Esta prótese de dedão de madeira de 3.000 anos de idade é mais incrível do que pensávamos
Peça chama atenção por riqueza de detalhes e pelo trabalho aparentemente meticuloso por trás dela
Um reexame contínuo de um antigo dedão de madeira egípcio está jogando nova luz sobre como a notável prótese de madeira foi fabricada e se foi usada para fins cosméticos ou funcionais.
• Uma pintura de 118 anos foi encontrada na Antártica escondida por cocô de pinguim
• Arqueólogos descobrem mensagem secreta em cerâmica dos tempos bíblicos
A prótese é chamada de “Greville Chester Great Toe” e é . A prótese da Idade do Ferro foi descoberta por arqueólogos 17 anos atrás, em um túmulo saqueado que havia sido esculpido em uma antiga câmara funerária conhecida como “Sheikh ‘Abd el-Qurna, uma acrópole a oeste de Luxor, no Egito. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Basileia e da Universidade de Zurique está atualmente trabalhando para reexaminar o dispositivo e o sítio arqueológico em si, usando técnicas modernas — e estão descobrindo novas coisas extraordinárias sobre o objeto.
De acordo com a nova pesquisa, que ainda não foi publicada, o dedão artificial pertenceu à filha de um sacerdote. Considerando a qualidade e a habilidade de artesanato envolvidas, no entanto, deve ter sido de um sacerdote de alto nível social. Usando microscopia moderna, tecnologia de raio-x e tomografia computadorizada, os pesquisadores conseguiram determinar que o dedão de madeira, que foi construído no começo do primeiro milênio antes de Cristo, foi remodelado várias vezes para combinar com a forma exata e caber na mulher que o usou.
Eles também documentaram os diversos materiais e métodos usados para fabricar a prótese antiga. O artesão (ou os artesãos) que fez o dispositivo devia ter muita familiaridade com a fisiologia humana.
“O know-how técnico pode ser visto particularmente bem na mobilidade da extensão da prótese e na estrutura robusta da cinta”, notaram os pesquisadores, em um comunicado à imprensa. “O fato de que a prótese foi feita de maneira tão trabalhosa e meticulosa indica que o dono valorizava um visual natural, a estética e o conforto e que ela pode contar com especialistas altamente qualificados para oferecer isso.”
Essa mulher devia se sentir mal por não ter um dedão, e esse dispositivo, que servia fins tanto funcionais quanto cosméticos, deve ter sido suficiente. O Greville Chester Great Toe está nos fornecendo um vislumbre notável sobre o passado e sobre as primeiras tentativas da nossa civilização de criar próteses. []Imagem do topo: University of Basel, LHTT. Image: Matjaž Kačičnik