Qual a diferença entre astronomia e astrologia?

Conheça a história dos campos de estudo que fizeram o humano olhar para o Universo.
Qual a diferença entre astronomia e astrologia?
Imagem: Vedrana Filipovic/Unsplash/Reprodução

Começou a temporada de Aquário e muitos questionamentos vêm à cabeça. Já pensou quando Saturno entrar em Peixes? E essa lua em Áries? Se você ficou sem entender nada, não se preocupe: muita gente não entende a diferença e mistura tudo quando o assunto envolve astronomia e astrologia. 

Mas é importante saber que esses dois termos falam sobre coisas diferentes, apesar de terem raízes em comum. A gente explica: a astronomia é o estudo do universo e tudo que existe fora da atmosfera da Terra. 

São os astrônomos que estudam os movimentos, posições e propriedades dos astros. Eles nos dizem porque o novo planeta descoberto na galáxia vizinha pode ser um “substituto” para a Terra e explicam o que é a mancha gigante encontrada no Sol, por exemplo.

A astrologia, por outro lado, tenta decifrar se essas posições, movimentos e propriedades afetam as pessoas e os eventos na Terra. Para muitos, é um oráculo, uma forma de prever o que há por vir a partir do posicionamento dos planetas e das constelações universo afora. 

Transformações da ciência

Mas é importante dizer que, por muitos milênios, foi o desejo de melhorar as previsões da astrologia que motivou as observações e teorias da astronomia. A Babilônia já estudava a “matemática dos astros” 2.000 anos antes de Cristo. 

À época, os sacerdotes acreditavam que seus deuses se comunicavam com os humanos através do movimento dos planetas – e também via presságios no fígado das ovelhas. Assim, a astrologia seguiu como parte da ciência dominante até o final de 1600. 

O próprio Isaac Newton demonstrou alguns dos processos físicos que afetam os corpos celestes. E foi fazendo isso que ele mostrou como as leis da gravidade também se aplicam aos movimentos da Terra. 

Campo da simbologia

Mas, desde então, a astronomia se tornou um campo único onde as previsões dos movimentos não servem como autoconhecimento ou para alertar sobre crises financeiras e desilusões amorosas, mas sim para desbravar o universo a partir de métodos científicos. 

A astrologia, por sua vez, acabou se tornando um passatempo e uma “pseudociência”. Mas muitos ainda veem nos 12 signos do zodíaco a simbologia do ser humano e uma forma de autoconhecimento. 

Milhões de pessoas ao redor do mundo ainda recorrem às suas previsões para ampliar a espiritualidade e se conhecer melhor – e, às vezes, até tentar prever o que há por vir no futuro só olhando para os trânsitos astrológicos.

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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