Por que 5 países tentaram proibir ou vetaram o filme “Barbie”

Argélia, Kuwait, Líbano, Paquistão e Vietnã se manifestaram contra o filme “Barbie”, de Greta Gerwig. Entenda por quê
"Barbie" vai render US$ 1 bilhão? Margot Robbie fez previsão antes das filmagens
Imagem: Reprodução/Warner Bros.
O filme “Barbie”, de Greta Gerwig, foi alvo de censura de alguns países, que tentaram vetar a exibição do longa ou chegaram a proibi-lo.

O live action da boneca mais famosa do mundo tem causado alvoroço em países com governos conservadores e autoritários. A proibição mais recente aconteceu na Argélia, anunciada nesta terça-feira (15), quase três semanas após o lançamento do filme.

Entenda abaixo o que levou cada país a retirar dos cinemas (ou tentar vetar) a produção protagonizada por Margot Robbie.

Argélia

A Argélia proibiu a exibição de Barbie nos cinemas por “promover homossexualidade e outras anormalidades ocidentais” e “não corresponder à religião e às crenças culturais argelinas”, como destacou o site IndieWire. O veículo local 24h Argélia noticiou que o filme foi retirado da programação de todas as salas do país.

O filme estava sendo exibido nos cinemas argelinos desde o dia 19 de julho. Apesar de as autoridades afirmarem que a produção “corrompe a moral”, ingressos para todas exibições desde o lançamento esgotaram no país africano.

Kuwait

O Kuwait vetou a exibição do sucesso de bilheteria mundial em seus cinemas por “ofender a moral pública”, segundo o governo local. O anúncio foi na quinta-feira passada (10), também após semanas de exibição. Antes de tomar a decisão, as autoridades haviam pedido a “supressão de algumas cenas obscenas que promoviam comportamentos inaceitáveis”, de acordo com Lafi Subaiei, presidente do Comitê de Censura Cinematográfica do país. Não foram especificadas quais as cenas referidas.

Líbano

Na quarta-feira passada (9), o Ministério da Cultura libanês informou que solicitou a proibição do filme de Greta Gerwig, porque a produção “promove a homossexualidade e a transformação sexual”. A decisão foi do ministro da cultura, Mohammad Mortada. Ele também disse que o filme “contradiz os valores de fé e moralidade” ao diminuir a importância da unidade familiar.

O ministro é apoiado pelo poderoso grupo armado muçulmano xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, também faz coro aos discursos anti-LGBTQIA+. Ele disse que a comunidade representa um “perigo iminente” para o Líbano e deve ser “confrontada”.

Paquistão

O lançamento do filme de Hollywood foi adiado na província de Punjab, no Paquistão, devido ao “conteúdo censurável”. As autoridades disseram que o filme seria analisado e precisava de autorização dos conselhos provinciais que censuram cenas que violam os valores sociais, culturais e religiosos do país. “Barbie” só foi exibido na província depois que quatro linhas de diálogo foram removidas do filme.

Vietnã

O Vietnã proibiu o filme no início de julho por conta de uma cena com um mapa que mostra a reivindicação unilateral da China de território no Mar da China Meridional. O filme foi originalmente planejado para estrear no país em 21 de julho. O mapa remete a uma polêmica antiga na região. A área com fundos de reserva de petróleo é reivindicada pelos chineses como sendo mar territorial do país.

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