Proibição de WeChat e TikTok por governo Trump pode ter péssimo efeito para usuários dos EUA
Embora a Casa Branca tenha citado oficialmente as preocupações com a segurança cibernética ao ameaçar o TikTok e o conglomerado chinês da Tencent, WeChat, com proibições no início deste ano, sua retórica deixou óbvio que eles estão mais interessados em e o Partido Comunista, além de verem a venda do TikTok como uma lucrativo. A última medida do governo, um anúncio feito nesta sexta-feira (18), de que as lojas de apps nos EUA devem deixar de hospedar o TikTok ou o WeChat nas próximas semanas, deixa isso claro.
A Oracle, empresa aliada de Trump, parece perto de fechar tão negócio, mas não se sabe ao certo se está realmente ou se contentando com menos do que isso. Além disso, a proibição pode ser um sinal de que a Casa Branca está .
Expor os 100 milhões de usuários ativos mensais do TikTok nos EUA a esse risco é igual, senão maior, que a ameaça à segurança que a Casa Branca usou para justificar a proibição: a possibilidade retórica de agências de inteligência chinesas ordenaram que a ByteDance entregasse dados de usuários americanos. O TikTok coleta muitos dados, mas são e, como relatou o Gizmodo, os espiões chineses poderiam obter dados semelhantes e ainda mais granulares comprando, copiando ou interceptando-os enquanto estão circulando por alguma rede mundial de uma adtech.
O chefe de tecnologia da Obsidian Security, Ben Johnson, ex-engenheiro da NSA (Agência Nacional de Segurança), alerta que a internet criou um mundo globalmente conectado, mas está agora atingindo um estágio de “fragmentação e compartimentação”. Johnson apontou para as restrições em torno dos apps chineses e a introdução de leis de privacidade mais rígidas na Europa. “Tecnologias online, compartilhamento de dados e como usamos nossos dispositivos inteligentes no dia a dia continuarão a parecer diferentes, dependendo de onde você estiver no mundo”, escreveu ele ao Gizmodo. “Com as restrições recentes ao TikTok e ao WeChat, a primeira preocupação de segurança em nível individual será a falta de atualizações de segurança, criando assim uma população ainda mais vulnerável usuária de dispositivos inteligentes de consumo”, acrescentou Johnson. “Até que tudo isso acabe, é melhor ter um melhor conhecimento dos apps que você está usando e, mais importante, por que você precisa deles”. Isso tudo se soma a outros sinais estranhos sobre como a Casa Branca lidou com as proibições de TikTok e WeChat. Isso inclui a pagamentos “muito significativos” de um eventual comprador do TikTok, o processo completamente arbitrário que levou os que não chega perto de cumprir os termos das diretivas originais do presidente, e os inúmeros exemplos anteriores da Casa Branca abusando de . O Departamento de Justiça não explicou por que não está considerando outros apps da Tencent com dezenas de milhões de usuários nos EUA. “Esta ordem viola os direitos da Primeira Emenda das pessoas nos Estados Unidos ao restringir sua capacidade de se comunicar e realizar transações importantes nas duas plataformas de mídia social”, escreveu Hina Shamsi, diretora do projeto de segurança nacional da ACLU, ao Gizmodo. “A ordem também prejudica a privacidade e a segurança de milhões de usuários do TikTok e WeChat existentes nos EUA, bloqueando atualizações de software, que podem corrigir vulnerabilidades e tornar os aplicativos mais seguros”. “Ao implementar o abuso de poderes de emergência do presidente Trump, [o secretário de comércio Wilbur Ross] está minando nossos direitos e nossa segurança”, acrescentou Shamsi. “Para realmente abordar as questões de privacidade levantadas por plataformas de mídia social, o Congresso deve aprovar uma reforma abrangente de vigilância e forte legislação de privacidade de dados do consumidor”.