do , também da NASA, que levará à Lua uma mulher, um negro e um canadense.
A missão, possivelmente, será a primeira a marcar a volta do homem à Lua (com mais diversidade), prevista para setembro de 2026. Além disso, outros países, como a China, planejam missões tripuladas à Lua.
Mas por que a humanidade demora tanto tempo para voltar à Lua?
No caso dos EUA, além do ambiente inóspito e a distância entre a Terra e a Lua, questões políticas e econômicas atrasam o retorno.
O orçamento da NASA em 2024 foi de US$ 24,9 bilhões, considerado pouco para financiar todos os projetos da agência.
Durante as missões do programa Apollo, o orçamento da NASA representava 4% do investimento do governo dos EUA. Hoje, o número corresponde a 0,36%.
Levar astronautas à Lua custa muito dinheiro e a NASA já trabalha com um orçamento apertado para o programa Artemis. Segundo um relatório recente, a NASA já gastou US$ 40 bilhões no programa Artemis entre 2012 e 2020.
O mesmo relatório estima que esse valor chegará a US$ 93 bilhões em 2025, ou seja: antes da missão Artemis 3, que levará o homem de volta à Lua.
Além do grande custo, outro empecilho aqui na Terra é a questão política, com o sistema bipartidário dos EUA afetando os planos da NASA a cada eleição presidencial.
Na última semana, como noticiamos aqui no Giz Brasil, a NASA pode cancelar o foguete SLS após problemas no primeiro estágio, desenvolvido pela Boeing. A decisão será do próximo presidente dos EUA, Donald Trump, cujo segundo mandato começa em janeiro de 2025.
Contudo, o novo mandato de Trump pode ser mais vantajoso para o programa Artemis, principalmente pela proximidade entre o político e Elon Musk.
Solução comercial
55 anos após a missão Apollo 11, o homem vai voltar à Lua em um cenário bem diferente. Sai a Guerra Fria e entra a iniciativa privada na nova corrida espacial.
Desde o início do programa Artemis, a NASA desenvolve equipamentos, veículos e tecnologias em parceria com empresas privadas.
Até mesmo os trajes dos astronautas da missão Artemis são de uma empresa privada com a assinatura da Prada.
Na missão Artemis 3, a nave que vai realizar o pouso dos astronautas na Lua será a Starship, da SpaceX. Aliás, é possível que a NASA opte pela Starship caso cancele o foguete lunar SLS. Com Trump na presidência, essa hipótese ganha muita força devido à já mencionada proximidade entre o político e Elon Musk.
Musk, que apoiou Trump durante sua campanha eleitoral, ganhou o cargo de chefe do futuro Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (DOGE, na sigla em inglês). O DOGE será um órgão para avaliar e eliminar gastos desnecessários do governo dos EUA.
Mas isso não significa um enfraquecimento da NASA, ou possíveis cortes no orçamento. Pelo contrário, é possível que a presença de Musk aumente o orçamento da agência, já que a SpaceX possui contratos com a NASA que chegam à soma de US$ 4 bilhões.
Portanto, o homem deve voltar à Lua em setembro de 2026, seguido por outras missões do programa Artemis em 2028, 2030 e 2031.
Homem volta à Lua em colaboração internacional
Em 2020, os EUA lançaram os Acordos de Artemis, com uma série de princípios e práticas para exploração espacial sustentável.
Atualmente, 42 nações, incluindo o Brasil, assinaram o tratado internacional e se comprometeram a desenvolver tecnologias que a NASA utilizará ao longo do programa.
Em contrapartida, nações rivais dos EUA fazem parte de um tratado contrário para a construção da Estação de Pesquisa Lunar Internacional (IRLS), encabeçada pela China.
Na América Latina, a China conta com a participação da Venezuela no projeto de exploração lunar paralelo ao programa Artemis.
O projeto começará em 2028 e contará com a parceria da Rússia e de outros países “rivais dos EUA” além da Venezuela, como o Paquistão.
O objetivo da estação lunar é servir de abrigo para tripulações a partir de 2036, mas a agência espacial chinesa fará várias missões à Lua antes deste prazo.
Aliás, em 2022, a China anunciou que planeja enviar astronautas à Lua em 2030, mirando uma visita ao Polo Sul da Lua.