Cientistas chegam a mais provas de que os alienígenas não estão tentando se comunicar conosco
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Em um aceito para publicação no Astronomical Journal, os astrônomos do SETI Nathaniel Tellis e Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia em Berkeley, falam que eles foram incapazes de detectar assinaturas ópticas de extraterrestres avançados em mais de 67.000 espectros individuais produzidos por quase 5.600 estrelas na Via Láctea. Reveladoramente, cerca de duas mil dessas estrelas são suspeitas de habitar planetas quentes parecidos com a Terra, sugerindo que civilizações avançadas também não têm o hábito de transmitir lasers poderosos através do cosmo, ou simplesmente não existem. De maneira mais prática, quer dizer que devemos procurar sinais ópticos em outros lugares e expandir a nossa busca para incluir diversos outras potenciais sinais alienígenas. Para falar de maneira simples, não acabamos de procurar pelo ET.
Ouvir sinais de rádio é coisa do passado. Todas as crianças descoladas agora estão procurando raios laser (Imagem: Contato)
O curioso silêncio do espaço está ficando cada vez mais alto com cada nova tentativa de detectar vida alienígena inteligente.
Um exemplo de um falso positivo em um sinal. Esse candidato a laser extraterrestre foi encontrado em uma observação da TW Hydrae. O sinal acabou sendo de gás aquecido no disco protoestelar ao redor da estrela. (Imagem:Tellis and Marcy, 2017)
Para analisar essa década inteira de dados, Tellis e Marcy desenvolveram um algoritmo que era (ao menos em teoria) capaz de discernir um possível sinal alienígena dentro dos espectros naturais de uma estrela. Se um sinal artificial tivesse sido voltado para a terra, ele seria detectável como um número incomumente alto de prótons comparado com as emissões de fundo da estrela. O algoritmo foi configurado para marcar qualquer ocorrência de três pixels consecutivos que excedessem os limites impostos pelos pesquisadores. “Procuramos nos espectros a ‘claridade’ da estrela, relativa à luz que ela já está emitindo, que estava junta tanto no comprimento de onda quanto no espaço”, Tellis disse ao Gizmodo. “Encontrar um sinal que batesse com o perfil instrumental do HIRES do Keck significaria quase sem erro que estávamos vendo uma luz de laser, já que o espectro estelar normal contém apenas linha de emissão termalmente ampliadas. Essa é uma das vantagens-chave em usar o Keck, já que ele tem resolução espectral suficiente para distinguir os dois.” Os limites foram bem amplos, resultando em um conjunto inicial de 5.023 candidatos. Os pesquisadores manualmente separaram esses resultados (com os olhos mesmo), diminuindo a lista cada vez mais, até identificarem a origem de cada falso positivo. As origens mais comuns desses falsos positivos incluem raios cósmicos, raios gama, radioatividade do observatório, moléculas na atmosfera terrestre e emissões de estrelas próximas. Eventualmente, Tellis e Marcy tiveram que aceitar a derrota. “Nós não encontramos nenhuma emissão laser vinda de regiões planetárias ao redor de nenhuma das 5.600 estrelas”, concluíram os pesquisadores em seu estudo. Esse resultado seria um golpe duro na sugestão de que civilizações avançadas podem durar milhares a milhões de anos, enquanto mandam sinais de “olá” para seus vizinhos todos. Mesmo se apenas uma pequena fração dos cerca de dois mil sistemas com planetas potencialmente similares à Terra tivesse civilizações tecnológicas que tiveram tempo de deliberadamente apontar raios laser de vários megawatt em nossa direção, nós teríamos detectado algum deles até agora. “Esses resultados colocam um limite máximo no número de civilizações transmitindo lasers para nós enquanto estamos observando”, disse Tellis. “É apenas um tipo de comunicação, mas nós acreditamos que, para a comunicação apontada, os lasers são altamente funcionais.” Posto isso, ele admitiu que os lasers como um meio de comunicação parecem bons para nós nesse momento dada a nossa relativa juventude e que as estratégias de seu tipo dependem do acaso. “Nós precisamos ‘pegar’ seus sinais”, ele disse. “Mesmo assim, nós acreditamos que é um resultado valioso que a galáxia aparentemente não está lotada de lasers tão claros.” Então, ou as civilizações alienígenas avançadas não se comportam dessa forma (eles escondem sua presença ou estão ocupados em outras atividades), ou elas não existem. Também é possível que civilizações tecnológicas sejam excepcionalmente raras na galáxia (tanto no tempo quanto no espaço), limitando enormemente a habilidade dos pesquisadores de detectarem um sinal. Como os autores do novo estudo admitiram, “nós precisamos começar a pensar se algumas teorias como o chamado têm algum mérito”. Realmente, o estranho silêncio do espaço está ficando cada vez mais alto com cada nova tentativa de detectar vida alienígena inteligente. Sem data, os pesquisadores estão planejando uma pesquisa expandida. Como parte de um esforço de U$ 100 milhões do , eles agora vão virar suas atenções para estrelas que foram ignoradas no estudo, incluindo estrelas anãs marrom e outros fenômenos astronômicos curiosos. Além de sinais ópticos, os pesquisadores do SETI podem procurar outros , como emissões de microondas ou neutrino, estruturas dysonianas, sinais de dejetos industriais, habitats espaciais em trânsito etc. Se os alienígenas estiverem lá fora, nós vamos encontrá-los. Eventualmente. [The Astronomical Journal ()]