Por que tem reduzido mensalmente a quantidade de linhas móveis no Brasil?
Todos os meses, a Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) anuncia dados da telefonia móvel no Brasil. No último anúncio, referente ao mês de maio deste ano, a agência ressaltou que, comparado com maio do ano passado, o Brasil perdeu quase sete milhões de linhas.
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Pode parecer um número pequeno, pois no mês de maio o Brasil registrou 235,45 milhões de linhas, mas ele sinaliza uma mudança importante no mercado local. “O mercado está passando por um amadurecimento”, afirmou Eduardo Jacomassi, gerente de universalização e ampliação do acesso da Anatel, em conversa com o Gizmodo Brasil.
Em novembro de 2010, o Brasil atingiu pela primeira vez a marca de duas linhas telefônicas por habitante, e, pelo menos desde 2015, o número de linhas tem reduzido. Segundo Jacomassi, um dos grandes fatores para essa limpeza na base das operadoras é a redução da taxa de interconexão entre as teles.
Se você é um pouco mais velho, deve se lembrar o quanto era caro fazer uma chamada de celular para uma operadora diferente da sua. Por ser assim, muitas empresas criavam pacotes de chamadas e mensagens entre clientes da mesma empresa telefônica para incentivar o efeito comunidade, o que fazia muita gente perguntar qual era a operadora antes de anotar um número em sua lista de contatos. Em um cenário fragmentado e caro para fazer chamadas, uma boa faixa da população mantinha múltiplos chips — a demanda era tão esquisita que chegou até a ser lançado celular com suporte a três chips.Outro ponto é o uso e o aumento de cobertura de internet móvel. As pessoas passaram a usar mais aplicativos de comunicação, como o WhatsApp. Pra quê ter várias linhas se posso enviar uma mensagem pelo aplicativo?
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