Como o Samsung Pay está preparando sua chegada ao Brasil
por Daniel Junqueira
Os sistemas de pagamento via smartphone estão para chegar ao Brasil, e o primeiro serviço a dar as caras no país deve ser o Samsung Pay. A empresa ainda não divulgou uma data específica de lançamento, mas ainda em 2016 será possível realizar pagamentos com o seu smartphone – caso você tenha um dos Galaxy compatíveis, é claro.
A adoção e aceitação do serviço pelos estabelecimentos do país não deve ser um problema. Para começar, as maquininhas de cartão com NFC já são bem populares no Brasil. O Apple Pay não tem um alcance mais amplo nos EUA por causa disso: por lá, essas máquinas estão se espalhando, porém são relativamente mais raras.
Outro fator é a tecnologia de transmissão segura magnética (MST), que pertence à Samsung após a compra da empresa LoopPay no ano passado. Essa tecnologia emula a tarja do cartão e funciona mesmo nas maquininhas sem NFC. Alguns estabelecimentos, como redes de supermercado, usam dispositivos próprios para pagamento, e esses dispositivos normalmente não têm NFC. Com o MST, a Samsung faz seu serviço funcionar mesmo nesses casos.
Compatibilidade
O Samsung Pay só funciona em alguns dos smartphones top de linha da Samsung, além de um ou outro intermediário. Com MST temos o Galaxy Note 5, Galaxy S6 Edge+ e os intermediários Galaxy A, além dos novos S7 e S7 Edge. (Curiosamente, o serviço foi anunciado junto ao Galaxy S6, mas a Samsung diz que a versão brasileira não tem MST, apenas NFC.)
Segurança
O que acontece se o smartphone for roubado? Samsung e Visa explicam que o ladrão só terá acesso se souber sua senha, ou se tiver sua impressão digital para confirmar o pagamento via leitor biométrico. (O leitor dos Galaxy só funciona com dedos vivos, que tenham circulação sanguínea.) Além disso, o permite localizar e bloquear o dispositivo, o que desativa o Samsung Pay. E se um hacker invadir o dispositivo, ele terá como roubar os 16 dígitos do cartão e usá-lo da forma que quiser? Não: o número do seu cartão de crédito não fica armazenado nele. O que ele guarda é um token, que substitui o número do cartão, mas não funciona sozinho. A Visa explica como o processo de tokenização funciona:O token é gerado exclusivamente para o hardware do smartphone. Se você trocar de aparelho, precisará de outro token. Com esse sistema de segurança, que também é usado pela MasterCard, as operadoras garantem que os sistemas móveis sejam seguros, e que os consumidores não precisem se preocupar com isso.1. O portador registra seu cartão Visa em um serviço de pagamento ou carteira digital (como uma loja online ou dispositivo móvel, informando os 16 dígitos do cartão, código de segurança, e outras informações sensíveis).
2. O provedor de carteira digital solicita à Visa um token de pagamento para o cartão inscrito.
3. A Visa informa o pedido de token de pagamento para o emissor de cartão (não aplicável a todos os casos)
4. Com a aprovação do emissor, a Visa substitui os 16 dígitos do cartão do portador por um identificador digital único, conhecido como token de pagamento.
5. A Visa envia o token de pagamento para o provedor de carteira digital.
Agora, resta ver como será a experiência do Samsung Pay no Brasil. Nossos colegas do Gizmodo americano testaram o serviço no ano passado, e – pelo menos em alguns estabelecimentos de Nova York.
Confira abaixo os principais lançamentos do Mobile World Congress 2016: [galeria_embeded]Foto do topo por Seth Wenig/AP. O Gizmodo Brasil viajou para a MWC 2016 em Barcelona, na Espanha, a convite da Samsung.